Tópicos | Gleydson Leite

Lisca entrou na sala de entrevista do CT Wilson Campos, nesta terça-feira (7), apontou e soltou a metralhadora de palavras, muitas vezes em tom de ironia. Na mira estava o presidente da FPF, Evandro Carvalho, o árbitro Nielson Nogueira Dias, o quarto árbitro Gleydson Leite e Salmo Valentim, presidente da Comissão Estadual de Arbitragem (Ceaf). O motivo das críticas ainda era o pênalti desmarcado na partida contra o Salgueiro.

“Eu queria parabenizar a Federação pelo fenômeno na arbitragem. Gleydson (Leite) conseguiu ver um lance que nem o árbitro viu. Eu recomendo à Fifa que contatem este cidadão, porque ele é um cyborg. Um fenômeno. Pernambuco não precisa chamar juízes de fora para apitar o jogo. Temos um fenômeno na arbitragem. Ele a cinquenta metros viu o que o juiz não viu. Eu até sugiro uma pauta à imprensa para falar sobre o ângulo de visão que este árbitro tem. Como ele conseguiu a olho nu ver o que você só consegue pela televisão?”, metralhou o treinador alvirrubro.

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Lisca questionou a demora de Gleydson Leite em informar ao árbitro sobre o erro da marcação de pênalti. “Não existe replay. Deu 100 segundos e a confusão pegando, a convicção dele não veio. A bola estava na marca do cal. E aí ele sai, passa por mim, chama o árbitro e avisa, porque ele é uma máquina, um fenômeno, comunicou tudo o que aconteceu. Ele tem esse dom da síntese. É um grande profissional. Não precisa de chip na bola. Temos um árbitro em Pernambuco que vê tudo a 50 metros da bola. Eu estou feliz em trabalhar e ver um fenômeno ser criado”, disse.

O treinador seguiu criticando o quarteto de arbitragem e descartou a possibilidade de interferência de alguém que estivesse vendo o jogo pela TV. “Isso coloca o jogo sub judice. Mas eu tenho certeza que não houve isso, não acredito que houve interferência. Nós estamos diante de um fenômeno da arbitragem mundial. Até sugiro uma enquete: Será que houve interferência? Eu acredito que não houve. Acredito em Papai Noel, na Cuca, no Coelhinho da Páscoa e também nas pessoas”, ironizou

A súmula do árbitro Nielson Nogueira Dias também foi motivo de reclamações. “O árbitro fez a súmula e não colocou este fato. Será que teve amnésia? Na súmula diz que fui para cima do árbitro do nada, não é? Porque ele não colocou que estava rindo da minha cara? Isso me tocou muito também”, questionou o treinador.

Por fim, Lisca deixou para falar sobre o presidente da Comissão de Arbitragem de Pernambuco, Salmo Valentim. “Eu vi algumas entrevistas do Salmo Valentim. E ele falou que aqui em Pernambuco não tem critério, que cada situação tem de ser interpretada de uma maneira. Há uma variação de critério. Para mim foi uma surpresa. A FIFA quer unificar critérios, mas aqui em Pernambuco querem o contrário. Quero cumprimentar o Salmo, que está inovando na arbitragem pernambucana. Isso talvez explique o fenômeno que olhou para um lance e não para o outro”, finalizou o desabafo.

O árbitro Gleydson Leite, que apitou o Clássico dos Clássicos, nesta quinta-feira (27) foi “afastado” pela Comissão Estadual de Arbitragem (Ceaf). O motivo foram os dois pênaltis não marcados a favor do Sport. De acordo com o presidente da Ceaf, Erich Bandeira, o árbitro irá passar por um período de aprimoramento.

“Quando um árbitro erra não punimos com suspensão, mas sim com reciclagem, para que ele não volte a cometer os mesmos erros. O Gleydson vai passar por novos trabalhos técnicos, simulação de jogadas e treinamentos diferenciados para depois ser julgado apto a voltar a jogar,não tem tempo determinado, vai depender do desenvolvimento dele”, explicou o presidente.

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Erick Bandeira ainda admitiu que as penalidades foram claras e que já conversou com o juiz sobre o jogo. “Analisamos e constatamos os pênaltis claros. Infelizmente foi um erro lamentável, mas que acontece no futebol. Vendo os lances, ele mesmo confessou, sem discutir que errou. É um árbitro que vinha fazendo um excelente pernambucano e Copa do Nordeste”, disse.

Após as críticas do vice-presidente jurídico do Sport, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) divulgou, nesta sexta-feira (28), uma nota de esclarecimento sobre a arbitragem do Clássico dos Clássicos. Nela, admitiu que a atuação do árbitro Gleydson Leite “não esteve dentro do alto padrão desempenhado pelo quadro local”.

“Em relação à arbitragem do Clássico dos Clássicos, a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol de Pernambuco (Ceaf-PE) analisou e atestou que a atuação não esteve dentro do alto padrão desempenhado pelo quadro local”, diz a nota.

