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O australiano Daniel Ricciardo e o russo Daniil Kvyat vão perder ao menos 10 posições no grid de largada do GP do Brasil de Fórmula 1, neste domingo. Os pilotos da Red Bull devem sofrer punição por causa das atualizações que a Renault fez em sua unidade de potência para esta penúltima etapa do campeonato. As mudanças, já visando a temporada de 2016, indicam a reaproximação entre a equipe e a fornecedora de motor, que vivem um ano conturbado em razão do fraco rendimento do carro nas pistas.

Longe de repetir as grandes performances dos últimos anos, a Red Bull vem sofrendo a cada corrida neste ano com o fraco ritmo dos seus carros. E atribui os resultados abaixo do esperado às limitações do motor Renault. Insatisfeita, chegou a procurar novas parcerias com Ferrari, Honda e até a Mercedes, sem sucesso. Nas últimas semanas, cresceram os rumores de que a Red Bull manterá o acordo com a Renault para 2016.

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As novas atualizações são um esforço da fornecedora de motor para resgatar a performance da equipe nestas últimas duas corridas do ano, no Brasil e em Abu Dabi. "Estou curioso para saber mais sobre a mudança. A Renault diz que seremos alguns décimos de segundo mais rápidos a cada volta. Mas preciso ver como será pilotar com essa alteração no motor, como será a resposta do acelerador, por exemplo", disse Ricciardo.

Ricciardo e Kvyat devem perder ao menos 10 posições cada no grid em razão das mudanças. A Red Bull será punida porque já usou os quatro motores a quem tem direito nesta temporada. A perda mínima é de 10 posições, mas poderá ser maior se as alterações atingirem diferentes componentes do motor.

Apesar das punições, Ricciardo aprovou a iniciativa da Renault por dar perspectiva à Red Bull sobre como será seu motor de 2016. "Isso nos dá um pouco de luz sobre aonde queremos ir no futuro possível", afirmou o australiano.

A atualização do motor, claro, só se tornará referência para a Red Bull para o próximo ano se a parceria com a Renault for mantida. Nesta quinta-feira, o chefe da equipe, Christian Horner, indicou que a fornecedora francesa deve seguir com o time austríaco em 2016. "Eu espero, mais para o fim da temporada, que estejamos em posição de anunciar quais serão os nossos planos", disse Horner, em entrevista ao canal britânico BBC.

Ele descartou a saída da equipe da Fórmula 1, possibilidade que chegou a ser aventada pelos dirigentes da Red Bull. "Estamos comprometidos a permanecer na Fórmula 1 na próxima temporada e nos anos que virão", declarou o chefe da equipe austríaca.

Os dois finlandeses da Fórmula 1 não têm se dado bem. Kimi Raikkonen, da Ferrari, e Valtteri Bottas, da Williams, disputam o quarto lugar na temporada e se envolveram em duas batidas nas três últimas corridas, acidentes que fizeram Bottas evitar pensar no assunto e até mesmo a falar com o compatriota. O piloto afirmou nesta quinta-feira em Interlagos que nem pretende voltar a conversar com Kimi.

No GP da Rússia, em outubro, Bottas estava na última volta e ia terminar em terceiro quando recebeu o toque de Kimi e saiu da prova. Duas corridas depois, em Hermanos Rodríguez, no México, houve o troco. Era o começo da prova quando o piloto da Williams encostou no concorrente do Ferrari e lhe tirou da disputa. "Nunca mais nos falamos, mas não temos problemas entre nós", comentou Bottas ao ser perguntado sobre o convívio entre ambos.

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Aos 26 anos, Bottas chegou à categoria em 2012 cercado de comparações ao compatriota 10 anos mais velho. O novato se tornou a aposta para suceder os feitos do campeão mundial de 2007 e depois das polêmicas nesta temporada, afirmou que procurou não acompanhar na Finlândia a repercussão dos incidentes. "Não procurei ver comentários ou ler matérias na imprensa. Acho que saiu muita m... Sei que Raikkonen tem muitos fãs em nosso país, mas também tenho muitos seguidores para me apoiar".

Para o piloto da Williams, não há a necessidade de se reunir com o colega para se conversar sobre as batidas ou buscar a reconciliação. "Para mim, estou resolvido com a situação", afirmou Bottas, que evitou dar declarações longas sobre o Kimi. Já o ferrarista, conhecido pelo jeito frio, pouco falou do assunto e minimizou ter de encontrar o compatriota rival na batalha pelo quarto lugar na temporada. "Isso não muda a minha vida. Sempre tento garantir o melhor resultado, mas só o primeiro lugar importa. Do resto, ninguém se lembra".

A queda na audiência e a redução da popularidade da Fórmula 1 em diversos países não preocupam somente a direção da categoria. Os pilotos, que tentam atrair atenção do público ao movimentar as redes sociais, também reconhecem as dificuldades na disputa pela mídia com outros esportes e outros eventos. Para Felipe Massa, um dos mais experientes do grid, a F1 tem falhado em sua estratégia.

Na sua avaliação, a direção da categoria não tem conseguido atrair o público mais jovem, acostumado a acessar informação por outras telas que não apenas a televisão. "Hoje em dia o mundo é totalmente voltado para o computador. E a Fórmula 1 faz muito pouco para conseguir ter a audiência em outros atos (plataformas)", afirmou o brasileiro, um dos mais ativos nas redes sociais.

