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A notícia de que o presidente Michel Temer (PMDB) foi gravado por um dos donos da JBS, Joesley Batista, dando aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha repercutiu na imprensa internacional.

O Clarín, da Argentina, lembra que Cunha comandou todo o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff e que conduziu a queda da petista com "grande respaldo da grande maioria da Câmara dos Deputados". O jornal observa que, no PMDB, Cunha gozava de forte influência e "conhecia em detalhes as tramoias dos principais chefes políticos desse núcleo partidário".

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O também argentino La Nación classificou a notícia como uma "fortíssima bomba política" que ameaça o governo Temer um ano após o "polêmico impeachment" de Dilma. O periódico observa que tais denúncias contra Temer coloca o presidente em uma situação jurídica "delicada", uma vez que os supostos crimes teriam ocorrido no exercício de seu mandato.

Já o El País do Uruguai destacou a frase "tem que manter isso", dita por Temer na conversa com a JBS, referindo-se a uma mesada que Cunha estava recebendo. A publicação ainda deu espaço para um ato falho cometido pelo âncora do Jornal Nacional, William Bonner, que chamou Temer de "ex-presidente".

O português Público apontou o "tempo recorde" em que a delação premiada da JBS foi negociada, se comparada com os dez meses de negociação no caso da Odebrecht e da OAS.

Na manhã desta sexta-feira (28), a mídia internacional deu destaque para a greve geral convocada por centrais sindicais, movimentos sociais brasileiros e partidos de oposição ao governo de Michel Temer. Os protestos são contra duas propostas do governo federal, a reforma da Previdência e a Trabalhista, essa última aprovada na Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (26).

A rede britânica BBC publicou em seu site que o Brasil foi atingido pela primeira greve geral em mais de duas décadas e manifestantes já bloqueiam vias de várias cidades, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. O jornal também destacou o avanço do projeto de lei do Congresso, que tenta enfraquecer conquistas trabalhistas. 

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O espanhol El País disse que a greve desafia o governo brasileiro e que os sindicatos conseguiram até o apoio da Igreja para o movimento grevista desta sexta-feira. O periódico também repercutiu a baixa popularidade de Michel Temer e suas apostas em reformas trabalhistas.

O The Guardian noticiou que as escolas, hospitais e sistemas de transporte do país deverão ser paralisados ​​por uma greve geral contra as reformas da previdência social. O jornal também destacou uma entrevista com Fernando Limongi, cientista político da Universidade de São Paulo. "Se não podemos confiar no governo, por que devemos confiar em sua mensagem de que essa reforma é inevitável?", questionou o pesquisador.

Já o americano The Washington Post citou o uso de gases lacrimogêneos pela polícia para retirar manifestantes das proximidades do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Segundo o periódico, a economia brasileira está em profunda recessão e muitos brasileiros estão frustrados com o governo de Temer. 

A notícia publicada no site do jornal também diz que o governo federal aprova as mudanças propostas e diz que os benefícios serão ao longo prazo. "Mas com tantos sem trabalho, muitos não aprovam os cortes em seus benefícios", conforme tradução do site oficial do Washington Post.

O caso da adolescente de 16 anos estuprada no Rio de Janeiro que teve imagens suas publicadas nas redes sociais no Rio de Janeiro continua sendo destaque na imprensa internacional nesta segunda-feira (30).

O New York Times noticiou quando um dos suspeitos do estupro foi detido e disse que o caso trouxe "indignação generalizada e pedidos para que o governo federal combata crimes contra as mulheres".

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A rede britânica BBC News afirmou que a divulgação do vídeo "chocou o Brasil" e reportou uma série de protestos que foram realizados em repúdio à violência contra a mulher.

O canadense The Globe and Mail registrou a busca dos policiais pelos criminosos durante o fim de semana, destacando que "70 policiais usaram helicópteros, diversos veículos e cães treinados para entrar nas favelas".

O indiano Times of India destacou que a reação de um "país em crise" ao ataque sexual que "balançou a maior nação da América Latina" e "chamou a atenção para o problema endêmico da violência contra a mulher". Afirmou ainda que o Brasil, um país "conservador, de maioria católica entre os 200 milhões de habitantes, tem lutado muito para coibir a violência contra a mulher".

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (19) que o Brasil tem um “veio golpista adormecido” e que não houve um presidente após a redemocratização do país que não tenha tido um processo de impedimento no Congresso Nacional.

“Se nós acompanharmos a trajetória dos presidentes no meu país no regime presidencialista a partir de Getúlio Vargas, nós vamos ver que o impeachment sistematicamente se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos. Tenho certeza que não houve um único presidente depois da redemocratização do país que não tenha tido processos de impedimento no Congresso Nacional. Todos tiveram”, afirmou Dilma, em entrevista a veículos estrangeiros no Palácio do Planalto.

