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O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, demitiu nesta terça-feira (27) o então diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, há pouco mais de três meses no cargo. Na troca do comando da corporação, Jungmann indicou o atual secretário nacional de Segurança Pública, Rogério Galloro.

No último dia 9, o agora ex-diretor-geral da PF concedeu uma entrevista polêmica à agência Reuters: asseverou que a tendência era de que a investigação contra o presidente Michel Temer, em relação ao caso do Decreto dos Portos, fosse arquivada.

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Segundo Segovia, não existiam elementos que confirmassem o pagamento de propina da empresa Rodrimar para o presidente. Desde então, Segovia lidava com a pressão para deixar o cargo.

Segovia foi intimado pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), a se explicar sobre a entrevista. Em um encontro com o ministro, disse que suas declarações foram distorcidas e garantiu que não iria interferir no inquérito.

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, defendeu nesta quinta-feira, 16, o envolvimento da instituição nas discussões no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre os riscos da disseminação de "fake news" (notícias falsas) na campanha de 2018.

O TSE prepara uma força-tarefa para combater a disseminação de "fake news" nas disputas do próximo ano, e integrantes do tribunal já se reuniram com representantes do Google e do Facebook para tratar do tema, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo

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Em meio à ofensiva da Corte Eleitoral, entidades da sociedade civil reagiram à inclusão do Exército, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Federal (PF) nas discussões, temendo que haja margem para excessos e ameaça à liberdade de expressão.

"Eu acho que, dentro de uma sociedade democrática onde a Polícia Federal faz o seu papel investigativo, ela não pode ser alijada de qualquer possibilidade de crime que aconteça dentro da sociedade. Eu acredito que a crítica de entidades é uma opinião", disse o diretor-geral da PF. "A Polícia Federal é uma polícia judiciária, então qualquer notícia de crime que esteja acontecendo no País vai ser apurada", completou.

Segóvia participou de solenidade no TSE em que foi assinado um acordo de cooperação técnica entre a Corte Eleitoral e a Polícia Federal para o compartilhamento de bancos de dados de impressões digitais, conforme antecipou a Coluna do Estadão.

Acordo

Sobre o compartilhamento do banco de dados do TSE e da PF, Segóvia disse que a parceria vai melhorar a vida do cidadão brasileiro, com a possibilidade de redução de 60% do tempo de espera no atendimento daqueles que forem emitir um passaporte - e já tiverem o dado biométrico cadastrado na Corte Eleitoral.

"Com isso, a gente espera que o cidadão não precisar mais ficar fazendo coleta de impressões digitais, biometrias. Isso vai reduzir bastante o tempo de atendimento e lógico consequentemente o cidadão vai melhorar o recebimento do documento dele", comentou o novo diretor-geral da PF.

De acordo com o TSE, cerca de 68 milhões de eleitores brasileiros já tiveram os seus dados biométricos registrados até agora. A expectativa é de que a coleta de dados seja concluída em 2022.

"A polícia nos tem ajudado, como também nos tem ajudado na questão de prestação de contas e de identificação dos desvios, práticas que determinadas pessoas costumam desenvolver. Em suma, temos tido parceria bastante intensa e isso vai continuar", disse o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes.

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, disse nesta sexta-feira, 10, que há "corrupção sistêmica" no Brasil e que pretende ampliar a Lava Jato e as operações de combate à corrupção. A declaração foi dada após a assinatura do seu termo de posse no Ministério da Justiça. "A corrupção neste País é sistêmica, mas existe a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e vários outros órgãos que a combatem e nós pretendemos continuar cada vez mais fortes nesse combate", afirmou.

Questionado sobre possíveis mudanças na equipe da Lava Jato, Segóvia explicou que o tema está sendo trabalhado dentro do "processo de transição" e mudanças são naturais e serão feitas "paulatinamente".

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"A Polícia Federal está tranquila, já tive reuniões com todos os atuais diretores, todos os atuais superintendentes regionais e todos estão tranquilos. A gente pretende continuar o trabalho da Polícia Federal e as mudanças serão feitas paulatinamente e, com certeza, sempre tem gente que está cansada e quer sair e tem gente que está nova e quer começar um trabalho", disse Segovia.

E completou: "Não será só uma ampliação, uma melhoria na Lava Jato, será em todas as operações que a Polícia Federal já vem empreendendo e ainda ampliar, quer dizer, criar novas operações".

O novo diretor foi indicado pelo presidente Michel Temer para assumir o comando da PF no lugar do delegado Leandro Daiello, no cargo desde janeiro de 2011.

Segóvia abordou ainda a relação da PF com o Ministério Público Federal. "O que a gente precisa, na realidade, é melhorar talvez a investigação, melhorar os focos nas investigações e, aí, combater melhor esse tipo de crime, combatendo na realidade a essência da corrupção. Nisso a gente vai, vamos dizer assim, trabalhar em parceria com o Ministério Público Federal e outras organizações para tentar melhorar esse combate."

A assinatura foi acompanhada pelo ministro da Justiça Torquato Jardim, pelo secretário nacional de Segurança Pública, general Carlos Alberto Santos Cruz, e pelo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Dias. Durante a solenidade, Torquato deu boas vindas e apresentou seus auxiliares à Segóvia. "Esta equipe está integrada e à disposição para os árduos desafios que o Brasil tem", disse.

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