Cerca de 20% da população de 15 a 24 anos dos países em desenvolvimento não estuda nem trabalha, de acordo com informações do relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta terça-feira (22).
Segundo o documento, a ausência de jovens na escola e no mercado de trabalho tem como principal consequência a redução do crescimento dos países, limitando o avanço econômico, e o aumento de conflitos sociais.
##RECOMENDA##"A perda potencial implícita para a economia é agravada pela demografia – cerca de um terço da população em idade ativa nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento é composta por uma população jovem, quase o dobro da participação observada nas economias avançadas", diz o relatório.
O estudo do FMI também mostra que apesar de o desemprego entre os jovens ter recuado nos anos 2000, ele segue alto nos países emergentes (18%), enquanto nos países desenvolvidos o índice é de 12%.
O FMI informou ainda que a taxa de mulheres jovens que não trabalham nem estudam é de 30% nos países pobres. O dobro do apurado entre homens jovens na mesma posição. "Essa discrepância pode ser explicada pela consequência econômica de ter filhos", afirmou a organização.
Há diversas políticas que podem ajudar a melhorar a situação dos jovens no mercado de trabalho. A melhora da educação nos países em desenvolvimento, por exemplo, é apontada pelo FMI como fundamental, apesar de não ser o suficiente para resolver o problema. De acordo com o órgão, também é necessário adotar medidas que visem a igualdade entre gêneros e leis que regulamentem o mercado, como a limitação de regras excessivamente rigorosas, além de incentivar o empreendedorismo.