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Mais de um ano depois de assumir a seleção brasileira e já ter convocado sete goleiros, o técnico Dunga parece que finalmente encontrou o seu titular para a posição. Nesta terça-feira contra o Peru, em Salvador, pela quarta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia, o escolhido será Alisson mais uma vez. É a terceira partida consecutiva que o jogador do Internacional começará atuando pelo Brasil.

Apesar da pouca idade - tem apenas 23 anos -, chamou a atenção da comissão técnica a frieza do goleiro diante da Argentina, na última sexta-feira, em Buenos Aires. "A pressão foi grande, mas ele suportou bem e ajudou bastante a defesa. Sabíamos da pressão da Argentina, a maneira como eles jogam. Quando não conseguem na bola, eles chegam junto, são catimbeiros", disse Taffarel, preparador de goleiros do Brasil.

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Alisson ganhou a disputa com Jefferson depois de o goleiro do Botafogo não ter feito uma boa partida diante do Chile, na abertura das Eliminatórias. No jogo seguinte, contra a Venezuela, Alisson foi titular e teve atuação segura, principalmente nas bolas aéreas. Contra a Argentina, o goleiro voltou a jogar bem. "Ele mostrou personalidade. É isso que temos de ter na seleção", elogiou Taffarel.

O goleiro é visto no Rio Grande do Sul como um fenômeno. Até outubro do ano passado, era o terceiro da posição no Internacional. Agora, um ano depois, é titular da seleção brasileira.

A ascensão no clube começou após uma expulsão de Dida e uma lesão do irmão Muriel. Na seleção, ele teve sorte parecida. Além de Jefferson ter ido mal contra o Chile, o reserva imediato - Marcelo Grohe, do Grêmio - sofreu lesão no ombro durante os treinos. A vaga de titular contra a Venezuela, então, ficou para Alisson.

"É um momento de mudança na seleção que eu vejo como afirmação para mim. Sempre tive o pensamento de estar pronto para quando as oportunidades aparecessem porque a chance não avisa quando vai chegar. Foi assim no Inter e aqui na seleção acabou não sendo muito diferente", disse o goleiro.

Ele trata com naturalidade a pressão de ser titular da seleção brasileira com apenas 23 anos. Diz já estar acostumado. "Goleiro cresce com cobranças desde as categorias de base. A gente é muito cobrado a não errar. É difícil chegar à perfeição, mas trabalho forte para chegar o mais perto possível. Eu me cobro muito também".

Para o técnico Dunga, o empate por 1 a 1 com a Argentina, nesta sexta-feira (13), em Buenos Aires, pela terceira rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, foi o bom para o Brasil. A seleção saiu atrás no placar no primeiro tempo e igualou o marcador na etapa final com um gol de Lucas Lima.

"É só estudar como foram as últimas Eliminatórias. Você tem de ganhar em casa e arrancar alguns pontos fora, ganhar um ou outro jogo ou empatar. Então, se tratando da rivalidade com a Argentina e o fato de eles jogarem em casa e estarem passando por uma série de dificuldades, considero que o resultado foi bom. Agora, sabemos que temos de melhorar o nosso jogo", disse o treinador.

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Dunga também considerou justa a expulsão de David Luiz já nos minutos finais da partida. O zagueiro levou o cartão vermelho por jogada perigosa. O treinador só reclamou de no lance do primeiro cartão amarelo do brasileiro o adversário também não ter sido advertido.

"O jogo estava nervoso, tenso. Ele tomou um cartão amarelo numa dividida. Eu não gosto muito de falar do árbitro, mas ele deveria ter dado cartões para os dois lados. Depois, no lance da expulsão, a bola adiantou um pouco, ele (David Luiz) tentou dar um carrinho e foi merecido o vermelho. Não tem do que reclamar", afirmou o treinador.

O Brasil volta a campo na terça-feira, quando enfrenta o Peru, em Salvador. Dunga ainda não definiu se Ricardo Oliveira será mantido na equipe. Segundo o treinador, o jogo do atacante santista não "encaixou" contra o Argentina. Dunga reconheceu que o time subiu de produção depois da entrada de Douglas Costa no segundo tempo.

"Às vezes o jogo não se encaixa com determinado jogador, com determinada característica. O Ricardo é um jogador mais fixo na área, espera a bola chegar. Às vezes a bola não chega e o jogador acaba prejudicado por essa situação. Depois, coloquei um jogador de mais dinâmica e movimentação para abrir espaço para quem chegava de trás. Isso dificulta para a defesa, principalmente quando o adversário gosta de ter uma referência para marcar", disse Dunga.

Neymar chega ao jogo desta quinta-feira, contra a Argentina, em Buenos Aires, pela terceira rodada das Eliminatórias da Copa de 2018, no melhor momento da carreira. Para o técnico Dunga, inclusive, o craque brasileiro está atualmente à frente de Cristiano Ronaldo e Messi.

"Se fizermos o ranking por número, estatística, o Neymar está mostrando um aproveitamento superior. O Messi está machucado e o Cristiano a gente tem expectativa de que repita o que fez no ano passado. Neymar tem crescimento constante desde que chegou ao Barcelona. Sem o Messi, tem correspondido à expectativa. Está num bom momento", disse o treinador, nesta quarta-feira, em entrevista coletiva.

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Desde a lesão de Messi, em setembro, Neymar assumiu o protagonismo do Barcelona. O atacante marcou dez gols nos últimos oito jogos. O último deles, contra o Villarreal, foi um golaço, no qual ele deu um chapéu de costas no seu marcador e bateu de primeira antes de a bola cair. No Campeonato Espanhol, Neymar é o artilheiro isolado, com 11 gols em 11 rodadas.

"Para nós, é importante o retorno dele, que ele possa contribuir com os demais jogadores e que possa fazer um bom jogo pela seleção", disse Dunga.

