Tópicos | Entrega de cargos

O PMDB sacramenta, na tarde nesta terça-feira (29), o desembarque do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Conhecido por ser o partido mais heterogêneo, desta vez a maioria dos diretórios estaduais devem referendar o desembarque. Opositor ferrenho ao PT, o diretório peemedebista de Pernambuco vai ratificar a postura já adotada que é a defesa do impeachment e a entrega dos mais de 600 cargos ocupados pelo partido na gestão federal. 

Avaliando o cenário nacional, o presidente da sigla no estado e vice-governador, Raul Henry, prevê que hoje 80% do PMDB deseja o rompimento com o governo. “Como o partido é muito heterogêneo, já que em cada estado do Brasil há um perfil diferente, é possível que a minoria, sobretudo aqueles que estão ocupando os sete ministérios, queira continuar apoiando a presidente. Mas, a maioria absoluta do partido, incluindo o PMDB de Pernambuco, entende, sim, que o governo acabou, uma vez que Dilma Rousseff não lidera mais o Congresso Nacional e não tem a confiança da sociedade brasileira”, observou. 

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Dona da maior bancada no Congresso Nacional, a legenda era considerada a principal aliada da petista até o início do segundo mandato, em 2015, quando a crise política nacional começou a gerar imbróglios mais intensos entre os dois partidos. 

O cenário agravou-se ainda mais com o silêncio do presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, diante do pedido de impeachment da presidente, endossado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Outro agravante é o discurso de que a legenda deverá ter candidato à presidência em 2018.    

Membro da ala dos peemedebistas opositores ao PT, o deputado federal Jarbas Vasconcelos pontuou recentemente que Michel Temer deve iniciar agora um processo de preparação para 2018 e para assumir o governo, caso o processo de impeachment da petista tenha sucesso.   

“O impeachment vai dar Temer. Quando vai ser isso? Daqui a 30 e 40 dias. Ele tem que se recolher agora e conversar dentro do PMDB”, cravou. “Ele [Temer] tem uma travessia longa. Maior do que a de Itamar Franco. Ele tem que fazer parcerias com pessoas boas [como Henrique Meireles]. A gente tem que conversar. Não podemos ser pegos de calças curtas. Vamos trabalhar para entregar os cargos [no governo]”, acrescentou. 

Tanto Jarbas quanto Henry participam da votação que definirá a postura da legenda.

Crítica petista

Avaliando a debandada do PMDB, que já iniciou antes da reunião com a entrega do cargo do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, o líder do governo no Senado, Humberto Costa, avaliou como "oportunista" o desembarque da legenda de uma gestão que integra desde 2010. Para Humberto, seria um ato de ignorância sem tamanho, um suicídio político que pode jogar o país no caos da instabilidade jurídica e institucional. 

“Essa convenção é algo impensável em qualquer sistema presidencialista sério do mundo. Não quero aqui imaginar que – em desapreço ao papel constitucional que exerce e ao papel institucional que tem como presidente do PMDB – o vice-presidente da República Michel Temer conspurque a própria biografia em uma conspiração para destruir a chapa pela qual se elegeu, ao trabalhar para derrubar a sua titular”, alfinetou. 

O presidente do PT do Recife, Oscar Paes Barreto, foi exonerado do cargo de secretário Executivo de Acompanhamento e Gestão da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária. A medida foi publicada na edição dessa sexta-feira (7) do Diário Oficial do Estado. O ato, assinado pelo governador Eduardo Campos (PSB), é retroativo ao dia 1º de março. Oscar havia entregue o cargo no dia 18 de fevereiro, após pressão da executiva nacional do PT.

Nessa sexta também deixou o governo do PSB, na Prefeitura do Recife (PCR), o secretário municipal de Habitação, Eduardo Granja (PT). Granja resistia a entrega do cargo e chegou a afirmar, antes do Carnaval que não pediria a exoneração mediante a uma ordem da executiva. A saída oficial dos secretários acontece cinco meses após o rompimento do PSB com o PT. 

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O imbróglio da entrega de cargos do PT nos governos do PSB parece estar longe de ter um ponto final. Entre os petistas que ainda participam das gestões está o secretário de habitação do Recife, Eduardo Granja, que afirmou, nesta sexta-feira (28), continuar no comando da pasta até que a legenda dê espaço para um diálogo e a apresentação dos benefícios adquiridos com a aliança na Prefeitura do Recife (PCR). A Executiva Nacional determinou na última semana que todos os petistas deixassem imediatamente os cargos, com a possibilidade de expulsão caso não acatem a medida.

"Desta forma não vai ser feita. Se o debate é que cada um arque com as consequências, a gente arca com a nossa. Não vamos aceitar esse tipo de interpelação. Se o tratamento for esse, talvez a gente não caiba mais na casa", disparou. Questionado se a direção da legenda solicitasse que ele escolhesse o governo ou o partido, Granja voltou a afirmar que não aceitaria a imposição. "Aí me expulsem", disparou.

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De acordo com o secretário, nove pessoas ligadas ao grupo político dele compõem o corpo administrativo da secretaria de habitação do Recife. "Até da CNB tem gente ainda na secretária", revelou.

