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A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e o Shopping Feira da Madrugada (o maior centro popular de compras da América Latina) firmaram uma parceria – circuito de compras – para beneficiar os lojistas e comerciantes do complexo de compras com a instalação do Espaço do Empreendedor. O atendimento aos empreendedores começou no dia 23 de janeiro. 

No local é possível fazer a regularização a abertura de MEI, registro de marcas e patentes, emissão de certificados e declarações e consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). O empresário também contará com serviços financeiros diferenciados. O gerente de serviços institucionais, Renan Luiz da Silva, explicou que o local vai favorecer empreendedores do complexo de compras e de toda a região. “Estaremos mais próximos. Nosso portfólio de produtos e serviços têm ajudado micro e pequenos da capital todos os dias. Vamos fortalecer essa relação, além de proporcionar acesso a diversas ferramentas que facilitam o dia a dia de suas atividades”. 

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O Espaço do Empreendedor foi pensado para auxiliar no crescimento dos pequenos negócios. Por meio da ACCREDITO, uma instituição financeira 100% digital da ACSP, os empreendedores terão acesso a produtos financeiros, como capital de giro, financiamento para investimento, antecipação de recebíveis e conta digital, entre outras modalidades de concessão de crédito. Outro pilar importante do Espaço do Empreendedor é a capacitação. A Faculdade do Comércio (FAC) terá uma equipe fixa para atender os lojistas e seus funcionários A instituição de ensino, mantida pela ACSP e pela Facesp, possui cursos de graduação e pós-graduação e tecnológicos em diversas áreas.  

A Nova Feira da Madrugada conta com 5.400 boxes e lojas, 315 vagas de ônibus, 2.400 vagas de carro, estrutura de acessibilidade, climatização, Wi-fi, elevadores, banheiros e praça de alimentação, gerando mais de 7 mil empregos diretos e mais de 3 mil indiretos. Sua principal característica é o empreendedorismo, que é justamente o processo de iniciativa de implementar novos negócios ou mudança dos tipos dos negócios internos do nosso empreendimento, normalmente envolvendo inovações. “Estamos muito felizes em contar com a parceria da ACSP e da ACCREDITO. A ideia é fornecer crédito e orientação financeira, com o intuito de transformar os feirantes em empresários bem-sucedidos", comemorou Daniel Galante, presidente da Nova Feira da Madrugada.  

Para o presidente da instituição financeira, Milton Luiz de Melo Santos, o projeto é um importante marco para a cidade de São Paulo. “É coerente com a tradição da ACSP de fomentar o empreendedorismo. Nesse espaço oferecemos linhas de crédito e serviços financeiros sem burocracia e sob medida para os empreendedores, expositores e para os pequenos comércios estabelecidos neste pólo comercial”, disse. 

Um grupo de comerciantes da Feira da Madrugada, no Brás, no Centro de São Paulo, fez um protesto na Avenida do Estado, altura da Rua São Caetano, na manhã desta quarta-feira (13).

Imagens do jornal "Bom Dia São Paulo" da Globo mostraram que os manifestantes colocaram fogo em pneus nas pistas sentido Santana e sentido centro. De acordo com a Polícia Militar, eles protestam contra um possível fechamento da Feira da Madrugada para reforma do local.

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Por volta das 8h30, os manifestantes liberaram a avenida e começaram a se encaminhar para a Rua São Caetano. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estavam orientando o trânsito na região, que ficou bastante complicado.

Com reabertura planejada para ontem, 15, a Feira da Madrugada, no Brás, zona leste de São Paulo, ainda continua em obras. Segundo balanço da Secretaria de Infraestrutura e Obras (Siurb), falta concluir de 10 a 15% do cronograma de reforma. Por enquanto, foram criadas rotas de fuga e houve a substituição de materiais inflamáveis em 4 mil boxes, que agora têm paredes corta-fogo. A revisão da infraestrutura elétrica e hidráulica também está finalizada, segundo a pasta. Após o término da obra, o espaço passará por vistoria dos bombeiros e só depois será liberado. Os comerciantes que tiverem permissão para trabalhar no local terão de pagar R$ 910 para cobrir despesas diversas, como luz e água.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Comerciantes da Feira da Madrugada fazem mais um protesto na manhã desta sexta-feira, 28, na região central de São Paulo. Um pouco antes das 10h, os manifestantes ocuparam o cruzamento entre a rua São Caetano e a Avenida do Estado. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o grupo seguiu em passeata para a rua Oriente e, às 11h, interditavam a rua Barão de Ladário. A CET informou que desvia o trânsito na região, pela rua Pasteur.

