Tópicos | Eurocopa

Classificada às semifinais com a vitória na disputa por pênaltis contra a Polônia, a seleção de Portugal assistirá de camarote o duelo desta sexta-feira, às 16 horas (de Brasília), entre País de Gales e Bélgica, no estádio Pierre Mauroy, em Lille, na França, pelas quartas de final da Eurocopa. Os belgas ganharam embalo após golearem a Hungria por 4 a 0 nas oitavas. Já os galeses passaram pela Irlanda do Norte em um jogo muito mais equilibrado e triunfo por 1 a 0.

Na delegação do País de Gales, os próprios jogadores e integrantes da comissão técnica vem considerando o duelo contra os belgas como o mais importante desde o encontro contra a seleção brasileira, pelas quartas de final da Copa do Mundo de 1958, na Suécia. "Todos aqui queremos saborear esse momento e fazer tudo o que for possível para chegar às semifinais", garantiu o craque Gareth Bale, do Real Madrid, em entrevista coletiva concedida dois dias antes do duelo.

##RECOMENDA##

Chris Coleman, técnico galês, alertou sobre a importância de não darem espaço para os homens de criação da Bélgica. "Vamos duelar contra um adversário que é muito perigoso do meio de campo para o ataque, pois se mexe com grande facilidade, tem movimentação e muita qualidade. Não podemos permitir que eles possam deslizar no nosso setor defensivo. Não podemos dar espaços. Se conseguirmos neutralizar isso, temos grandes chances de vencer", disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira.

No lado da Bélgica, a preocupação gira em torno de Bale. Porém, o técnico Marc Wilmots alertou que o rival não se limita apenas ao astro merengue e pediu muita atenção. "País de Galês realmente tem Bale, que desequilibra. Porém, tem outros jogadores importantes, pois não aposta em talentos e sim em um jogo coletivo digno de aplausos. Por isso que chegaram até aqui e a Bélgica vai ter que jogar muito mais do que jogou contra a Hungria para avançar", avaliou.

Os belgas têm dois desfalques para a defesa: Vermaelen, suspenso por acúmulo de cartões amarelos, e Verthongen, que sofreu uma grave lesão no tornozelo. Desta forma, Ciman e Denayer devem entrar como titulares.

País com pouco mais de 320 mil habitantes, cerca de 100 jogadores profissionais e classificado às quartas de final da Eurocopa. Essa é a Islândia, que nesta segunda-feira virou sobre uma Inglaterra sem inspiração, contou com a ajuda do goleiro Hart, venceu por 2 a 1 em Nice, e continuou escrevendo sua incrível história.

Considerada potência do futebol, a Inglaterra chega a 50 anos sem ganhar nenhum título, desde que faturou a Copa do Mundo de 1966. Em Eurocopas, a última semifinal foi há 20 anos. Para aumentar o vexame, os ingleses ainda viraram motivo de chacota. Saíram da Eurocopa quatro dias depois do Brexit, o plebiscito em que os britânicos votaram por sair da União Europeia.

##RECOMENDA##

A Islândia não faz parte do bloco europeu. Em 2015, anunciou que desistia da sua candidatura. No futebol, porém, agora está na elite do continente. No domingo, encara a dona da casa, a França, no Stade de France, em Saint-Denis.

O JOGO - O goleiro Halldórsson quase pôs tudo a perder. Aos 3 minutos, foi todo estabanado em direção aos pés de Sterling e atropelou o atacante inglês na área. Pênalti que Wayne Rooney bateu para colocar a Inglaterra na frente.

A festa inglesa não durou nem um minuto. Enquanto as placas de publicidade mostravam um anúncio com a frase "Faça sua estreia", a Islândia bateu lateral na área, Árnason desviou e deixou Ragnar Sigurdsson livre atrás da zaga e na cara de Hart para empatar.

Com 5 minutos de futebol, o placar já estava igual novamente. A Inglaterra, sempre predisposta a se defender, era obrigada a ditar o ritmo da partida. Fez isso controlando a posse de bola, mas sem assustar.

A Islândia, por sua vez, jogaria por uma bola. E a achou aos 17 minutos. Sigthórsson recebeu na entrada da área, dominou, abriu espaço e bateu rasteiro. A bola era totalmente defensável, mas Hart deixou passar.

Atrás no placar, a Inglaterra claramente sentiu a pressão. Sentiu, também, a falta de um homem de criação. Sterling, Sturridge e Dele Alli não têm esse perfil. Na base da correria ou da bola aérea, a Islândia não deixava sua área ser penetrada.

Quando ia para o ataque, o time islandês ameaçava. Tanto que, aos 10 minutos do segundo tempo, quase fez um gol de bicicleta. O zagueirão Ragnar Sigurdsson pegou em cheio na bola, mas em cima de Hart.

Vardy entrou no lugar de Sterling e Rooney passou a jogar na criação. A ideia do técnico Roy Hodgson não deu certo, tanto que Rooney acabou trocado por Rashford, aos 40 minutos.

Até os 47 minutos, a Inglaterra não criou nada que justificasse alguém lamentar sua eliminação. No penúltimo lance, Vardy até teve chance de marcar pelo alto, mas a zaga não deixou. Hart foi para área para a cobrança do escanteio, que nada rendeu.

FICHA TÉCNICA:

INGLATERRA 1 X 2 ISLÂNDIA

INGLATERRA - Hart; Walker, Cahill, Smalling e Rose; Dier (Wilshere), Dele Alli e Sterling (Vardy); Sturridge, Kane e Rooney (Rashford). Técnico: Roy Hodgson.

ISLÂNDIA - Halldórsson; Saevarsson, Ragnar Sigurdsson, Árnason e Skúlason; Gunnarsson, Gylf Sigurdsson, Gudmundsson e Birkir Bjarnason; Sigthórsson (Elmar Bjarnason) e Bödvarsson (Traustason). Técnico: Heimir Hallgrimsson.

GOLS - Rooney, de pênalti, aos 3, Ragnar Sigurdsson, aos 5, e Sigthórsson, aos 17 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Damir Skomina (Eslovênia).

CARTÕES AMARELOS - Gunnarsson, Gylf Sigurdsson (Islândia) e Sturridge (Inglaterra).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Allianz Riviera, em Nice (França).

Em clima de revanche, após levar 4 a 0 da Espanha na final da última Eurocopa, a seleção da Itália dominou a atual bicampeã no Stade de France, nesta segunda-feira, e garantiu seu lugar nas quartas de final com uma vitória convincente por 2 a 0. O zagueiro Chiellini e o atacante Pellè, aos 45 minutos do segundo tempo, marcaram os gols do grande triunfo italiano.

A seleção italiana terá outro forte rival pela frente nas quartas. Será a Alemanha, atual campeã mundial, que avançou ao derrotar a Eslováquia por 3 a 0. O clássico mundial será disputado no sábado, às 16 horas. Já a Espanha se despede da Eurocopa nas oitavas de final, exibindo poucos avanços em comparação à criticada atuação na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, quando caiu ainda na fase de grupos.

##RECOMENDA##

Ainda com a goleada da última final engasgada, a seleção da Itália esbanjou superioridade nos primeiros minutos da partida. Defendeu-se com consistência, como costuma fazer, e também mostrou eficiência no ataque, liderado por Pellè e Éder, brasileiro naturalizado italiano.

Aos 10 minutos de jogo, o time italiano já tinha criado três boas chances de gol, uma delas acertando a trave. Enquanto isso, a Espanha batia cabeça no meio-campo e tentava se encontrar no jogo. De Gea, com lindas defesas, era o único destaque da seleção espanhola em campo. Controlando o meio-campo e antecipando-se na marcação, a Itália não dava qualquer chance ao rival e surgia no ataque com facilidade.

Aos 18, Parolo arriscou de cabeça e bola passou rente à trave esquerda de De Gea. Dez minutos depois, o zagueiro Sergio Ramos espanou na pequena área e quase estufou as próprias redes. A inesperada presença italiana no ataque deixava a defesa espanhola perdida, como aconteceu aos 32.