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Dilma também ressaltou que se crise econômica fosse argumento “para tirar presidente da República não teria um único presidente da República nos países desenvolvidos que sobrevivesse à profunda crise econômica com desemprego”. Para ela, não é por causa da crise econômica que está ocorrendo a crise política.

A presidenta destacou que a crise atual está acontecendo pelo fato de a eleição de 2014 ter sido vencida por uma margem estreita, de pouco mais de 3 milhões de votos. A petista recebeu 54 milhões de votos. “Essa eleição perdida por essa margem tornou no Brasil a oposição derrotada bastante reativa a essa vitória e por isso começaram um processo de desestabilização do meu mandato desde o início dele. Este meu segundo mandato, há 15 meses, tem o signo da desestabilização política”, afirmou.

Os deputados aprovaram neste domingo (17), por 367 votos a favor e 137 contra, o prosseguimento do processo de impeachment contra a presidenta Dilma. Em uma entrevista concedida à imprensa ontem (18), Dilma disse se sentir indignada e injustiçada com a decisão da Câmara dos Deputados.

Se a admissibilidade do afastamento for aprovada também pelos senadores, a presidenta será afastada do cargo por até 180 dias, enquanto o Senado analisa o processo em si e define se Dilma terá o mandato cassado.

As manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff no Brasil foram noticiadas com destaque pela imprensa internacional neste domingo. Os sites de notícias salientaram as dimensões dos protestos e a fragilidade em que se encontra o governo brasileiro diante dos casos de corrupção investigados na Operação Lava Jato.

De acordo com o site do jornal britânico The Guardian, os atos aumentam as dúvidas sobre a capacidade da petista completar os quatro anos de mandato, em reflexo à "frustração" manifestada nas ruas e em um momento econômico que o jornal classifica como "a pior recessão do século".

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Nos Estados Unidos, o Washington Post destacou que o número de manifestantes deste domingo superou o das Diretas Já, afirmando que os atos aumentam a pressão sobre "o combalido governo Dilma, enquanto ela sofre para se manter no poder menos de 18 meses após sua reeleição". O jornal também aborda o fato de a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter inflamado os movimentos e disse que ele foi "formidavelmente popular" durante seus mandatos.

O francês Le Monde destacou a fala da presidente Dilma, que disse na sexta-feira que não há motivos para renúncia e que ficaria orgulhosa de ter Lula como um de seus ministros. O jornal também abordou a condução coercitiva do ex-presidente, classificando-a como "humilhante".

O jornal argentino Clarín observou que estas foram "as primeiras manifestações apoiadas por partidos da oposição de forma explícita", enquanto o espanhol El País ressaltou as demandas dos manifestantes pela prisão de Lula e pelo fim da corrupção, dizendo que os movimentos foram as manifestações mais "massivas" da democracia brasileira.

O El país também comparou as manifestações deste domingo com os atos contra o aumento da tarifa de transporte em 2013, notando que, à época, os manifestantes exigiam melhorias na qualidade da educação e do transporte público, enquanto os últimos movimentos têm como foco a saída do PT do poder.

Já o portal da rede de TV árabe Al Jazira abordou o caráter pacífico dos atos deste domingo, além das tímidas manifestações em defesa do governo petista observadas nas regiões periféricas de São Paulo.

A crise no sistema carcerário do Maranhão repercutiu negativamente nos últimos dias na imprensa internacional. Em veículos dos Estados Unidos, do Reino Unido, da Espanha e Argentina, a situação é considerada desumana.

Para os especialistas ouvidos pela emissora pública britânica BBC, as medidas tomadas pelas autoridades brasileiras em relação à crise – como a transferência de detentos e o controle das unidades pela Polícia Militar (PM) – são paliativas. No material da BBC, é sugerida a possibilidade da construção de presídios menores para que haja a separação de facções em diferentes unidades.

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No caso da transferência, entende-se que o contato entre detentos de diversas facções pode agravar o problema, por meio da troca e da disseminação de técnicas de organização criminosa. Sobre a atuação da PM, a intervenção não resolveria o problema de forma estrutural, cujo gargalo é a falta de investimento.

A BBC ainda menciona a preocupação manifestada nessa terça-feira (7) pela organização não governamental Anistia Internacional sobre os problemas no sistema penitenciário do estado e a medida cautelar decretada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em dezembro de 2013, sobre a superlotação dos presídios maranhenses.

O canal norte-americano CNN cita um caso denunciado pelo juiz brasileiro Douglas Martins que visitou Pedrinhas e documentou a violência contra mulheres. Segundo ele, elas são obrigadas a ter relações sexuais com líderes de facções criminosas no interior do presídio.