Os comerciantes protestam contra o atraso no início das obras no local da Feirinha. Após uma disputa judicial entre os lojistas e o governo municipal, a Prefeitura fechou o espaço em 29 de maio para reforma, que deveria ter começado no dia 3 de junho. A prefeitura deu um prazo de 60 dias para o término das obras e reabertura da Feirinha, mas quase 30 dias após o fechamento, os comerciantes alegam que elas ainda não foram iniciadas. Orçada em R$ 4 milhões e de responsabilidade do governo municipal, a reforma visa atender exigências de segurança.

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Um grupo de cerca de 50 pessoas faz nesta quinta-feira, 27, um novo protesto contra o Fechamento da Madrugada (Feirinha). Os manifestantes ocupam desde às 7h a faixa da direita da Avenida do Estado e da rua São Caetano, na região central de São Paulo. Mais uma vez, eles protestam contra o fechamento da Feira da Madrugada.

A Prefeitura fechou a Feirinha no dia 29 de maio para reformas de segurança no local. Desde a decisão de encerrar as atividades comerciais para as obras, várias manifestações dos lojistas ocuparam as ruas do Centro da capital paulista. O último protesto foi nessa quarta, 26, quando 100 pessoas bloquearam os dois sentidos da rua Oriente.

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Agora os comerciantes alegam que, apesar da Feirinha ter sido fechada há quase 30 dias, as obras ainda não começaram. A Prefeitura deu um prazo de 60 dias para terminar a reforma - que vai custar cerca de R$ 4 milhões - e reabrir o comércio no local. Antes mesmo do fechamento, eles queriam ser responsáveis pelas reformas de adequação, garantindo assim o funcionamento normal da feirinha durante as obras.

Os comerciantes da Feira da Madrugada fazem novo protesto nesta segunda-feira, 3. Os cerca de 700 manifestantes saíram da avenida do Estado nesta manhã e às 12h já ocupavam a avenida paulista, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Eles pretendem caminhar até o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em protesto contra o fechamento da feirinha.

As reformas para cumprimento de exigências de segurança no local onde acontece a Feira, no Brás, região central de São Paulo, tiveram início nesta segunda. As obras, de responsabilidade da prefeitura, devem levar 60 dias e durante esse período as atividades comerciais estão suspensas. O custo estimado da reforma é de R$ 4 milhões.

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Na última quarta-feira, 29, os comerciantes já haviam feito manifestação contra decisão judicial que ordenava o fechamento da feirinha. Durante a madrugada, 100 pessoas ocuparam a Avenida do Estado e a Rua São Caetano.

A Feira da Madrugada, que acontece no Brás, região central de São Paulo, funcionou normalmente na madrugada desta terça-feira, 28, apesar do Tribunal Federal Regional da 3ª Região (TRF3) suspender a decisão que mantinha o seu funcionamento. A liminar do juiz Victorio Giuzio Neto, da 24.ª Vara Federal, que assegurava as atividades no local foi cassada pelo TRF na última sexta-feira, dia 24, e divulgada nesta terça. Ainda segundo a decisão da Justiça Federal, os comerciantes têm até quarta-feira, 29, para o fechamento das bancas.

Alegando risco de incêndio e necessidade de uma reforma no local, a Prefeitura de São Paulo havia determinado o fechamento da Feirinha no final de abril e os comerciantes tinham até o dia 8 de maio para retirar as mercadorias. Um dia antes desse prazo, a liminar do juiz Giuzio Neto permitiu que a Feira continuasse funcionando normalmente. Segundo ele, as reformas prioritárias de segurança podiam ser feitas com o comércio em operação.

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No dia 10 de maio, uma nova vistoria do Corpo de Bombeiros foi feita a pedido do próprio juiz. Com base no laudo, a Prefeitura recorreu da decisão, pedindo novamente o fechamento da Feirinha.

