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O naufrágio do navio mercante americano El Faro, que afundou em 2015 com seus 33 tripulantes, se deveu a erros do capitão e à negligência da proprietária da embarcação, segundo relatório da Guarda Costeira dos EUA divulgado neste domingo.

El Faro, construído em 1975 e com 225 metros de comprimento, viajava com centenas de contêineres e automóveis de Jacksonville (Flórida) rumo a San Juan (Porto Rico), com 28 americanos e cinco poloneses a bordo.

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Na madrugada de 1º de outubro daquele ano, atingido pelo furacão de categoria 4 Joaquín, no máximo de 5, com ventos de até 225 km/h e ondas de 15 metros, os tripulantes do navio informaram em um contato com terra firme de ter controlado a entrada de água, uma perda de propulsão e uma inclinação de 15 graus. Depois, não se soube de nada mais.

A embarcação foi localizada no começo de novembro a mais de 4.500 metros de profundidade, mas só em agosto de 2016 a caixa-preta foi recuperada e analisada.

Exatamente dois anos depois da tragédia, o mais grave acidente marítimo nos Estados Unidos em mais de três décadas, o informe da investigação realizada desde então pela guarda costeira americana é severo contra o capitão de El Faro, Michael Davidson, de 53 anos.

"O capitão não se deu conta da gravidade da ameaça que significava a entrada de água" em pleno furacão, ressaltou o informe.

Ele "não tomou as medidas apropriadas, levando em conta a gravidade da situação a bordo", acrescentou o documento de 200 páginas, ressaltando que Davidson deveria ter "alertado a tripulação e fazer os preparativos para abandonar o navio".

O informe também destacou que a operação de busca e resgate da Guarda Costeira foi impactada pelo fato de que quando Davidson finalmente tomou a decisão de deixar a embarcação, não informou a terra firme para trocar sua mensagem anterior de que permaneceriam no navio.

O documento acrescentou que a companhia proprietária do navio, Tote Maritime, não vigiou corretamente a evolução do furacão nos radares e destacou que os botes salva-vidas a bordo não aguentariam um mar tão agitado.

O informe recomenda à Justiça impor uma multa à Tote Maritime, mas não sugeriu nenhuma acusação criminal.

A família de um membro da tripulação processou em um tribunal de Jacksonville (Flórida) a proprietária do navio, à qual acusa de "negligência", e reivindica uma indenização de 100 milhões de dólares.

A gravação da caixa-preta do navio mercante americano "El Faro", que naufragou nas Bahamas em outubro de 2015 matando seus 33 tripulantes, foi interrompida durante dez minutos depois da ordem de evacuação dada pelo capitão, segundo a Junta Nacional de Segurança em Transportes (NTSB).

O último sinal do navio seria das primeiras horas da manhã do dia 1º de outubro: surpreendido pelo furacão Joaquim, de categoria 4 em uma escala até 5, o capitão informou em uma conversa com terra firme de uma via de água que havia sido controlada, de uma perda de propulsão e uma inclinação de 15 graus.

Nesta quarta-feira, onze meses depois, surgiram os detalhes dos últimos instantes da embarcação. A caixa-preta do navio foi encontrada, no início de agosto, a quase 4.500 metros de profundidade, a 65 km ao nordeste das ilhas Acklins e Crooked (Bahamas).

Na manhã de 1º de outubro, as gravações registram discussões entre o capitão e membros da tripulação sobre uma via de água e a inclinação da embarcação. O capitão ordenou a evacuação do navio de carga e deu o sinal de alarme às 07H30 daquele dia. "A gravação termina dez minutos depois quando o El Faro estava a 39 milhas náuticas (72 km) da ilha Crooked", acrescenta a NTBS.

O El Faro levava 33 pessoas, principalmente americanos e cinco poloneses. Todos desapareceram.

Os restos de um naufrágio encontrados no último sábado a mais de 4.500 metros de profundidade pertencem ao navio de carga El Faro, que naufragou nas Bahamas durante um furacão no início de outubro com 33 pessoas a bordo, informou na segunda-feira a agência federal americana de acidentes transporte (NTSB).