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Massa contabiliza 765 mil seguidores no Twitter e 636 mil fãs no Instagram. Em seus posts, tenta se aproximar dos fãs ao exibir imagens e até vídeos dos seus familiares. "O que mais tento fazer é usar as mídias sociais. Tento mostrar para o torcedor aquilo que eu sou, meu jeito de ser, o que eu gosto de fazer. Acho que é até um divertimento", explicou o piloto da Williams.

Ele, contudo, lamenta que nem todos os pilotos fazem o mesmo esforço para buscar o público. "É difícil organizar todos. Para fazer o quê? Cada piloto tem interesse em seu país e não no modo geral. Temos que analisar melhor a situação", afirmou.

Massa acredita que o resgate da popularidade da Fórmula 1 em nível mundial passa também pela estratégia da categoria. Se em alguns países, há baixa audiência e menor público nas corridas, a saída é buscar novos mercados. "A Fórmula 1 tem que ir para lugares onde as pessoas querem as corridas, como o México, por exemplo".

O GP mexicano encantou os pilotos diante da boa reação do público, que esgotou os ingressos com grande antecedência. "Temos que enxergar melhor o público e ver como o México recebeu a F1. E eles têm um piloto que não vence corrida", argumentou, ao referir-se ao piloto Sergio Pérez, da Force India.

Ao analisar a situação da Fórmula 1, o brasileiro cutuca a TV Globo, dona dos direitos de transmissão da categoria no País. Nesta temporada, o canal deixou de transmitir na íntegra os treinos classificatórios. "Sem dúvida hoje a televisão mostra menos. E aí é impossível não cair a audiência", reclamou o piloto. "Se você gosta de Fórmula 1, você tem que ir até o final e tratar como um esporte que talvez seja um dos mais importante do País".

Apesar da preocupação em nível internacional, Massa vê a categoria exibindo boa forma diante do público brasileiro. "No ano passado, todo mundo falava que a audiência estava caindo, que tinha menos gente nas arquibancadas. Mas, com o motor fazendo menos barulho, dava para ouvir a torcida gritar a cada volta", apontou o piloto da Williams, acostumado a ser bem recebido pela torcida no autódromo de Interlagos, em São Paulo.

O autódromo de Interlagos, em São Paulo, passou por seus últimos ajustes, nesta quinta-feira (12), antes de os carros da Fórmula 1 acelerarem na pista, nesta sexta, para os primeiros treinos livres do GP do Brasil. A organização da corrida precisou fazer pequenas alterações nas zebras e na pintura de um trecho do traçado, a pedido do diretor de prova e delegado de segurança, Charlie Whiting.

Ao percorrer o circuito, Whiting pediu que fossem arredondadas as ranhuras nas lavadeiras, trecho da zebra em maior relevo, das curvas 2, 3, 4, 5, 8 e 10. O ajuste vai reduzir o desgaste dos pneus. Além disso, o diretor de prova solicitou nova pintura em uma área de escape e um corte mais nivelado na grama. As mudanças já foram realizadas pela organização de Interlagos.

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Os ajustes nas zebras eram mais preocupantes porque servem para escoar a água e há previsão de chuva para sexta-feira, sábado e domingo, o dia da corrida. Nesta quinta, porém, o sol predominou no período da tarde, elevando a temperatura na pista e no paddock. Para esta sexta, a expectativa é de tempo seco pela manhã e pancadas de chuva à tarde.

As atividades em Interlagos terão início nesta sexta-feira às 10 horas, com o primeiro treino livre. A segunda sessão será realizada entre 14 horas e 15h30. Ainda há ingressos à venda nas bilheterias do autódromo. Os valores variam de R$ 525,00 a R$ 2.630,00 - os bilhetes são válidos para os três dias do evento.

A organização do GP do Brasil acredita que o público deste ano deve superar a marca de 133 mil pessoas, registrada em 2014. O ritmo de vendas, segundo a direção, está maior neste ano. O autódromo tem capacidade para receber cerca de 75 mil torcedores.

De volta ao palco onde se sagrou campeão mundial em 2009, Jenson Button não se deixa abalar pela decepcionante temporada da McLaren. Às vésperas do GP do Brasil de Fórmula 1, o piloto inglês pediu paciência aos torcedores nesta quinta-feira, no Autódromo de Interlagos, e afirmou que a equipe dará um "grande passo" no próximo ano.

"Estamos tirando muitas lições nesta temporada. Aprendemos bastante com a nova unidade de potência, com a nova aerodinâmica porque tudo ficou muito diferente do que era uma McLaren normal", disse o inglês, referindo-se ao trabalho conjunto entre a equipe e a Honda, que voltou a fornecer motor para o time inglês neste ano. "É uma parceria ainda muito nova."

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Neste primeiro ano de trabalho nesta nova edição da parceria entre McLaren e Honda, os resultados foram decepcionantes. Até agora a equipe somou apenas 27 pontos no Mundial de Construtores. Para efeito de comparação, é a mesma pontuação obtida somente pelo brasileiro Felipe Nasr, um dos estreantes do ano. A McLaren ocupa somente o nono lugar na tabela. Em 2014, foi a quinta melhor do ano, com 181 pontos.

Apesar disso, Button acredita que a equipe tem desempenhado boa performance ao longo da temporada. "Acho que estamos fazendo um bom trabalho. Estamos tirando o máximo do que temos, estamos maximizando o potencial do carro no momento", declarou o piloto, que somou pontos somente em quatro corridas até agora em 2015. "Mesmo vivendo momentos difíceis [na F1] a equipe não perdeu sua confiança."