O treinador, no entanto, garantiu que a seleção brasileira não jogará em função do seu principal jogador. Dunga fez questão de destacar o jogo coletivo da seleção. "É Neymar e mais 22. Você não ganha a classificação sozinho. Queremos contar com os melhores, mas nem sempre vai ser possível. Temos que ter uma opção para superar isso."

Nesta quarta-feira, o treino no Itaquerão foi fechado à imprensa. O treinador permitiu que a imprensa acompanhasse apenas os 15 minutos finais da atividade. Dunga não revelou o time, mas deve mexer pouco na seleção. O Brasil deve jogar com Alisson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Elias, Luiz Gustavo, Oscar, Willian e Douglas Costa; Neymar.

O técnico Dunga deve mexer pouco na seleção brasileira para o jogo contra a Argentina, nesta quinta-feira (12), em Buenos Aires, pela terceira rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. As únicas mudanças em relação ao time que bateu a Venezuela por 3 a 1, na última rodada, em outubro, devem ser as voltas de Neymar e David Luiz.

Nesta terça-feira (10), o treinador permitiu que a imprensa acompanhasse apenas os 15 minutos finais do treino realizado no CT do Corinthians, em São Paulo. Quando os jornalistas puderam ter acesso ao gramado, muitos jogadores já estavam sem chuteiras, fazendo trabalho de alongamento.

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Neymar, por exemplo, só foi visto pelas câmeras durante dois minutos. Descalço, ele passou pelos jornalistas e se dirigiu à parte interna do CT.

De acordo com torcedores que acompanharam parte do treino por brechas nas grandes externas do CT, o treinador escalou o time com Alisson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Elias, Luiz Gustavo e Oscar; Willian, Douglas Costa e Neymar.

Nesta quarta-feira (10) pela manhã, o time treina no estádio Itaquerão, em São Paulo, e a atividade novamente será fechada à imprensa. À tarde, a delegação embarca para Buenos Aires.

A volta de Neymar vai marcar a convocação, nesta quinta-feira (22), da seleção brasileira para as partidas contra Argentina e Peru, em novembro, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Mas a lista não deverá ter grandes novidades. A maior, talvez, ocorra no gol. Como Jefferson está queimado com o técnico Dunga, não será surpresa se ficar fora do grupo. Nos corredores da CBF fala-se até no resgate de Julio Cesar.

O craque da equipe retorna após ter cumprido quatro partidas de suspensão pela expulsão depois do jogo contra a Colômbia, na Copa América. Dunga já deixou claro não pretender fazer alterações radicais no grupo, pois isso traria ainda mais prejuízo para o entrosamento de uma seleção que tem pouco tempo para treinar, além de minar a confiança dos jogadores. Essa disposição deve nortear a lista que divulgará às 11 horas na sede da CBF, no Rio.

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Além disso, como o próximo jogo será contra o principal adversário do continente sul-americano, o treinador não está disposto a abrir mão de ter jogadores experientes no grupo. Sabe que a partida de 12 de novembro, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, pode se transformar em uma batalha, com bastante catimba, e o controle emocional será fundamental.

"Brasil e Argentina é um campeonato à parte. Vai ser difícil como sempre foi e temos de preparar da melhor maneira possível", disse Dunga, após os 3 a 1 sobre a Venezuela, na semana passada, em Fortaleza. "Brasil e Argentina é diferente. Quando a gente ganha é normal. Quando perde, cai o mundo".

É neste contexto que Julio Cesar pode ser lembrado. O experiente goleiro de 36 anos está em grande fase no Benfica e disse recentemente que teria "prazer" em voltar à seleção. Dunga o conhece bem, pois foi seu titular na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

Além disso, Marcelo Grohe ainda está em recuperação da contusão no ombro direito que sofreu treinando antes do jogo de estreia nas Eliminatórias contra o Chile. Grohe deve voltar ao Grêmio neste domingo contra o Vasco, no Rio. Alisson, do Internacional, que estreou contra a Venezuela, ainda é "verde". Outros goleiros também estão sob observação de Dunga e do preparador de goleiros Taffarel. Um deles é Victor, do Atlético Mineiro.

Outro dilema de Dunga está na zaga. David Luiz não está totalmente recuperado da contusão no joelho esquerdo sofrida na derrota por 2 a 0 para o Chile - não tem jogado pelo Paris Saint-Germain - e o técnico teme convocá-lo sem suas melhores condições. Isso não significa necessariamente que Thiago Silva voltará a ter chance, pois Dunga ainda não engoliu a sua falha contra o Paraguai na Copa América.

Danilo, do Real Madrid, tem boas chances de retornar à lateral direita, mas Daniel Alves deve ser mantido. Já a volta de Phillipe Coutinho, cortado dos primeiros jogos eliminatórios por contusão, pode ser adiada. Dunga gostou de Lucas Lima e não dá indícios de que vá queimar Oscar sem dar-lhe ao menos mais uma chance.

Roberto Firmino também não está garantido. Neymar volta e, além disso, Ricardo Oliveira agradou nos jogos contra Chile e Venezuela.

Jovem, porém já bem-sucedido, muitas vezes ídolo da torcida de um grande clube e dono de uma trajetória vitoriosa nas seleções de base. Esse é o perfil médio dos jogadores do time olímpico que buscará em 2016, no Rio, a inédita medalha de ouro do Brasil.

A base do time sub-23 que disputará os Jogos no próximo ano será praticamente que a mesma que foi convocada pela dupla Dunga e Rogério Micale para os amistosos contra República Dominicana e Haiti, em Manaus. Na primeira partida, na sexta-feira passada, contra os dominicanos, o Brasil goleou por 6 a 0. Na segunda-feira, mais um placar elástico: 5 a 1 contra o Haiti.