 

A Executiva Nacional do PT decretou, nesta terça-feira (18), que os petistas devem deixar imediatamente os cargos ocupados nos governos do PSB em Pernambuco. A interferência foi para por um fim no dilema da legenda no estado. O assunto foi abordado durante a reunião dos dirigentes no fim da manhã, em Brasília, e a decisão foi acatada por unanimidade. 

"Tomamos um posicionamento político com relação ao caso. Puxamos para a Nacional para ver se agora eles aderem a decisão do partido", afirmou a dirigente Vivian Farias, em conversa com o Portal LeiaJá. O tema foi pontuado, de acordo com Farias, pelo senador e vice-presidente Humberto Costa (PT) e por ela. Caso os filiados descumpram a determinação, eles serão encaminhados à expulsão. 

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Segundo Farias, os prazos dados pela estadual e a nacional, anteriormente, já foram expirados e, por isso, a Secretaria de Comunicação da legenda vai divulgar amplamente o decreto para que no máximo até o fim da semana os que não forem exonerados sigam para o processo administrativo interno. 

Nessa segunda-feira (17) o a direção do PT de Pernambuco divulgou uma listagem, com 20 nomes, de pessoas que ainda ocupam cargos nas gestões socialistas de Paulista, Recife e no Governo do Estado. Agora além destes, o desembarque deve ser em todo e qualquer município pernambucano. 

Aparentemente o enredo do PT sobre os cargos ocupados nos governos do PSB em Pernambuco deve chegar ao fim nesta segunda-feira (17). Foi isso o que garantiu a presidente estadual da legenda, deputada estadual Teresa Leitão, ao afirmar que a reunião será o “ponto final” para o dilema. O encontro com os dirigentes está marcado para às 18h, na sede estadual do partido, no Recife. 

“Hoje é o ponto final, depois desta reunião só vamos dar encaminhamentos”, vaticinou a presidente. O imbróglio tem rendido grandes discussões no partido, no último encontro da direção estadual, há quinze dias, ficou definido que a legenda feria um levantamento e, de acordo com Leitão, foi feito. “Vou apresentar (o levantamento) para a executiva durante o nosso encontro”, afirmou, sem adiantar mais detalhes. 

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O desembarque dos governos socialistas é uma determinação do PT efetuada desde o ano passado, após o rompimento nacional, no entanto alguns continuam administrando pastas na gestão. Ocupam lugares no primeiro escalão o presidente da legenda no Recife, Oscar Barreto, que é secretário executivo de Agricultura de Pernambuco, e o secretário de Habitação do Recife, Eduardo Granja. 

Além da questão dos cargos, também estão na pauta o calendário de tática eleitoral da legenda. Outro foco é a organização do programa eleitoral gratuito.

Os membros da Comissão de Tática Eleitoral do PT (CTE) terá a primeira reunião do ano na noite desta segunda-feira (3), na sede estadual do partido. No encontro marcado para as 19h, as pautas principais serão a definição de candidatura própria ou apoio ao senador Armando Monteiro (PTB) e a entrega de cargos a gestão do PSB no Estado. 

De acordo com a presidente estadual do PT, Teresa Leitão, o encontro é um evento rotineiro do partido e deverá ocorrer periodicamente. “Nós realizaremos reuniões a cada 15 dias, é a forma de funcionamento da executiva do partido. Já o diretório se reúne a cada dois meses”, explicou.

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Garantindo tocar no assunto da entrega de cargos petistas no Estado, mas sem detalhar os direcionamentos do evento, Leitão explicou que o encontro irá abrir o ciclo de reuniões e terá outros desdobramentos como um balanço anual de atividades. “A pauta vai abrir o ciclo quinzenal de reuniões rotineiras que este ano tem uma situação mais destacada por causa das eleições”, antecipou a petista. 

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A executiva municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) realizou neste sábado (1°), a primeira reunião para composição oficial dos membros do diretório local na sede do Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (Sinttel), na Boa Vista. O encontro também pontuou a retomada do debate sobre a entrega ou não de cargos petistas à gestão do PSB.

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Reunindo pouco menos de 50 militantes, o encontro foi encabeçado pelo presidente do PT na capital pernambucana, Oscar Barreto, demais membros da executiva municipal e o secretário de Habitação do Recife, Eduardo Granja. 

De acordo com o secretário de Organização do partido no Recife, Felipe Curi, a principal pauta foi à participação da legenda nas gestões estaduais e municipais. “Nosso foco foi o debate para a conjuntura municipal e a participação no governo local, estadual e nacional, focando o papel do PT neste cenário”, detalhou. 

Ainda segundo Curi, a discussão de entrega ou não de cargos petistas ao PSB em Pernambuco foi levantada porque não houve diálogo entre a executiva estadual e as municipais. “A gente não é contra o mérito da decisão. A gente é contra a forma como ela se deu porque não levou em conta a instância partidária do município”, opinou. 

Felipe Curi contou a equipe do LeiaJá que desde a época da decisão de entrega dos cargos petistas no Estado, que a executiva municipal enviou um recurso para a executiva nacional, pedindo um posicionamento, mas não obteve retorno. “O que nós gostaríamos é que a nacional se posicionasse em relação à composição do governo e que levasse em conta a instância do Recife”, ratificou, soltando em seguida que na vinda de Rui Falcão ao Recife, semana passada, ele confirmou “por meio da imprensa que era para acatar a decisão estadual, mas não houve uma posição oficial sobre a resolução enviada”. 