Na última semana, a suspensão da liminar do juiz da primeira instância foi dada pelo presidente do tribunal, Newton De Lucca. Ele tomou como base o relatório do Corpo de Bombeiros que demonstrou a necessidade de reformas urgentes para a prevenção de incêndios. "Ainda que sejam compreensíveis - e, mais do que isso, louváveis - os esforços feitos pelos próprios comerciantes para que a Feira mantenha sua atividade, seria temerário permitir que a mesma continue operando nas atuais circunstâncias", afirmou De Lucca.

Segundo o juiz de segunda instância, o fato de ainda não ter ocorrido acidente grave na Feira da Madrugada, não afasta "a necessidade de uma revisão global, urgente e impostergável, do sistema contra incêndio". O documento do Corpo de Bombeiros lista melhorias como regularização das larguras dos corredores, utilização de material adequado na cobertura das barracas, instalação de sistema de iluminação de emergência e formação de brigada de incêndio. A estimativa é que as obras da Prefeitura no local levem, no mínimo, 60 dias.

De acordo com a decisão do TRF, a suspensão da liminar não afeta outras ações futuras que possam ser iniciadas na Justiça sobre a Feira da Madrugada. A associação dos comerciantes ainda pode recorrer da decisão.

O prefeito Fernando Haddad afirmou nesta segunda-feira, 13, que a Prefeitura vai acatar a recomendação do Corpo de Bombeiros de fechar a Feira da Madrugada para obras emergenciais de segurança. "Não podemos conviver com situação de insegurança tanto para os comerciantes quanto para os frequentadores da feira", afirmou. Nesse sábado, 11, a corporação fez uma vistoria no local e encontrou irregularidades.

Será com base nessa vistoria que a Prefeitura pretende mudar o entendimento da Justiça Federal e obter a cassação da liminar que mantém a feira aberta. "Vamos sensibilizar o Judiciário para ter esse mesmo princípio de que os bombeiros é que dão a última palavra. Vamos seguir estritamente a recomendação dos bombeiros e, se precisar recorrer, vamos recorrer", afirmou.

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Haddad disse que já pediu reconsideração da decisão na Justiça, mas o juiz negou o pedido. "Nós queremos apoiar o comércio, não há dúvida. A feira interessa a São Paulo. Mas segurança vem em primeiro lugar."

Cerca de 500 comerciantes que trabalham na Feira da Madrugada, no Pari, região central de São Paulo, fizeram uma passeata na manhã desta sexta-feira, 3, para protestar contra a decisão da Prefeitura de retirá-los do local até o dia 9. Após caminhar até a sede do governo municipal, o grupo enviou um representante para conversar com o prefeito Fernando Haddad (PT) no início desta tarde.

O grupo reclama que a Prefeitura não informou a eles para onde serão levados e onde poderão colocar suas mercadorias. Também afirmam que o prazo para abandonarem o terreno da feira é muito curto e está perto do Dia das Mães, uma das datas de maior movimento no local. A retirada dos comerciantes foi determinada pela Prefeitura nessa semana, após pedido do Ministério Público, que detectou falta de segurança no local.

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"Concordamos em fazer uma reforma, mas a gente quer trabalhar", afirma o comerciante José Laerte de Souza, de 44 anos, que afirma vender apenas as roupas que fabrica na sua pequena confecção. "Como está perto do Dia das Mães, todo mundo está cheio de mercadorias. Se tiver que sair dia 9 mesmo, a gente não tem lugar para guardar e nem tem como vender tudo isso", completou Souza.

O Coordenador da Comissão Permanente de Ambulantes da feira (Copae), Gilson Roberto de Assis entrou na Prefeitura, onde seria recebido por Haddad, por volta das 13h. Guardas civis que acompanhavam a manifestação disseram que pelo menos 500 pessoas o aguardavam do lado de fora. Até as 13h30, a manifestação havia sido pacífica.

Os lojistas da Feira da Madrugada, realizada todos os dias no Brás, na região central, têm até o dia 9 de maio para desocuparem a área. A decisão está em decreto publicado nesta terça-feira, 30, pelo prefeito Fernando Haddad (PT), atendendo à determinação do promotor César Dario Mariano da Silva. Ele argumenta que há na área alta concentração de materiais inflamáveis e falta de espaço para a circulação dos mais de 200 ônibus que estacionam no local.