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Os garotos da seleção olímpica já não mais tão meninos assim. Muitos atuam na Europa. Outros já tiveram a experiência de jogar no exterior e agora estão de volta ao Brasil. Vejam o exemplo de Vitinho, do Internacional. Com apenas 18 anos, ele despontou no Botafogo e despertou o interesse de Milan e Juventus após ser um dos destaques do torneio de juniores de Tirreno e Sport, na Itália. Assim que subiu para o profissional, foi eleito a revelação do Campeonato Carioca de 2013 e logo se transformou no principal jogador da equipe. Em agosto daquele ano, foi vendido para o CSKA Moscou, da Rússia, por 10 milhões de euros (R$ 31,6 milhões na época).

O atacante sofreu com a adaptação na Europa e em janeiro deste ano foi contratado por empréstimo pelo Internacional. No Sul, retomou o bom futebol dos tempos de Botafogo. É, ao lado de Valdivia, seu companheiro também de seleção olímpica, o artilheiro da equipe no Campeonato Brasileiro. Não à toa virou prioridade para a diretoria do time colorado renovar o contrato de empréstimo do jogador com o CSKA Moscou.

Há também casos de jogadores que não tiveram dificuldades para se adaptar ao futebol europeu e já brilham no exterior. Camisa 10 da Lazio, Felipe Anderson ganhou as manchetes na Itália graças às ótimas atuações que acumulou pelo time de Roma. De acordo com o jornal Corriere dello Sport, a diretoria estipulou que não venderá o brasileiro por menos que 100 milhões de euros (R$ 436,5 milhões). Na última janela de transferências do mercado europeu, o clube recusou as investidas de Chelsea, Manchester United e Juventus pelo meia.

Situação semelhante vive o lateral-esquerdo Wendell, do Bayer Leverkusen, da Alemanha. Criado nas categorias de base do Londrina, o jogador ganhou destaque no Brasil pelo Grêmio e foi vendido no ano passado por 6,5 milhões de euros (R$ 28,3 milhões). Titular do Bayer, agora entrou na mira do Real Madrid. Os dirigentes espanhóis pretendem, com a contratação de Wendell, fazer sombra ao titular Marcelo, que passou a reinar sozinho na lateral esquerda da equipe desde a saída de Fábio Coentrão para o Monaco.

O comando dessa geração de jogadores está com Dunga e Rogério Micale. Pelo planejamento definido pela CBF, Dunga será o treinador da equipe nos Jogos do Rio. Como o time olímpico atua nas mesmas datas da seleção principal, o técnico durante os amistosos têm sido Micale. As convocações são feitas pela dupla e, após cada jogo, Micale apresenta um relatório para Dunga com informações detalhadas sobre o desempenho de cada atleta.

"Trabalhamos em conjunto. Discutimos muito procurando definir um conceito de jogo, aquilo que acreditamos ser o futebol brasileiro e trocamos ideias. Com a coincidência de datas dos jogos dos dois times, a gente acaba definindo uma filosofia" explicou Micale.

Ele foi o treinador da seleção brasileira que disputou o último Mundial Sub-20, na Nova Zelândia, em junho. Micale assumiu o time depois que Alexandre Gallo fez a convocação e acabou demitido pela cúpula da CBF, que não concordou com a lista de jogadores.

Mesmo sem poder fazer modificações na convocação, Micale levou o Brasil à final, quando perdeu diante da Sérvia. Mais do que o segundo lugar, o que chamou a atenção foi o futebol ofensivo apresentado pela seleção no torneio.

Agora Micale tenta fazer o mesmo com o time olímpico e, para isso, promoveu jogadores que disputaram o Mundial Sub-20 para a equipe sub-23. É o caso de Gabriel Jesus, do Palmeiras. O garoto prodígio do Palestra Itália, de apenas 18 anos, mostrou o seu cartão de visitas nos amistosos contra República Dominicana e Haiti. Fez um gol em cada jogo e cavou o seu espaço na equipe.

Outro garoto sub-20 que está bem cotado com a comissão técnica é Gabriel, do Santos. Foram três gols nos amistosos: um no primeiro jogo e dois no segundo. Apesar da pouca idade, o atacante já é bem "rodado". Ele tem 117 partidas pelo time principal do Santos e vive a melhor fase da carreira. Desde a volta de Dorival Júnior à Vila Belmiro, o garoto vem crescendo de produção e acumulando gols.

A experiência de jogadores como Vitinho, Felipe Anderson, Wendel, Gabriel Jesus e Gabriel é justamente um dos trunfos da seleção para a Olimpíada. Diante da pressão de jogar em casa, a expectativa é que os jogadores não "tremam".

Medalha de prata nos Jogos de 1984, em Los Angeles, nos Estados Unidos, o ex-zagueiro Mauro Galvão fez parte do time cuja base era o Internacional. Ele já tinha a experiência de jogar entre os profissionais desde 1979, mas muitos dos seus companheiros chegaram aos Jogos sem "bagagem". "Algumas seleções já tinham jogadores com bastante experiência e isso pesava bastante", lembrou.

Na semifinal, por exemplo, o Brasil enfrentou a Itália com atletas de nome como Franco Baresi, Daniele Massaro e Walter Zenga.

A volta de Neymar é certa, a não ser que sofra alguma contusão. A inclusão óbvia do craque entre os convocados deve ser uma das poucas alterações na seleção brasileira para os jogos eliminatórios de novembro contra Argentina e Peru. O técnico Dunga entende que para dar um entrosamento cada vez maior ao grupo e fazê-lo evoluir, a repetição é um bom caminho.

O grupo de Dunga nunca está fechado e ele repete isso sempre que pode. No entanto, também não se mostra adepto de alterações muito profundas. O treinador acredita já ter uma base e é com ela que pretende insistir nas próximas duas rodadas das Eliminatórias. "Mexer muito tira a confiança do jogador e pode até piorar (o time) em vez de melhorar", defendeu.