Como o assunto dos cargos não teve martelo batido, o secretário de organização acredita que haja nos próximos dias a convocação de uma reunião extraordinária para que seja votada a decisão dos cargos. Enquanto isso, ele deixou claro que o debate apenas acumulou. 

Além do assunto polêmico que ainda movimenta o PT local e que segundo Curi há divergências na decisão dos cargos, outra pauta da reunião foi o foco na reeleição de Dilma e os encontros com os membros das 13 zonais. “Definimos que iremos nos reunirmos com os presidentes zonais do PT para dar posse aos diretórios e fazer o debate com a base do partido em relação ao legado de 12 anos do governo”, acrescentou. 

Comemoração – Segundo Felipe Curi, a celebração dos 34 anos de existência do PT comemorados no próximo dia 10 de fevereiro também será celebrada em Pernambuco. “Nós iremos fazer a festa junto com o diretório estadual, mas ainda estamos fechando o cronograma de atividades e o local”, antecipou. 

Composição do primeiro escalão municipal – O encontro também oficializou a composição da executiva municipal que entre os principais membros do PT, já eleitos estão:

Presidente do PT no Recife: Oscar Barreto;

Primeiro vice-presidente: Demétrio Fiorante

Secretário Geral: Rodrigo Callou;

Secretário de Organização: Felipe Curi;

Secretário de Finanças: Eduardo Nunes

 

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A saída dos membros do Partido dos Trabalhadores (PT) do governo de Sérgio Cabral (PMDB), no Rio de Janeiro, foi aprovada por petistas pernambucanos nesta quarta-feira (29). No local, o diretório estadual da legenda prometeu deixar a gestão até a próxima sexta-feira (31) e a decisão foi vista por membros da legenda como adequada.

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De acordo com o senador Humberto Costa (PT), o caso do Rio existe há algum tempo e é fruto de uma desavença com o PMDB. “É uma situação que há alguns anos temos acompanhado e tem se ampliado com divergência entre o PT e o PMDB até pelo fato de que o PT almeja ter uma candidatura, e era uma contradição estar no governo neste caso”, avaliou.

O senador acredita que o nome do pré-candidato ao governo do Rio e senador da República, Lindbergh Farias (PT) é forte para enfrentar a disputa eleitoral, por isso, a decisão foi a mais correta na sua visão. “Foi uma posição mais equilibrada, o PT tem uma candidatura competitiva e essa foi uma atitude coerente, adequada e mais correta neste momento”, pontuou.

Para a deputada estadual e presidente do PT em Pernambuco, Teresa Leitão, o principal motivo da ruptura foi mesmo a decisão formada sobre o lançamento de candidatura. “Eles vão ter candidatura própria e isso foi tranquilo lá, o lançamento de Lindbergh deverá ocorrer dia 22 de fevereiro, então acho natural porque o processo começou desde o ano passado”, comentou. 

Também frisando a questão da eleição, o presidente municipal do PT no Recife, Oscar Barreto – que ainda integra a gestão Eduardo Campos (PSB) na secretaria de Agricultura – disse que no Rio de Janeiro terá dois palanques para Dilma. “No processo do Rio o PT tem candidato, então lá, tem dois palanques: um palanque do PMDB que apoia Dilma e o PT resolveu ter um candidato que não é de agora, ele já é candidato há um ano”, destacou o petista. 

Comparando o caso do Estado do Sudeste com os cargos do PT em Pernambuco, Barreto criticou a forma como está sendo tratada a mesma questão a nível local. “Em Pernambuco o PT não tem nome. (...) Até hoje não se sabe quantos cargos se tem no PT. É preciso fazer um levantamento destes cargos. Na realidade, o PT de Pernambuco está devendo transparência, uma posição que se destina e que o conjunto cumpra”, disparou o presidente municipal. 

 

 

Com a decisão de entrega dos cargos do PT ao governo de Eduardo Campos (PSB), ter sido comunicada oficialmente pelo presidente estadual da legenda, deputado Pedro Eugênio, nesta segunda-feira (21), o líder do partido na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Manoel Santos afirmou não agir daqui por diante como oposição. Em conversa com a imprensa após a reunião de Eugênio com Campos na sede do governo, em Olinda, o parlamentar garantiu não realizar oposição sistemática.

“Da mesma forma que o PSB entregou os cargos no governo federal para ter liberdade de tocar o processo de discussão da construção de candidatura do governador Eduardo Campos, nós do PT precisamos ter liberdade para tratar do processo da construção da campanha da presidente Dilma”, justificou o deputado, assim como também tinha comentado Pedro Eugênio.

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Já sobre a postura da bancada petista na Casa Joaquim Nabuco, Santos disse não agir como opositor. “Na Assembleia hoje teremos uma posição independente. Nós não vamos nos puncionar como oposição sistemática para nos posicionar ao contrario àquilo que seja interesse do povo de Pernambuco ou mesmo no que seja apresentado pelo PSB, ou pelo executivo. Se o projeto é interesse ao povo de Pernambuco porque vamos ficar contra?”, expôs.