Por isso, o inglês aposta que a McLaren dará um "grande passo" na próxima temporada, ao amadurecer a parceria com a Honda, que estava desatualizada ao passar os últimos anos afastada da F1. "Nós obviamente vamos dar um grande passo à frente no próximo ano. Temos certeza disso."

Antes disso, Button concentra sua atenção na corrida de São Paulo. Ciente das limitações do seu carro, ele espera novos obstáculos pela frente. Mas não desanima. "Não será um fim de semana fácil, mas com certeza será melhor que o último", disse, ao citar o 14º lugar no GP do México. "Estou ansioso e vamos tentar tirar o máximo do que temos, que é sempre o que fazemos."

Mesmo longe da briga pelo pódio, e praticamente sem chances de sonhar alto neste fim de semana, Felipe Nasr tenta conter a ansiedade às vésperas do GP do Brasil de Fórmula 1. Não é por acaso. O piloto brasileiro correrá diante de sua torcida, no Autódromo de Interlagos, pela primeira vez na categoria.

"Com certeza será todo um novo fim de semana para mim", afirmou o piloto da Sauber, que em 2014 teve a chance de disputar um treino livre sob o escudo da Williams. "Tivemos um pequeno aperitivo no ano passado. Mas desta vez quero sentir toda a energia do lugar, a atmosfera, que é incrível."

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Para o brasileiro, a corrida em São Paulo será um reencontro com a torcida, que conheceu somente neste ano, em sua temporada de estreia na F1. "Sinto que tem muita gente nos seguindo, acompanhando nossa temporada. Será um prazer. Espero somar alguns pontos para dividir com a torcida."

Nasr também admite a expectativa em razão de toda a história do autódromo, onde já brilharam compatriotas como Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e Felipe Massa. "É muito bom correr num circuito com tanta história. Agora estou prestes a começar minha própria história aqui."

Um bom resultado em Interlagos coroaria uma temporada em que o estreante superou suas expectativas. "Tenho que estar feliz com o que conseguimos. Buscamos o melhor com o que tínhamos. Foi uma temporada de grande aprendizado, de muita experiência. Acredito que ainda podemos somar bons pontos até o fim do campeonato", disse o brasileiro, nesta quinta-feira, em Interlagos.

O bom desempenho de Nasr pode ser comprovado pela comparação com a temporada anterior da Sauber. Em 2014, a equipe suíça não somou pontos ao longo do ano. Somente o brasileiro já obteve 27 pontos na temporada 2015. Ocupa o 13º lugar no Mundial de Pilotos, faltando duas etapas para o fim do campeonato.

A equipe Lotus foi a última da Fórmula 1 a se acomodar no novo paddock do autódromo de Interlagos para o GP do Brasil. A escuderia inglesa precisou pagar uma multa aos promotores da prova realizada em São Paulo, oriunda da edição passada da corrida, para poder acessar o circuito e começar os trabalhos. A pendência foi resolvida na noite desta quarta-feira e só na manhã seguinte os funcionários iniciaram as tarefas na pista, bem depois das demais concorrentes.

Segundo a organização do GP do Brasil, em 2014 a Lotus deixou de pagar uma taxa aos promotores da prova que é obrigatória para todas as escuderias. O valor não foi divulgado de forma oficial, mas é estimado em R$ 100 mil. Até a tarde desta quarta-feira, os boxes e o paddock destinados à equipe não tinham integrantes, enquanto as demais escuderias já estavam com toda a estrutura montada.

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Nesta quinta-feira a Lotus conseguiu permissão para entrar em Interlagos, pode se instalar no paddock e montou a estrutura de recepção de convidados e mesas de refeição para os integrantes. Nos boxes os mecânicos também trabalhavam na montagem dos carros para os primeiro treinos livres, que começam na manhã de sexta-feira.

Procurada para comentar o caso, a Lotus não se manifestou. A escuderia vive problemas financeiros e passou pelo mesmo problema de atraso de taxas em outras provas do calendário. No campeonato de construtores a equipe ocupa a sexta posição e teve como melhor desempenho na temporada o terceiro lugar obtido no GP da Bélgica pelo piloto francês Romain Grosjean.

Tetracampeão da Fórmula 1, o alemão Sebastien Vettel agora vai lutar pelo vice-campeonato da temporada de 2015 com a mesma garra com que brigou pelos títulos. Ele chega à penúltima etapa da temporada 21 pontos atrás do compatriota Nico Rosberg (251 a 272), que teoricamente tem favoritismo também pelo fato de a Mercedes oferecer um equipamento melhor do que a Ferrari. Mas Vettel não se deixa levar por tal fator.

"Enquanto tiver chance, vou tentar porque segundo é melhor do que terceiro", disse Vettel, nesta quinta-feira, em entrevista coletiva no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, que será palco do GP do Brasil neste domingo. "Não estamos iguais, do contrário essa temporada seria diferente", acrescentou, sobre sua briga com Rosberg.

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Os dois, aliás, são os últimos vencedores do GP do Brasil. Rosberg ganhou a prova do ano passado, já pilotando uma Mercedes, enquanto Vettel recebeu a bandeirada em primeiro em 2013, ainda como piloto da Red Bull - ele tem também uma vitória em 2010 na capital paulista.

O tetracampeão aproveitou a disputa entre Ferrari e Mercedes para dar uma estocada em Niki Lauda, consultor do time alemão que disse que os motores que equipam os carros das duas equipes já são equivalentes. "Niki não é dos mais confiáveis, muda muito de opinião", disse. "Mas não deixa de ser bom ele falar de nós, pois representa que ele sabe que estamos chegando."

