Tópicos | Entrega de cargos

A decisão da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) de seguir com cautela na hora de discutir se entrega ou não os cargos ocupados pelo partido nos governos do PSB, deve ser respeitada com rigor pelos petistas pernambucanos, de acordo com um dos líderes da legenda, o ex-prefeito do Recife João da Costa.

Em conversa com o Portal LeiaJá, o ex-prefeito afirmou que os petistas não vão ser “precipitados”, lembrou que “o processo governista só termina em 2014” e até lá a legenda deve seguir o mesmo “diálogo aberto”.

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Segundo Costa, a executiva local do PT vai se reunir nesta segunda-feira (23) à noite para decidir como se portará em relação aos cargos ocupados no governo de Eduardo Campos (PSB) e de Geraldo Julio (PSB). 

“O PT ainda não fez um balanço sobre as suas ações em Pernambuco. E o que vamos defender hoje é que seria precipitado entregar os cargos sem fazer um balanço e, principalmente, sem discutir como será a pauta do partido em 2014. O jogo ainda não terminou é preciso que o PT discuta a sua participação nos governos do PSB”, defendeu João da Costa.

Ainda segundo ele, o debate estabelecido pelo Processo de Eleições Diretas (PED) da sigla, que será realizado em novembro deste ano, vai contribuir para esclarecer o caminho a ser seguido pelos petistas em Pernambuco.

 

A possibilidade do atual secretário estadual de Transportes, Isaltino Nascimento (PT), sair do Partido dos Trabalhadores (PT) como vem sendo comentado no meio político, foi negada pelo petista nesta segunda-feira (23), em entrevista ao LeiaJá. Sem arrodeios, o petista demonstrou não haver a mínima possibilidade de migração e também comentou sobre a provável entrega dos cargos ao governo socialista.

Questionado se havia a possibilidade de ir para a ala do PSB, assim como fez recentemente o deputado estadual André Campos (ex-petista), Isaltino foi incisivo. “A possibilidade de eu sair é a mesma do Rio Capibaribe ser deslocado para o Sertão do Araripe”, respondeu, acrescentado em seguida que o assunto é apenas especulação. “Isso é coisa de fogo amigo. Tenho 20 anos no partido e nunca pensei nisso e tenho um diálogo bom com o governador”, afirmou.

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Já em relação à entrega dos cargos em reposta a decisão do PSB que entregou na última quarta-feira (18), as funções ligadas ao governo federal, ele disse acatar a decisão do PT “Se a executiva decidir entregar os partidos a gente vai junto com o partido”, confirmou.

*Com informações de Alex Ribeiro

 

 

 

A saída do PSB do Governo Federal pode render bons frutos para outros partidos, entre eles o PMDB que protagonizou, há alguns meses, uma crise interna com o PT. A participação dos peemedebistas na gestão de Dilma Rousseff (PT), já tem um amplo leque, por ocupar a cadeira da vice-presidência, no entanto com o crescimento nacional do nome do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), o vice Michel Temer (PMDB), poderia ser substituído por Campos. Caso a vontade do ex-presidente Lula, de ter o socialista na chapa majoritária, se sobressaísse. 

Para o cientista político e professor da UFPE, Adriano Oliveira, a entrega dos cargos do PSB consolida a aliança do PT com o PMDB e deixa os petistas ainda mais dependentes dos peemedebistas. “A saída do PSB reforça a aliança entre o PMDB e o PT. Agora o PMDB tende a assumir os cargos que eram do PSB. E com certeza o PT fica cada vez mais refém do PMDB”, afirmou o estudioso.

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Corroborando a opinião de Oliveira, o cientista Túlio Velho Barreto, o PMDB só encerra a aliança com o PT, caso aja uma perspectiva de derrota do PT nas eleições de 2014. “A saída do PSB do governo de certa forma favorece a estabilização da relação do PT e PMDB, durante este último período o PSB esteve se colocando como uma alternativa, que daria uma coloração mais a esquerda para o governo. Com o afastamento do PSB o PMDB vai ficar mais a espaço dentro do governo do PT. O PMDB só saí desta aliança se ele tiver uma perspectiva de derrota”, assegurou o especialista.

A iniciativa do PSB tem sido encara por muito como “louvável”, inclusive, para representantes do PMDB em Pernambuco. No entanto o estreitar de laços entre os peemedebistas nacionais e os petistas, foi encarado pelo vereador do Recife, Jayme Asfora (PMDB), como algo negativo. “Pode ser que venha a fortalecer a aliança dos dois partidos, mas acho isso ruim para o PMDB, pois assim a legenda fica ainda mais marcada pelo estigma de que vive a base de apadrinhamentos”, frisou Asfora. Sugerindo ainda que possivelmente os ministérios, antes ocupados pelo PSB, sejam agora ser encaminhados para a responsabilidade da vice-presidência.

O que segundo Velho Barreto, ainda é muito cedo para assegurar.“A presidenta pode usar os cargos para segurar outro partido, como o PDT, que queira seguir a mesma linha do PSB, mas a hipótese de ser dado para o PMDB não é descartada. Mas penso que ainda não existe nada definido”, disse.

