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A Universidade de São Paulo (USP) foi classificada na 13ª posição entre as melhores universidades de países emergentes. O resultado da listagem de 2021 foi divulgado pela consultoria britânica de educação superior Times Higher Education (THE). Foram avaliadas 606 instituições de 48 países considerados emergentes. A USP subiu uma posição em relação à edição do ano passado.

As universidades chinesas dominaram o ranking, com sete instituições entre as dez melhores. As primeiras posições ficaram com a Universidade de Tsinghua (1ª colocada), Universidade de Beijing (2ª) e Universidade de Zhejiang (3ª).

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Ao todo, 52 universidades brasileiras entraram na classificação. Além da USP, as mais bem colocadas foram a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 48º posição; e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), na 84º.

O Emerging Economies Rankings 2021 confirma a posição de liderança da USP na América Latina. Além das universidades brasileiras, foram avaliadas instituições do México, Chile, Colômbia e Peru, e as mais bem classificadas foram: a Pontifícia Universidade Católica do Chile (Chile), na 53ª posição; a Universidade do Desarollo e a Universidade Diego Portales (Chile), empatadas na 90ª posição; e a Pontificia Universidad Javeriana (Colômbia), na 94ª.

A classificação utiliza os mesmos 13 indicadores de desempenho do ranking mundial do THE, porém adaptados para refletir as características e as prioridades de desenvolvimento das universidades dos países do bloco. Os indicadores são agrupados em cinco categorias: ambiente de ensino, inovação, internacionalização, pesquisa (volume, investimento e reputação) e citações (influência da pesquisa).

Cerca de 20% da população de 15 a 24 anos dos países em desenvolvimento não estuda nem trabalha, de acordo com informações do relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta terça-feira (22).

Segundo o documento, a ausência de jovens na escola e no mercado de trabalho tem como principal consequência a redução do crescimento dos países, limitando o avanço econômico, e o aumento de conflitos sociais.

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"A perda potencial implícita para a economia é agravada pela demografia – cerca de um terço da população em idade ativa nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento é composta por uma população jovem, quase o dobro da participação observada nas economias avançadas", diz o relatório.

O estudo do FMI também mostra que apesar de o desemprego entre os jovens ter recuado nos anos 2000, ele segue alto nos países emergentes (18%), enquanto nos países desenvolvidos o índice é de 12%.

O FMI informou ainda que a taxa de mulheres jovens que não trabalham nem estudam é de 30% nos países pobres. O dobro do apurado entre homens jovens na mesma posição. "Essa discrepância pode ser explicada pela consequência econômica de ter filhos", afirmou a organização.

Há diversas políticas que podem ajudar a melhorar a situação dos jovens no mercado de trabalho. A melhora da educação nos países em desenvolvimento, por exemplo, é apontada pelo FMI como fundamental, apesar de não ser o suficiente para resolver o problema. De acordo com o órgão, também é necessário adotar medidas que visem a igualdade entre gêneros e leis que regulamentem o mercado, como a limitação de regras excessivamente rigorosas, além de incentivar o empreendedorismo.

O investimento público do Brasil ficou abaixo da média dos países emergentes e da América Latina, nas duas últimas décadas. É o que conclui relatório com avaliação da gestão do investimento público no Brasil, divulgado hoje (30) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

No período de 1995 a 2015, o investimento público no Brasil foi, em média, de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Já os países emergentes registraram 6,4% e os países da América Latina, 5,5%.

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Em 2015, o estoque de capital público era de apenas 35% do PIB, em comparação com a média de 92% das economias emergentes e 86% da América Latina.

O relatório ressalta que há uma grande margem para aumento da eficiência do investimento público no Brasil. O hiato de eficiência do Brasil em relação aos países mais eficientes é de 39%. Esse resultado é maior do que a média observada nos demais países emergentes (27%) ou da América Latina (29%).

O documento propõe um plano de ação que recomenda, entre outros pontos, fortalecer a priorização estratégica do investimento público e desenvolver um banco de projetos de alta qualidade; padronizar os procedimentos de avaliação e seleção de projetos; e o aperfeiçoamento das análises e da estrutura dedicada às concessões e parcerias público-privadas.