Vettel também revelou acreditar que essa "chegada" poderá ocorrer na próxima temporada. "Estou confiante com as coisas que temos preparadas para a próxima sessão. Vejo o trabalho, que me parece promissor. Mas o importante é ver o que acontece quando colocarmos o carro na pista."

Lewis Hamilton desembarcou em São Paulo na manhã desta quinta-feira, um dia depois do planejado, para a disputa do GP do Brasil de Fórmula 1. O campeão da temporada 2015 se atrasou por causa de um acidente de carro que sofreu na noite de segunda-feira, em Mônaco, onde mora.

O tricampeão deveria chegar à capital paulista na manhã de quarta. Em solo brasileiro, seria o protagonista de uma entrevista coletiva organizada por um patrocinador da Mercedes. No entanto, cancelou sua participação no evento e preocupou os fãs com o atraso na viagem ao Brasil, principalmente depois que a equipe informara que ele estava com "problemas pessoais".

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Em seguida, um porta-voz da equipe revelara que Hamilton estava com febre, abrindo espaço para rumores sobre sua ausência na corrida brasileira - ele assegurou o título antecipado ainda no GP dos Estados Unidos, no fim de outubro. A Mercedes, contudo, garantiu sua participação na corrida a ser realizada no Autódromo de Interlagos.

Depois dos rumores, Hamilton tranquilizou os fãs ao informar na noite de quarta que estava embarcando para o Brasil. O inglês revelara que se atrasou por causa de um acidente de carro. "Ninguém se machucou, o que é o mais importante", afirmara o inglês, sem dar detalhes sobre a batida.

Ele dissera apenas que vai "assumir responsabilidade" por sua ação. "Estou informando vocês porque eu sinto que todos devemos assumir a responsabilidade por nossas ações. Erros acontecem com todos nós, mas o mais importante é aprender com eles e crescer", declarou o piloto, que confirmou que também estava com febre. Contudo, não informou se a temperatura elevada tinha relação com o acidente.

No Brasil, o piloto da Mercedes busca sua primeira vitória da carreira em Interlagos. Com apenas dois pódios em oito participações em São Paulo, ele espera finalmente vencer aquela que considera uma das provas mais especiais da temporada, por ser a corrida em que seu ídolo Ayrton Senna tinha todo o apoio da torcida. Em 2014, ele "bateu na trave" ao terminar a corrida em segundo lugar, atrás apenas do companheiro Nico Rosberg.

Alvo de rumores nesta quarta-feira, por causa do seu atraso na viagem para o Brasil, o inglês Lewis Hamilton revelou na noite desta quarta-feira que foi um acidente de carro o responsável por adiar a sua chegada a São Paulo para a disputa do GP do Brasil de Fórmula 1, neste fim de semana. De acordo com o piloto da Mercedes, ninguém se feriu na batida, ocorrida em Mônaco, na noite de segunda.

"Ninguém se machucou, o que é o mais importante. Mas o carro obviamente sofreu alguns danos e eu tive um leve contato com um veículo que estava estacionado", disse Hamilton, nas redes sociais, sem dar maiores detalhes sobre o acidente. Ele também não revelou se estava acompanhado no momento da batida.

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Sem apontar a causa do acidente, disse apenas que vai "assumir a responsabilidade" por sua ação. "Estou informando vocês porque eu sinto que todos devemos assumir a responsabilidade por nossas ações. Erros acontecem com todos nós, mas o mais importante é aprender com eles e crescer", declarou.

Hamilton era aguardado nesta quarta-feira pelos fãs e pelos jornalistas em São Paulo. À tarde, ele concederia entrevista coletiva em evento de um dos patrocinadores da Mercedes. No entanto, precisou cancelar ainda na noite de terça. A equipe, então, revelara apenas que o piloto não conseguira chegar a tempo no Brasil para participar da coletiva por causa de "problemas pessoais".

Durante o dia, a assessoria da Mercedes informou que Hamilton tivera febre, o que teria causado o atraso na viagem. Em seu comunicado nas redes sociais, o piloto confirmou que também teve febre, mas não revelou a causa do mal-estar físico e nem indicou se havia relação com o acidente.

"Conversando com a equipe e com o médico, decidimos juntos que seria melhor para mim descansar mais um pouco em casa e partir somente no dia seguinte", declarou o mais novo tricampeão da Fórmula 1. "Mas estou me sentindo melhor e estou embarcando neste momento para o Brasil", postou Hamilton, por volta das 21h30 no horário de Brasília.

No mesmo comunicado publicado na noite desta quarta-feira, Hamilton criticou os rumores sobre a sua ausência no GP do Brasil - mais cedo um site brasileiro noticiou que o inglês estaria fora da corrida. "Havia pessoas que sabiam da minha situação e tentaram tirar vantagem dela. Não tem problema", afirmou, conformado, sem citar nomes.

Hamilton deve desembarcar em São Paulo na manhã desta quinta-feira. Campeão da temporada por antecipação, o piloto da Mercedes busca a sua primeira vitória da carreira em Interlagos. Com apenas dois pódios em oito participações em São Paulo, ele espera finalmente vencer aquela que considera uma das provas mais especiais da temporada, por ser a corrida em que seu ídolo Ayrton Senna tinha todo o apoio da torcida. Em 2014, ele bateu na trave ao terminar a corrida em segundo lugar, atrás apenas do companheiro Nico Rosberg.