Apesar de garantir não ser oponente, o líder do PT frisou a importância de se ter mais independência. “Nós vamos ter independência. Não somos hoje da base do governo e vamos trabalhar por aquilo que for de interesse do povo de Pernambuco”, ratificou, acrescentando desejar a mesma atitude por parte do PSB. “Esperamos que também aquilo que é de interesse de Pernambuco, contarmos com o apoio do PSB, porque a eleição não deve mudar nosso compromisso com o povo de Pernambuco”, anseia.

Bloco com o PTB – Outro aspecto comentado pelo parlamentar se refere a uma possível formação de bloco entre o PT e o PTB, já que este último também entregou recentemente os cargos ao governo do PSB. “Todos que estão numa posição de independência nós já tínhamos os que já eram oposição, então, acredito que em alguns momentos poderemos votar de forma articulada e outras vezes não”, soltou Manoel Santos.

Depois de quase três horas de reunião a portas fechadas, entre o presidente estadual do PT, deputado federal Pedro Eugênio e o governador Eduardo Campos (PSB), o PT oficializou na tarde desta segunda-feira (21), a entrega dos cargos ao governo socialista. Na justificativa do petista, a principal motivação para devolução das funções foi a iniciativa primeira do PSB entregar os cargos ao governo federal e também, as recorrentes críticas a gestão da presidente Dilma.

“Nós entendemos que o processo político não só em Pernambuco, mas nacional, evoluiu de tal forma a partir do afastamento do PSB do governo Dilma, através do entrega dos cargos e aliança com Marina, onde críticas muito fortes foram feita ao Partido dos Trabalhadores”, justificou o presidente estadual da legenda, assim que saiu da reunião com o governador. O deputado comentou ainda a questão de independência do PT em relação ao PSB. “A intensificação do discurso que procura diferenciar-se do PT, colocando questões que precisam ser debatidas, tudo isso recomenda que nós tenhamos mais liberdade para atuar”, alegou.

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Contextualizando ainda a tal ‘liberdade’ buscada pelos petistas, Eugênio explicou a necessidade de desligamento ao PSB para poder construir um caminho próprio. “Essa liberdade maior requer estarmos fora do governo para não termos nenhum constrangimento e podermos fazer essa discussão com mais tranquilidade com mais liberdade”, esclareceu.

Indagado de como foi a reunião com o futuro presidenciável, Eduardo campos, o parlamentar descreveu o encontro como tranquilo. “A conversa foi muito positiva e, inclusive, marcou nossa postura quanto partido, de mantermos o diálogo com o PSB e com o governo do Estado. Termos este diálogo com interesse do país e do Estado. Não rompemos neste sentido, mas marcarmos esta diferença. Estarmos fora da administração, mas estamos juntos sempre estarmos discutindo de forma elevada, os interesses da população”, prometeu.

Cargos em PE – Apesar de representar o PT em Pernambuco e ser o porta-voz da decisão levada ao governador, Pedro Eugênio não soube destrinchar a quantidade de petistas ligados diretamente ao PSB em Pernambuco. Mas deixou claro que dois municípios devem se desligar definitivamente. “No Estado como um todo, nós decidimos na reunião da direção que nos municípios onde nós tivemos duas candidaturas: uma do PT e outra do PSB se confrontando, e nesses municípios inclui Recife e Paulista nós deveríamos também entregar os cargos. Nos demais municípios, nós vamos analisar caso a caso, a partir da análise que as direções municipais farão”, frisou.

“Não há essa questão de quantos foram entregues. Nós tomamos uma decisão política que os filiados que participam das administrações estadual e municipal deverão entregar os cargos. O processo de saída efetiva depende de um processo de transição porque nós não vamos exigir que as pessoas abandonem determinadas funções que se deixarem vazias poderão estar em prejuízo a população. Portanto este é um processo que tem que se dá sem açodamento e com responsabilidade”, disse.

Sobre os prazos para desligamento definitivo, o petista preferiu não se comprometer, mas afirmou ser em breve. “Não há prazo. Uma coisa dessa ninguém determina prazo. Eu nunca vi isso no país. Temos que ter a clareza que a decisão política foi tomada e isso é a questão importante e que o seu reflexo administrativo se dará num prazo curto”, pontuou.

Seria trágico se não fosse cômico assistir o PT consultando a executiva nacional em São Paulo, via Rui Falcão, para deliberar sobre a entrega dos cargos em Pernambuco. Primeiro a sair em defesa da entrega total da fatia petista no latifúndio de Eduardo, o senador Humberto Costa, pelo menos até ontem, não tinha entregado um só pedaço do poder de volta.

Se os petistas não fossem tão apegados a cargos, teriam ido ao governador no dia seguinte à devolução dos ministérios do PSB para fazer o gesto. Se Eduardo mantivesse alguém do partido, como ocorre até hoje, problema dele. A iniciativa do PT já havia sido tomada. É a mesma situação em que se depara o PSB. 

Eduardo entregou a Dilma todos os cargos, mas a presidente vem fazendo as substituições à conta gotas. Problema dela! É o caso, por exemplo, do presidente da Chesf, João Bosco, que ainda continua batendo ponto na estatal justamente porque a presidente até agora não nomeou o sucessor. 

