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Entre os dias 20 e 22 de outubro, a cidade de Santa Cruz do Capibaribe, Agreste de Pernambuco, recebe o primeiro torneio de vôlei de areia em sua história. Promovida pela Rota do Mar, a competição, realizada pela Federação de Vôlei de Pernambuco, será disputada no formato 4x4 e está com as inscrições abertas para equipes amadoras e profissionais.

Os vencedores receberão troféus e certificados da Fevepe. "Buscamos sempre descentralizar as competições da Região Metropolitana do Recife, para disseminar o esporte em todo o Estado", disse Lula Barbosa, o Lula do Vôlei, diretor de Vôlei de Areia da Fevepe.

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Para competir, é preciso ter mais de 16 anos e pagar a taxa de inscrição que custa R$ 100 por equipe. Cada um dos times é composto por quatro titulares e um reserva. Os times vão receber da federação uniformes para a disputa. Para participar, basta entrar em contato pelos seguintes telefones: (81) 99460-6620 (Joyce) e (81) 99816-0523 (Lula Barbosa). Os torcedores assistem todas as partidas de graça e, nas finais, recebem camisas exclusivas da competição.

Neste sábado (2), em parceria da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Segurança Urbana, com a Federação de Voleibol do Estado de Pernambuco, começa o projeto 'Vôlei para Todos'. A iniciativa tem o objetivo de promover a modalidade esportiva através da escolinha, mas também trazer capacitações e torneios para o Compaz Escritor Ariano Suassuna.

Cerca de 40 crianças e adolescentes, entre 10 e 19 anos, usuários do Compaz, serão beneficiados pelas aulas que acontecerão às quartas e sextas-feiras, das 18h às 20h. Confira a programação do evento inaugural:

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9h- Jogo Inaugural da Escolinha de Vôlei do Compaz

10h- Assinatura do Protocolo de Intenções

10h15- Jogo Amistoso: Seleção Feminina Pernambucana Juvenil x Clube Náutico Capibaribe

11h30- Treino da Seleção Pernambucana Infantil

O Compaz Ariano Suassuna fica localizado na Avenida General San Martin, 1208, no Bairro do Cordeiro.

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---> Falta calendário e profissionalismo ao vôlei de Pernambuco

Terra de gigantes, Pernambuco tem tradição em revelar grandes nomes do vôlei nacional. Não é de se estranhar quando um atleta nascido ou 'criado' no Estado aparece em grandes clubes da Superliga e na Seleção Brasileira. Foi assim que aconteceu desde a década de 1960 com Marly Álvarez, passando por Ana Cláudia Ramos, Pampa, Marcelo Negrão até os casos mais recentes como Jaqueline (Minas), Dani Lins (Osasco), Ellen Braga (Pinheiros), entre outros nomes. Porém, no espaço onde surgem grandes talentos, aquele que deseja prosperar, precisa ir embora.

Atualmente a Federação de Voleibol do Estado de Pernambuco conta com apenas três equipes filiadas, pagando mensalidade à entidade. São elas: Náutico, Santa Cruz e Sport. Todos os demais 27 clubes que costumam levar o nome do Estado em torneios regionais e nacionais juvenis mantém apenas um vínculo com a federação, o que por si só causa preocupação. Mudar esse status é uma das causas que o presidente da FEVEPE, Celso Assumpção, tem como compromisso na atual gestão.

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"Queremos tornar todos eles filiados. Hoje a federação vive da contribuição recebida da CBV, das inscrições dos torneios que organiza e recebe parte das negociações, mas apenas o suficiente para manter estas competições funcionando e bancar o quadro de profissionais. Existem também receitas advindas de projetos com o Governo, porém é algo destinado, que sempre visa fazer funcionar as disputas do voleibol de quadra e de praia", disse ao LeiaJá.

O dirigente conta que somando torneios diretamente realizados pela federação, e os que recebem a chancela, o ano inteiro é ocupado por datas de competições. Ao todo, são 1,2 mil partidas envolvendo Pernambuco e suas equipes. Pode parecer uma quantidade até excessiva para os 365 dias de um ano, porém estes compromissos são divididos entre as categorias, vôlei de praia e quadra, e a imensa maioria é focada para jovens atletas, visto que o quadro local não conta com uma equipe profissional. Apenas o Sport conta com um time adulto, mas provém de uma parceria com a UNINASSAU que cede os atletas-bolsistas para disputas entre clubes. Esse processo é facilitado pelo fato das duas equipes terem a mesma comissão técnica.