No jornal espanhol El País, o Maranhão é considerado incapaz de apurar agressões em suas cadeias. A publicação cita a superlotação do Complexo de Pedrinhas – que foi construído para abrigar 1,7 mil pessoas e comporta atualmente mais de 2,5 mil – e informa que o local que deveria ser controlado por agentes penitenciários é dominado por facções criminosas.

O El País diz ainda que, apesar de o caso ser no Maranhão, o problema ilustra "o que ocorre na imensa maioria dos 1.478 presídios do país". O jornal informa que a crise maranhense não é uma novidade no Brasil e que o mesmo presídio já havia passado por uma rebelião em 2010, quando uma inspeção do Conselho Nacional de Justiça alertou para o potencial de crise no estado. A matéria espanhola lembra a medida cautelar expedida pela OEA e o apelo da organização para um presídio em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

A publicação menciona ainda a possibilidade de intervenção federal no estado, avaliada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que recebeu ontem um relatório do governo do Maranhão sobre a situação do sistema carcerário.

Na página do jornal argentino Clarín, uma matéria menciona avaliação de 2011 do CNJ sobre o Complexo de Pedrinhas e a negociação com detentos na distribuição dos presos por pavilhões.

A onda de protestos contra o aumento das tarifas de transporte público, cujo principal confronto aconteceu na noite desta terça-feira, 11, em São Paulo, tem repercussão nos principais veículos de informação do exterior. As imagens de quebra-quebra nas ruas da capital paulista chamaram a atenção fora do País e, nesta quarta-feira, 12, um pequeno grupo de brasileiros protestou em Paris contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o PT.

O "El País", da Espanha, afirma que a intensidade das manifestações surpreende. "O Brasil, pouco acostumado a protestar na rua, desta vez se levantou nas principais cidades do país contra o aumento das passagens do transporte público", afirma a publicação, lembrando que nem mesmo diante de grandes escândalos de corrupção política houve confrontos deste tipo.

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Para o diário espanhol, a classe média brasileira está aplaudindo a atuação das autoridades, que têm pedido uma ação mais enérgica dos policiais contra as manifestações "que estão paralisando o tráfego em cidades que por si mesmas já são supercongestionadas".

A rede norte-americana CNN lembra que o protesto desta terça-feira (11), mesmo debaixo de chuva, foi o mais intenso, e reforça acusações de manifestantes de que a polícia teria começado os atos de violência.

A britânica BBC, de Londres, afirma que as manifestações causam uma saia-justa para algumas cidades, em função da realização da Copa das Confederações. "Os protestos chegam em um momento sensível para o Rio, que está entre as sedes da Copa das Confederações, que começa no sábado", afirma o jornal.

O falecimento do jornalista Ruy Mesquita, diretor de O Estado de S. Paulo, na noite de terça-feira (21), repercute na imprensa de Portugal e da Espanha. Em Lisboa, a emissora de televisão "TVI" informou sobre a morte do jornalista que comandava "o mais antigo jornal da cidade de São Paulo e um dos maiores do Brasil". Também em Portugal, o Jornal de Notícias publicou reportagem em que cita a reação das autoridades brasileiras, como a presidente Dilma Rousseff.

Na Espanha, o jornal ABC publicou reportagem em que lembra que o jornalista liderou a criação do inovador Jornal da Tarde e que, como repórter, Ruy Mesquita foi o responsável pela histórica cobertura dos primeiros meses do governo de Fidel Castro.

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A presidente Dilma Rousseff é capa da próxima edição da revista 'Newsweek' internacional e da edição nacional americana. A revista deve chegar às bancas nesta semana. Com o título 'Don't mess with Dilma' (em tradução literal 'Não mexa com a Dilma'), a reportagem principal aborda o governo, a história política e também a vida pessoal da presidente.

A revista cita detalhadamente o crescimento econômico do Brasil e a participação de Dilma nesse processo de mudanças, iniciado com a gestão Lula. O assunto é endossado pela frase do presidente dos EUA, Barack Obama, quando esteve no Rio de Janeiro em março deste ano, dizendo que o Brasil era o país do futuro. Dilma será a primeira mulher a abrir uma Assembleia Geral da ONU, fato descrito como positivo e influente.

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Na matéria, a presidente afirma saber do potencial brasileiro e pergunta ao repórter da 'Newsweek' se ele sabe qual é a diferença entre o Brasil e o resto do mundo. A própria Dilma responde dizendo que, em nosso País, os instrumentos de controle políticos existentes são fortes o bastante para combater um crescimento mais lento ou até a estagnação da economia mundial - diferente de outros países. Segundo Dilma, o Brasil pode cortar as taxas de juros porque fez empréstimos cautelosos e tem um Banco Central rígido.

A presidente Dilma Rousseff vai receber o prêmio Woodrow Wilson Public Service Award, na próxima terça-feira, 20, em jantar no Hotel Pierre, em Nova York. A premiação também já foi concedida a Lula, em 2009.

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