Mas o que interessa, neste caso, é o gesto. Eduardo abriu mão de todos os cargos comunicando a decisão pessoalmente a Dilma. A decisão foi interpretada – e assim o é – como rompimento. 

Humberto, João Paulo, João da Costa, Oscar Barreto, enfim, todos os petistas pernambucanos, sabem disso e assim entendem e interpretam. 

Mas não agem da mesma forma. Preferem, incrivelmente, uma exposição desgastante pela mídia, o que é extremamente prejudicial para todos, porque a impressão que fica é que têm um tremendo apego a cargos e ao poder. 

Política zodiacal– Do ex-governador paulista José Serra, que já descartou ser vice na chapa de Aécio Neves (PSDB) em relação à aliança que Eduardo fechou com a ex-senadora Marina Silva: “Isso não tem mais do que horóscopo. Agora, horóscopo está sempre errado? Não. De vez em quando vejo o horóscopo, cruzo e está tudo certo”. 

Farra municipal – O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, não gostou do projeto que o Senado aprovou adotando novas regras para emancipação de distritos. Certamente, esperava exigências mínimas para o projeto se transformar numa verdadeira farra de criação de municípios. 

TCE pessimista – Já a presidente do Tribunal de Contas do Estado, Teresa Duere, está com a pulga atrás da orelha em relação ao projeto da janela para novos municípios. Segundo ela, a maioria dos distritos emancipados em Pernambuco vive hoje numa situação pior do que antes. Ele cita os casos de Manari e Santa Cruz da Baixa Verde, no Sertão, que retrocederam. 

Água em abundância - O presidente da Compesa, Roberto Tavares, diz que a estatal vai garantir o abastecimento dos municípios contemplados pela Adutora do Pajeú. Quanto às queixas de que falta água em cidades aonde a adutora já chegou, como Serra Talhada, esclarece que a estação bombeadora está operando com apenas 30% da sua capacidade. 

Irresponsabilidade fiscal – O professor e consultor Maurício Romão diz que o projeto criando novos municípios, aprovado pelo Senado, é o protótipo de irresponsabilidade fiscal e de irrelevância social, que simboliza também a enorme distância que separa a agenda dos políticos das demandas e necessidades da população, expressas nos protestos de junho passado. 

CURTAS

MORALIZADORA – Relator da proposta de criação de novos municípios na Câmara, o deputado José Augusto Maia (PROS) diz que a proposta é moralizadora e não pode ser encarada como farra. “Se as regras de hoje tivessem sido aprovadas há mais tempo teríamos evitado a criação de mais de dois mil municípios no passado”, observa. 

SÃO DOMINGOS – Maia lembra, dentre as novas exigências, o percentual mínimo de população 8,5 mil habitantes, as condições econômicas e se submeter a um plebiscito. O distrito de São Domingos, segundo ele, que pertence a Brejo da Madre de Deus, tem uma população maior do que a sede, no caso o Brejo, e é economicamente mais viável. 

Perguntar não ofende: Está certo Pernambuco emancipar mais 16 distritos? 

A tão comentada entrega dos cargos petistas em Pernambuco, estado liderado pelo presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, deverá ser definitivamente decidida ou não, nesta sexta-feira (18), em São Paulo. O presidente estadual do PT, deputado federal Pedro Eugênio e outros membros da legenda, viajaram nesta sexta para discutir o assunto com a executiva nacional do partido.

Na comitiva que segue para a cidade paulista deve estar presentes parlamentares do PT, representantes das tendências internas do partido e os quatro candidatos à presidência do PT estadual no Processo de Eleição Direta (PED). Além da decisão sobre a deliberação dos cargos em Pernambuco, a direção nacional da legenda conversará sobre conjuntura política nacional e local do partido.

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Tendências - Mesmo antes do PT estadual se decidir em Pernambuco, cinco tendências ligadas ao senador Humberto Costa e ao deputado federal João Paulo já tomaram a decisão de devolver os cargos ligados ao governo Eduardo Campos. Com a reunião desta sexta, espera-se que o partido de uma forma geral, tenha o mesmo entendimento, em virtude da conjuntura política que se desenha, com Campos sendo candidato à presidência em 2014.

Seguindo a decisão do PTB, em deixar os cargos ocupados no governo socialista em Pernambuco, o vereador Carlos Gueiros (PTB) entregou a vice-liderança da bancada governista na Câmara do Recife. Gueiros afirmou que embora tivesse uma posição de independência achava por bem entregar o cargo para qual o foi convidado.

O vereador disse ainda que para fazer parte da bancada do governo é preciso ser um vereador eleito pelo povo, mas vinculado a um Partido. Por isso, achava que mesmo sendo independente deveria seguir a decisão partidária, por coerência. "O PTB sempre  escolheu  uma posição de indepêndencia em relação ao governo do Estado, mas mesmo assim ficou decidido que participariam da bancada do governo", frisou agradecendo a escolha do seu nome para a vice-liderança.

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Gilberto Alves (PTN), líder do governo na Casa, agradeceu a parceria e afirmou que a decisão do vereador, não os  afastava do dia a dia  e do compromisso com a cidade. “Sua contribuição deve continuar e é valiosa”.