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Ele sabe que o jogo contra os argentinos em Buenos Aires será uma guerra. Mas acredita que o grupo está ganhando confiança e maturidade para encarar situações complicadas. "Brasil e Argentina é uma eliminatória à parte. Vai ser difícil como sempre foi. Lógico que eles serão pressionados, como o Brasil foi. É um jogo diferente. Temos que saber conviver com essa pressão", considerou.

Dunga anuncia os 23 jogadores na próxima semana e Oscar corre sério risco de ficar de fora. A aposta e o cuidado com o meia do Chelsea - o treinador não o levou à Copa América para que pudesse se recuperar fisicamente para as Eliminatórias - não foi correspondida. Além de mal fisicamente e tecnicamente, o jogador também pecou pela falta de personalidade.

Para complicar a vida de Oscar, Lucas Lima foi bem nos treinos e quando entrou nos jogos contra Chile e Venezuela e Renato Augusto, outro jogador que pode preencher o setor de meio de campo, não foi testado de fato. E Dunga quer saber o que pode tirar dele na seleção.

Sem contar que Phillipe Coutinho só não esteve no grupo que jogou em Santiago e Fortaleza porque se machucou. Com todas opções, outro que pode sobrar é Kaká, embora a sua experiência possa ser muito útil no jogo em Buenos Aires.

Jefferson, apesar de barrado contra a Venezuela, deve voltar, mas será ainda mais "rebaixado". De titular, deve cair para a condição de terceiro goleiro, depois de Alisson e Marcelo Grohe - se estiver recuperado, deve ser o preferido no jogo na Argentina por sua experiência.

Danilo é volta certa na lateral direita. Como Daniel Alves tem sido importante para Dunga dentro e fora de campo, Fabinho deve "dançar". Na zaga, David Luiz só não será chamado se não puder atuar. A tendência é que os outros zagueiros não mudem, bem como os laterais-esquerdos Filipe Luís e Marcelo.

Dunga também não dá indícios de que vá mexer nos volantes - Luiz Gustavo, Elias e Fernandinho agradam. Willian, o melhor jogador da seleção nos dois jogos, está em alta. Douglas Costa é outro com moral. Na frente, deve repetir a fórmula utilizada agora: Hulk terá a preferência quando ele quiser um jogador que se mexa mais e Ricardo Oliveira levará vantagem quando a opção for por um homem de área.

Dois jogos, uma vitória em casa, uma derrota fora e muito por fazer. O saldo da seleção brasileira neste início de Eliminatórias não é dos mais altos, considerando-se que a equipe não conseguiu se impor a um adversário mais forte e motivado - o Chile - e não fez mais do que a obrigação contra um dos rivais mais fracos da disputa - a Venezuela. E uma das deficiências demonstradas nesses dois jogos que mais irritou o técnico Dunga foi na conclusão das jogadas. Criar chances de gol, o Brasil até criou tanto contra chilenos como contra os venezuelanos. Mas teve desempenho sofrível no momento de colocar a bola na rede.

Dunga está inconformado com os contra-ataques desperdiçados contra o campeão da Copa América até agora. Tanto que na noite de terça-feira, ao falar sobre a vitória em cima da Venezuela, lembrou do tema. "Jogamos contra o Chile, tivemos seis contra-ataques para matar o jogo e não fomos eficientes", recordou.

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No jogo com os venezuelanos, apesar dos três gols, as oportunidades desperdiçadas também incomodaram Dunga. A ponto de o treinador ter diminuído a nota que deu à seleção justamente por causa dos gols perdidos. "Eu sou exigente. Se a gente tivesse feito a metade dos gols eu ia dar um 9. Mas como não conseguiu, eu dou 8,5", justificou.

Conclusão de jogadas, com bola rolando e também parada, foi um dos aspectos mais enfatizados por Dunga nos treinos em Fortaleza que precederam a partida contra a Venezuela. E tudo indica que será um dos pontos de maior atenção da comissão técnica durante o próximo período de reunião da seleção, em novembro, para os jogos com a Argentina em Buenos Aires e Peru em Salvador.

Dunga também viu coisas boas na seleção, sobretudo na partida contra os venezuelanos. "O mais bonito foram as jogadas trabalhadas, com qualidade técnica", analisou. Ele também considerou como ponto positivo a compactação da equipe, o toque de bola em alguns momentos e o fato de alguns jogadores terem "arriscado o drible".

ALTOS E BAIXOS - Alguns jogadores subiram no conceito do treinador nessas duas partidas. Outros, evidentemente, caíram. O caso mais notório de queda foi do meia Oscar, prestigiado por Dunga, mas que foi mal tanto contra o Chile como contra a Venezuela.

Em compensação, Lucas Lima ganhou espaço e deve ganhar também a posição de titular contra a Argentina e o Peru. "Está dando sequência ao bom trabalho em seu clube. Mostrando a mesma maturidade na seleção", elogiou Dunga.

O goleiro Alisson também impressionou a comissão técnica, sobretudo o treinador de goleiros Taffarel, pelo desempenho nos treinos e também no jogo contra a Venezuela. Jefferson, ao contrário, caiu em desgraça. Vem mal desde a Copa América e, contra o Chile, só não foi barrado porque Marcelo Grohe se machucou e Dunga achou arriscado demais promover a estreia do jovem goleiro do Internacional (23 anos) no jogo em Santiago.

Marquinhos também ganhou pontos com o treinador e não será surpresa se for titular contra a Argentina, mesmo com David Luiz tendo condição de jogo. O mesmo ocorre com Filipe Luís na lateral esquerda.

Já Ricardo Oliveira agradou a Dunga, mas pode voltar para o banco contra os argentinos. O treinador deixou claro que não sabe se manterá um centroavante típico contra o principal adversário do continente. Hulk tem chance de voltar a ser titular.