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Apesar da admitir as falhas da arbitragem, a FPF também lamentou as declarações do diretor rubro-negro. "A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) tomou ciência das declarações do vice-presidente jurídico do Sport Club do Recife, Arnaldo Barros, após o jogo entre Náutico x Sport (...), e tomará as medidas cabíveis no âmbito da justiça desportiva."

Confira a nota, na íntegra:

A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) tomou ciência das declarações do vice-presidente jurídico do Sport Club do Recife, Arnaldo Barros, após o jogo entre Náutico x Sport, nesta quinta-feira (27), na Itaipava Arena Pernambuco, pela 1ª rodada do Campeonato Pernambucano Coca-Cola, e tomará as medidas cabíveis no âmbito da justiça desportiva.

A entidade lamenta tal fato, principalmente porque partiu do Sport a iniciativa do Futebol de Paz, projeto que visa criar uma cultura de paz entre dirigentes, jogadores e comissões técnicas. O primeiro compromisso firmado pelos presidentes de Náutico, Santa Cruz, Sport e FPF foi que "As entrevistas dos três presidentes e dos diretores dos três clubes serão sempre exaltando a paz, nunca de uma rivalidade que gere promoção da rivalidade e da violência". 

Em relação à arbitragem do Clássico dos Clássicos, a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol de Pernambuco (Ceaf-PE) analisou e atestou que a atuação não esteve dentro do alto padrão desempenhado pelo quadro local.

A impressão que fica é que o Clássico dos Clássicos, que demorou para acontecer, não vai acabar nem tão cedo. Nesta sexta-feira (28), na súmula da partida divulgada pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF), o árbitro Gleydson Leite afirmou que um membro da cúpula rubro-negra ameaçou a equipe de arbitragem. Segundo ele, a ação aconteceu ao final da partida, com um supervisor do Leão.

“Após o término da partida, ao me dirigir ao vestiário destinado a equipe de arbitragem, o Sr. Edmilson Santos, supervisor do Sport Clube (sic) do Recife, proferiu para este árbitro as seguintes palavras: “Tome cuidado, só estou avisando isto”, batendo palmas para mim”, escreveu Leite.
 

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Graças ao regulamento, o árbitro Gleydson Leite entrou em campo no Clássico das Emoções ainda mais pressionado. Como os cartões são critérios de desempate, ele teve uma postura mais serena e distribuiu apenas dois amarelos. Um para Douglas Santos e outro para Jefferson Maranhão. Pelo lado do Náutico, nenhuma crítica e muitos elogios ao homem do apito.

“A arbitragem está de parabéns. Manteve o jogo totalmente sob controle, o que é difícil acontecer em clássico. O diálogo e a tranquilidade dele foram importantes para a condução da partida. Ele conduziu bem”, analisou o zagueiro Alison.

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O técnico Silas também aprovou a atuação de Gleydson Leite e espera que ele também seja o árbitro do próximo domingo. Situação que não deve acontecer, já que a Comissão de Arbitragem procura evitar que o mesmo árbitro apite duas partidas seguidas do mesmo time.

“Dei os parabéns a ele. Logicamente, teve o lance do Martinez, mas ele não viu. O Martinez está com a perna arrebentada e por isso tirei. Mas ele não viu. Somos bons para criticar, mas somos ruins para elogiar. Parabéns para ele e tomara que seja ele no domingo que vem. Não conheço a história dele, mas demonstrou ter capacidade”, afirmou o comandante alvirrubro.

A escolha do árbitro para um jogo decisivo, normalmente, é coberto por polêmica. Porém, o nome de Gleydson Leite para o Clássico das Emoções de domingo, 16h, no Arruda, válido pela semifinal do Pernambucano, foi aprovado pelo Santa Cruz. O diretor de futebol Constantino Júnior só espera que ele tenha atenção com os cartões, que podem decidir o finalista.

“O Santa Cruz está tranquilo com relação ao árbitro. Esperamos que ele não dê vacilo com essa história de cartão. O Gleydson tem um grande potencial e esperamos que ele faça um bom clássico.É só isso que pedimos”, disse o dirigente Coral.

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Para o jogo da volta, nos Aflitos, Constantino Júnior afirmou que o Santa Cruz não tem nenhuma preferência pelo árbitro. “Não vamos sugerir nenhum nome. Esse é o papel da Comissão de Arbitragem. O que for sorteado está bom. Não temos problemas com nenhum árbitro”, finalizou.

O Sindicato dos Árbitros Profissionais de Futebol do Estado de Pernambuco (SAPFEPE) tem novo comando para o biênio 2013/2014. Na noite da última segunda-feira (04), na sede da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), no bairro do Derby, a chapa encabeçada por Emerson Sobral e Gleydson Leite foi aclamada.

Além de Sobral (presidente) e Leite (vice), a nova diretoria é formada pelo secretário-geral Clóvis Amaral, Wilton Lins para a função de tesoureiro e Francisco Chaves como relações públicas.