Já o líder da oposição, Raul Jungmann (PPS), considerou que a atitude do petebista está em linha com o comportamento digno e leal dele e do Partido que representa. “O senhor será recebido de braços abertos na bancada de oposição”. 

 

Candidata à presidência estadual do PT, a deputada Teresa Leitão lançou uma nota, nesta segunda-feira (14), criticando a postura de algumas tendências petistas – como a Construindo um Novo Brasil (CNB) liderada pelo senador Humberto Campos (PT) – de entregar os cargos do Governo Estadual. No texto, apoiado por várias outras correntes  internas da sigla, a parlamentar diz que “rechaça” esta e “outras iniciativas que diminuem o PT diante dos filiados”.

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De acordo com a petista, é preciso discutir a relação do partido com o PSB “de forma mais profunda” e não apenas com a entrega de cargos. Ela também comentou que a ruptura feita por parte de algumas tendências petistas, foi uma atitude aparte do “debate das instâncias estadual e nacional”.

Confira a nota na íntegra:

EM DEFESA DO PT

O processo de Eleições Diretas (PED) deve ser um espaço privilegiado de debate do projeto estratégico do PT, do modelo da gestão partidária e da interlocução com a sociedade e com a base militante do partido. É urgente contribuir com esse debate na perspectiva de convocar a militância para unir o PT, realizar um PED político e de repactuação interna e de dirigir para o protagonismo político e nacional.

O PED 2013 se realiza em uma complexa e dinâmica conjuntura política pela qual passa o Brasil. O PT e o nosso projeto nacional se colocam no centro de um processo que exige, antes de tudo, reflexão e compromisso partidário, defesa intransigente do nosso legado e repeito às instâncias partidárias e à base militante.

Para que o PED seja um processo realmente democrático, é preciso preservá-lo na sua essência: mobilizar o partido, animar a militância, discutir ideias, reavivar bandeiras de luta, dar ao filiado e a filiada condições de se inserir nos rumos da partido.

O que o PT está vivendo em nosso estado hoje tem explicações políticas, fruto de uma série de erros que não podem mais ser cometidos.

Fiquemos atentos ao roteiro: defende-se adiamento do PED na imprensa; foca-se o debate na entrega dos cargos no Governo do Estado e na Prefeitura do Recife; consegue-se uma reunião com Lula para o senador e dois dos deputados federais; fala-se com o presidente nacional do PT em grupo; volta-se a usar a imprensa para “vazar” a reunião que Lula pediu reserva; cria-se hipocritamente um clima de pressão ao partido pela entrega dos cargos, como se este debate não estivesse sendo feito e; finalmente, para coroar os atos de coragem extrema, um grupo de tendências “entrega” cargos em coletiva a imprensa, em detrimento ao debate das instâncias estadual e nacional para discutir a questão.

Queremos de forma veemente rechaçar esta e outras iniciativas anti- partidárias que diminuem o PT diante dos filiados(as) e da sociedade.

Queremos defender a qualificação da relação com a direção nacional, onde a instância estadual seja ouvida por inteiro e não por grupo de três pessoas.

Queremos afirmar a representatividade e legitimidade do PT e das suas instâncias decisórias.
Queremos discutir a relação com o PSB de forma mais profunda e não apenas com a entrega de cargos. Esta relação se espalha por vários municípios do Estado, não somente Recife, e se estende para a postura da bancada na Assembleia Legislativa. Para sair do governo devemos fazê-lo de forma altaneira, com o documento partidário, com estratégia política definida.

Por fim, reafirmamos que o nosso foco estratégico é, antes de tudo, a construção partidária, o resgate do protagonismo do PT, a reaproximação com os movimentos sociais, a defesa do nosso legado, a busca da unidade política.

Tudo isso tem o objetivo maior de assegurar a Dilma reais condições de disputa em Pernambuco, com um palanque a altura da identidade que o povo pernambucano tem com o seu governo federal.


Recife, 14 de outubro de 2013.


Teresa Leitão
Deputada Estadual do PT



Subscrevem:

Alternativa Socialista Democrática (ASD)
Coletivo Quilombo
Coletivo PT Militante
Coletivo Esporte e Lazer
Democracia Participativa
Democracia Socialista (DS)
Esquerda Socialista
Movimento Ação e Identidade Socialista (MAIS)
Movimento PT
Novos Rumos
Resgatando o PT do Interior à Capital
Organização Marxista (OM)
PT de Lutas e Massas (PTLM)

 

As brigas internas do Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco parecem não ter fim. O mais novo episódio são as ideias e posições divergentes em relação à decisão tomada por um grupo formado por cinco tendências apoiadoras do senador Humberto Costa (PT) e do deputado federal João Paulo (PT). Ambos os petistas entregaram os cargos ligados ao PSB estadual nesse domingo (13) e levantaram poeira com a ala do PT do ex-prefeito João da Costa, deputado Teresa Leitão, o presidente do partido no Recife, Oscar Barreto, entre outros.

A atitude das tendências de Humberto não agradou a todos os petistas e inclusive será o principal assunto da reunião da executiva estadual, na noite desta segunda (14). “Achamos que foi uma coisa isolada que as tendências estão atropelando o partido, porque esta discussão esta sendo feita no interior do partido”, afirmou a deputada Teresa Leitão.