O relatório é resultado de uma missão do FMI, solicitada pela Secretaria do Tesouro Nacional, realizada ao longo do segundo semestre de 2017. Foram avaliados 15 temas chaves, relacionados às fases de planejamento, alocação de recursos e implementação de projetos.

Falta de planejamento

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que os investimentos públicos são baixos no país por falta de espaço fiscal. “Se não fizer reforma da Previdência, a tendência é o investimento cair ainda mais”, destacou. Ele avaliou ainda que os investimentos no país são mal planejados, avaliados e executados.

Segundo Mansueto, as obras não têm, por exemplo, um planejamento do fluxo orçamentário. “Uma obra que será executada ao longo de três, quatro anos, não tem planejamento do fluxo orçamentário ao longo desse período. As obras são interrompidas, depois retomadas, e tem de fazer aditamento de contrato, com renovação de custos", declarou.

Além disso, segundo ele, quando há frustração de receitas orçamentárias as verbas dos investimentos, muitas vezes, são sacrificadas" para cumprir as metas fiscais.

A inesperada vitória de Donald Trump para presidir os Estados Unidos reascendeu a discussão sobre a chamada “onda de conservadorismo” que invade a política mundial. A tese eleitoral de conduzir perfis sem um histórico político para as chefias dos executivos tem endossado as últimas eleições, gerando conquistas como a do empresário republicano e trazendo à tona uma imprevisibilidade na condução dos países.

Para especialistas ouvidos pelo Portal LeiaJá, um fator que já deve ser levado em consideração é o primeiro discurso do novo presidente após a consolidação da vitória, com um tom apaziguador e indo de encontro com as defesas e ataques feitos por ele durante a campanha.

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“Após a vitória, Donald Trump já demonstrou outro discurso, que sugere o apaziguamento do conflito, chamando, inclusive, a Hillary Clinton para conversar. O contexto faz com que neste instante não saibamos ao certo como será a postura dele nos próximos anos e isto é resultado da imprevisibilidade da vitória dele, afinal de contas, existiam eleitores envergonhados em declarar que votariam em Trump”, ponderou o cientista política e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Adriano Oliveira.

No período de campanha, o novo presidente norte-americano colocou-se contra, por exemplo, a imigração e o livre comércio visando preservar empregos no país e reduzir o déficit americano nas transações com o resto do mundo. Posturas que podem prejudicar o Brasil visto que o EUA é considerado a “potência econômica mundial”.

“Se isso se mantiver, qual será o futuro da economia dos países emergentes, entre eles o Brasil? O impacto para o país pode estar presente na economia, pois temos um mercado de agronegócio forte, precisamos exportar e no momento que os EUA se fecham para o livre comércio atinge a economia, que já vai mal no Brasil”, salientou Oliveira.

Impacto político

A postura conservadora de Donald Trump, sob a ótica da cientista política Priscila Lapa, será refletida justamente nas questões nacionais porque a maioria dos “segmentos sociais que votaram nele são imersos pelo sentimento nato americano”.

“Ele reascende este sentimento conservador voltado para as próprias questões nacionais e nos dá a possibilidade de prever, entre outras coisas, um impacto econômico não de rompimento, mas de inquietação. Ele combina com esta questão de uma política apolítica, onde a falta de histórico na área reforça a esperança [para os americanos] de uma boa gestão”, argumentou.

Para Lapa, uma variável que pesou para a vitória do republicano foi a suposta utilização indevida de um cargo público por Hillary. “Os eleitores de Trump já estão pedindo a investigação e prisão dela”, destacou. “Não ser de berço político também foi um beneficio para ele”, emendou a estudiosa. 

Donald Trump será o 45º presidente dos Estados Unidos da América. Ele alcançou os 276 votos de delegados do colégio eleitoral na madrugada desta quarta-feira (9), depois de uma acirrada disputa contra Hillary Clinton. Ele teve a maioria dos votos na Flórida, Carolina do Norte, Ohi e a Pensilvânia.

Um forte apoio a uma internet livre e sem censura de governos foi registrado em países emergentes e em desenvolvimento, entre eles Argentina, Chile e Brasil, revela uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (19), nos Estados Unidos.