O senador Humberto Costa (PT) garantiu, nesta quinta-feira (19), que Pernambuco continuará sendo prioridade para o governo de Dilma Rousseff (PT). Segundo o petista, apesar da saída do PSB do governo, os dois partidos continuarão tendo uma boa relação. “Absolutamente, em nenhum momento houve uma ruptura entre o PSB e o governo Dilma, entre o PSB e o PT. Na verdade, o PSB apenas optou por sair do governo. No entanto, todas as ações, todos os programas do Governo Federal, especialmente todos aqueles feitos em parceria com o Governo do Estado, com as prefeituras vão continuar integralmente”, enfatizou Humberto.

O parlamentar lembrou que os grandes investimentos do Governo Federal em Pernambuco, como o estaleiro Atlântico Sul, as obras do PAC, os investimentos em mobilidade e as ações de ampliação da oferta de água no Estado, como no caso da transposição do Rio São Francisco e a adutora do Agreste. “Tudo que Lula e Dilma já fizeram por Pernambuco não fizeram simplesmente por conta de terem uma relação com o governo estadual, fizeram pelo compromisso com Pernambuco”, afirmou o senador.

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“Há um carinho da presidente Dilma com o Nordeste, muito especialmente com Pernambuco, muitos investimentos importantes têm vindo para o nosso Estado, grandes obras de infraestrutura e tudo isso vai continuar. A presidenta olha o povo e o povo é que é o centro e o foco da sua atenção”, assegurou Humberto.

A atitude do PSB de devolver ao PT os cargos ocupados pelos socialistas no Governo Federal é descendente de uma pressão feita pelos petistas, de acordo com o deputado estadual Vinicius Labanca (PSB).  Segundo o parlamentar, a ação não significa ainda uma ruptura total com o PT, mas prova que o PSB não está em busca de “cabides de emprego”.

“A entrega dos cargos não tem que ver ainda com ruptura, esta decisão demonstra que o partido não está atrás de cabides de emprego. O PSB está querendo abrir diálogos e cuidar do futuro do Brasil, como tem afirmado Eduardo Campos”, frisou o parlamentar.

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Para Labanca, a pressão feita pelo PT não é “vista com bons olhos”. O parlamentar disse ainda que o PSB não vai pedir os cargos ocupados pelo PT em governos estaduais e prefeituras, mas espera que os petistas também sejam capazes de conversar. 

“O PSB não está pedindo que eles entreguem os cargos, mas é preciso que o PT tenha consciência que está na hora de começar a abrir o diálogo. O que Dilma nunca fez, diferentemente do presidente Lula. O PSB nunca procurou desmembrar nenhum partido ou aliança. Dilma não fez por onde e o Brasil precisa de uma nova política, nunca se viu uma crise como esta no país”, destacou o deputado.

Vinicius Labanca, desde que iniciou o discurso de uma possível candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República, sempre se posicionou a favor da postulação. Questionado sobre isso, o parlamentar afirmou que “o Brasil precisa no mínimo ouvir o que Eduardo tem a dizer”. 

 

Depois do anúncio do líder do PSB na Câmara Federal, deputado Beto Albuquerque (RS) nesta quarta-feira (18), a liderança do partido no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), mantém o discurso de necessidade de independência da legenda para focar na discussão dos temas nacionais e na articulação de uma candidatura à Presidência da República.  "Fomos aliados leais mesmo nos momentos mais difíceis. O que não aceitamos é essa pressão", disse, em relação à decisão de sair da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT).

Querendo amenizar a decisão e as possíveis repercussões no cenário petista, Rollemberg defendeu a atitude dos socialistas afirmando estar agindo de forma coerente. “Estamos agindo de forma correta e coerente com o que acreditamos. Dessa forma, a presidente não passará por constrangimento e nós também não", justificou.

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Já o deputado federal Márcio França (PSB-SP) questionou a capacidade de articulação política de Dilma Rousseff.  "Ela é uma pessoa correta, idônea, mas não tem traquejo político. Ela está fazendo o máximo que ela pode, mas isso é insuficiente para o Brasil", alfinetou. Para ele, a falta de abertura para diálogo é a pior característica da presidente.  "Ela não gosta de ouvir e isso não existe na política", soltou.

Depois de pontuar as falhas de Dilma, França acredita que a decisão é mais um passo para fortalecer a candidatura do governador Eduardo Campos. "Essa é a decisão interna que unificará o discurso do partido", antecipou.

*Com informações de Dulce Mesquisa

Um dos principais nomes na investida do PSB, com relação a apoiar ou não o PT nas eleições de 2014 e se continua a protagonizando à administração de pastas no Governo Federal, é o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (FBC), que deve sair beneficiado em todo esse dilema entre petistas e socialistas, principalmente em Pernambuco. Antes de seguir para a reunião com a Executiva Nacional do partido socialista, FBC confirmou que os cargos ocupados pelo PSB serão colocados à disposição da presidenta Dilma Rousseff (PT) e que ele vai continuar no partido.

"O partido deverá tomar a iniciativa de colocar os cargos a disposição da presidenta Dilma para que ela possa ficar inteiramente a vontade com liberdade para fazer as mudanças que julgar necessária no seu ministério. Vamos participar da reunião e assim que o partido encaminhar uma definição vamos seguir a orientação", revelou ao jornalista Gerson Camarotti. 

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FBC sempre se colocou como defensor incondicional da manutenção da aliança entre o PT e o PSB, tanto nacionalmente como no estado. O ainda ministro é um dos principais nomes apresentados, na atual conjuntura socialista, para postular o cargo de governador do estado, apoiado por Eduardo Campos.

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