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Para a parlamentar e candidata à presidência do PT no Processo de Eleição Direta (PED), o objetivo das tendências que entregaram os cargos é envolver o assunto na escolha das eleições do PT. “Na verdade é para trazer esse debate para disputa do PED”, disse a deputada.

Indagada de qual seria sua posição sobre a entrega ou não dos cargos, ela não quis manifestar opinião. “Nós não entramos no mérito da decisão. Quem tem que se posicionar é o partido e não chamar uma coletiva e decidir”, criticou.

Demonstrando irritação pela atitude das tendências de Humberto e João Paulo, Teresa Leitão, disse não ser representada por essas alas petistas. “Eles não nos representam! Eles representam as tendências deles. Vamos discutir onde é discutido que é no interior do partido. A gente prefere fortalecer o partido em qualquer decisão do partido”, disparou a petista.

Membros da executiva estadual do PT em Pernambuco, liderado pelo deputado federal Pedro Eugênio, se reunirão nesta segunda-feira (14), para tratar da decisão de entregar os cargos aos PSB no Estado, anunciado pelo senador Humberto Costa (PT), nesse domingo (13). O encontro previsto para ás 18h ocorrerá na sede estadual do partido, no bairro de Santo Amaro, no Recife.

Segundo o senador Humberto Costa (PT), além da reunião de hoje haverá uma conversa na próxima sexta-feira (18), desta vez com a executiva nacional, que deverá demandar algumas atitudes e a partir disso, o PT estadual deverá se encontrar novamente. “É possível que no final de semana haja uma reunião do diretório estadual ou da executiva nacional para tomar esta decisão. Se a decisão do partido no final de semana, for de sair do governo, é lógico que o partido vai cumprir todos os rituais. Vai entregar ao governador Eduardo Campos (PSB) os cargos, agradecer pela participação que o PT teve ao longo deste tempo e desejar boa sorte ao governo”, disse o senador numa entrevista a uma rádio local.

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Costa lembrou da decisão tomada pelo PTB em Pernambuco de ter entregar os cargos semana passada e considera que o PT como um todo, também deveria ter tomado esta atitude. “Aqui o PTB já tomou esta decisão e as pessoas vinham considerando a decisão do PT fora de tempo já. Por essa decisão, nós decidimos e ficamos a vontade para travar esse debate com o partido”, frisou o petista.

 

A quase certa entrega de cargos do PT ao PSB a nível estadual e municipal em Pernambuco e no Recife, respectivamente, foi avaliada pelos vereadores da oposição nesta sexta-feira (11), após blitz realizada na Via Mangue, Zona Sul do Recife. Os parlamentares criticaram a postura dos petistas e resgataram o desgaste da sigla, desde a campanha eleitoral de 2012.

Segundo o líder da oposição na Câmara de Vereadores do Recife, Raul Jungmann (PPS), a legenda da presidente Dilma Rousseff está totalmente fragmentada. “O PT é um partido irreversivelmente partido. Metade é o PT de Lula, Humberto e João Paulo que quer deixar os cargos e metade é o PT ligado a Eduardo Campos e a João da Costa”, descreveu.

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Jungmann acredita na existência de interesses por trás das alianças e ressalta a fragmentação do partido. “Estes (os ligados a João da Costa e a Eduardo Campos) não querem deixar os cargos porque se largarem, eles perdem a influência dentro do partido que é decorrente desta aliança, isso, portanto, não tem final feliz, porque deixando os cargos ou permanecendo, o PT não tem cola que cole seus cacos”, disparou.

Questionado se a entrega dos cargos petistas aos governos socialistas de Eduardo Campos e Geraldo Julio iria desgastar ainda mais a imagem da sigla, o vereador disse que a situação é tão ruim, que não há como piorar. “É difícil desgastar ainda mais um partido que perde as eleições e depois de 30 dias vai para o lado do vencedor que derrotou o seu candidato, que era Humberto Costa. É um partido sem alma, sem valores, é um partido do ultrapragmatismo”, alfinetou o vereador.

Outro ponto destacado por Raul Jungmann se refere à questão da candidatura de Eduardo Campos à presidência da República. “Um partido que vê o seu principal programa que é o Orçamento Participativo, ser desmontado e destruído pelo PSB, e não dá um ‘pio’, o partido que vê o governador se lançar candidato contra a presidente de seu partido que é Dilma e quer permanecer, pelo menos, uma parte deles, aferrada, a boquinha, aos cargos, as indicações, evidentemente que é um partido que vendeu a sua alma. Quem sabe o que eu estou dizendo, sabe que isso não tem remédio”, criticou.

Já a vereadora Priscila Krause (DEM), esperava pelo rompimento desde as eleições municipais de 2012, quando PSB e PT foram concorrentes. “Isso é uma realidade meio que já anunciada desde a campanha, pelo menos num âmbito local. Esse desgaste começou quando você teve um PSB que participou de toda a gestão de 12 anos do governo do PT, e durante três meses negou isso veementemente fazendo um discurso de oposição e vendendo um candidato como se fosse de oposição. A partir daí, você tem um governo que demonstrou que isso era de certa forma, uma farsa, porque este governo que está aí, é um governo de continuidade até então”, argumentou.

