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Acompanhamento indispensável durante a gestação, o pré-natal ainda é visto como desnecessário por muiitas mulheres. Mas os números do SisPreNatal, sistema de monitoramento e avaliação da atenção ao pré-natal e ao puerpério dos serviços de saúde a cada gestante e recém-nascido, apontam que em Belém há mais de cinco mil grávidas cadastradas no programa.

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Camila Miranda, especialista em saúde da mulher, falou da importância do acompanhamento durante o período de gestação. “Muitas começam no fim da gestação, já com 38 ou 39 semanas. Algumas moram no interior e não fazem o pré-natal ou iniciam próximo do parto. Começam muito tarde”, disse Camila.

Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), os postos de atendimento de pré-natal estão sendo ampliados. Atualmente, são 70 unidades. “A gente capacita, sempre que pode, os agentes comunitários para dar enfoque à importância do pré-natal. Com fôlderes, impressos, informativos e flywers”, informou Camila.

Para que o pré-natal obtenha sucesso, durante o programa é desenvolvida a conscientização sobre o parto humanizado. As unidades básicas de saúde incentivam a participação de pessoas mais próximas da gestante, como o companheiro. Segundo Camila Miranda, desde 2014 as futuras mães, durante o pré-natal, podem conhecer as maternidades onde terão seu bebê para que se sintam mais acolhidas. “O parto humanizado tem uma série de fatores que vão desde a visita dos pais à maternidade, antes do nascimento do bebê, até a entrada do pai na hora do parto. Isso traz para elas mais conforto e mais segurança. Elas são convidadas a irem ao hospital, com seus familiares, e têm uma série de datas prováveis para realizar essa visita”, declarou a especialista.

Para Camila, o parto humanizado diminui os riscos de morte dos bebês. “O parto humanizado é uma prática obstétrica que diminui os riscos de morte da mãe e do bebê. São incentivados o parto natural e a presença do pai durante este processo, evitando as cesarianas”, disse a enfermeira.

As mulheres com gestação de alto risco podem fazer os acompanhamentos pela Casa da Mulher, que fica na Cidade Velha e é referência no Estado. “Nós temos alguns projetos que consideramos modelos exitosos, em que são estimuladas as boas práticas do parto, que começam desde o grupo de gestantes. São feitos exercícios com uma bola para a dilatação do cólon e outras atividades”, detalhou Camila.

Para prevenir a microcefalia são distribuídos para as gestantes durante o pré-natal dois frascos repelentes por mês. “A distribuição desse repelente começou ano passado, entre outubro e novembro, durante o período chuvoso. São garantidos para as gestantes de 23 a 26 exames, dependendo da necessidade. De todas as sorologias (sorologia é um tipo de exame de sangue que é processado de uma forma diferente e que detecta vírus e bactérias), a sífilis é a doença mais comum entre as gestantes, que geralmente só é descoberta durante a gravidez. Oferecemos também os exames mais básicos, porém não menos importantes, como urina e vários outros”, afirmou Camila.

Para as futuras mães, um bom atendimento é essencial durante o período de gestação. “Meu pré-natal começou recentemente. Comecei a fazer agora. É a minha primeira consulta, pelo SUS. Não tenho nada a reclamar. Desde a ginecologia, enfermagem, nutrição, peso, medida, em todas as consultas eu estou sendo bem atendida. O que eu espero do pré-natal é que todos os acompanhamentos tenham um bom resultado para a minha gestação. Para que o meu filho nasça saudável vou precisar tomar medicamentos, vitaminas e é isso que espero do meu pré-natal: bom atendimento”, disse a dona de casa Michele Damasceno, gestante de 3 meses.

No início da gestação, como forma de incentivo ao pré-natal, são disponibilizados nas unidades de saúde kits de teste de gravidez para quem suspeita estar grávida, que podem ser entregues a qualquer familiar da gestante. O teste pode ser feito em casa. “A etapa principal é a mulher diagnosticar a gravidez o mais breve possível. Para nós, o mais breve possível é menos de 12 semanas”, concluiu a especialista.

 Por Rosiane Rodrigues, Cleo Tavares, Nathalia Lavoura e Jesiel Farias. 