Éder acertou forte cobrança de falta e De Gea deu rebote. Os zagueiros mal viram quando Chiellini surgiu por trás e, de canela, empurrou para as redes. O placar só não foi ampliado antes do intervalo porque o goleiro espanhol voltou a mostrar serviço aos 44, para defender forte finalização de Giaccherini.

O segundo tempo teve roteiro quase oposto. A Itália sustentou a vantagem e até esteve perto de marcar o segundo nos primeiros minutos, com Éder, em lançamento em profundidade. Mas a Espanha passou a reagir a partir dos 20 minutos, principalmente após a entrada de Lucas Vázquez.

Buscando o ataque com objetividade, o time teve três boas oportunidades em apenas dois minutos. Aduriz, duas vezes, e Sérgio Ramos desperdiçaram as chances. Aos poucos, Buffon também passou a ser exigido. Iniesta, aos 30, e Piqué, aos 31, quase empataram a partida. O crescimento espanhol surpreendia até nos números. Os atuais bicampeões europeus alcançaram 75% na posse de bola, contrastando com a apatia do primeiro tempo.

A pressão aumentou nos minutos finais. Aos 41, David Silva teve a chance de decretar o empate e manter a Espanha viva na partida. E, aos 44, Piqué desperdiçou oportunidade incrível. Buffon brilhou com uma defesa à queima-roupa na pequena área. Foi o último suspiro espanhol no duelo.

No lance seguinte, Darmian cruzou na área espanhola, pega de surpresa, e Pellè completou cruzamento, também de canela, aos 45 minutos. Foi o ponto final na vitória italiana e na vingança, passados quatro anos da dolorosa goleada sofrida na decisão da Eurocopa de 2012.

 

FICHA TÉCNICA:

ITÁLIA 2 x 0 ESPANHA

ITÁLIA - Buffon; Bonucci, Barzagli, Chiellini; De Sciglio, De Rossi (Thiago Motta), Parolo, Giaccherini, Florenzi (Darmian); Pellè e Éder (Insigne). Técnico: Antonio Conte.

ESPANHA - De Gea; Juanfran, Sergio Ramos, Piqué, Jordi Alba; Busquets, David Silva, Fàbregas, Iniesta; Nolito (Aduriz, depois Pedro) e Morata (Lucas Vázquez). Técnico: Vicente del Bosque.

GOLS - Chiellini, aos 32 minutos do primeiro tempo. Pellè, aos 45 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - De Sciglio, Nolito, Thiago Motta, Pellè, Busquets, Alba.

ÁRBITRO - Cüneyt Çakir (Turquia).

LOCAL - Stade de France, em Saint-Denis (França).

A Conmebol propôs à Uefa que o campeão da Copa América Centenário, o Chile, enfrente o campeão da Eurocopa, provavelmente ainda este ano. A ideia do tira-teima foi do presidente da entidade sul-americana, Alejandro Domínguez. "Desafiamos a Uefa para um duelo entre o campeão da Copa América e da Euro-2016. Estamos esperando a resposta oficial da Uefa", disse o dirigente.

Até a noite de domingo, a entidade europeia não havia respondido à proposta da Conmebol. O campeão da Eurocopa será conhecido em 10 de julho e tem automaticamente lugar na Copa das Confederações de 2017. A Fifa, organizadora do torneio preparatório para a Copa do Mundo de 2018, também não se pronunciou sobre a ideia anunciada por Domínguez.

##RECOMENDA##

O presidente da Conmebol também confirmou que o Chile, campeão da Copa América do ano passado, que os próprios chilenos sediaram, vai ser o representante sul-americano na Copa das Confederações, antes mesmo da definição do campeão desta edição da Copa América encerrada neste domingo, quando a seleção chilena voltou a ficar com a taça, nos Estados Unidos, ao bater a Argentina nas cobranças por pênaltis após empate por 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação.

Os chilenos adquiriram o direito de participar do torneio ao vencerem pela primeira vez a competição continental, no ano passado. É isso que consta nas regras da Fifa.

No entanto, como este ano ocorreu a Copa América Centenário, algumas federações tentaram manobra para que o seu campeão fosse designado para a Copa das Confederações do próximo ano.

A Conmebol, porém, confirmou a participação do Chile. E então surgiu a ideia do desafio com o campeão europeu. Além do Chile e da Rússia, país-sede, já estão assegurados na Copa das Confederações as seleções de México, representante da Concacaf, da Nova Zelândia (Oceania) e da Austrália (Ásia) - este último país passou a ser filiado à Confederação Asiática de Futebol, embora faça parte da Oceania.

Na véspera da partida das oitavas de final da Eurocopa que reedita a final da última edição, o goleiro Gianluigi Buffon afirmou, neste domingo, que a sua Itália foi a única equipe a dificultar o jogo da Espanha campeã mundial e bicampeã europeia.

"Sempre sofremos derrotas claras nos jogos oficiais, sobretudo na final da Euro de 2012. Mas naquele jogo chegamos muito cansados e eles nos 'varreram'. Mas nas outras partidas, nós tivemos dois empates e os resultados foram parelhos", comentou o experiente goleiro.

##RECOMENDA##

"Isso quer dizer que nesses jogos, nós pudemos mostrar que somos capazes e criamos problemas à Espanha. Era uma Espanha que naqueles anos ganhava tudo, e creio que somos os únicos que lhes fizeram sofrer", acrescentou Buffon.

Para a partida, o goleiro vê Álvaro Morata como principal arma da Espanha. Os dois jogadores atuaram juntos nas últimas duas temporadas pela Juventus e Buffon revela que já deu muitos conselhos ao atacante.

"No início da temporada, Morata atravessava um momento difícil e eu lhe disse que deveria deixar de reclamar para voltar a jogar bem. Isso se confirmou. Ele é um jogador inteligente, jovem, mas que escuta os conselhos e faz perguntas", afirmou o goleiro.

"Faz uns meses que eu disse que Morata é um jogador que faz a diferença. Entretanto, ele não é consciente da qualidade que tem, e tem a qualidade dos grandes. Nas partidas decisivas, ele sempre marca. Está confirmando isto na Eurocopa. Mas a Espanha não é só Morata", finalizou.

A Bélgica não deu chance para uma das zebras da competição e confirmou o favoritismo ao bater a Hungria por 4 a 0, neste domingo, no Estádio Municipal de Toulouse, e avançar às quartas de final da Eurocopa, que está sendo realizada na França.

Alderweireld, Batshuayi, Hazard e Carrasco fizeram os gols que garantiram a vitória belga. Com o resultado, a Bélgica agora vai encarar o País de Gales na próxima sexta-feira, no estádio Pierre-Mauroy, em Lille. O jogo começou com domínio belga e o primeiro gol foi questão de tempo. Aos dez minutos, De Bruyne cobrou falta pelo lado esquerdo e Alderweireld apareceu na segunda trave sem marcação para cabecear para as redes.

##RECOMENDA##

A Hungria se segurou como pôde e ainda conseguiu algumas finalizações na primeira etapa, total de seis, contra uma Bélgica melhor em campo que se mostrou tranquila e tentou 16 chutes a gol antes do intervalo.

Na segunda etapa, a Hungria resolveu sair para o jogo, mas parou na defesa rival. Aos oito minutos, Dzsudzsák cruzou para Szalei, que desviou, mas a bola bateu em Vermaelen e não entrou. Aos 20, Pintér bateu e obrigou Courtois a fazer difícil defesa. Três minutos depois, Juhász chutou com perigo, para fora.

Após sofrer um pouco de pressão do time rival, a Bélgica tratou de reagir e garantir a vitória. Aos 33, Batshuayi recebeu cruzamento na pequena área e mandou para as redes. No minuto seguinte, o autor do gol anterior Hazard levou pelo lado esquerdo, cortou para o meio e bateu no canto, sem chances para o goleiro.

Já nos minutos finais, Nainggolan acertou bela enfiada para Carrasco, que dominou, invadiu a área e chutou na saída do arqueiro para selar a goleada e a classificação da Bélgica para a próxima fase da Eurocopa.