A democrata acredita que a situação entre as duas legendas tem piorado principalmente com o desejo de Campos ser presidente. “Com os acontecimentos nacionais de Eduardo Campos querer ser presidente, eu acho que essas coisas afloraram muito mais, e você teve algumas incisões aqui no Estado, mas os rebates você vai ter que ver na prática e não apenas de sair ou não do PT, como por exemplo, no caso de Isaltino (secretário Estadual de Transporte) que saiu para o PSB, mas o grupo dele continua no PT”, analisou.

Com a situação da atual conjuntura política citada por Krause, ela crê numa posição do PT, porém, dispara para a mistura existente. “Eles (os petistas) vão ter que anunciar uma posição. Agora, que essa posição será a real ou não, teremos que observar. O que eu acho na verdade é que no âmbito nacional está de um jeito e no local aparentemente está tudo junto e misturado”, expôs a vereadora.

 

 

A ameaça do PT e do PTB de entregar os cargos que ocupam nas gestões do PSB, na Prefeitura do Recife e no Governo do Estado, tem deixado alguns socialistas impacientes. Um deles é o deputado estadual Vinicius Labanca (PSB), que tem seguido à risca o exemplo do seu pai e prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB), quando se trata de defender a legenda socialista ou o governador Eduardo Campos.

Em seu perfil no Twitter o deputado criticou o PT e o PTB, cobrando uma posição dos dois partidos com relação ao desembarque dos governos. “Só não entendo porque tanta conversa para o PT e o PTB desembarcarem do governo de PE. Ou ficam ou Saem! Ameaças e jogo de cena é que não Dá!”, disparou Labanca.

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A saída das duas legendas voltou à tona após a aliança firmada entre Eduardo e a ex-senadora Marina Silva, visando o processo eleitoral de 2014. Há especulações que até a próxima semana os cargos ocupados por petistas e petebistas sejam entregues. Alguns líderes pernambucanos do PT se reuniram com a Executiva, nessa terça (8), para discutirem o assunto. 

Uma nova reunião para definir se desembarcam ou não, assim como fez o PSB no Governo Federal, pode acontecer no próximo fim de semana e com a presença do senador Armando Monteiro (PTB). O Petebista é um dos potenciais candidatos ao executivo estadual e pode receber o apoio do PT. Caso a saída dos partidos seja efetivada, a ação pode marcar mais um passo para imprimir o racha da Frente Popular no estado.

A presidenta Dilma Rousseff (PT) está reunida com o ainda ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, no Palácio do Planalto. No último dia 19, Bezerra apresentou pedido de demissão do cargo após seu partido, o PSB, decidir entregar as pastas comandadas pelos socialistas no governo. A presidenta pediu para que ele aguardasse seu retorno de Nova York, na semana passada, onde participou da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). 

No último dia 18, o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, informou à presidenta que o partido entregaria os cargos. A decisão foi tomada após encontro da Executiva Nacional do partido. Além da Integração, outra pasta é comandada pelo PSB, a Secretaria Nacional dos Portos, com o ministro Leônidas Cristino, que ainda não entregou seu pedido de exoneração. 

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A executiva nacional do PT se reuniu, nesta segunda-feira (23), para decidir se permanece ou não ocupando cargos nos governos do PSB no país, após a decisão dos socialistas de entregarem os cargos no Governo Federal, para seguirem livres na consolidação da possível candidatura do presidente do partido, Eduardo Campos (PSB), para à presidência da República na semana passada

A direção petista informou, em nota, que os cargos "estão à disposição do PSB" e que eles vão continuar defendendo em 2014 os mesmo projetos de 2002, 2006 e 2010. Além disso, o texto remete ainda a esperança do PT em ter Eduardo no projeto para a reeleição de Dilma Rousseff (PT), “esperamos que o PSB se mantenha ao lado do projeto de mudanças que estão em curso no País”.

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Confira a nota na íntegra:

A Comissão Executiva Nacional do PT, reunida em São Paulo no dia 23 de setembro de 2013, a propósito da decisão do Partido Socialista Brasileiro - PSB de deixar de participar do governo federal, decide:

1) reafirmar que tanto agora quanto nas eleições de 2014, está em jogo a mesma disputa de projetos que marcou as eleições de 2002, 2006 e 2010;

2) que, portanto, tanto no primeiro quanto no segundo turno, a disputa colocará os partidos em dois campos distintos: um deles representado pelos avanços promovidos pelos governos de Lula e de Dilma, e outro, representado pelos governos hegemonizados pelo PSDB, DEM e PPS;

3) neste sentido, esperamos que o PSB se mantenha ao lado do projeto de mudanças que estão em curso no País;

4) onde o PT decidiu participar de governos dirigidos pelo PSB, assim como onde o PSB participa de governos dirigidos pelo PT, deve prevalecer o debate programático, mantendo a diretriz de que os cargos estão sempre à disposição;

5) orientamos nossos diretórios municipais e estaduais, assim como nossas bancadas, a fortalecerem o campo democrático popular, que em 2014 deverá reeleger a companheira Dilma presidenta.

São Paulo, 23 de setembro de 2013.

Comissão Executiva Nacional do PT

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