Tópicos | igrejas evangélicas

O primeiro domingo, após as igrejas serem classificadas como serviço essencial durante a pandemia da Covid-19 em Pernambuco, foi de templos lotados, com os fiéis desrespeitando as determinações de convivência do Governo de Pernambuco.

Na entrada da Igreja Assembléia de Deus localizada na área central do Recife, dois homens eram responsáveis pela aferição da temperatura e pela higienização das mãos do público e a entrada só era permitida com o uso da máscara de proteção. 

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No entanto, a redução do número de pessoas no local e a proibição de aglomeração não foram respeitadas. Nos bancos ainda tinha a marcação de distanciamento, mas nem isso foi respeitado no templo central da Assembléia de Deus, que tem capacidade para 5 mil fiéis sentados.

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A igreja estava lotada de ponta a ponta. O único local que não tinha muita gente era o palco, onde os pastores se revezavam para pregar. No coral e na banda da igreja, o distanciamento só era do microfone na hora da cantoria. 

Na igreja Universal e Internacional da Graça de Deus, ambas do Centro do Recife, o público era tímido e não chegou a registrar aglomeração - pelo menos no horário em que o LeiaJá fez a visita. Na Universal, uma pessoa era responsável por aferir a temperatura e higienizar as mãos do público que chegava. Já na igreja da Graça de Deus, totens com álcool em gel foram colocados nas portas do templo. 

Em nenhuma dessas igrejas havia cadeiras interditadas para que o distanciamento social fosse respeitado, facilitando com que as pessoas se aglomerassem para ouvir as pregações.

Uma outra igreja visitada pelo LeiaJá foi a Assembléia de Deus ministério Novas de Paz, também na área central do Recife. Neste local também não houve o respeito às determinações do Governo de Pernambuco - apenas a aferição da temperatura dos fiéis e a exigência do uso da máscara foram cumpridos.

Com a quantidade de pessoas reunidas, a aglomeração era quase que impossível de se evitar. No palco, todos os pastores e cantores dividiam o mesmo microfone, se abraçavam e apertavam as mãos na hora do cumprimento. No local também não era difícil achar pessoas que faziam questão de não usar devidamente a máscara de proteção.

Todos os templos estão obrigados a encerrar o culto, aos fins de semana e feriados, às 18h. Sendo assim, aglomerações também foram registradas nas paradas de ônibus próximas aos templos, com os fiéis esperando os ônibus.

José Irineu da Silva, de 57 anos, visitou a Universal neste domingo (16), e afirmou que prefere ir presencialmente ao templo porque sente mais a presença de Deus. “É muito diferente você assistir ao culto pela internet e você ir para a igreja. Eu mesmo, prefiro dar glória a Deus aqui (presencialmente)”, aponta.

Uma moradora de rua, que não quis ter o nome revelado, visitou o ministério Novas de Paz por não ter uma tv ou um celular para assistir a pregação. “Eu moro na rua e sempre que posso vou à igreja para escutar a palavra de Deus. Algumas vezes eu escuto a pregação pelo rádio e ouvi que o governo tinha autorizado a volta da igreja. Aí resolvi vir com a minha filha hoje, pedir ajuda e agradecer”, revelou.

Serviço Essencial

As igrejas e templos religiosos passaram a ser considerados serviços essenciais em Pernambuco após o Governador Paulo Câmara sancionar, na última segunda-feira (10), a lei que garante a realização dessas atividades durante a pandemia da Covid-19. 

No entanto, as cerimônias estão permitidas desde que sejam realizadas sem aglomeração de fiéis e respeitando 30% da capacidade de ocupação e limite de 100 pessoas. Essas atividades podem ocorrer das 5h às 20h, de segunda a sexta-feira, e das 5h às 18h nos fins de semana e feriados. 

Em caso de situações excepcionais, devidamente justificadas, o Poder Executivo estadual poderá determinar, por meio de decreto, restrições às atividades presenciais religiosas.