O técnico Dunga considera que a seleção brasileira jogou um bom futebol contra a Venezuela e por isso venceu bem o jogo da noite desta terça-feira no Castelão. O placar de 3 a 1 foi, para ele, consequência do poder de superação e da confiança dos jogadores, após a derrota por 2 a 0 para o Chile na estreia nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Ele deu nota 8,5 para a equipe, tirando meio ponto pelos gols perdidos.

"Queríamos ganhar, mas não ganhar de qualquer jeito e sim apresentando bom futebol para nós mesmos, pela nossa qualidade técnica", disse o treinador, que também destacou a importância da torcida cearense na boa performance da seleção. "O jogo foi desencadeando bem e tenho de dar os parabéns ao torcedor, que entendeu o espírito do jogo e aplaudiu a equipe quando ficou mais tempo. Com esse apoio, a equipe voltou ao jogo com qualidade."

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O treinador explicou as entradas do goleiro Alisson e do atacante Ricardo Oliveira, dizendo que ao escalar ambos levou em consideração as características da Venezuela. "O Alisson tem boa estatura e a equipe da Venezuela joga muitas bolas na área", justificou. Jefferson vinha falhando muito nas saídas do gol.

Sobre o artilheiro santista, o treinador explicou que sua entrada teve o objetivo de espaçar mais as linhas defensivas da Venezuela. "A equipe da Venezuela tem duas linhas de quatro e a característica dele era importante para criar espaço entre essas linhas", disse Dunga, que a partir de agora vai pensar na partida de novembro contra a Argentina. Ele não sabe se repetirá a escalação com um homem de área em Buenos Aires.

O técnico Dunga manteve seu comportamento enigmático e não revelou a escalação da seleção brasileira para a partida contra a Venezuela, nesta terça-feira (13), pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018. Ele admitiu estar em busca das melhores opções para a equipe, depois da derrota para o Chile na estreia, mas também disse que se mudar o time em toda rodada pode acabar comprometendo a confiança dos jogadores.

"Nós temos que buscar as melhores opções, mudar um pouco taticamente, depende do que poderemos introduzir. Vamos buscar jogadores que estão em melhor condição física e temos de buscar alternativas", disse, durante a entrevista coletiva que precedeu o último treino da seleção para o jogo com os venezuelanos.

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Mas em seguida, Dunga acrescentou: "Não significa que vamos mudar em todo jogo, porque já temos problemas de entrosamento. Se mudar toda hora, piora".

Nos últimos treinamentos, Dunga testou Filipe Luís na lateral esquerda, no lugar de Marcelo, e Lucas Lima no meio-campo, na vaga de Oscar. Também trabalhou com Lucas Moura no lugar de Willian.

Dunga garantiu que, junto com sua comissão técnica, tem quebrado a cabeça para tentar encontrar uma maneira de fazer a seleção jogar bom futebol, a ponto de perder o sono. "Eu e minha comissão técnica não dormimos muito bem", afirmou o treinador.

"E não é coisa de agora. Se nós queremos carinho da torcida, também sabemos que eles querem receber carinho da nossa parte. Um bom futebol, uma vitória, para que tenham alegria, para que possam sorrir", declarou. "Eu não sou muito de rir, mas também gosto."

O técnico Dunga deu atenção especial à marcação sobre pressão contra a defesa adversária neste sábado (10), no primeiro treino do Brasil para a partida contra a Venezuela. Ele também enfatizou as jogadas em velocidade, com toques rápidos e inversão de jogadas, como uma maneira de penetrar na retaguarda rival, prevendo uma retranca do adversário.

Dunga fez várias experiências tanto no setor defensivo como no meio de campo e ataque. Também trabalhou as conclusões e os cruzamentos contra a área adversária na primeira atividade de preparação da seleção para o segundo compromisso nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018.

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O treino, no estádio Presidente Vargas, foi aberto ao público. No entanto, apenas um pequeno grupo, de cerca de 50 pessoas, assistiram. E os torcedores se comportaram com bastante controle - foram orientados a isso. Apenas em um ou outro momento ouviu-se gritos, tímidos, por Kaká.

A seleção volta a treinar na tarde deste domingo. A atividade está marcada para o Presidente Vargas, mas pode ser transferida para o Castelão, local da partida desta terça-feira contra a Venezuela.

Paulo Roberto Falcão é um dos símbolos da seleção brasileira. O ex-meio-campista pediu paciência com a equipe comandada por Dunga, que foi derrotada pelo Chile na estreia das Eliminatórias da Copa do Mundo e ainda disse que os resultados aparecerão naturalmente porque "o trabalho está sendo bem feito".

O treinador do Sport relembrou o confronto do Brasil contra o Chile na Copa do Mundo de 2014. Na ocasião, o Seleção empatava por 1 a 1 e o atacante chileno Pinilla chegou a acertar o travessão no final do segundo tempo. A partida foi para os pênaltis e os brasileiros venceram por 3 a 2.

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"O resultado não foi surpresa para ninguém. A gente não ficou fora por pouco, no final do segundo tempo tomamos uma bola na trave que foi para fora e passamos nos pênaltis. O Chile é um adversário difícil, com um time muito bem montado, trabalhando há bastante tempo. Mas o Brasil vai se classificar, não tenho dúvidas", disse Paulo Roberto Falcão.

Além de pedir paciência com o time comandado por Dunga, Paulo Roberto Falcão elogiou a 'safra' brasileira e fez um comparativo irônico com a seleção alemã - sempre apontada como referência de gestão, planejamento e qualidade técnica.

"Peço que as pessoas tenham calma com a seleção porque está começando uma fase de classificação e não é nem uma classificação, é a primeira fase para uma Copa do Mundo. Essa safra da seleção é boa, porque a gente fica sempre falando da Alemanha, né? Se eu te perguntar qual o craque da seleção alemã você não vai me dizer um, agora tem cinco ou seis jogadores acima da média. Não temos que procurar um craque, temos que procurar jogadores acima da média para que o time produza", concluiu.