FICHA TÉCNICA:

HUNGRIA 0 X 4 BÉLGICA

HUNGRIA - Király; Kádár, Guzmics, Juhász e Lang; Nagy, Gera (Elek), Pinter (Nikolics), Lovrencsics e Dzsudzsák; Szalai. Técnico - Bernd Storck.

BÉLGICA - Courtois; Meunier, Alderweireld, Vermaelen e Vertonghen; Nainggolan, Witsel, Mertens (Ferreira Carrasco), De Bruyne e Hazard (Fellaini); Lukaku (Batshuayi). Técnico: Marc Wilmots.

GOLS - Alderweireld, aos dez minutos do primeiro tempo; Batshuayi, aos 33, Hazard, aos 35, e Carrasco, aos 46 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Milorad Mazic (Sérvia)

CARTÕES AMARELOS - Kádár, Lang, Elek e Szalai (Hungria); Vermaelen, Fellaini e Batshuayi (Bélgica).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio municipal de Toulouse, em Toulouse (França).

Depois de duas vitórias econômicas e um empate na fase de classificação, a Alemanha enfim deslanchou na Eurocopa. Jogando em Lille (França). neste domingo, venceu a Eslováquia por 3 a 0, pelas oitavas de final, e se classificou às quartas de final da competição. Draxler, com um gol e uma assistência, foi o cara do jogo. Özil, por outro lado, perdeu um pênalti.

Em um só jogo, a Alemanha repetiu o desempenho somado de toda a primeira fase: três gols marcados, nenhum sofrido. É a terceira vez seguida que a equipe fica entre as oito primeiras da Eurocopa, depois de ser vice em 2008 e terceira colocada em 2012. Considerando também as terceiras colocações nas Copas de 2006 e 2010 e o título de 2014, são seis torneios seguidos ao menos no Top 8.

##RECOMENDA##

Para chegar à semifinal, a Alemanha vai encarar uma pedreira na próxima fase. No sábado, em Bordeaux, pega quem vencer o clássico entre Espanha e Itália, que jogam na segunda-feira em Paris.

O JOGO - Quando o primeiro gol saiu, aos 7 minutos, a Alemanha já havia criado uma boa chance. Kroos bateu falta, Khedira desviou e Kozácik defendeu com a ponta dos dedos. Escanteio que Kroos bateu e a zaga tirou. O rebote ficou com Boateng, que não teve medo de chutar de primeira. Mandou forte, no canto direito baixo do goleiro.

O segundo gol poderia ter saído aos 12 minutos, quando Özil teve pênalti para bater após falta de Skrtel em Mario Gómez. O meia do Arsenal até não bateu mal, mas Kozácik acertou o canto, se esticou, e defendeu.

Só na primeira etapa, a Alemanha ainda teve mais pelo menos três boas chances de ampliar. Dominava completamente a partida e merecia um placar mais amplo. Só que quase levou o empate, aos 40, quando Kucka cabeceou e Neuer fez uma excelente defesa, no reflexo.

O lance fez a Alemanha acordar, a ponto de fazer o segundo gol praticamente no lance seguinte. Draxler saiu driblando todo mundo pela esquerda, chegou à linha de fundo e rolou para Mario Gómez desviar no primeiro pau e mandar para dentro.

Hamsik era a única esperança da Eslovênia para tentar diminuir o prejuízo, enquanto a Alemanha estava com a artilharia pesada. O terceiro gol, aos 17, foi feito por Draxler, após cobrança de escanteio.

O jogo estava resolvido a partir dali e, na metade final do segundo tempo, a única dúvida era se a Alemanha transformaria a vitória em goleada. Com o pé no frio, contentou-se com 3 a 0.

FICHA TÉCNICA:

ALEMANHA 3 X 0 ESLOVÁQUIA

ALEMANHA - Neuer, Kimmich, Boateng (Howëdes), Humels e Hector; Kroos, Khedira (Schweinsteiger), Müller, Özil e Draxler (Podolski); Mario Gomez. Técnico - Joachim Löw.

ESLOVÁQUIA - Kozacik; Pekarik, Skrtel, Durika, Gyomber (Salata); Skriniar, Hrobowski e Hamsik; Kucka e Weiss (Gregus); Duris (Sestak). Técnico: Jan Kozak.

GOLS - Boateng, aos 8, e Mario Gómez, aos 42 minutos do primeiro tempo; Draxler, aos 17 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Szymon Marciniak (Polônia)

CARTÕES AMARELOS - Kimmich e Hummels (Alemanha); Kucka e Skrtel (Eslováquia).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Pierre-Mauroy, em Lille (França).

Sete anos depois da polêmica classificação francesa à Copa do Mundo de 2010 graças a um gol que começou na mão de Henry, França e Irlanda voltaram a se encontrar neste domingo. E, assim como foi em 2009, os donos da casa levaram a melhor. Jogando em Lyon, os anfitriões da Eurocopa venceram por 2 a 1, de virada, em grande atuação de Griezmann, autor dos dois gols, e avançaram às quartas de final.

Primeira colocada no Grupo A, a França segue invicta na competição, com três vitórias e um empate, enquanto a Irlanda vai embora para casa com apenas uma vitória e três gols marcados. Desta vez, sem motivos para reclamar da arbitragem. Duffy foi expulso aos 20 minutos do segundo tempo, é verdade, mas de forma justa. E o árbitro Nicola Rizzoli ainda marcou um pênalti para a Irlanda logo no primeiro minuto.

##RECOMENDA##

Buscando o tricampeonato, a França vai ao Stade de France para enfrentar, no domingo quem vem, o vencedor do duelo entre Inglaterra e Islândia. O duelo entre os dois rivais insulares acontece na segunda-feira.

O JOGO - Para Griezmann, a atuação de gala aconteceu em um palco especial. Ele é torcedor do Lyon e, quando jovem, tentou ingressar nas categorias de base do clube, sendo rejeitado. Morador de uma cidade próxima à fronteira, passou a frequentar a Espanha, onde foi revelado pela Real Sociedad. Hoje, é ídolo do Atlético de Madrid.

Com Benzema fora da Eurocopa por toda a polêmica com Balbuena, Griezmann divide o protagonismo da seleção com Pogba. O astro da Juventus, porém, começou mal a partida. Logo no primeiro minuto, atropelou Long dentro da área. Robbie Brady bateu o pênalti e fez 1 a 0 para a Irlanda.

Arma da França nessa Eurocopa, a torcida sentiu o golpe e não ajudou. A Irlanda fazia barulho dentro e fora de campo, exigindo Lloris num chute de Murphy aos 20 minutos. Até metade do primeiro tempo, os franceses ainda não haviam mostrado a que vieram. Até o intervalo, foram no total oito chutes a gol, nenhum muito perigoso.

O técnico Didier Deschamps resolveu mudar o time para o segundo tempo, com Coman no lugar de Kanté. A França melhorou bastante e passou a impor seu ritmo à partida, restando à Irlanda se defender.

O gol de empate saiu aos 12 minutos. Sagna cruzou e Griezmann cabeceou com estilo, no canto direito do goleiro. Quatro minutos depois, mais um. A marcação irlandesa foi toda em Giroud, que escorou para o meio e deixou Griezmann livre. O atacante pegou a bola na meia-lua e bateu na saída do goleiro para virar.

Ele ainda poderia ter feito o terceiro se Duffy não tivesse feito falta dura por trás, a meio metro da grande área, para impedir o gol e ser corretamente expulso. O próprio Griezmann bateu a falta, mas na barreira.

A Irlanda foi para o tudo ou nada e deu à França outras oportunidades de fazer mais um. Gignac mandou uma bola na trave e o próprio Griezmann perdeu duas chances claras, uma delas cara a cara com o goleiro. No fim, porém, ficou a sensação de que o resultado não só foi justo como poderia ter sido mais elástico.

FICHA TÉCNICA:

FRANÇA 2 X 1 IRLANDA

FRANÇA - Lloris, Sagna, Rami, Koscielny e Evra; Kante (Coman, depois Moussa Sissoko), Pogba e Matuidi; Griezmann, Giroud (Gignac) e Payet. Técnico - Didier Deschamps.