 

Em alusão ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, comemorado no último 18 de maio, uma exposição de fotos que retrata o dia a dia do paciente psiquiátrico foi realizada na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV). Realização coletiva, a exposição tem 21 fotos que mostram a humanização do trabalho e as vivências dos pacientes.

A terapeuta ocupacional e uma das realizadoras e fotógrafas da exposição Márcia Nunes explicou que o objetivo de realizar a mostra no Dia da Luta Antimanicomial é para relembrar que o trabalho com pacientes psiquiátricos deve ser sempre humanizado. “A gente quer trabalhar com essa aceitação, com a inclusão, não é preciso esconder nada. A gente é contra o manicômio, o retorno dele, a gente é a favor do tratamento e assistência humanizada e é o que nós tentamos fazer no dia a dia”, explicou a terapeuta.

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As fotografias da exposição são registro de vários meses, com colaboração de vários profissionais da ala psiquiátrica, que registram momentos durante as atividades para que os pacientes se sentissem importante, dando um outro olhar para o tratamento da saúde mental. “Como uma foto captura a emoção do momento, a gente queria que eles pudessem reviver aquele momento em uma outra data, e assim eles começam a se sentir importante. Eles não costumam ter fotos em casa e então por que não registrar esse momento aqui?”, contou Márcia.

Uma das visitantes da exposição, Francelia Arruda, mãe de uma das pacientes da clínica psiquiátrica, contou que esse tipo de atividade é muito importante para o tratamento e melhora da sua filha. “Eu achei muito bonito, muito bem organizado, eu acho muito importante ter esse tipo de atividade porque é algo diferente. Eu vejo que alguns pacientes às vezes não querem sair da cama ou do quarto, e os profissionais estão sempre incentivando com esse tipo de atividade”, contou Francelia.

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 O atendimento humanizado vem sendo nos últimos anos um dos principais enfoques do Sistema Único de Saúde (SUS) na saúde brasileira do país. Dentro dessas diretrizes, o parto humanizado é um processo que vem sendo valorizado por profissionais, em que são muito importantes para o nascimento do bebê a presença de acompanhantes, uso da água e terapias.

Durante o III Congresso Multidisciplinar de Saúde, da Universidade da Amazônia (Unama), realizado no último final de semana do mês de abril, a humanização foi a principal temática abordada. A enfermeira e professora Halessa Pimentel ministrou uma oficina sobre métodos não farmacológicos para o alívio da dor do parto. Em vez de usar remédios, os profissionais usam terapias para aliviar a dor da paciente.

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O parto humanizado costuma ser confundido como um “tipo de parto”, quando na verdade ele é um processo que é formado por detalhes que constroem o parto, mesmo se for por cesariana. “Quando falamos em parto humanizado, as pessoas pensam apenas no parto vaginal, fisiológico, mas o parto humanizado também pode ser um parto cesárea. A gente utiliza a massagem e reforça a presença do acompanhante, que é uma figura muito importante nesse processo”, explicou a enfermeira.

No Brasil, desde 2005, a Lei 11.108 incentiva esse tipo de parto como parte das ações do Ministério da Saúde para a melhora dos atendimentos às gestantes e a humanização dos partos no país. No Estado do Pará, há atualmente 11 hospitais “Amigos da Criança”, que possuem a proposta de promoção ao aleitamento materno e incentivo ao parto humanizado. “As técnicas objetivam ensinar e aprimorar os profissionais a entender um pouco dos métodos que a gente pode usar durante o trabalho de parto que não sejam invasivos. Isso qualifica o profissional para uma assistência melhor e humanizada. Então a gente vai estar abordando a utilização da bola suíça para fazer os movimentos, massagens, musicoterapias, cromoterapia”, afirmou Halessa.

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A abertura do III Congresso Multidisciplinar de Saúde, no Hangar, em Belém, na quinta-feira (26), reuniu um grande número de participantes. Até o dia 28, mais de três mil congressistas participam das palestras, oficinas e cursos. Na cerimônia, profissionais da área receberam homenagens espeiciais. Também houve apresentação cultural de alunos e as boas-vindas.