Os pilotos começam nesta quinta-feira (12) a frequentar Interlagos para iniciar as atividades do GP do Brasil de Fórmula 1 e vão se deparar com um cenário bem diferente. A ampliação do paddock propiciou uma grande mudança visual, mas ao mesmo tempo, como a revitalização ainda está em andamento, o autódromo ainda tem sinais de obra e a presença de operários.

A prova de 2015 coincide com a transição da segunda para a última fase da reforma. Orçada em R$ 160 milhões, a obra começou em 2014 com a troca do asfalto e reparos em áreas de escape. O estágio mais agudo veio neste ano, quando o ponto mais criticado sofreu intervenções.

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"Quero ver quanto o paddock mudou. Era um dos menores da temporada e difícil para os integrantes das equipes trabalharem", disse o russo Daniil Kvyat, da Red Bull. "Interlagos não tem a estrutura mais impressionante dos dias atuais, mais é um circuito histórico", comentou o venezuelano Pastor Maldonado, da Lotus.

A ampliação do paddock foi dividida em duas fases, ao custo total de R$ 101,8 milhões. A primeira delas está pronta e liberada para a utilização das equipes, que passam a ter o triplo de espaço para trabalhar. Essa área é o térreo do novo prédio construído para ser a área de apoio aos boxes. Já o segundo pavimento será liberado em 2016.

No segundo piso, alguns operários ainda trabalham. O pavimento já está edificado e passa pela fase de acabamento. Na entrega da reforma, na semana passada, a prefeitura explicou que o prédio do paddock está 80% concluído.

Também ficaram prontas uma nova galeria técnica para passagem de fios e cabos elétricos e um prédio de seis andares, que será o novo centro operacional. O local ainda tem sinais de fim de obra, porém não será usado na totalidade para a corrida.

Na semana passada, o chefe da categoria, Bernie Ecclestone, afirmou que com a reforma, Interlagos deixou de ser o pior circuito do mundo. "A mudança é bem visível e o pessoal por enquanto tem aprovado", explicou o engenheiro-chefe do GP, Luis Ernesto Morales.

Da estreia polêmica aos resultados consistentes. Da contestada escalação no grid às posições de "gente grande". Assim foi a temporada de Max Verstappen, o mais jovem a pilotar um carro em um campeonato da Fórmula 1. O feito gerou repercussão, mas foi a inesperada regularidade, o estilo arrojado nas pistas que lhe trouxeram muitos fãs em sua primeira temporada na categoria.

Para superar as expectativas, Max contou com a ajuda do pai Jos Verstappen, ex-piloto da Fórmula 1. "Eu e meu pai fizemos tudo juntos até chegar aqui. Ele me ajudou muito. Se não fosse por ele, eu não estaria aqui. Poucos têm a chance de chegar na Fórmula 1", admitiu o jovem piloto.

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As dificuldades para aterrissar na Fórmula 1 começaram com os questionamentos sobre a sua pouca idade. Max foi contratado pela Toro Rosso aos 17 anos. Tinha como "bagagem" apenas uma temporada disputada em monopostos, na Fórmula 3 Europeia. A experiência reduzida e a falta de maturidade para encarar um desafio tão complexo no mundo ultracompetitivo da F1 levaram especialistas a criticar a decisão da Toro Rosso.

Sua estreia só foi possível porque fora aprovado nos testes para receber a Superlicença da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A decisão foi tão polêmica que a entidade acabou mudando suas regras logo depois. Passou a exigir idade mínima de 18 anos, carteira de habilitação para carros comuns e experiência de dois anos em categorias menores. Assim, Max Verstappen se tornou o último piloto com menos de 18 anos a receber a Superlicença.

O holandês não se mostra arrependido pela decisão. "Eu não mudaria nada. Claro que foi arriscado. Mas nesta temporada estamos mostrando que somos capazes", disse o piloto, antes de citar novamente o auxílio do pai. "Com a ajuda dele e sua experiência, eu cresci rápido e logo comecei a me comportar como um profissional".

Os resultados comprovaram o amadurecimento veloz do jovem piloto. Max chegou em quarto lugar em duas corridas neste ano (Hungria e Estados Unidos) e vem mostrando consistência. Das últimas 10 corridas, somou pontos em oito. É o 10.º colocado no Mundial de Pilotos, com 47 pontos. Para efeito de comparação, seu companheiro de equipe, o espanhol Carlos Sainz Jr., outro estreante em 2015, tem apenas 18 pontos e ocupa o 15.º lugar.

Para tanto, Max precisou se esforçar na transição entre a categoria anterior e a exigente Fórmula 1. "Claro que há muita diferença entre as categorias. No começo, fiquei um pouco preocupado. Mas me explicaram direitinho como eu deveria me preparar. Me deram toda a ajuda e eu não podia mais dizer 'não'. Fiz bastante treino físico. Obtive minha Superlicença. Mas não foi fácil. Mesmo assim, conseguimos!".

Convencendo os críticos e amealhando fãs, Max quer agora finalizar a temporada com mais pontos e se diz ansioso para correr no autódromo de Interlagos, no GP do Brasil, neste fim de semana. "Para mim, é sempre especial voltar para cá porque foi aqui que fiz um dos meus primeiros treinos, no ano passado. E também por causa do meu pai. Ele correu aqui, então é uma sensação muito especial", afirmou o holandês.