A derrota por 2 a 0 para o Chile, na noite desta quinta-feira em Santiago, pode levar o técnico Dunga a fazer alterações na seleção brasileira para o segundo jogo das Eliminatórias Sul-Americanas à Copa de 2018. Na próxima terça-feira, em Fortaleza, o Brasil enfrenta a Venezuela, uma das seleções mais fracas do continente e que começou mal, perdendo em casa para o Paraguai por 1 a 0. Com o tropeço diante dos chilenos, Dunga sabe que a obrigação de vencer os venezuelanos aumentou e, por isso, deverá armar uma equipe mais ofensiva.

É possível, por exemplo, que Ricardo Oliveira ganhe uma chance no time titular no lugar de Hulk. O atacante santista entrou bem contra o Chile e teve algumas chances de concluir a gol - e a conclusão foi a maior das deficiências da equipe nacional na derrota ocorrida no Estádio Nacional.

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Dunga, logo após a partida, preferiu não cravar a escalação do artilheiro do

Brasileiro (17 gols). "Ainda não tive tempo de analisar o jogo e ver onde podemos melhorar. Vou fazer isso e só então ver o que podemos fazer", disse, na entrevista coletiva que concedeu no estádio.

O comandante, aliás, não quis dar pistas sobre nenhuma mudança. "É muito difícil para um treinador falar sobre mudanças após uma derrota por 2 a 0. Nem sempre é preciso mudar tudo após um resultado negativo. Não é preciso mexer a cada derrota, e sim melhorar a cada jogo", afirmou.

Mas, apesar do discurso, não é só Hulk que tem o posto ameaçado. Oscar foi mal, esteve indeciso e inibido no momento de concluir as jogadas, e pode perder o lugar para Lucas Lima, que mostrou boa desenvoltura no giro que a seleção fez em setembro pelos Estados Unidos.

Outra substituição Dunga pode ser obrigado a fazer: David Luiz levou uma pancada no joelho ainda no primeiro tempo contra o Chile, teve de sair da partida, e, se o quadro se agravar, pode até ficar fora do jogo com os venezuelanos.

O médico Rodrigo Lasmar, porém, preferiu a prudência ao falar do zagueiro. "Foi uma pancada forte, ele sentiu muita dor e não conseguiu continuar no jogo, mas temos de esperar um pouco para a ver a reação e fazer um diagnóstico melhor", avisou. Se David Luiz for vetado, Marquinhos, que já entrou em seu lugar contra o Chile, poderá ficar no time, embora o corintiano Gil não possa ser descartado.

A seleção faz nesta manhã um treino fechado em Santiago e no início da tarde viaja em voo fretado para Fortaleza. A chegada à capital cearense está prevista para as 20 horas desta sexta-feira.

Na avaliação do técnico Dunga, o jogo da seleção brasileira com o Chile foi "parelho" e o Brasil poderia ter saído com a vitória se tivesse aproveitado melhor os contra-ataques em Santiago, nesta abertura das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018. Na opinião do treinador, os jogadores não souberam fazer as escolhas certas na hora de chutar ou passar a bola.

"A partida estava muito igual, principalmente no primeiro tempo, quando controlamos bem a bola. No segundo tempo, tivemos vários contra-ataques, mas na última passagem não tomamos a decisão correta. Sofremos um gol numa jogada que sabíamos que era uma das características do Chile, na primeira trave. Mesmo assim, no final ainda tivemos três chances de gol", disse.

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O treinador evitou falar sobre a ausência de Neymar e a falta de jogadores na seleção para chamar a responsabilidade e tentar decidir o jogo e buscar mais jogadas individuais.

"Willian, Oscar, Douglas Costa tomaram a decisão. Todos falam que não é importante o resultado, mas é claro que é importante. Tivemos cinco contragolpes que seriam fatais se a gente tivesse tomado a decisão certa. Aí não estariam falando que estava faltando esse ou aquele jogador. É claro que todo grande jogador faz falta", disse.

Dunga também não quis antecipar possíveis mudanças que fará na equipe para o jogo de terça-feira, contra a Venezuela. "Até o gol do Chile tivemos quatro oportunidades. Assim, é o futebol. Não é porque perdemos que temos de mudar. Temos que melhorar, assim como o Chile também."

Na batalha das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, equilíbrio emocional vai ser fundamental. Esse é um aspecto que o técnico Dunga e os demais integrantes da comissão técnica da seleção brasileira procuram enfatizar com os jogadores. As provocações, a catimba e mesmo possível complacência da arbitragem com o antijogo e a violência preocupam o treinador.

Para buscar esse controle emocional, o treinador acabou por acrescentar jogadores experientes ao grupo que dará a largada nas Eliminatórias contra o Chile, nesta quinta-feira, em Santiago - como os "trintões" Miranda, Daniel Alves, Kaká, Luiz Gustavo, Ricardo Oliveira, Filipe Luís, Elias e Fernandinho. E espera uma "resposta positiva". "Vai ser uma competição muito difícil e precisa ter cuidado para não perder a cabeça", disse David Luiz, parecendo ter assimilado os ensinamentos e o conselho da comissão técnica.

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Ricardo Oliveira, de 35 anos e o mais velho do grupo, acredita que o equilíbrio não será problema "É um tipo de competição diferente de todas as outras", disse sobre as Eliminatórias, que disputou para a Copa do Mundo de 2006. "Mas sabemos disso e ninguém vai ser surpreendido com atmosfera, ambiente. Está todo mundo consciente disso".

Dunga, aliás, tem no controle emocional critério forte no momento de decidir as convocações - prefere o mais "centrado" ao talentoso. Ao falar da não inclusão de Alexandre Pato no grupo que enfrentará chilenos e venezuelanos, acabou por admitir que o aspecto emocional jogou contra o são-paulino. Dunga lembrou que o colombiano Juan Carlos Osorio, então técnico do São Paulo, revelou que Pato se abateu e chegou a chorar por não ter sido convocado. "Nós falamos que na seleção precisamos de jogadores preparados psicologicamente".