Um dos expoentes da bancada evangélica no Congresso Nacional, o deputado Marco Feliciano (Republicanos-SP) confirmou em postagem no Twitter que o presidente Jair Bolsonaro "exigiu" a análise de dívidas de igrejas com a Receita Federal. Ele garante, no entanto, que essa avaliação seria feita "à luz da lei".

Feliciano criticou e chamou de "mentirosa" reportagem do Estadão/Broadcast que mostra que Bolsonaro pressiona a Receita Federal a encontrar uma solução para dívidas milionárias acumuladas pelas igrejas devido à aplicação de multas pelo Fisco. Em nota, o deputado afirmou que é "obrigação" do presidente da República requerer que a Receita analise "à luz da lei" a situação de um segmento que representa 30% da sociedade brasileira. Segundo ele, o pedido vem sendo feito desde o governo do ex-presidente Michel Temer e tem o apoio da Igreja Católica.

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Fontes do governo ouvidas sob condição de anonimato, disse que o presidente já ordenou à equipe econômica "resolver o assunto", mas a queda de braço continua por resistência da pasta. Eventual perdão das dívidas traria prejuízo às contas públicas. Na segunda-feira, Bolsonaro recebeu a portas fechadas, no Palácio do Planalto, o deputado federal David Soares, filho do missionário R. R. Soares, e o secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto. R. R. Soares fundou a Igreja Internacional da Graça de Deus, que acumula R$ 144 milhões em débitos inscritos na Dívida Ativa da União - terceira maior dívida numa lista de instituições religiosas que devem R$ 1,6 bilhão. A mesma igreja ainda tem outros dois processos em curso no Carf, tribunal administrativo da Receita, que envolvem autuações de R$ 44 milhões.

Feliciano compartilhou a capa do jornal O Estado de S. Paulo e escreveu: "Pres. (presidente) apenas exigiu análise à luz da lei. Nos 13 anos do PT, a Igreja foi perseguida, com imposição de multas milionárias pela Receita sem base legal".

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a cúpula da Receita buscou internamente colocar panos quentes na revelação feita pela reportagem, diante do temor de auditores de uma interferência política do presidente no órgão. A mensagem transmitida pelo comando do Fisco é que Tostes Neto apenas explicou a legislação aplicada no caso das igrejas. Mesmo assim, a simples presença do secretário em uma reunião entre o presidente e alguém ligado a uma igreja fiscalizada e autuada já denota uma pressão indevida sobre o órgão.

A preocupação dos auditores é com o risco de uma ordem de Bolsonaro resultar em mudança de orientação nas fiscalizações realizadas "na ponta".

Ingerências

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) reagiu à pressão do presidente e pediu proteção institucional ao órgão contra "ingerências e arbitrariedades políticas".

Para o sindicato, a investida contra a Receita "é ainda mais grave" por vir na sequência de tentativas de ingerência na Polícia Federal. O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito para apurar as acusações do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, de que Bolsonaro queria acesso a relatórios sigilosos de inteligência da PF. Tanto o presidente quanto o ex-ministro são alvo da apuração.

"O caso é exemplo da necessidade de revestir órgãos de Estado, como a Receita Federal, de urgente proteção institucional", diz a nota.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o anunciado cancelamento do ‘Pânico na Band’,  vaga ocupada pelo humorístico na grade da emissora está em aberto para o ano que vem. De acordo com o colunista Ricardo Feltrin, ainda não há nada certo para preencher o horário do programa, mas algumas igrejas têm demonstrado interesse em conquistar esse espaço na programação.

Representantes dos evangélicos como a Internacional da Graça, a Mundial e outras menores estariam fazendo ofertas para os domingos a noite da Band no ano que vem. A Internacional, por sua vez, já possui um  espaço na grade da emissora, e disponibiliza de 60 minutos diários no horário nobre do canal.

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Além das igrejas, vem sido discutida também a ideia de uma atração para o humorista Carioca (Márvio Lúcio), que contaria com a presença de youtubers. Outra sugestão citada, segundo o UOL, foi de preencher o horário com documentários da BBC ou conteúdo do New York Times, o qual, atualmente, é utilizado na Bandnews. 

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