Com o paddock recém-reformado, o autódromo de Interlagos recebeu nesta quarta-feira os últimos ajustes antes de receber os pilotos da Fórmula 1, que visitarão o local nesta quinta para entrevistas e compromissos de patrocinadores. Eles vão para a pista somente na sexta para os dois primeiros treinos livres do GP do Brasil.

A maior parte dos ajustes foi realizada na área do pit lane. No fim da tarde, ainda era possível ver a organização reforçando a pintura na entrada dos boxes. Outra equipe varria o asfalto da área com um carrinho mecânico. Enquanto isso, as equipes seguiam montando suas estruturas nos boxes.

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Atrás da área dos boxes, funcionários dos times já se mostravam ambientados no novo paddock, dois metros mais largo em toda sua extensão, em comparação à estrutura dos anos anteriores. Além do maior espaço para circulação, as equipes ganharam um novo prédio de convivência, onde mantêm escritório, cozinha, banheiros privativos e área para receber imprensa e convidados.

Nesta quarta-feira, mesas e cadeiras já estavam a postos na entrada das áreas de cada equipe, com decorações variadas, vasos de flores, freezers com bebidas e bancadas para café. Na McLaren, em temporada melancólica, fotos gigantes do espanhol Fernando Alonso e do inglês Jenson Button são exibidas diante das paredes de vidros, que dão novo charme ao rejuvenescido paddock.

O "estilo" do andar térreo do prédio das equipes contrasta com as obras por acabar do andar superior. O pavimento conta com estrutura com os tijolos ainda à mostra. A obra foi paralisada no fim de outubro, em razão do GP, e será retomada em 4 de janeiro. Faz parte da terceira fase da grande reforma pela qual passa Interlagos. E, pelo cronograma inicial, será entregue somente no próximo ano. A área vai receber a estrutura de serviços do "paddock club", área VIP localizada acima dos boxes das equipes.

A um custo de R$ 160 milhões, bancados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), via Ministério do Turismo, as obras no autódromo de Interlagos começaram ainda em 2014, com a troca do asfalto e ajustes em áreas de escape. Neste ano, foi realizada a segunda fase, que ampliou a área do paddock e construiu novo prédio atrás dos boxes para receber as equipes. Também foi erguido prédio de seis andares para sediar o novo centro operacional.

Para o próximo ano, serão derrubados a torre de controle e todo o prédio dos boxes, que conta ainda com o centro de imprensa e área VIP. Uma nova construção será erguida no local. Por consequência, as equipes ganharão boxes mais amplos e altos. Também serão mais numerosos. Com a reforma totalmente finalizada, em 2016, o paddock passará a contar com 28 boxes, cinco a mais que a atual estrutura.

Promessas da Fórmula 1, o holandês Max Verstappen e o espanhol Carlos Sainz Jr. aprovaram a performance exibida nesta temporada de estreia na principal categoria do automobilismo mundial. A dupla da Toro Rosso somou 65 pontos no campeonato até agora, sendo 47 obtidos somente pelo jovem Verstappen.

O piloto de apenas 18 anos vem se tornando a sensação do campeonato. Com estilo arrojado na pista, chegou em quarto lugar em duas corridas. Às vésperas do GP do Brasil, o holandês se diz ansioso para voltar ao autódromo de Interlagos, em São Paulo, onde pôde fazer a sua estreia na Fórmula 1, no ano passado, ao participar do seu primeiro treino livre, ainda como piloto reserva da Toro Rosso.

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"Para mim, é sempre especial voltar para cá porque foi meu primeiro treino aqui, no ano passado. E também por causa do meu pai. Ele correu aqui, então é uma sensação muito especial", disse o jovem piloto, nesta quarta-feira (11), ao se referir ao pai Jos Verstappen. "É um grande circuito, por ter muita história e também por causa do grande (Ayrton) Senna também. É sempre ótimo voltar aqui ao Brasil. Com certeza estou ansioso para o fim de semana", declarou o 10.º colocado no campeonato.

Sem o mesmo destaque de Max, Carlos Sainz Jr. se diz satisfeito com seu rendimento em seu campeonato de estreia. "Foi uma temporada muito boa. Ser um estreante nunca é fácil. O mais importante agora é que vou disputar minha 18.ª corrida na Fórmula 1. E hoje eu sou um piloto completamente diferente do que era na primeira corrida, na Austrália", afirmou o espanhol.

O piloto de 21 anos foi menos regular que Verstappen no campeonato, mas foi quem ganhou mais as manchetes, principalmente por causa do acidente sofrido no GP da Rússia, no início de outubro. Ele atingiu o muro de proteção com força no treino e foi parar no hospital. Felizmente, não sofreu lesões físicas e pôde disputar a corrida no domingo.

Por causa do acidente e de problemas mecânicos no carro, o piloto acredita que ganhou preciosa experiência logo em sua estreia. "Me tornei um piloto bem melhor do que era antes de estrear e mais experiente. Isso é muito importante para mim porque era meu principal objetivo nesta primeira temporada na F1", comentou o 15.º colocado no Mundial de Pilotos.

Um dos pilotos mais aguardados pelos fãs brasileiros de Fórmula 1, Lewis Hamilton não desembarcará no Brasil com a antecedência que esperava. Com problemas pessoais, o inglês precisou cancelar eventos nesta quarta-feira e adiou sua chegada a São Paulo, onde vai disputar no domingo o GP do Brasil, no Autódromo de Interlagos.