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A palestra de abertura foi proferida pelo reitor da Universidade da Amazônia (Unama), Janguiê Diniz. Ele falou sobre o tema “Superando adversidades para transformar sonhos em realidade”.

A vice-reitora da Unama, Betânia Fidalgo, disse que debater o tema do congresso - "Humanização em Saúde: Desafios e os novos cenários - é importante para sociedade. “O III Congresso de Saúde tem um tema de humanização e discutir com o profissional da saúde sobre as diversas áreas da humanização é um dos pontos que fazem com que o congresso seja um sucesso”, disse.

O reitor Janguiê Diniz comentou sobre a palestra que apresentou e que tinha como tema empreendedorismo com sucesso. “Resolvi trazer para o público presente um tema que agrada a todos, que é a superação de adversidades para transformações de sonhos em realidades, de temas motivacionais para as pessoas que querem empreender”, explicou.

Felix Ferreira é estudante de Fisioterapia e disse que a sua expectativa para o congresso é de adquirir muito conhecimento. “O congresso é muito importante para qualquer acadêmico ou profissional, porque abrange vários assuntos necessários para a vida profissional. Tenho certeza que vou aprender muito”, disse.

O III Congresso Multidisciplinar da Saúde começou na última quinta-feira (26) e segue até sábado (28), no Hangar.  A programação contará com palestrantes de todo o Brasil para debate entre os congressistas.

O III Congresso Multidisciplinar de Saúde, que será realizado pela Universidade da Amazônia (Unama), ocorrerá nos dias 26 a 28 de abril, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia. O tema deste ano é “A humanização e os novos desafios da área da saúde”. A programação contará com palestrantes de todo o Brasil para agregar ainda mais conhecimento aos participantes. Veja a programação aqui.

O diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Unama, professor Wagner Muniz, diz que eventos como o congresso podem acrescentar bastante ao Currículo Lattes, que é um dos requisitos considerados importantes em entrevista de emprego. “O interesse em debater assuntos da atualidade e participar de um evento como este é muito bem visto pela academia e mercado, mostrando que o profissional está sempre em busca de mais conhecimento e oportunidades”, contou.

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Primeiros socorros no esporte, simulação realística no cuidado ao paciente traumatizado, humanização do parto e nascimento, obesidade nos dias atuais são algumas das conferências da programação. Os participantes poderão apresentar trabalhos científicos no evento e as inscrições para participar do congresso estão abertas e podem ser feitas aqui (http://sereduc.com/RDgXMT).

De exames de imagens a testes genéticos precisos. Os avanços científicos na Medicina não são poucos. Mas o desafio central continua o mesmo: cuidar do paciente, o que significa, além de diagnóstico e tratamento, proporcionar bem-estar e autonomia. Ligada a uma tradição tecnicista, a Medicina se volta agora para a humanização, e especializações na área tentam dar conta da necessidade de treinar o olhar e os ouvidos dos médicos para compreender a pessoa que está por trás da doença.

Cursos de pós ligados à humanização preenchem as lacunas que ainda existem na graduação, dizem especialistas. A médica Priscilla Fiorelli, de 29 anos, conta que não teve, durante o curso de Medicina, disciplinas voltadas para a humanização. "A única que chegava mais perto era a de Psicologia. Mas desde que entrei na Medicina sempre quis seguir o paciente a longo prazo."

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Priscilla buscou o curso de Bases da Medicina Integrativa, no Albert Einstein, pioneiro no Brasil. "A proposta é ter uma abordagem voltada para a pessoa. O foco é no bem-estar global - físico, emocional, social e espiritual -, por meio do cuidado próprio e da autonomia, na possibilidade de o paciente participar", diz a coordenadora do curso Denise Tiemi Noguchi.

Na formação, os alunos aprendem, além dos tratamentos convencionais, a indicar outros tipos de terapias como ioga e meditação. Para isso, têm, na grade da pós, oficinas. "Eles têm 16 horas de aula de ioga, por exemplo. Se o profissional não experimentar, como vai poder indicar?", explica Denise Tiemi.

Para Priscilla, conhecer as possibilidades ajuda na atuação profissional. "Na prática agora, uso a meditação junto da acupuntura. Vi que uma potencializa a outra", conta a médica, especializada em Clínica Geral. Os atendimentos em seu consultório, diz ela, duram de uma a duas horas. "Não tem consulta de 15 minutos."