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As metas dos novos gestores são a reestruturação da entidade e a melhoria da imagem da categoria. “Já estamos providenciando a contratação de equipes para assessoria de imprensa e suporte jurídico. Isso será um marco para nossa categoria, que nunca teve um trabalho voltado para melhorar a imagem da arbitragem local e nos aproximar do público. Além disso, queremos promover uma reestruturação tanto administrativa quanto na parte física de nossa sede para permitir o pleno trabalho do Sindicato”, afirmou Sobral.

A intenção também é qualificar o quadro de arbitragem pernambucano. “Vamos buscar parcerias, principalmente, com a Federação Pernambucana para a capacitação da arbitragem. Com isso, queremos garantir a atualização e aperfeiçoamento dos 49 árbitros profissionais que compõem o quadro de Pernambuco”, contou o presidente do SAPFEPE.

Perfil

Aos 38 anos, o recifense Emerson Luiz Sobral é formado em Educação Física e está associado ao quadro profissional da Federação Pernambucana de Futebol desde 1995. Após quatro anos foi credenciado a apitar jogos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). No currículo, Sobral tem mais de 400 partidas – divididas em campeonatos estaduais, Copa do Brasil, Brasileirão e outras competições.

Com informações da assessoria

Para quem analisou a arbitragem longe da emoção, a atuação de Gleydson Leite não causou maiores prejuízos para a partida. Porém, as diretorias de Sport e Náutico não gostaram da condução do jovem árbitro no Clássico dos Clássicos.

Logo após o apito final, o presidente alvirrubro Paulo Wanderley criticou de forma áspera o árbitro da partida. “Se esse tem a melhor nota, a melhor avaliação da Federação Pernambucana, imagine o resto da arbitragem”, bradou o mandatário.

A reclamação timbu, segundo o presidente, é no lance do terceiro gol rubro-negro. O Náutico pede falta em cima de Elicarlos no campo de ataque. Em seguida, aconteceu o lançamento e no contra-ataque Roberson ampliou o placar.

Do lado do Sport, mesmo com a vitória, a diretoria não deixou a Gleydson Leite passar ileso de reclamações. “Eu lamento, pois apostei todas as fichas nesse garoto. Ele tem que continuar a arbitragem da mesma forma, independente do resultado. Quando abrimos três gols ele começou a marcar muitas faltas e trouxe o adversário para dentro da nossa área”, argumentou o diretor de futebol Guilherme Beltrão.

Além disso, o gestor rubro-negro também ressaltou as reclamações do Náutico. “Não entendo o motivo do adversário reclamar da arbitragem. Perdemos um jogador lesionado (Renato), eles não colocaram a bola para fora, o juiz não parou o jogo e eles marcaram o gol. Isso é um absurdo”, finalizou.

 

Já diz o velho ditado: “muito ajuda quem não atrapalha”. E a estreia em clássicos do árbitro Gleydson Leite pode ser resumida dessa forma. A atuação não foi das melhores, com muitas faltas invertidas e segurando a partida muitas vezes. Porém, levando em consideração a pressão na arbitragem que vem acontecendo no Campeonato Pernambucano, o debutante de 35 anos conseguiu passar ileso a maiores críticas.

Os auxiliares foram os experientes Erich Bandeira e Alcides Lira. Atuações discretas, assim como manda a cartilha.

Primeira etapa

Com o Sport marcando três gols em apenas 13 minutos, Gleydson Leite precisou acalmar os ânimos de alguns atletas. Foram muitas faltas seguidas, mas algumas inexistentes. Era clara a intenção do árbitro: segurar a partida. Apesar disso, as jogadas dos gols foram totalmente legais, o que acabou contribuindo.

No lance do gol alvirrubro, a falta assinalada na entrada da área foi observada por Gleydson. Nos primeiros 45 minutos, foram três cartões amarelos. Para o Sport, Montoya. Do lado do Náutico, Jefferson e Cascata receberam a advertência. Todas bem aplicadas.

Segunda etapa

O condicionamento físico de Gleydson Leite não acompanhou o ritmo frenético da partida. Porém, nos lances cruciais – mais três gols, um do Sport e dois do Náutico – a arbitragem não precisou interferir.

Mesmo sem erros nas jogadas decisivas, o físico pesou no segundo tempo. Muitas faltas e cartões. Ao todo, cinco amarelos. Três para os rubro-negros, dois para os alvirrubros. Além disso, dois jogadores foram expulsos corretamente. Montoya, pelo Sport, e Jefferson, pelo Náutico.

Resultado

No saldo final, a atuação de Gleydson Leite foi positiva. Principalmente por conta da pressão que vem de todos os lados: torcida, imprensa, federação e clubes. O Campeonato Pernambucano chega a quinta rodada com três árbitros na “geladeira”. O caso mais emblemático é o de Cláudio Mercante, que está fora da competição após a lesão de Rogério, do Náutico. No lance, ele não expulsou o lateral do América, Maneco.

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