A Mercedes não confirmou o motivo do atraso do tricampeão, que deveria conceder entrevista coletiva nesta quarta, em evento de um dos patrocinadores da equipe. A justificativa oficial é de que o inglês chegará ao País depois do esperado em razão de "problemas pessoais".

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De acordo com a imprensa internacional, o piloto teria sentido febre no início da semana. O mal-estar não impediria sua participação na prova de São Paulo. Mas adiou em um dia sua chegada. A expectativa é de que Hamilton desembarque no Brasil na manhã de quinta e participe normalmente dos eventos do dia e dos treinos livres de sexta-feira.

Campeão da temporada por antecipação, o piloto da Mercedes busca sua primeira vitória da carreira em Interlagos. Com apenas dois pódios em oito participações em São Paulo, ele espera finalmente vencer aquela que considera uma das provas mais especiais da temporada, por ser a corrida em que seu ídolo Ayrton Senna tinha todo o apoio da torcida. Em 2014, ele bateu na trave ao terminar a corrida em segundo lugar, atrás apenas do companheiro Nico Rosberg.

O brasileiro Felipe Massa não vê a hora de voltar a correr no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Neste domingo (15), a Fórmula 1 terá a realização do GP do Brasil - a penúltima etapa da temporada de 2015 - e o piloto da Williams quer muito voltar ao pódio da corrida no "quintal de casa", como gosta de falar. No ano passado, em uma prova consistente, Massa conseguiu o terceiro lugar, atrás apenas das Mercedes do alemão Nico Rosberg, o vencedor, e do inglês Lewis Hamilton.

"Eu amo essa pista. É uma das melhores e sempre tenho bons resultados lá", disse o brasileiro, que já venceu em duas oportunidades - em 2006 e em 2008, ambas quando ainda corria pela Ferrari. "No ano passado consegui chegar no pódio em uma corrida em que muitas coisas aconteceram e agora quero tentar repetir isso e ter um bom fim de semana".

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Em 2014, Felipe Massa passou por dificuldades em Interlagos antes de conquistar o terceiro lugar. Nas primeiras voltas, fez um pit stop e excedeu o limite de velocidade nos boxes. Assim recebeu uma punição de cinco segundos, mas sua Williams seguiu com bom desempenho e no final teve sucesso.

O brasileiro tem certeza de que o clima em Interlagos será o de todos os anos em que correu na pista paulistana. "A paixão dos fãs é incrível. A emoção que eles passam e o quanto eles estão perto de mim neste momento é sensacional. Esta experiência é muito difícil de ser explicada", comentou Felipe Massa.

Lewis Hamilton busca mais uma conquista especial no fim de semana. Após se sagrar tricampeão da Fórmula 1 e superar marcas de Ayrton Senna, o inglês quer vencer no Autódromo de Interlagos pela primeira vez na carreira. Para o piloto da Mercedes, chegar na frente no GP do Brasil seria a forma ideal de "saudar" o ídolo brasileiro.

"É uma das poucas corridas que ainda não venci. Se eu puder mudar isso no fim de semana, seria uma forma de saudá-lo [Senna] e também seria mais um grande momento neste ano incrível. Então vou fazer de tudo para que isso aconteça", afirmou Hamilton, antes de desembarcar no Brasil.

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Hamilton vive grande momento na categoria, alcançando sua melhor temporada na F1 desde sua estreia, em 2007. Além de obter o título por antecipação, igualando o tricampeonato de Senna, o piloto da Mercedes superou as 41 vitórias do ídolo (já tem 43) e vem se aproximando do brasileiro em outras marcas importantes ao longo do ano.

"Esta era a corrida em que Senna estava em casa. Quando eu era jovem, sonhava em correr em São Paulo. E eu sempre sentia sua presença na pista", disse Hamilton. "Ele é um herói tão grande no Brasil! E fico feliz por sempre ter uma recepção calorosa dos fãs em São Paulo."

Hamilton tem como melhor resultado em Interlagos o segundo lugar obtido na corrida do ano passado. Daquela vez, seu companheiro de equipe, Nico Rosberg, venceu a prova. O alemão, embalado pela vitória no México, pode ser novamente o obstáculo em São Paulo.

Para a direção da Mercedes, a disputa interna poderá empolgar a torcida brasileira. "A rivalidade entre Lewis e Nico é boa para o esporte, para a equipe e para eles próprios. Esta corrida sempre oferece surpresas e nunca falha em empolgar o público. Estou ansioso para ver o que vai acontecer em Interlagos", afirmou o chefe da Mercedes, Toto Wolff.

A Prefeitura de São Paulo entregou nesta quarta-feira a segunda das três fases das obras de reforma do Autódromo de Interlagos. Para o GP do Brasil, que será disputado na próxima semana, as equipes vão ter à disposição um novo prédio de apoio ao boxes e um complexo operacional, em intervenções realizadas com recursos federais e que deixaram aliviado o chefão da categoria. O inglês Bernie Ecclestone disse que o circuito deixou de ser "o pior do mundo".

O prefeito Fernando Haddad e o secretário municipal de obras Roberto Garibe vistoriaram as mudanças no autódromo na manhã desta quarta-feira. O local já começou a receber equipamentos das equipes para a corrida, marcada o dia 15, quando a categoria vai encontrar a mudança, que para a Prefeitura, é a maior reforma dos 75 anos do autódromo. Ao todo o investimento é de R$ 160 milhões, dos quais R$ 101,8 milhões foram investidos no entorno dos boxes.