IRLANDA - Randolph; Coleman, Keogh, Duffy e Ward; McCarty (Hoolahan), Hendrick, Brady e MacClean (O'Shea); Long e Murphy. Técnico - Martin O'Neill.

GOLS - Brady, de pênalti, aos 2 minutos do primeiro tempo; Griezmann, aos 13 e aos 17 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Nicola Rizzoli (Itália).

CARTÕES AMARELOS - Rami e Kanté (França); Coleman, Hendrick e Shane Long (Irlanda).

CARTÃO VERMELHO - Duffy (Irlanda).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Parc Olympique Lyonnais, em Lyon (França).

O atacante Quaresma entrou em campo nos minutos finais do tempo regulamentar para marcar, já na prorrogação, o gol da vitória de Portugal sobre a Croácia por 1 a 0, neste sábado, e garantir o avanço do time lusitano às quartas de final da Eurocopa, realizada na França. A equipe croata mandou no jogo, mas pecou nas finalizações no Stade Bollaert-Delelis, em Lens, e acabou derrotada por uma jogada de contra-ataque fulminante da seleção portuguesa.

O domínio croata foi evidente durante o jogo, com 58% de posse de bola, 15 finalizações contra cinco de Portugal. No entanto, a pontaria não esteve afiada, tanto que somente dois chutes da Croácia foram defendidos pelo goleiro Rui Patrício - todos os outros foram para fora.

##RECOMENDA##

Portugal avançou para as quartas de final com sua primeira vitória na Eurocopa, pois havia empatado os três jogos da primeira fase e se classificou às oitavas como um dos quatro melhores terceiros colocados dos seis grupos. Na sequência da competição, o time de Cristiano Ronaldo encara a Polônia, que despachou a Suíça nos pênaltis, mais cedo, também neste sábado.

O JOGO - A partida se mostrou de muito estudo por parte das duas equipes, que se postaram bem na parte defensiva antes de sair para o jogo. O resultado foi um início de jogo muito truncado. Assim, a primeira finalização só aconteceu aos 24 minutos do primeiro tempo, quando Guerreiro cobrou falta fechada na área e Pepe apareceu sozinho para cabecear por cima do gol.

Com maior posse de bola e controlando o meio-de-campo, a Croácia conseguiu chegar com perigo aos 29, com Perisic. O meia dominou na ponta direita junto à linha de fundo, cortou para a esquerda e chutou na rede, pelo lado de fora. Até o intervalo, com Cristiano Ronaldo discreto em campo, as duas chances foram tudo o que as equipes produziram.

No segundo tempo, a Croácia entrou em campo novamente melhor em campo e criou três oportunidades de balançar as redes antes dos dez minutos, mas desperdiçou todas. Portugal respondeu aos 11, com chute errado de João Mário.

A grande oportunidade gol para a seleção croata aconteceu aos 16 minutos, quando Srna cobrou falta da direita e Vida subiu mais que os portugueses para cabecear com perigo à meta adversária, mas para fora.

Pouco depois, Nani recebeu cruzamento, tentou mandar a bola de ombro para o gol, foi tocado no alto e pediu pênalti, mas a arbitragem mandou o jogo seguir. Já nos minutos finais do tempo regulamentar, a Croácia tentou uma blitz, manteve a bola no campo de ataque, mas não conseguiu furar o bloqueio português.

Em uma partida fraca tecnicamente, as duas equipes mantiveram o mesmo padrão na prorrogação. A Croácia não soube o que fazer com os mais de 60% de posse de bola durante toda a partida e falhou em transformar o controle do jogo em gols. Nos 15 minutos finais, Vida cabeceou por cima e Perisic chutou cruzado para fora.

Paciente e bem postada na defesa, a seleção de Portugal conseguiu chegar ao gol da vitória aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação. Renato Sanches disparou em contra-ataque pelo meio, abriu para Nani na esquerda, que virou o jogo para Cristiano Ronaldo dentro da área. O atacante do Real Madrid bateu forte, no meio do gol, e Subasic deu rebote para Quaresma chegar sem marcação e cabecear para as redes vazias.

Nos instantes finais da prorrogação, Vida teve a chance de levar o duelo para os pênaltis, mas falhou em seu voleio. Assim, foi Portugal que se classificou para a próxima fase da Eurocopa.

FICHA TÉCNICA:

CROÁCIA 0 X 1 PORTUGAL

CROÁCIA - Subasic; Srna, Corluka, Vida e Strinic; Badelj, Modric, Perisic, Rakitic (Pjaca) e Brozovic; Mandzukic (Kalinic). Técnico - Ante Cacic.

PORTUGAL - Rui Patrício; Cédric, José Fonte, Pepe e Raphael Guerreiro; Adrien Silva (Danilo Pereira), William Carvalho, André Gomes (Renato Sanches) e João Mário (Quaresma); Nani e Cristiano Ronaldo. Técnico - Fernando Santos.

GOL - Quaresma, aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação.

ÁRBITRO - Carlos Velasco Carballo (Espanha).

CARTÃO AMARELO - William Carvalho (Portugal).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Stade Bollaert-Delelis, em Lens (França).

Dois dias depois do Brexit, como ficou conhecido o referendo que decidiu pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia, neste sábado um britânico teria que deixar a Eurocopa nas oitavas de final. E sobrou para a Irlanda do Norte, que perdeu do País de Gales por 1 a 0 em um jogo de baixa qualidade técnica em Paris, na França. Ambos são estreantes em Eurocopa, de modo que a classificação de Gales para as quartas de final é inédita.

A eliminação da Irlanda do Norte também significa o fim do canto que tomou conta da Eurocopa, homenageando o atacante Will Grigg que, pelo que cantam os norte-irlandeses, estava "on fire" ("pegando fogo"). Mas todo o fogo dele só serviu para esquentar o banco de reservas. Grigg, estrela improvável da competição, vai embora sem sequer ter jogado.

##RECOMENDA##

Já Gales avança às quartas de final para pegar quem passar do duelo entre Hungria e Bélgica, domingo, em Toulouse. O confronto pela próxima fase será só na sexta-feira, em Lille. É a primeira vez que um time britânico que não a Inglaterra fica entre os oito primeiros colocados da Eurocopa.

O JOGO - Irlanda do Norte e País de Gales chegaram pela primeira vez à competição continental exatamente na primeira edição que a Eurocopa tem 24 times, oito a mais do que antes. A expansão deu a oportunidade para que ambas as torcidas dessem show na França, mas fez com que a Eurocopa assistisse a partidas sofríveis.

Foi o caso do primeiro tempo do jogo deste sábado no Parque dos Príncipes. O primeiro tempo só não foi totalmente ruim porque metade do estádio era vermelha e cantava sem parar e a outra metade era verde e também não sossegava.

No campo, Gales chegou a mandar uma bola pras redes, aos 18 minutos, mas Ramsey estava impedido e o lance não valeu. A Irlanda do Norte respondeu com um chute de Ward de fora da área, que Hennessey pegou. País de Gales tinha mais posse de bola, jogadores mais talentosos, mas não conseguia transformar a superioridade técnica em chances de gol.

No segundo tempo, Gales melhorou e, consequentemente, o jogo também. Vokes perdeu pelo alto aos 7 minutos, McGovern pegou falta batida por Bale aos 12, e o gol enfim saiu aos 30 minutos. Bale recebeu pela esquerda e cruzou. Antes que a bola chegasse em Robson-Kanu, McAuley tentou cortar e mandou contra o próprio gol.

Como um típico time britânico, a Irlanda do Norte passou a apostar nos chuveirinhos para tentar empatar. Não deu certo, apesar da tentativa do goleiro McGovern de se arriscar na área no último lance.

FICHA TÉCNICA:

PAÍS DE GALES 1 X 0 IRLANDA DO NORTE

PAÍS DE GALES - Hennessey; Gunter, Chester, Ashley Williams, Davies e Taylor; Allen, Ledley (Jonathan Williams) e Ramsey; Bale e Vokes (Robson-Kanu). Técnico - Chris Coleman.