Essa preparação emocional dos jogadores é algo que Dunga persegue desde que reassumiu a seleção, logo depois de uma Copa em que o desequilíbrio de vários atletas contribuiu de maneira importante para o fracasso brasileiro. Em sua primeira entrevista, ele deixou claro isso. "O Brasil sempre vai ter grandes jogadores, mas temos que aprender a ter o equilíbrio emocional", disse.

Pelo menos na Copa América do Chile, em junho, o controle esteve longe da seleção. Os jogadores demonstraram nervosismo. Contra a Colômbia, a situação extrapolou: Neymar se descontrolou ao ponto de brigar com adversários e se desentender com o árbitro chileno Enrique Osses, confusão que lhe valeu as quatro partidas de suspensão que o tiraram dos jogos iniciais das Eliminatórias.

Quando Dunga anunciou os jogadores convocados para os dois primeiros jogos do Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, a lista tinha Rafinha, Phillipe Coutinho e Roberto Firmino. Mas no grupo que faz nesta terça-feira (6) o segundo treino em Santiago para a partida de quinta contra o Chile aparecerão no campo Daniel Alves, Kaká e Ricardo Oliveira. É apenas um fato rotineiro que se repete desde que o treinador reassumiu a seleção: ele raramente conseguiu contar com o grupo original de uma convocação que fez.

Isso já aconteceu 22 vezes desde que Dunga reassumiu. Normalmente, ele perde jogadores por contusão. Mas já teve caso de indisciplina (Maicon, nos amistosos contra Colômbia e Equador no ano passado) e desta vez, teve até uma "deserção". Rafinha pediu dispensa porque não se via com chances de ser chamado regularmente e porque também cogitou jogar pela seleção da Alemanha - ele defende equipes do país atual campeão do mundo há 10 anos.

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Quando a partida é amistosa, Dunga nem lamenta muito os desfalques inesperados. Enxerga neles oportunidade de testar novos atletas. "Nessas situações a gente sempre pode observar um outro jogador. Mas é aquele negócio. Na seleção brasileira quando um levanta da cadeira há risco de o outro vir e sentar".

No entanto, quando a competição é oficial as ausências pesam. Exemplo disso aconteceu na Copa América. Dunga perdeu quatro convocados por lesão: os titulares Danilo e Luiz Gustavo, além de Marcelo e o goleiro Diego Alves. E nem sequer chamou outro de seus titulares, Oscar, que estava mal fisicamente à época e foi poupado justamente para chegar inteiro às Eliminatórias.

O resultado em campo foi o que se viu. A seleção em nenhum momento jogou bom futebol no Chile e, quando perdeu Neymar desandou de vez. A seleção não passou das quartas de final e após a eliminação para o Paraguai, Dunga lamentou os desfalques. "É preciso lembrar também que perdemos cinco jogadores importantes e que dariam uma experiência ainda maior aqui no Chile", disse à época.

CASOS RECORRENTES - Já na primeira convocação, no jogos contra Colômbia e Equador realizados nos Estados Unidos em 2014, Dunga teve de encarar três cortes: além do indisciplinado Maicon, Hulk e Alex Sandro se machucaram e tiveram de ser substituídos.

O fato se repetiu em todas outras ocasiões, algumas vezes por "atacado" como agora e na Copa América. Em março deste ano, por exemplo, Diego Tardelli, David Luiz e Marquinhos foram desconvocados dos amistosos contra França e Chile. Dunga aproveitou para testar Luiz Adriano, Gabriel Paulista e Gil. Deles, apenas o zagueiro corintiano seguiu em frente. Tanto que faz parte do grupo que está nas Eliminatórias.

O senador e ex-jogador Romário respondeu nesta terça-feira (29) as declarações do coordenador técnico da seleção brasileira, Gilmar Rinaldi, e do técnico Dunga, que revelaram na noite de segunda, em entrevista ao programa Bem, Amigos!, do SportTV, que vão entrar na Justiça contra o senador. Em longo texto nas redes sociais, Romário manteve o que disse sobre supostos interesses que existem nas convocações da seleção brasileira e citou reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo.

"Estão me pedindo provas, não preciso ir muito longe, o jornal O Estado de S. Paulo tornou público um contrato da CBF com a empresa a ISE, para a realização de amistosos da Seleção Brasileira", escreveu Romário. "Onde ficam os critérios técnicos? Quem define quais jogadores convocados? O técnico ou os parceiros comerciais?", questionou.

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A reportagem apresenta documentos que comprovariam que as listas de jogadores convocados precisariam atender a critérios estabelecidos pelos parceiros comerciais da CBF. E qualquer substituição precisaria ser realizada em "mútuo acordo" entre a entidade e empresários.

Durante a entrevista na noite de segunda-feira, Dunga disse que Romário dispara para "todos os lados" e que ele teria de "trazer os fatos" que comprovariam irregularidades na convocações. Gilmar ainda desafio Romário a abrir seu sigilo bancário e disse que o senador fizesse isso ele mostraria suas contas.

Romário não gostou e foi duro: "Sobre mim não pesam suspeitas", escreveu o senador, que também criticou a carreira de empresário de Gilmar antes de assumir o cargo na seleção. "Gilmar Rinaldi tem que se colocar no lugar dele. Sou senador da República, legitimado por quase 5 milhões de pessoas, enquanto ele foi indicado para um cargo em uma entidade corrupta depois de ter sido um jogador e empresário medíocre", atacou.