A Prefeitura de São Paulo trabalha com três alternativas para realocar os 4 mil boxes de comerciantes. Uma das possibilidades é transferir temporariamente os lojistas para um terreno de 171 mil metros quadrados na Vila Guilherme, na Rua Chico Pontes, ao lado do Parque do Trote, na zona norte, onde funcionava o Mart Center.

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Outros dois terrenos mais próximos de onde hoje é realizada a feirinha, um no Brás e outro no Pari, também estão sob análise. "O que não podemos permitir mais é a realização onde é hoje, totalmente sem segurança. Ali os riscos são maiores que os da boate de Santa Maria (RS)", afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo o secretário do Trabalho e Empreendedorismo, Eliseu Gabriel.

O vereador Adilson Amadeu (PTB), principal liderança dos lojistas da feirinha no Legislativo, avalia que a possibilidade de acordo amigável é praticamente remota. "Podemos esperar uma guerra", prevê Amadeu. A mudança da Feira da Madrugada deve ser um dos assuntos a ser debatido na sessão plenária da Câmara Municipal hoje, 30.

Nos corredores principais ou nas vielas improvisadas da feira, ambulantes ofertam livremente suas mercadorias. Bijuterias, sacolas, pufes e uma gama variada de comida e bebida são alguns dos produtos vendidos diariamente sob os olhos de policiais militares da Operação Delegada - programa municipal que combate a pirataria e os camelôs sem licença.

No Brás, bairro paulistano, os ambulantes são divididos em dois grupos. Há os cadastrados pelo grupo de comerciantes que reivindica a gestão da feira e os liberados por essa associação mediante pagamento de taxa mensal de R$ 250. O valor, aliás, é comum a todos - oficialmente, trata-se de uma "taxa voluntária". Na prática, a diferença é o uso do crachá. Quem paga o ponto tem direito a usar uma suposta licença da feira, concedida de maneira igualmente irregular.

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Entre os ambulantes, tanto a compra do crachá como a taxa mensal são assumidos como o custo pelo direito de trabalhar na feira, sem se preocupar com o "rapa". No dia 3, durante o feriado prolongado da Proclamação da República, a reportagem conversou com o dono de uma "banca de pufes". Com as mercadorias espalhadas pelo chão, o vendedor afirmou que paga a "madeira" (como a propina é popularmente conhecida) para segurar o ponto.

Na quarta-feira (28), o jornal O Estado de S. Paulo questionou a dona de uma barraca que vende refrigerantes sobre como conseguir um ponto como o dela. "Dessas aqui? São R$ 10 mil, pagando R$ 500 por mês." Pelo dinheiro, ela ganhou um adesivo da Comissão dos Comerciantes da Feira da Madrugada Pátio do Pari (Cofemapp), atestando que pode continuar trabalhando ali. Mas, acostumada às reviravoltas da feirinha, ela desencorajou o repórter a comprar o ponto: "Nem invista. No ano que vem, vai mudar tudo."

A posição foi confirmada pelo próprio presidente da Cofemapp, durante reunião com comerciantes na segunda-feira (26). No encontro, Manuel Sabino afirmou também estar em contato com integrantes da futura gestão, de Fernando Haddad (PT). Segundo Sabino, a associação é contra o projeto da atual gestão de construir um shopping popular no local, alegando que seria cobrado aluguel dos comerciantes que já estão no local.

Além dos comerciantes da Cofemapp, há os que atuam sem autorização. Só esses, que não pagam nada à administração, têm de correr da segurança. Alguns vendem celulares e equipamentos eletrônicos em sacolas pretas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Dois anos após a Prefeitura de São Paulo assumir a administração da Feira da Madrugada, na região do Brás, centro de São Paulo, a área de quase 120 mil metros quadrados virou terra sem lei. Novos boxes são construídos clandestinamente e negociados a comerciantes por até R$ 500 mil. Quem tem barraca no local ainda convive com ambulantes que ofertam todo tipo de mercadoria, de sacolas a espigas de milho. Tudo sob os olhos de funcionários da Secretaria Municipal de Coordenação de Subprefeituras, pasta responsável pela gestão do espaço.