O Centro de Investigação Pew indicou que em 22 dos 24 países pesquisados a maioria se opôs às restrições do governo à atividade online. O apoio foi especialmente alto entre as pessoas mais jovens e nos países com um alto número de usuários de internet. Na Venezuela, 89% dos pesquisados disseram apoiar uma internet sem limitações, assim como ao menos 80% no Líbano, Chile, Egito, Argentina e Brasil.

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Também foram registrados números altos em México (79%), África do Sul (77%), Bolívia (76%), Malásia e Filipinas (ambos com 73%) e Nigéria (72%). "O apoio à liberdade na internet tende a ser forte nos países com altas taxas de penetração da internet, como Chile e Argentina, onde aproximadamente dois terços da população está online", disse o relatório do Pew.

"É menos comum nos países com taxas de penetração mais baixas, como Indonésia e Uganda", onde 55% e 49%, respectivamente, disseram se opor à censura do governo. A pesquisa é divulgada dias após o governo americano anunciar que deixará seu papel chave à frente das operações técnicas da internet, entregando estas funções "à comunidade multissetorial global".

Embora o governo americano tenha dito que trabalhará para manter a internet livre e aberta, os que questionam a decisão argumentam que a medida abre caminho para que outros países imponham novos controles sobre a atividade online.

Na pesquisa do Pew, o Paquistão teve a porcentagem mais baixa de pessoas que expressam oposição à censura (22%), mas 62% dos pesquisados não responderam ou se mostraram indecisos. Entre as pessoas mais jovens no grupo de 18 a 29 anos, uma grande maioria apoiou uma internet aberta em todos os países, salvo no Paquistão, disse o Pew.

Os resultados da Rússia contrastam com os do resto da pesquisa, com uma porcentagem relativamente baixa de 63% opondo-se à censura, apesar de a Rússia ter um dos níveis mais altos de uso da internet. As pessoas com maior educação eram mais propensas a apoiar uma internet aberta em muitos países. Na Tunísia, por exemplo, 73% das pessoas com formação universitária disseram que é importante ter acesso à internet sem censura do governo, comparado com 56% da população total.

Os investigadores do Pew conversaram com 21.847 pessoas de 24 economias emergentes e em desenvolvimento de 3 de março a 1 de maio de 2013, em entrevistas cara a cara. A margem de erro oscilou de 3,5% na Venezuela a 7,7% na Turquia, com a maioria variando entre 4% e 5%.

Estabilidade econômica e mercado em expansão. Foi esse o cenário enfatizado pela presidente Dilma Rousseff em discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Ela participa pela primeira vez do encontro e tem reuniões agendadas durante o dia com representantes de empresas multinacionais.

Em quase 33 minutos, Dilma fez questão de defender o papel dos países emergentes, inclusive o Brasil, para a recuperação da economia mundial e disse que o desafios dos governos é conciliar o investimento econômico e o desenvolvimento social. "Ainda que as economias desenvolvidas mostrem claros indícios de recuperação, as economias emergentes continuarão a desempenhar um papel estratégico. Estamos falando dos países com as maiores oportunidades de investimento e de ampliação do consumo", defendeu. 

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Diante de uma plateia de empresários, ela ressaltou que o cenário é favorável para o investimento externo. “O Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios. Nosso sucesso nos próximos anos estará associado à parceria com os investidores de todo o mundo. O Brasil sempre recebeu bem o investimento externo. Meu governo adotou medidas para facilitar ainda mais essa relação. Aspectos da conjuntura recente não devem obscurecer essa realidade. Como eu disse até aqui o Brasil precisa e quer a parceria com o investimento privado nacional e externo”.

O Fórum Econômico Mundial foi fundado em 1971 por Klaus Schwab, um professor de administração na Suíça. Além das reuniões, produz vários relatórios de pesquisa e engaja seus membros em iniciativas setoriais específicas. Nesta edição, 2,5 mil empresários e políticos de 100 países participam de debates sobre os possíveis impactos para a sociedade, políticos e negócios.