"Os restos encontrados no fundo do oceano em 31 de outubro são de El Faro. A exploração da zona e do navio continuam", informou a entidade em comunicado.

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No sábado, a NTSB havia anunciado que marinha americana conseguiu "encontrar fragmentos que poderiam vir do cargueiro El Faro, que afundou durante o furacão Joaquín em 1º de outubro".

"Os restos se encontravam a "uma profundidade de aproximadamente 4.570 metros, nas proximidades de sua última posição conhecida", afirmou a NTSB.

Um robô teleguiado foi usado para identificar o navio.

El Faro, um navio de 41 anos e 225 metros de comprimento, transportava centenas de contêineres e automóveis de Jacksonville (Flórida) a San Juan (Porto Rico), quando enviou sua última mensagem no dia 1º de outubro.

A mensagem relatava uma perda de propulsão e uma entrada de água no casco, que foi resolvida, embora a comunicação tenha anunciado uma inclinação do barco.

Durante dias, os socorristas realizaram uma intensa busca dos 28 americanos e 5 polacos que integravam a tripulação, mas só encontraram os restos mortais de uma pessoa, um bote salva-vidas muito danificado e uma rastro de detritos no mar.

O furacão Joaquín alcançou a categoria 4, na escala Saffir-Simpson de 5, com ventos que chegaram aos 225 km/hora e provocou ondas de até 15 metros, causando enormes danos nas Bahamas e, em menor medida, em Bermudas.

Um navio da Marinha americana se dirige ao local onde se supõe que tenha naufragado o cargueiro "El Faro" com 33 tripulantes a bordo, após ser apanhado por um furacão, para recuperar a "caixa preta" da embarcação, informaram autoridades que investigam o acidente nesta terça-feira.

O rebocador USNS Apache, da Marinha, zarpou nesta segunda-feira do estado da Virgínia (leste) e se espera que chegue no sábado à última posição conhecida de "El Faro", perto da ilha Crooked no arquipélago das Bahamas, indicou em um comunicado a americana Junta Nacional de Segurança dos Transportes (NTSB, em inglês).

O Apache leva a bordo um "equipamento especializado para esta missão" de recuperar o gravador de informação de viagem (Voyage Data Recorder, VDR), indicou a NTSB, segundo a qual o aparelho, que registra detalhes da viagem, é chave para reconstituir o trajeto do cargueiro de bandeira americana que naufragou em 1º de outubro.

A Guarda Costeira americana acredita que "El Faro" tenha ido a pique em uma região com mais de 4.000 metros de profundidade, depois de enviar um sinal por satélite anunciando que estava perdendo propulsão e fazendo água, quando era castigado pelo poderoso furacão Joaquín.

Durante dias, socorristas fizeram intensas buscas por sobreviventes entre os 28 americanos e 5 poloneses da tripulação, mas só encontraram os restos mortais de uma pessoa com traje de sobrevivência, um bote salva-vidas muito danificado e um rastro de destroços do barco no mar.

Os trabalhos de busca do rebocador da Marinha "se estenderão por pelo menos duas semanas", acrescentou a NTSB. Em contato com a água, o VDR começa a emitir um sinal que pode ajudar nas buscas, segundo as autoridades. A bateria do aparelho dura um mês.

A NTSB indicou nesta terça-feira que "El Faro", um cargueiro de 41 anos que transportava veículos e outro tipo de carga de Jacksonville, na Flórida, para Porto Rico, tinha sido aprovado em meses anteriores em várias revisões de segurança.

A embarcação estava prestes a ser retirada da rota pelo Atlântico e passar a navegar na costa oeste americana, razão pela qual tinha começado a sofrer modificações técnicas.

A família um membro da tripulação processou na semana passada a empresa Tote Maritime, acusando a proprietária do navio de "negligência" por permitir que zarpasse apesar da ameaça do furacão.

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