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As equipes vão ter o triplo de área para trabalhar. Em vez de 70 m², serão 210 m² para guardar equipamentos, fazer reuniões, receber convidados e ter refeições. Um novo prédio foi construído no paddock e por ficar dois metros mais distante dos boxes, vai possibilitar uma circulação maior de pessoas e evitar o aperto que levava pilotos e mecânicos a almoçarem em meio ao transporte de pneus e materiais, por exemplo.

O chefe da categoria, Bernie Ecclestone, era um dos maiores críticos da estrutura da Interlagos e elogiou a reforma. "As equipes certamente ficarão contentes. Fiquei chateado no passado porque este era o pior circuito do mundo. Agora certamente as equipes ficarão empolgadas. Não chego a estar surpreso, porque a reforma estava prevista mais de um ano atrás, embora o projeto tenha atrasado um pouco", comentou o inglês.

A reforma era uma contrapartida para Interlagos renovar o contrato e receber a Fórmula 1 até 2020. O plano inicial era transferir os boxes e o local de largada para a reta oposta. "A mudança não ficaria tão boa quanto a reforma apresentada. Isso atrasou um pouco a reforma, mas trata-se de uma reforma de longevidade. Não atendemos apenas a exigência da Fórmula 1, mas de uma cidade", explicou Haddad.

A primeira fase da obra foi em 2014 e teve custo de R$ 37 milhões, segundo a secretaria de obras. A intervenção contemplou a troca do asfalto, a nova área de escapa e novo pit lane. Para 2015, está entregue além do prédio de apoio do paddock, um edifício de seis pavimentos para uso operacional das categorias e recepção de convidados. O próximo ano terá a etapa final da intervenção, com a cobertura do paddock e a obra que vai deixar os boxes com teto mais alto, além da demolição da antiga torre de controle.

A Pirelli anunciou oficialmente nesta terça-feira (13) que definiu as escolhas de pneus para as últimas quatro provas da temporada da Fórmula 1, que voltará a ter uma corrida no próximo dia 25, em Austin, nos Estados Unidos. Para esta prova, a fornecedora única de compostos da categoria informou que serão disponibilizados os médios e macios.

Estes dois tipos de pneus também foram escolhidos para as provas que ocorrerão no México e no Brasil, respectivamente nos dias 1º e 15 de novembro. Entre 13 e 15 de novembro, por sinal, o circuito de Interlagos será palco do penúltimo final de semana de corrida desta temporada, que depois será fechada com o GP de Abu Dabi, em 29 de novembro.

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Ao justificar a escolha adotada para a prova realizada em São Paulo, a Pirelli ressaltou, por meio de comunicado, que a mesma "deve proporcionar uma ampla gama de opções de estratégias e entre dois e três pit stops para cada piloto". "O clima em São Paulo deve ser tão quente no fim de semana da corrida quanto foi na temporada passada", completou a fornecedora de pneus, que no ano passado já havia escolhido essa mesma combinação de compostos para a etapa brasileira do calendário da F1.

Já para a corrida de Abu Dabi serão disponibilizados os pneus macios e supermacios, a mesma seleção adotada para a edição passada da prova realizada na capital dos Emirados Árabes Unidos, onde o circo da F1 deverá chegar neste ano com o campeão mundial definido por antecipação, pois Lewis Hamilton tem chances matemáticas de faturar seu terceiro título na categoria já no GP do México.

Se a Red Bull não dominou a Fórmula 1 como estava acostumada a fazer, deixou São Paulo depois do GP do Brasil, no autódromo de Interlagos, feliz por ter assegurado a segunda posição no Mundial de Construtores. O quinto lugar do alemão Sebastian Vettel foi o suficiente para não ser mais alcançada pela Williams, em disputa importante para as equipes ganharem mais premiação e poderem investir no desenvolvimento do carro para a próxima temporada.

"Fechar o ano em segundo lugar é importante, principalmente se lembrarmos de onde começamos a temporada. Temos de ressaltar o trabalho da equipe em nos fazer reagir durante o ano", disse o chefe da Red Bull, Christian Horner.

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Nos testes de pré-temporada, a escuderia sofreu para se adaptar ao novo regulamento e em algumas sessões de treinos teve problemas com o superaquecimento do motor e chegou a temer um campeonato pior. "Tivemos um ano muito difícil para se adaptar às regras. Assegurar o segundo lugar é motivo de muita alegria", destacou Thierry Salvi, representante da Renault na escuderia austríaca.

A dominância de Mercedes no ano deixou pouco espaço para as demais equipes e pelo menos a Red Bull conseguiu aproveitar e se firmar como a segunda força. O australiano Daniel Ricciardo conseguiu ganhar três provas (Canadá, Hungria e Bélgica) e se firmar como a revelação da temporada, apesar da decepção deste domingo. O piloto abandonou com um problema na suspensão do pneu dianteiro esquerdo. A falha não era possível de ser arrumada durante a parada nos boxes.

O tetracampeão Vettel ainda não ganhou em 2014, mas neste domingo, ao chegar em quinto, conseguiu ser decisivo para as ambições da Red Bull. "Eu até poderia ter chegado em quarto lugar. Ainda assim, o resultado foi bom para nós. Tive um erro na curva 4 e perdi duas posições", disse. O episódio descrito pelo piloto foi logo na largada e o fez relembrar ainda a corrida de 2012, quando se envolveu em um acidente no mesmo local, rodou e por pouco não deixou o título mundial escapar para o espanhol Fernando Alonso.

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