Dilma defendeu o desenvolvimento social como parte essencial para o crescimento econômico. Ao mesmo tempo, os governantes devem estar disponíveis para ouvir os anseios da população. "As manifestações, como as realizadas em junho do ano passado, são parte indissociável de um processo de construção de uma democracia e de mudança social. O meu governo não reprimiu, mas ouviu e compreendeu a voz das ruas. Eles não pediram a vida do passado, não pediram a volta atrás. Pediram, sim, um avanço para um futuro de mais direitos, mas participação e mais conquistas sociais".

A inflação, que tanto causa temor nos investidores, também teve destaque no discurso. "O controle da inflação e o equilíbrio das contas públicas são requisitos essenciais para assegurar a estabilidade, base sólida para a expansão econômica e para o progresso social", considerou. A presidente lembrou ainda da política de concessões para ampliar os investimentos em infraestrutura e mobilidade e as parcerias com a iniciativa privada para o acesso da população a educação, saneamento e habitação de qualidade.

A presidente também defendeu o desenvolvimento sustentável. "Na Conferência de Copenhagen, nós assumimos a redução voluntária em 36% no mínimo da emissão de gases do efeito estufa. Nós quebramos um tabu: mostramos que é possível produzir de forma sustentável e, ao mesmo tempo, eficiente". Ela também condenou as práticas protecionistas. "É hora de superarmos posturas defensivas e reconhecer o papel do comércio mundial na recuperação das economias".

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Os dirigentes do Brasil, da África do Sul, Índia, China e Rússia encerraram, na última quarta-feira (27), a reunião de cúpula do Brics, grupo composto por cinco potências emergentes do mundo.

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O encontro, que aconteceu na África do Sul, terminou sem a concretrização do lançamento de um banco de desenvolvimento anunciado pelo bloco. A instituição financeira, de acordo com os dirigentes, seria capaz de competir com outras grandes do segmento, a exemplo do Banco Mundial.

A reportagem da AFP traz mais detalhes sobre o assunto, incluindo depoimento da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, sobre o banco de desenvolvimento para países emergentes.

 

Após sessões de trabalho da V Cúpula dos Brics, que reúne os governantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a presidente Dilma Rousseff frisou nesta quarta-feira (27) que o fortalecimento das economias de cada país, mesmo diante da crise internacional, foi o resultado do equilíbrio de incentivos ao comércio e investimentos.

“Nossos países têm contrabalançado os efeitos da continuada crise econômica financeira internacional tanto pela via do comércio quanto dos investimentos. Demos passos importantes hoje para a criação de um banco de desenvolvimento (…) é nossa contribuição para a economia global em um de seus aspectos mais decisivos: o do financiamento do desenvolvimento”, disse.

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Dilma explicou que a criação do Banco do Brics irá colaborar para o crescimento dos países emergentes. A instituição terá os mesmos moldes do Banco Mundial (Bird). Cada país do Brics deverá destinar R$ 10 bilhões para a criação do fundo. O dinheiro será usado em ações de financiamento de infraestrutura. A ideia é que o Banco do Brics seja uma alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

“É um banco talhado para as nossas necessidades. Temos de estreitar laços e criar mecanismos de apoio mútuos”, destacou a presidente. “É um mecanismo de estabilidade que pode criar linhas recíprocas de crédito, fortalecendo a solidez do mercado internacional”, completou.

Além do desenvolvimento econômico, as discussões durante a Cúpula destacam a importância de um trabalho conjunto para inclusão social e superação da extrema pobreza.

“Nós nos distinguimos também porque temos aplicado modelos de desenvolvimento econômico com inclusão social. Para se ter uma ideia, com três anos de antecedência, a meta do desenvolvimento do milênio de diminuir pela metade a proporção de pessoas vivendo com menos de US$ 1,25 por dia já foi alcançada. Segundo o PNUD, esse resultado em relação à pobreza extrema se deve, em boa medida, aos avanços das políticas econômicas e sociais dos nossos países. Em todos os países Brics ocorreu uma sensível redução das pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. No Brasil, nós temos, num horizonte próximo, a superação completa da miséria, da pobreza extrema”, disse.

Dilma permanece em Durban, na África do Sul, esta tarde para reuniões e voltará para Brasília à noite.

Com informações do Blog do Planalto e da Agência Brasil.

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