"Não temos um time profissional. Os clubes têm apenas o infantil e juvenil. Daí em diante, os atletas partem para as universidades, ou se são bons, seguem para o Sul e Sudeste. Atualmente contamos com 12 atletas disputando a Superliga, além de gente fora do país. Porém nos falta a profissionalização, esse acredito que seja o maior entrave para o vôlei em Pernambuco", afirmou Celso.

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Nesse contexto, resta a quem investe na carreira apostar nos torneios universitários para conseguir chamar atenção dos clubes profissionais de outras regiões do Brasil. É o caso de Petterson Oliveira, 26 anos, capitão dos times da UNINASSAU e Sport, que ainda sonha com uma transferência para ter destaque como profissional. "Esse projeto é interessante, a gente sempre disputa campeonatos nacionais e isso me motiva para quando terminar a faculdade disputar uma Taça Ouro, Taça Prata, ou até a Superliga B como a gente já teve a oportunidade", revelou.

Para quem trabalha com o esporte, isso tira, inclusive, o interesse de jovens que poderiam estar investindo na modalidade pensando mais a frente. "Não temos equipes participando de torneios nacionais, assim você tira o interesse da prática. Na época que o Sport disputou a Superliga B, os jovens vinham assistir aos jogos do time adulto. É o que atrai público e futuros atletas", comentou o treinador do Sport e da UNINASSAU, Carlos Freitas.

Mesmo podendo atuar nas ligas universitárias com a faculdade, e nos torneios entre clubes pelo Leão, os atletas sabem que é preciso ainda mais para chegar ao nível profissional. Elinaldo Soares, 21 anos, acredita que o calendário local é enxuto e utiliza justamente essa desvantagem como forma de manter a chama acesa para um dia estar entre os grandes nomes nacionais.

"Devido ao pouco investimento no Estado, é difícil. Para a profissionalização é preciso sair de Pernambuco, e o único jeito é fazendo testes ou através de competições. Isso motiva a gente ainda mais, somos o time que mais treina em Pernambuco para jogar fora e mostrar que, mesmo com pouco investimento, temos força", destacou.

Foi por isso que passou Amanda Marques, jovem promessa de apenas 17 anos do Colégio DOM, em Olinda. Ela foi chamada para atuar em São Paulo, mas acabou voltando por dificuldades de se adaptar. Caso houvesse a possibilidade de jogar por um time local, a história podia ser diferente. "Eu não me dei bem lá, sentia muita saudades de casa, da família. Hoje estou com uma cabeça diferente e penso em tentar outra vez. Ficaria mais fácil se eu pudesse fazer toda a carreira aqui", disse a estudante.

Se para os atletas é complicado, para os profissionais que formam os jovens, também é frustrante ver que não há como manter bons jogadores atuando no Estado. Professor no DOM, e da UNINASSAU, Adalberto Nóbrega conta que é preciso se desdobrar para manter-se na função e ele acaba se realizando com aqueles que vão embora.

"Acredito que não há jogador de vôlei com salário em Pernambuco, tem quem receba auxílios ou bolsa de estudos, mas remunerado, não conheço. Em um cenário ideal, nós veríamos esses atletas disputando a Superliga aqui no Estado. Mas o investimento não é suficiente, eu termino torcendo para que minhas jogadoras consigam ir para o Sul e Sudeste, mesmo que não seja o que eu realmente gostaria", explicou.

Entre 8 de maio e 16 de junho, a Supercopa Banco do Brasil de Vôlei reunirá as principais equipes de todos as regiões do país. Em Pernambuco, atualmente, a Faculdade Maurício de Nassau (FMN) representa o estado em competições nacionais. Entretanto, a Federação Pernambucana de Vôlei (Fevepe), comandada por Charles Ribeiro, inscreveu o time de Garanhuns, atual campeão da Copa TV Asa Branca, realizada no interior.

Todavia, a equipe do Agreste não vem treinando regularmente desde o início da temporada. Até mesmo a treinadora Janilsa Brandão afirmou que ficou surpresa com a convocação e que, para reforçar o elenco, tentará uma parceria com a FMN.

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Vale ressaltar que todas as despesas com passagens, hospedagem e alimentação durante a competição serão de responsabilidade da equipe participante.

A reportagem do portal LeiaJá tentou entrar em contato com o mandatário da Fevepe, mas não obteve sucesso.

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