O senador questionou o trabalho de Gilmar como empresário antes de ser contratado pela CBF. "Tenho todo direito de afirmar que ele não deveria ocupar o cargo de coordenador da seleção brasileira. Até um dia antes dele ser anunciado para a função, Gilmar Rinaldi era empresário de jogador de futebol. Não acredito na isenção dele para o cargo".

"Ele só ocupa o cargo de coordenador da seleção porque foi indicado por pessoas como José Maria Marin, que está preso na Suíça, e Marco Polo Del Nero, outro alvo do FBI. Ele tem que desafiar seus iguais, pessoas iguais a ele", declarou Romário.

Após o senador Romário dizer que Dunga não convoca os melhores jogadores para a seleção brasileira e insinuar que existem interesses por trás das escolhas, o treinador e o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, disseram que vão processar o companheiro na conquista do tetracampeonato mundial.

"O senador Romário tem que trazer os fatos. Disparar para todo lado e atingir as outras pessoas, não importa se tem que matar um amigo, isso não é amigo, isso não é coisa de pessoas que têm uma linha reta", disse o treinador em entrevista ao SporTV.

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Gilmar Rinaldi foi mais incisivo, e desafiou Romário a abrir mão de sigilo bancário. "As pessoas que hoje falam em Justiça esquecem o passado delas e os paladinos da justiça são muito perigosos", disse o ex-empresário e dirigente, que também confirmou ter assinado demissão de Romário quando o ex-atacante estava Flamengo.

RAFINHA - Além de responder ao ataque de Romário às convocações da seleção brasileira, Dunga declarou não acreditar que terá novos pedidos de dispensa até a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, como aconteceu recentemente com Rafinha. O lateral-direito alegou que não estava sendo lembrado na seleção e pediu para não defender a equipe nas duas primeira partidas das Eliminatórias, contra Chile e Venezuela, nos dias 8 e 13 de outubro.

"A gente respeita a opinião de cada um, a vontade de cada jogador, tentamos ajudar o atleta a tomar uma decisão que seja melhor para ele, mas estamos conversando porque não queremos dúvida. O jogador tem que se sentir preparado, tem que querer estar na seleção brasileira", explicou Dunga.

PATO - Se Rafinha recusou o chamado, o atacante Alexandre Pato, em grande fase no São Paulo, não escondeu sua decepção por ficar fora da lista de convocados de Dunga. O jogador chegou a afirmar que não tinha um outro jogador atuando melhor que ele em sua posição. Dunga fez questão de acalmar o atacante, e revelou que está acompanhando o desempenho dos jogadores que invariavelmente ficam fora de suas listas.

"O jogador pode ficar tranquilo, tudo que é informação nós buscamos: quanto tempo faz que não marca, frequência que marca, como os gols são feitos, se com drible, se após um toque, se ele superou o adversário ou precisou de todos do time, em que momento o gol foi feito. Tudo isso a gente coloca e analisa detalhe por detalhe, porque nós não queremos errar", afirmou Dunga.

O técnico Dunga convocou nesta segunda-feira a lista de jogadores que vão defender a seleção brasileira olímpica em dois amistosos no mês de outubro. Os atacantes Gabriel Jesus e Gabigol, de Palmeiras e Santos respectivamente, e o meia Valdívia, do Internacional, são as principais novidades da equipe.

O time olímpico, visando os Jogos do Rio, vai enfrentar as modestas seleções de República Dominicana e Haiti nos dias 9 e 12 de outubro, ambos na Arena da Amazônia, em Manaus. Os amistosos serão quase simultâneos aos jogos da seleção principal, nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. O Brasil enfrentará o Chile no dia 8, em Santiago, e a Venezuela, no dia 13, em Fortaleza.

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Por essa razão, a equipe olímpica será comandada por Rogério Micale, técnico da seleção sub-20. Para estes jogos, Dunga fez a convocação após conversas com Micale e com o auxiliar Andrey Lopes. Ao todo, Dunga chamou 22 jogadores, todos sub-23, sendo que 13 deles atuam no Brasil.

A convocação, contudo, não deve atrapalhar os times na reta final do Brasileirão. Não haverá partidas do campeonato no período em que as duas seleções estarão em campo. Os amistosos do time olímpico e a estreia nas Eliminatórias vão acontecer no intervalo entre as rodadas 29 e 30 do Brasileirão.

 

Confira abaixo a convocação da seleção olímpica:

Goleiros: Ederson (Benfica) e Uilson (Atlético-MG);

Zagueiros: Marlon (Fluminense), Lucão (São Paulo), Dória (Granada) e Rodrigo Ely (Milan); Laterais: Maicon (Livorno), Zeca (Santos), Wendell (Bayer Leverkusen) e Douglas Santos (Atlético-MG);

Meio-campistas: Lucas Silva (Olympique de Marselha), Rodrigo Caio (São Paulo), Fred (Shakhtar Donetsk), Walace (Grêmio), Felipe Anderson (Lazio) e Valdívia (Internacional);

Atacantes: Kenedy (Chelsea), Vitinho (Internacional), Gabriel Jesus (Palmeiras), Luan (Grêmio), Gabriel (Santos) e Vinícius Araújo (Cruzeiro).

A CBF anunciou no fim da tarde desta quinta-feira a convocação do atacante Ricardo Oliveira, do Santos, para os jogos contra Chile e Venezuela, nos dias 8 e 13 de outubro, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. O jogador ocupará a vaga que era de Roberto Firmino, do Liverpool, cortado por lesão.

Artilheiro do Brasileirão, com 17 gols, Ricardo Oliveira não era convocado desde março de 2007. O atacante de 35 anos já defendeu a camisa da seleção principal em 12 oportunidades, tendo marcado três gols. Será a primeira vez que ele trabalhará sob o comando do técnico Dunga.

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A lesão que ocasionou o corte de Firmino não foi revelada. A seleção brasileira encara o Chile no dia 8 de outubro, fora de casa, e recebe a Venezuela em Fortaleza cinco dias depois.

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