Diálogo

Outro foco da Medicina que se propõe a ser mais humanizada é melhorar a comunicação dos profissionais da saúde com os pacientes e a família. Para isso, assim como alunos do curso de Medicina Integrativa, estudantes de outras pós do Einstein passam por um centro de simulação, em que treinam como abordar o paciente. "Dividimos os alunos em grupos pequenos e um deles interage em tempo real com um ator. Depois, a gente discute e revê como foi a comunicação, o que deu certo e quais foram as dificuldades", diz Thomaz Bittencourt, médico do Centro de Simulação Realística do Albert Einstein.

Para a psicóloga Ana Merzel, comunicar más notícias aos pacientes e seus familiares é prática comum a muitos profissionais de saúde, mas nem todos têm formação para isso e acabam fazendo de forma pouco cuidadosa. "O profissional fala de uma maneira que o paciente não consegue entender e, com isso, encerra a conversa bem rapidinho", explica Ana, que coordena o curso de atualização em Comunicação de Más Notícias, do Hospital Albert Einstein.

A formação inclui a discussão de casos reais entre os alunos e até atividades sobre linguagem. "A forma como a gente fala é importante porque pode criar uma comunicação dúbia", explica Ana. O curso, mais curto do que uma pós-graduação, pode ser feito presencialmente ou a distância e atrai estudantes de diferentes especialidades.

Gestão

Além de conhecer os conceitos do atendimento mais humanizado, um desafio é colocá-los em prática e torná-los uma política nos serviços de saúde. A questão é assunto do curso de pós-graduação em Gestão da Humanização em Serviços de Saúde, oferecido pela Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Na especialização, os alunos discutem como tornar a gestão dos serviços de saúde mais participativa - envolvendo, além dos profissionais, a visão dos próprios pacientes sobre o atendimento. Também desenvolvem ferramentas de gestão, como indicadores para avaliar as ações de humanização na área onde atuam.

Para a ginecologista Lisandra Stein, que fez a pós, a formação dá base para a atuação profissional. "O que mais me chamou a atenção foi a possibilidade de embasar a integração da humanização no atendimento do dia a dia", diz ela, que coordena os grupos de Cirurgia Fetal e de Atendimento Integral à Gestante de Fetos com Malformação do Hospital das Clínicas.

Aprender sobre indicadores de humanização, segundo ela, também é essencial. "Transmitir essa informação do atendimento para uma quantificação que faça sentido para o gestor do hospital é um desafio e é muito importante. É implementar uma ação e avaliar de que forma isso se relaciona com a satisfação dos pacientes."

O curso, com aulas a distância e encontros presenciais, já recebeu alunos de várias partes do País e tem previsão de voltar a ser ofertado no ano que vem.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Clementino Fraga implantou a musicoterapia individual nos leitos da UTI. Com o objetivo de complementar o tratamento, buscando a restauração do equilíbrio, bem estar e a consciência no processo saúde-doença, foram instaladas mini caixas de som próximo aos leitos dos pacientes.

Por se tratar de um setor que atende pacientes críticos, a assistência na UTI acaba se tornando mecanizada e a musicoterapia, por ser uma técnica mais humanizada, permite o envolvimento dos familiares, pacientes e profissionais de saúde. "A musicoterapia é mais um instrumento de humanização da assistência de enfermagem a pacientes hospitalizados em ambientes de tratamento intensivo. O cuidado em unidades críticas é sempre um ato de amor, no qual estão inseridos a motivação, o compromisso, a postura, a ética e a moral, características pessoais, familiares e sociais. Dessa forma percebe-se que a assistência humanizada vai além de cuidados com a enfermidade", enfatizou a diretora-geral do CHCF, Adriana Teixeira.

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A musicoterapia é uma modalidade que usa a música como tratamento coadjuvante, não medicamentoso, para atender às necessidades físicas, emocionais, cognitivas, sociais e espirituais dos indivíduos. O tratamento busca promover o bem estar, gerenciar o estresse, aliviar a dor, promover reabilitação física, entre outros benefícios.

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