IRLANDA DO NORTE - McGovern; Hughes, McAuley (Magennis), Cathcart e Jonny Evans; Corry Evans, Ward (Washington), Davis, Norwood (McGinn) e Dallas; Lafferty. Técnico - Michael O'Neill.

GOL - McAuley, contra, aos 30 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Martin Atkinson (Inglaterra).

CARTÕES AMARELOS - Taylor e Ramsey (País de Gales); Dallas e Davies (Irlanda do Norte).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Parque dos Príncipes, em Paris (França).

Atual campeã do mundo e classificada às oitavas de final da Eurocopa como líder do Grupo C, a Alemanha irá defender favoritismo neste domingo contra a Eslováquia, às 13 horas (de Brasília), em Lille, na França, na luta por uma vaga na fase seguinte da competição continental. Nesta sexta-feira, porém, o goleiro Manuel Neuer alertou que a sua seleção não pode se iludir com este fato e precisa provar em campo a sua superioridade.

"Não podemos subestimar nenhum rival. Já sabemos como joga a Eslováquia, pois a enfrentamos em Augsburgo, mas isso foi em um jogo amistoso com circunstâncias distintas das de agora. Estamos bem preparados e queremos decidir o jogo o mais rápido possível para avançar às quartas de final", afirmou o jogador, em entrevista coletiva em Évian-les-Bains, onde a equipe nacional está concentrada.

##RECOMENDA##

O alerta de Neuer não é para menos, já que a Alemanha foi derrotada pelos eslovacos por 3 a 1 em amistoso disputado no mês passado, em casa, em um jogo no qual saiu vencendo e depois tomou uma virada. Naquela ocasião, Neuer não estava no gol e seu substituto, Ter Stegen, acabou levando um frango na derrota alemã.

A Alemanha ainda não sofreu gols nesta Eurocopa, na qual acumula duas vitórias e um empate, e isso aconteceu também por causa de boas atuações de Neuer, principalmente na estreia diante da Ucrânia, batida por 2 a 0. "Seria importante seguir assim nas oitavas de final. Há muitas expectativas em relação ao nosso time e sabemos o que se espera de nós", destacou Neuer, que também ajudou os alemães a empatar por 0 a 0 com a Polônia, antes de ter pouquíssimo trabalho na vitória por 1 a 0 sobre a Irlanda do Norte.

País de Gales está longe de ser apontado como um dos favoritos ao título desta Eurocopa, mas o seu principal astro, Gareth Bale, um dos principais jogadores do futebol mundial na atualidade, exibiu confiança nesta quinta-feira (23) de que a sua seleção poderá lutar pela taça na França. Classificado às oitavas de final, País de Gales irá enfrentar a Irlanda do Norte neste domingo (26), às 13h (de Brasília), em Paris, para dar mais um passo em sua campanha na competição continental. Caso avance, terá pela frente o vencedor do duelo entre Hungria e Bélgica, que acontece na segunda-feira.

O regulamento desta Eurocopa, inflada com 24 seleções, propiciou que os galeses caíssem do lado mais fraco da chave que levará dois países até a final. Já o outro lado da chave conta cinco campeãs mundiais: Alemanha, Itália, Espanha, França e Inglaterra, que só poderão encarar o time de Gareth Bale em uma eventual final.

##RECOMENDA##

Até por isso, o astro do Real Madrid adota um discurso otimista ao projetar as chances de País de Gales nesta Eurocopa. "Obviamente quando você vem a um torneio é com um único objetivo: ganhar. Não se vem aqui para jogar três partidas e voltar para casa. Nosso objetivo final é tentar ganhar o título", ressaltou Bale, em entrevista coletiva.

A confiança de Bale não é para menos, pois o seu país terminou a primeira fase da Eurocopa na liderança do Grupo B, com seis pontos, um à frente da Inglaterra, e na última segunda-feira eliminou a Rússia com uma vitória por 3 a 0. O astro galês, por sinal, está no topo da artilharia da competição, ao lado do espanhol Morata, com três gols cada um.

Para Bale, o próprio País de Gales terá a chance de provar que pode desbancar o favoritismo de outras seleções de maior tradição e força no futebol mundial, como por exemplo a Dinamarca e a Grécia já conseguiram com as respectivas conquistas dos títulos europeus de 1992 e 2004.

"Os outros poderão dizer se somos favoritos. Nós estamos concentrados em nós mesmos. O rótulo (de ser ou não favorito) não nos preocupa. Todos sabemos o que temos de fazer e vamos buscar a vitória", completou o astro.

O talento de Cristiano Ronaldo foi decisivo para Portugal não passar o vexame de ser eliminado na fase de grupos da Eurocopa, que está sendo realizada na França. Nesta quarta-feira (22), o craque do Real Madrid marcou dois gols e deu uma assistência para garantir o empate por 3 a 3 com a Hungria, em Lyon, pela rodada final do Grupo F.

O resultado classificou as duas seleções para as oitavas de final. A Hungria foi a primeira colocada com cinco pontos e saldo de gols superior ao da segunda colocada Islândia - 2 a 1 -, que também avançou. Agora terá pela frente o segundo colocado do Grupo E.

##RECOMENDA##

Já a seleção de Portugal se garantiu na próxima fase com três pontos, como um dos quatro melhores terceiros colocados dos seis grupos, mas ainda não venceu na França e só se manteve viva no torneio por causa do talento de Cristiano Ronaldo, que fez a diferença em uma partida eletrizante, com quatro gols marcados nos 20 minutos iniciais do segundo tempo.

O craque português começou o dia com um desentendimento fora de campo ao tomar o microfone de um repórter e jogá-lo em um lago, mas, dentro de campo, enfim mostrou o seu talento e poder de decisão na Eurocopa, participando diretamente de todos os gols da sua equipe.

O JOGO - O técnico Fernando Santos fez duas mudanças na escalação no crucial confronto para o futuro de Portugal, com Eliseu sendo escalado na lateral esquerda, pois Raphael Guerreiro sofria com dores musculares. Já no meio-de-campo, João Mario substituiu Ricardo Quaresma.

Classificada antecipadamente às oitavas de final, a Hungria entrou em campo com cinco alterações, poupando três jogadores que estavam "pendurados" com um cartão amarelo. Mas exibiu muita luta em busca do objetivo de conseguir o primeiro lugar do grupo, que acabou sendo alcançado mesmo com o estrago provocado por Cristiano Ronaldo.

Assim, fez um duelo bastante movimentado com Portugal, que teve a primeira chance clara de gol com uma das novidades do time, João Mário, que finalizou de fora da área, para fora. Mas quem abriu o placar do duelo foi a Hungria, aos 19 minutos do primeiro tempo com um belo gol. Após cobrança de escanteio, a zaga de Portugal rebateu a bola, que sobrou para Gera. Ele dominou e bateu de esquerda para marcar. Logo depois, com Portugal aparentemente sentindo o gol, Elek quase marcou em um chute forte, que foi bem defendido por Rui Patrício.

Até então apagado na partida, Cristiano Ronaldo começou a tentar ameaçar a Hungria e finalizou algumas vezes em cobranças de falta, mas a maior parte delas sem muita pontaria. E teve papel importante como assistente aos 42 minutos, quando deu ótimo passe para Nani finalizar no canto direito da meta defendida por Kiraly.

Só que a Hungria mostrou não estar satisfeita com o empate, tanto que quase foi ao intervalo em vantagem, não fosse a boa defesa de Rui Patrício em chute de muito longe de Szalai. E logo no início do segundo tempo, aos dois minutos, Dzsudzsak colocou novamente os húngaros em vantagem, numa cobrança de falta em que a bola desviou na barreira.

Na sequência, Lovrencsics quase marcou para a Hungria, mas aí Cristiano Ronaldo apareceu. Aos cinco minutos, o craque marcou um golaço, de letra, completando um cruzamento de João Moutinho. Assim, alcançou a quarta Eurocopa marcando gols - fez três em 2012, um em 2008 e dois em 2004 -, um recorde que pode ser igualado pelo sueco Ibrahimovic ainda nesta quarta.