Quem recebe a propina para liberar o trabalho dos camelôs e a construção das novas barracas, segundo afirmam os comerciantes, é a administração da feira, que atua em conjunto com uma associação de comerciantes não reconhecida pela Prefeitura. Oficialmente, o gestor é o coronel da reserva da Polícia Militar João Roberto Fonseca, assessor especial das Subprefeituras. Na prática, a função é dividia com Manuel Simão Sabino Neto, o presidente da Comissão dos Comerciantes da Feira da Madrugada Pátio do Pari (Cofemapp).

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A lista de irregularidades cresceu durante a gestão municipal e pode ser facilmente comprovada durante uma visita ao espaço. A própria organização da feira revela as fraudes, a partir da identificação dos boxes. É possível encontrar um, dois ou até três com a mesma numeração. A reportagem constatou duas lojas cadastradas como PO 25. Uma vendia camisas e a outra, calças. Há dois cadastros para o estande PO 14 - para venda de relógios e bijuterias.

Igualmente notória é a construção de boxes. Em época de Natal, quando a demanda por artigos do comércio popular mais do que dobra, a procura por um espaço para vender aumenta. Há quem compre até no atacado, para alugar posteriormente. As construções são feitas preferencialmente na área reservada ao estacionamento.

Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo flagrou duas barracas sendo erguidas e simulou interesse na compra de uma já existente, por R$ 300 mil - o repasse também é proibido, já que o cadastro é pessoal e intransferível. Durante a conversa, mantida em um dos corredores da feira, a única garantia apresentada foi uma procuração e um termo de permissão de uso no nome do proprietário original. "Um dia, quando terminar essa polêmica, isso dará direito para você dizer: eu quero mudar para o meu nome. A ‘chinesada’ só quer assim", explicou o negociador. Hoje, estrangeiros representam quase a metade dos comerciantes da feira.

O aluguel segue a mesma linha. Interessados negociam diretamente com o dono do box, mas o preço segue uma espécie de "tabela de mercado". No primeiro mês, o pagamento é maior. Custa R$ 4 mil. Nos meses seguintes, cai para R$ 3 mil. A diferença tem explicação. Segundo comerciantes ouvidos pela reportagem, o novato precisa pagar uma taxa para entrar no espaço. Funciona como uma espécie de licença, cuja renda é revertida para o grupo comandado pelo coronel e pela associação.

Toda a ampliação irregular do uso do espaço segue uma suposta hierarquia. Os interessados devem procurar inicialmente os "corretores". Assim como no mercado formal, são eles que procuram o espaço adequado de acordo com a oferta e a procura. Depois de negociada, a compra é autorizada e começa a construção do espaço. A tarefa é feita pelos "serralheiros", que tentam usar o mesmo material para não fugir do padrão e assim evitar chamar atenção. O passo final é a obtenção do cadastro, que passaria pelo próprio coronel Fonseca.

Mensalidade

A Prefeitura afirma gastar R$ 1,5 milhão por mês com a manutenção da feira. Mas a Cofemapp cobra R$ 250 mensais dos comerciantes, com o argumento de que o investimento feito pela gestão Gilberto Kassab (PSD) não é suficiente. O grupo, no entanto, não é reconhecido pela Prefeitura, que já indeferiu por três vezes o pedido de cogestão do espaço, segundo informações publicadas no Diário Oficial da Cidade. Há uma semana, a reportagem presenciou uma reunião em que Sabino pedia o pagamento aos associados: "Todo mundo aqui conhece o velho ditado. Alguma coisa de graça é boa?"

Na prática, quem caminha pelos corredores tem mesmo a impressão de que a feira é administrada pela associação, que tem 67 funcionários contratados. Eles ajudam na segurança, na manobra dos veículos e na cobrança das mensalidades. Alguns fazem o papel de zeladores, ajudando até em pequenos consertos e limpeza. Para serem identificados, alguns usam crachás e abusam de rádios comunicadores. Diferentemente da Prefeitura, cuja marca não é ao menos notada no espaço, a Cofemapp tem logotipo próprio. Ele é visto em forma de adesivo nas barracas, com o nome de Sabino e a inscrição: "autorizado".

Neste ano, passou a funcionar a Operação Delegada no local. Mas ali não reina o rigor com camelôs pelo qual ficou conhecida a administração do prefeito Gilberto Kassab (PSD). Ao contrário do que ocorre em outras áreas de São Paulo, com autorização da Cofemapp, comerciantes ambulantes com mercadorias em sacolas não fogem dos PMs. As irregularidades são investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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