A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) comentou, nesta sexta-feira (25), a decisão do deputado Jean Wyllys (PSOL) de não assumir o novo mandato na Câmara dos Deputados e deixar o país. Na ótica da petista, a postura do psolista é um sinal de que a “democracia está profundamente ferida”.
“Quando um parlamentar destemido e corajoso como o deputado Jean Wyllys não considera segura sua presença no país, a democracia não está apenas ameaçada, mas profundamente ferida. Confirma os temores do deputado Jean Wyllys o fato de o Presidente da República comemorar sua decisão”, observou a ex-presidente, em publicação no Twitter.
##RECOMENDA##Dilma também aproveitou para alfinetar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao dizer que é “inadmissível” vê-lo comemorar o fato. Além disso, ela lembrou que na campanha, Bolsonaro prometeu exilar e prender seus opositores.
“É terrível que uma autoridade defenda milícias, é estarrecedor que um candidato tenha ameaçado seus opositores com exílio e prisão. Mas é inadmissível que um presidente possa se orgulhar ou comemorar algum desses fatos. Sua missão é respeitar a Constituição, defender a democracia, honrar seu país e dignificar seu cargo”, disparou.
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A postura dela lembra uma publicação feita na rede social do presidente, logo após o anúncio de Jean Wyllys, classificando a quinta-feira (24) como um “grande dia”. Expressão também foi mote de críticas do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
O considerado ‘exílio’ político de Jean foi anunciado após ele sofrer ameaças de morte.