O início do segundo tempo era eletrizante. E aos dez minutos, a sorte voltou a ajudar a Hungria, pois novo chute de Dzsudzsak desviou na defesa portuguesa, impedindo a defesa de Rui Patrício e deixando mais uma vez a Hungria em vantagem.

De novo, porém, Cristiano Ronaldo apareceu. Agora, aos 18 minutos, ele marcou de cabeça depois de cruzamento de Quaresma, chegando aos oito em todas edições da Eurocopa e ficando a apenas um do recordista, o francês Michel Platini.

As emoções prosseguiram com a Hungria acertando a trave com uma finalização de Szalai após um cruzamento rasteiro, aos 19 minutos. Depois disso, porém, a Hungria passou a ter mais preocupações defensivas, enquanto Portugal se manteve no ataque, mesmo que o empate fosse suficiente para assegurar a sua classificação.

A seleção de Portugal ainda teve algumas boas chances, a maior parte delas em finalizações de longe, de Quaresma e, principalmente, de Cristiano Ronaldo, mas eles não acertaram a meta de Kiraly. Assim, a partida terminou empatada em 3 a 3, com húngaros e portugueses garantidos nas oitavas de final da Eurocopa.

FICHA TÉCNICA

HUNGRIA 3 x 3 PORTUGAL

HUNGRIA - Kiraly; Lang, Guzmics, Juhasz e Korhut; Gera (Bese), Pinter, Dzsudzsak, Elek e Lovrencsics (Stieber); Szalai (Nemeth). Técnico: Bernd Storck.

PORTUGAL - Rui Patricio; Vieirinha, Pepe, Ricardo Carvalho e Eliseu; Andre Gomes (Quaresma), William Carvalho, João Moutinho (Renato Sanches) e João Mario; Nani (Danilo Pereira) e Cristiano Ronaldo. Técnico: Fernando Santos.

GOLS - Gera, aos 19, e Nani, aos 42 minutos do primeiro tempo; Dzsudzsak, aos dois e aos dez, Cristiano Ronaldo, aos quatro e aos 17 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Martin Atkinson (Inglaterra).

CARTÕES AMARELOS - Guzmics, Juhasz e Gera (Hungria).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Stade de Lyon, em Lyon (França).

O presidente da Federação Francesa de Futebol, Noel Le Graet, afirmou nesta quarta-feira que Karim Benzema poderá voltar a defender a seleção do país após a disputa da Eurocopa. O atacante do Real Madrid foi descartado desta edição da competição continental, que está sendo realizada no seu país, após um escândalo que envolveu a sua suposta participação em um esquema de extorsão por meio de uma gravação de uma relação sexual de Mathieu Valbuena, seu companheiro de seleção que também ficou fora da convocação para o principal torneio de seleções do futebol europeu.

A decisão de deixar Benzema fora desta Eurocopa foi tomada por Le Graet e pelo técnico da França, Didier Deschamps, que temiam que a presença do jogador no elenco poderia causar polêmica e afetar a harmonia do grupo, assim como provocaria um maior assédio da imprensa aos atletas já pressionados a levarem a seleção do país a uma boa campanha pelo simples fato de estarem disputando a Eurocopa em casa.

##RECOMENDA##

Nesta quarta, porém, em entrevista coletiva concedida em Clairefontaine, onde a seleção francesa está concentrada já projetando as oitavas de final da Eurocopa, o dirigente ressaltou que Benzema "não está suspenso por toda vida" do time nacional e disse apostar que o processo que o jogador enfrenta na Justiça será resolvido rapidamente.

"Ele não está entre os 23 (convocados), mas eu desejo que a Justiça possa ir mais rápido. Ele não está suspenso pela vida, eu não acredito em suspensões por toda a vida", ressaltou Le Graet, abrindo as portas para a volta de uma das principais estrelas do futebol da França na atualidade ao time nacional.

Benzema é acusado na Justiça de "cumplicidade em tentativa de chantagem" e "participação em uma associação criminosa", em um dossiê que está sendo julgado pelo Tribunal de Apelação de Versalhes.

Excluído desta Eurocopa, o atacante chegou a dizer, em uma entrevista ao jornal esportivo espanhol Marca, que Deschamps "se curvou à pressão de uma parte racista da França" ao deixá-lo fora da convocação para a competição, na qual ele esperava muito estar presente. "Perder a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul foi um revés, mas a Eurocopa em casa é ainda mais difícil. Esta é uma das maiores decepções que tive, sem dúvida", lamentou.

O ex-jogador da França Eric Cantona também acusou Deschamps de deixar o atacante do Real Madrid e Hatem Ben Arfa, um dos principais destaques da última edição do Campeonato Francês, fora da convocação por questões raciais.

Francês de origem argelina, Benzema também disse que contexto político na França, onde a extrema-direita tem ganhado força política ao longo dos últimos anos, joga contra ele. A Frente Nacional, partido de extrema-direita, anti-imigração e liderado por Marine Le Pen, é cada vez mais popular na França, com a expectativa de que vá ao segundo turno na eleição presidencial do próximo ano.

Autor de 27 gols em 81 partidas pela seleção francesa, Benzema também ficou fora da Copa do Mundo de 2010 por causa de seu envolvimento em outro escândalo. Naquela ocasião, não foi convocado por Raymond Domenech, então técnico da França, quando o atacante e Franck Ribery eram alvos de uma ação judicial por terem solicitado os serviços de uma prostituta menor de idade. Ambos foram absolvidos na Justiça na época, mas o jogador do Real Madrid acabou ficando fora do Mundial.

Poucas horas antes do jogo decisivo que Portugal fará contra a Hungria, nesta quarta-feira, em Lyon, pela rodada final do Grupo F da Eurocopa, Cristiano Ronaldo se tornou o centro das atenções com uma atitude polêmica. Durante caminhada da equipe nacional pela manhã, que pôde ser acompanhada pela imprensa sem restrições, o astro português se irritou com uma pergunta feita por um repórter e atirou o microfone do mesmo em um lago localizado ao lado do local, em Lyon, na França.

A reação intempestiva aconteceu depois que um jornalista português, da rede de TV do diário Correio da Manhã, lhe perguntou: "Preparado para este jogo?". Ao ouvir esta simples questão, o jogador do Real Madrid sequer respondeu e tirou o microfone da mão do repórter de forma abrupta, para em seguida jogar o objeto na água.

##RECOMENDA##

A atitude intempestiva foi registrada por câmeras de TV que mostravam o atacante caminhando cercado por seguranças da seleção portuguesa nas imediações do hotel onde a equipe nacional está hospedada. O episódio ocorreu antes de a equipe comandada pelo técnico Fernando Santos encarar a Hungria nesta quarta-feira, às 13 horas (de Brasília), precisando de um empate para assegurar classificação às oitavas de final da Eurocopa.

Cristiano Ronaldo se revela nervoso antes do confronto depois de ter desperdiçado um pênalti no empate por 0 a 0 com a Áustria, no último sábado, em Paris, onde o resultado deixou Portugal na terceira posição do Grupo F da competição continental, com apenas dois pontos em dois jogos. A Hungria lidera a chave de forma isolada, com quatro pontos, enquanto a Islândia, com a mesma pontuação dos portugueses, ocupa o segundo lugar. Já os austríacos, que pegam os islandeses também às 13 horas desta quarta, ocupam a lanterna, com um ponto.

Caso empate com a Hungria, Portugal irá avançar às oitavas de final da Eurocopa, na pior das hipóteses, como um dos quatro melhores terceiros colocados. Já se vencer, tem chance de se classificar como líder ou vice-líder do Grupo F, dependendo do resultado da partida entre Islândia e Áustria.

Assista ao momento em que o jogador arremessa o microfone:

A Croácia complicou a vida dos atuais bicampeões europeus, nesta terça-feira (21), em Bordeaux, ao vencer a Espanha por 2 a 1, de virada, e avançar às oitavas de final da Eurocopa como líder do Grupo D. O resultado levou os croatas aos sete pontos, contra seis dos espanhóis, que chegaram a desperdiçar um pênalti com Sergio Ramos no segundo tempo quando o duelo estava empatado por 1 a 1.

