A cidade de Hebron está no meio de um dos conflitos mais antigos e é ocupada por Israel desde o fim da década de 60. O tráfego de veículos e pedestres é controlado por câmeras de vigilância espalhadas pelas ruas, inclusive onde estão localizados os 800 assentamentos judeus. Além das discussões sobre o controle do território, existe também uma discussão política sobre a forma de explicar aos estrangeiros o funcionamento da cidade.
Por conta disso, um grupo de ex-combatentes do exército israelense com pensamentos de esquerda, denominados Breaking the Silence (quebrando o silêncio, em tradução livre), organiza tours pela região com o intuito de mostrar as restrições enfrentadas cotidianamente pelos 200 mil palestinos. Pela ala ideológica da direita, o Im Tirtzu critica as posições adotadas pelo governo de Israel e a “propagação do antissemitismo” promovido pela Breaking the Silence.
##RECOMENDA##“Eles são antissionistas” declarou o líder da Im Tirtzu, Matan Peleg. De acordo com ele, o objetivo da organização é denunciar o financiamento que países da União Europeia fazem de palestrantes que discursam contra o governo de Israel. O diretor do Breaking the Silence, Nadav Weiman, disse à Reuters que “o problema é o envio de soldados aos assentamentos” que, segundo ele, junto com os assentados “são sintomas, e não o problema em si”.