A seleção croata já entrou em campo classificada às oitavas de final, então na pior das hipóteses como melhor terceira colocada, mas não se acomodou e agora espera pela definição do seu próximo adversário, que será o terceiro mais bem posicionado do Grupo B, E ou F - isso será determinado nesta quarta com a conclusão destas últimas duas chaves e a consequente conclusão desta primeira fase na França.

##RECOMENDA##

Já a Espanha, ao fechar o Grupo D como vice-líder, com seis pontos, terá de encarar a Itália, que já assegurou o topo do Grupo E, nas oitavas de final. O confronto será uma reedição da decisão de 2012, quando a Espanha goleou por 4 a 0 para ficar com o bicampeonato europeu.

No outro duelo que fechou o Grupo D nesta terça-feira, a Turquia venceu a República Checa por 2 a 0 e garantiu a terceira posição, com três pontos, mantendo suas chances de classificação como uma das quatro melhores terceiras colocadas. Já os checos, com apenas um ponto, foram eliminados.

O JOGO - No confronto em Bordeaux, a Espanha deu a impressão de que poderia atropelar a Croácia ao abrir o placar já aos 6 minutos. Em bela trama do ataque da equipe comandada por Vicente del Bosque, David Silva deu belo passe para Fàbregas, que do lado direito da área cruzou para Morata abrir o placar. O atacante balançou as redes poucas horas depois de ter a sua volta ao Real Madrid oficializada, após passagem pela Juventus, da Itália.

A Croácia, porém, não se abateu com o gol sofrido e foi ao ataque e por duas vezes esteve perto de empatar já aos 12 e 13 minutos. Primeiro, após uma roubada uma bola, Kalinic soltou a bomba de fora da área e obrigou De Gea a fazer grande defesa. Já em seguida, em nova bobeada espanhola, desta vez do goleiro na saída de bola, Rakitic pegou o rebote e arriscou o chute de cobertura de fora da área. Caprichosamente, a bola bateu no travessão e depois na trave direita de De Gea, que ficou apenas na torcida para ela não entrar.

E o meia Perisic começou a se tornar decisivo para a Croácia ainda na primeira etapa. Oito minutos após levar perigo em uma cabeçada, o meio-campista iniciou a jogada que resultou no gol de empate, já nos acréscimos, aos 46. Após dar dois belos dribles em um defensor pela esquerda, cruzou para Rakitic desviar de cabeça e Kalinic completar com categoria na saída de De Gea.

Na etapa final, a Espanha desperdiçou boa chance de marcar o segundo gol já aos 7 minutos, com Morata desviando uma bola cruzada da esquerda e quase balançando as redes. Com maior volume ofensivo, os espanhóis voltaram a assustar aos 22 minutos, após David Silva cobrar escanteio da esquerda e Sergio Ramos cabecear com perigo à esquerda do goleiro Subasic.

E o mesmo Sergio Ramos teve a grande chance de fazer o segundo gol espanhol aos 26 minutos, após a arbitragem assinalar uma penalidade polêmica após Iniesta cruzar na área e David Silva cair na grande área quando era marcado de perto por um croata. O zagueiro foi para a bola e bateu pênalti muito mal, mas Subasic se adiantou muito na pequena área antes da cobrança e agarrou. O juiz, porém, ignorou a irregularidade.

Quando a liderança do Grupo D parecia certa para a Espanha, a Croácia acabou obtendo a virada aos 41 minutos. Em rápido contra-ataque, Perisic recebeu pela esquerda, invadiu a área e chutou cruzado para vencer De Gea. No finalzinho, David Silva ainda quase empatou, mas os croatas se salvaram após chute cruzado.

POLÊMICA - Além da derrota que forçou o reencontro com a Itália nas oitavas de final da Eurocopa, a Espanha ainda amargou uma polêmica envolvendo um dos seus principais jogadores nesta terça. Durante a execução do hino nacional do país, Piqué, zagueiro do Barcelona, que é catalão, foi visto fazendo um gesto obsceno no qual exibiu o dedo médio da mão direita enquanto apoiava a mesma no ombro de um companheiro. Ele foi alvo de críticas e seu gesto gerou várias interpretações, até pelo fato de que a região da Catalunha ainda luta para se tornar um país independente.

FICHA TÉCNICA

CROÁCIA 2 X 1 ESPANHA

CROÁCIA - Subasic; Srna, Corluka, Jedvaj e Vrsaljko; Rog (Kovacic), Badelj, Perisic (Kramaric), Rakitic e Pjaca (Cop); Kalinic. Técnico: Ante Cacic.

ESPANHA - David De Gea; Juanfran Torres, Sergio Ramos, Piqué e Jordi Alba; Busquets, Iniesta e Fàbregas (Thiago Alcântara); David Silva, Nolito (Bruno Soriano) e Alvaro Morata (Aduris). Técnico: Vicente del Bosque.

GOLS - Morata, aos 6, e Kalinic, aos 43 minutos do primeiro tempo; Perisic, aos 41 do segundo.

ÁRBITRO - Bjorn Kuipers (HOL).

CARTÕES AMARELOS - Srna, Vrsaljko e Rog (Croácia).

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Stade de Bordeaux, em Bordeaux (FRA).

A Uefa ordenou, nesta terça-feira (21), a substituição do gramado do Estádio Pierre-Mauroy, em Lille, imediatamente após a partida entre as seleções da Itália e da Irlanda, que será disputada nesta quarta-feira (22), na cidade do norte da França, pela rodada final do Grupo F da Eurocopa. "As adversas condições meteorológicas das últimas semanas (chuva, umidade, falta de luz do sol) causaram um dano irreversível ao campo do estádio de Lille, apesar de uma série de medidas (evitar treinamentos antes das partidas, uso de fertilizadores, secados com ventiladores) com o objetivo de reabilitar a superfície de jogo", informou a Uefa, nesta terça-feira, em um comunicado oficial.

A entidade também explicou que o novo gramado será levado da Holanda para a França e há a expectativa de que a sua instalação esteja completa até a próxima sexta-feira (24). No dia seguinte, o estádio de Lille será palco da partida da seleção francesa pelas oitavas de final da Eurocopa. Além disso, vai sediar um jogo das quartas de final, agendado para 1º julho.

##RECOMENDA##

No Pierre-Mauroy, já foram disputados três jogos nesta edição da Eurocopa. Foram eles: Alemanha 2 x 0 Ucrânia, Rússia 1 x 2 Eslováquia e Suíça 0 x 0 França.

Zlatan Ibrahimovic surpreendeu nesta terça-feira ao anunciar que irá se aposentar da seleção sueca após terminar de defender o seu país na Eurocopa, que está sendo realizada na França. O astro de 34 anos fez a revelação um dia antes de o time nacional enfrentar a Bélgica, em Nice, pela rodada final do Grupo E da competição continental.

Como a Suécia está na lanterna da chave e corre sério risco de ser eliminada, este confronto diante dos belgas poderá ser o último do atacante com a camisa da seleção do seu país. "O último jogo da Suécia na Euro será meu último jogo com a Suécia, então espero que isso não seja amanhã", afirmou o atleta, para em seguida destacar que projeta defender a equipe nacional no torneio "o maior tempo possível".

##RECOMENDA##

Para completar, Ibrahimovic ainda assegurou que não virá ao Rio para disputar os Jogos Olímpicos, em agosto, depois de ter sido incluído, no último dia 15, em uma pré-lista de 35 convocados da Suécia para defender o seu país no torneio de futebol masculino da competição. "Não participarei da Olimpíada porque meu último jogo pela Suécia será nesta Eurocopa", frisou.

E, mesmo que a Suécia seja eliminada nesta quarta-feira no confronto marcado para começar às 16 horas (de Brasília), ele assegurou que não ficará decepcionado com o desempenho que teve com a camisa do time nacional, do qual é o maior artilheiro da história, com 62 gols, e se tornará o sexto jogador com maior número de atuações ao chegar a 116 nesta quarta-feira.

"De qualquer forma, se a minha carreira se encerrar nesta quarta-feira, não estarei decepcionado, nunca, porque sou muito orgulhoso de ser capitão da Suécia e de tudo que eu alcancei. Então quero aproveitar este momento e agradecer a todos os torcedores porque eles tornaram isso possível para eu alcançar tudo que eu conquistei", afirmou Ibrahimovic, em entrevista coletiva. "Para mim decepção não existe. Existe apenas orgulho, gratidão e muito agradecimento", completou.

Para avançar às oitavas de final da Eurocopa, a Suécia precisa vencer a Bélgica nesta quarta-feira, sendo que a seleção do país soma apenas um ponto em dois jogos disputados até aqui, fruto de um empate com a Irlanda na estreia e de uma derrota para a Itália na segunda rodada do Grupo E.

'NO NÍVEL DE MESSI E CRISTIANO RONALDO' - "Nossa maior estrela estar indo embora da seleção é uma grande perda. Nós temos um jogador de seleção que está realmente no mesmo nível de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. E esse jogador é Zlatan Ibrahimovic", afirmou o técnico da seleção sueca, Erik Hamren, também nesta terça-feira, ao comentar a decisão anunciada pelo astro, o colocando de forma um pouco exagerada o atacante no mesmo patamar dois maiores jogadores da atualidade.

O treinador ainda revelou que Ibrahimovic discutiu sobre a aposentadoria com ele em "janeiro ou fevereiro", mas que apenas agora nesta terça o atleta confirmou a sua aposentadoria da seleção ao término da participação da Suécia nesta Eurocopa.

"Acho que a Suécia tem um futuro brilhante no futebol, mas é claro que, se perdemos

Zlatan Ibrahimovic, será uma perda enorme", disse o comandante. "Assim como um goleador, ele também é um indivíduo que tem ajudado muito o futebol sueco", reforçou.

A Albânia conquistou neste domingo um resultado histórico ao derrotar a Romênia por 1 a 0, no Stade de Lyon, em Lyon, na França, pela terceira e última rodada do Grupo A da Eurocopa. Estreante na competição continental, este é o primeiro triunfo dos albaneses em um torneio oficial de seleções. E mais: mantém vivas as chances de classificação às oitavas de final.

Com três pontos, a Albânia encerrou a chave na terceira colocação - França, com sete, e Suíça, com cinco, ficaram à sua frente e avançaram direto; a Romênia, com um na lanterna, está eliminada. Nesta Eurocopa, agora com 24 seleções, os quatro melhores terceiros colocados de seis grupos passam às oitavas de final. E as chances são boas, já que em três das outras cinco chaves o terceiro colocado tem menos de três pontos.

##RECOMENDA##

Em campo, a partida não teve um bom nível técnico, mas não faltou emoção. No primeiro tempo, o duelo ficou muito amarrado no meio de campo e poucas chances de gol foram criadas. Na melhor delas, a Albânia conseguiu o seu gol - histórico por ser o primeiro na Eurocopa. Aos 42 minutos, o meia Sadiku começou a jogada pelo meio e tocou para a ponta direita. O lateral Hysaj cruzou na segunda trave e o camisa 10 albanês aproveitou indefinição do goleiro Tatarusanu e do zagueiro Chiriches para marcar de cabeça.

Na segunda etapa, o que era previsto aconteceu: uma forte pressão da Romênia. Com a necessidade da vitória para seguir com chances de classificação, os romenos foram todos para o ataque. Deixaram espaços para contra-ataques, mas não foram ameaçados pelos albaneses. A melhor chance para o empate aconteceu aos 30 minutos, quando o meia Andone arrancou pela direita, entrou na área e soltou uma bomba que explodiu na trave do goleiro Berisha.

Até o final, a seleção da Albânia se segurou como pôde e após o apito final do árbitro comemorou muito com os fanáticos torcedores a histórica vitória e, quem sabe, a histórica classificação. Vai ter de torcer até quarta-feira, quando acaba a fase de grupos da Eurocopa.

FICHA TÉCNICA

ROMÊNIA 0 x 1 ALBÂNIA

ROMÊNIA - Tatarusanu; Sapunaru, Grigore, Chiriches e Matel; Hoban, Prepelita (Sanmartean), Stancu, Popa (Andone) e Stanciu; Alibec (Torje). Técnico: Anghel Iordanescu.

ALBÂNIA - Berisha; Hysaj, Ajeti, Mavraj e Agolli; Memushaj, Basha (Cana) e Abrashi; Lenjani (Roshi), Lila e Sadiku (Balaj). Técnico: Giovanni De Biasi.

GOL - Sadiku, aos 42 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Torje (Romênia); Hysaj e Basha (Albânia).

ÁRBITRO - Pavel Královec (Fifa/República Checa).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Stade de Lyon, em Lyon (França).

A França ficou no empate sem gols com a Suíça neste domingo, em Lille, e garantiu a primeira colocação no Grupo A da Eurocopa. Depois de vencer os dois primeiros jogos mesmo sem apresentar um bom futebol, o time francês novamente não convenceu seus torcedores. Acertou três bolas na trave, mas não conseguiu tirar o zero do placar.

O resultado levou a seleção anfitriã aos sete pontos, na liderança da chave. Os suíços também garantiram a vaga e terminaram a fase inicial em segundo lugar, com cinco. A Albânia venceu a Romênia por 1 a 0 também neste domingo, foi a três pontos e ainda tem chance de ficar com uma das vagas - classificam-se os quatro melhores terceiros colocados dos seis grupos.

##RECOMENDA##

O JOGO - O técnico Didier Deschamps optou por mexer novamente na escalação do time francês. Ele poupou o volante Kanté e o atacante Giroud, pendurados, e também deu descanso para o meio-campista Matuidi e o atacante Payet. Em compensação voltaram o atacante Griezmann e o volante Pogba.

Pogba começou inspirado e criou três boas chances antes da metade do primeiro tempo. Aos 11 minutos, ele arriscou de longe, o goleiro Sommer espalmou e a bola bateu no travessão antes de sair para escanteio. Na sequência, Coman errou chute, Pogba pegou a sobra e bateu cruzado para boa defesa do goleiro suíço. Aos 17, o volante avançou pela intermediária e mandou a bomba na trave.

Os suíços acertaram a marcação no meio de campo e dificultaram as ações de Pogba no restante da etapa inicial. Com isso, a França também diminuiu o ritmo. No segundo tempo, Pogba conseguiu escapar e tocou para Gignac, que tabelou com Griezmann e chutou para boa defesa de Sommer.

Com dificuldade para chutar a gol, Deschamps decidiu mexer na equipe e colocou Payet na vaga de Coman. Em sua primeira participação, o atacante quase fez um golaço. Sissoko avançou pela direita e cruzou. Payet apareceu pelo meio e bateu de primeira no travessão.

Sem ser pressionada, a França ainda teve mais uma boa chance antes do apito do árbitro. Payet aproveitou o rebote na entrada da área e mandou uma bomba. A bola saiu à direita. No último minuto, os suíços reclamaram de pênalti. Dzemaili invadiu a área e foi puxado por Sagna. O árbitro mandou o jogo seguir.

FICHA TÉCNICA

SUÍÇA 0 x 0 FRANÇA

SUÍÇA - Sommer; Lichtsteiner, Schär, Djourou e Ricardo Rodríguez; Behrami, Dzemaili e Xhaka; Shaqiri (Gelson Fernandes), Embolo (Seferovic) e Mehmedi (Lang). Técnico: Vladimir Petkovic.

FRANÇA - Lloris; Sagna, Rami, Koscielny e Evra; Cabaye, Pogba e Moussa Sissoko; Coman (Payet), Gignac e Griezmann (Matuidi). Técnico: Didier Deschamps.

CARTÕES AMARELOS - Rami e Koscielny (Suíça).

ÁRBITRO - Damir Skomina (Fifa/Eslovênia).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Pierre Mauroy, em Lille (França).

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando