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No sábado (8), as detentas da Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), no Engenho do Meio, Zona Oeste da capital pernambucana, receberão uma homenagem em comemoração ao Dia das Mães, com a distribuição de kits de higiene e chocolates para todas as mães da unidade.

Além disso, a Secretaria Executiva de Ressocialização afirma que as mulheres terão um momento de oração e de palestras, cujos temas serão voltados ao fortalecimento emocional e empoderamento feminino. 

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Na Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima (CPFAL), na Região Metropolitana, foram realizadas, nesta sexta-feira (7), homenagens às servidoras e detentas. Houve apresentação do coral formado por 30 reeducandas que, juntamente com as demais, receberam kits de higiene pessoal. Já as mães servidoras foram presenteadas com rosas de chocolate.

Na Colônia Penal Feminina de Buíque (CPFB), no Agreste, 250 reeducandas receberam, nesta quinta-feira (6), botões de rosas, brindes, kits com materiais de higiene pessoal e máscaras para prevenção da Covid-19. A ação contou com a doação da Fundação Terra e demais parceiros. 

Estudo realizado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio do Programa de Pós-Graduação em Antropologia, constatou que mulheres do sistema prisional alimentam o desejo de trabalhar. Desenvolvida na Penitenciária de Recuperação Feminina Maria Julia Maranhão, no bairro da Mangabeira, em João Pessoa, a pesquisa ainda identificou que o ócio é um dos principais males enfrentados pelas reeducandas.

Uma das explicações para o desejo das detentas de trabalhar é a possibilidade de redução das penas. De acordo com a doutoranda Núbia Guedes, responsável pela pesquisa, as presas grávidas são as que mais reclamam da falta de atividades de trabalho na cadeia.

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Para Núbia, a ausência de atividades, sejam elas educativas ou profissionais, causa prejuízos ao processo de ressocialização. “O ócio intentado pelo Estado é um castigo que não está tipificado no ordenamento jurídico, mas que é de grande eficácia para um Estado punitivo e  para uma sociedade vingativa”, comentou a doutoranda, conforme informações da UFPB.

A pesquisa concluiu que, quando existe trabalho em presídio feminino, poucas mulheres são inclusas e, na maioria das vezes, as atividades são associadas a afazeres domésticos, tais como limpar banheiros e cozinhar. “Estudos indicam que esses tipos de atividades apenas servem para passar o tempo na prisão. Embora não tenham o caráter de ressocialização, é bom para que o tempo passe de forma mais amena”, comenta Núbia.

A pesquisadora traz, porém, um ponto positivo a ser observado na a Penitenciária de Recuperação Feminina Maria Julia Maranhão. No local, é promovido um projeto chamado “Castelo de Bonecas”, em que as participantes produzem bonecas, panos de prato e artigos que são expostos em feiras de artesanato. “É um grande exemplo a ser assimilado, pois é um trabalho que, além de passar o tempo, humaniza a pena e profissionaliza as mulheres reclusas”, destacou a pesquisadora. A iniciativa, no entanto, ainda é embrionária, uma vez que somente 15 mulheres fazem parte da programação. Para a doutoranda, o ideal é que todas as detentas participem da ação.

A Penitenciária Feminina de Teresina-PI implantou, no último domingo (5), visitas virtuais para as detentas na unidade. A ação é inédita no sistema prisional do Piauí e tem o objetivo de fazer as detentas terem contato com seus familiares mesmo durante a pandemia do novo coronavírus.

As conversas são feitas por meio de videoconferência com estrutura disponibilizada pela Secretaria de Estado da Justiça. A medida ocorreu após o secretário prorrogar a suspensão das visitas nos presídios por mais 15 dias para evitar o contágio.

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“Encontramos uma maneira de aproximar as famílias dos detentos, por meio da tecnologia, nesse momento de isolamento social por conta do coronavírus. Iniciamos na Penitenciária Feminina e, nos próximos dias, levaremos essa ferramenta para as demais unidades penais”, comentou o secretário Carlos Edilson.

A Comissão de Direito da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB/MT) desencadeou campanha de arrecadação de absorventes para detentas da Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, e já recebeu mais de 14 mil unidades do material. A primeira entrega será realizada nesta terça, 14, às 16h, no auditório da entidade.

Segundo a OAB, diante da dificuldade de acesso aos materiais de higiene relatada pelas recuperandas a comissão se mobilizou e, durante alguns dias, arrecadou os absorventes por meio de doações de profissionais da advocacia e de outros segmentos da sociedade.

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As detentas relataram que precisam utilizar retalhos dos uniformes, gaze e, às vezes, "até ficam com o sangramento escorrendo pelo corpo durante o período menstrual".

A Ordem informou que a medida "visa assegurar o direito à saúde e à dignidade das mulheres privadas de liberdade". Atualmente, são aproximadamente 180 recuperandas cumprindo pena na Penitenciária Ana Maria do Couto May, na Capital.

A Assessoria de Imprensa da OAB/MT informou que ao longo de cerca de duas semanas, além da mobilização das advogadas e advogados, a campanha contou com o apoio de entidades e das doações realizadas durante o evento "Diálogos sobre a Execução Penal", realizado na última quinta-feira, 9.

Mesmo após esta primeira entrega, as doações poderão continuar sendo realizadas na sede e nas salas de atendimento da OAB-MT em Cuiabá ou nos pontos de coleta organizados pela Comissão de Direito da Mulher.

Fruto de uma pesquisa de quatro anos na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), mais conhecida como Bom Pastor, a exposição fotográfica 'Ovelhas', da fotógrafa e jornalista pernambucana Priscila Urpia, retrata através de um olhar humanizado o dia a dia das reeducandas que vivem na unidade prisional. Depois de ser exibida na própria colônia penal, as fotos agora ficarão expostas na Casa da Cultura Luiz Gonzaga, centro do Recife. A abertura da exposição está marcada para esta quinta-feira (13), às 18h.

A mostra conta com fotos exibidas em 2014 no ensaio ‘As ovelhas’, já na exposição ‘Ovelhas’, além das 24 fotografias, o espectador terá acesso a relatos em áudio de algumas detentas e audiodescrição integral das imagens expostas permitindo o acesso a pessoas com deficiência visual. 

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A exposição tem a curadoria do fotógrafo Elvio Luiz dos Santos e é incentivado pelo Funcultura/Fundarpe, além de contar com o apoio institucional da Secretaria de Ressocialização do Estado de Pernambuco (SERES), Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Governo de Pernambuco, da Fundarpe, e da Casa da Cultura Luiz Gonzaga. Entre as cidades que já receberam ‘Ovelhas’, estão João Pessoa, Taquaritinga do Norte, São Paulo e Olinda.

Serviço

Exposição fotográfica ‘Ovelhas’

14 a 31 de dezembro | Segunda a sexta das 9h às 19h; Sábados das 9h às 18h; Domingos das 9h às 14h

Casa da Cultura Luiz Gonzaga (Rua Floriano Peixoto, 141 - Santo Antônio)

Entrada gratuita

Informações: (81) 3184 3152

A aula inaugural do curso de Agente Comunitário de Saúde, ministrado para detentas da Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima (CPFAL), aconteceu na manhã desta segunda-feira (26). Ao toto, 30 mulheres que recebem a capacitação. Com a participação no curso a pena será reduzida, a cada 12 horas trabalhadas durante três dias será reduzido um dia a menos.

Coordenado pelo Colégio Dom Agostinho Ikas (CODAI), orgão vinculado à UFRPE, as aulas acontecem de segunda a quinta-feira, das 08h30 às 11h30 na CPFAL. A iniciativa faz parte das ações do Programa Mulheres Mil, integrado ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), e visa oferecer a oportunidade de qualificação para retorno ao mercado de trabalho, aliando seus conhecimentos as ações na sua comunidade e família.

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“Criar esse curso no âmbito do sistema prisional é uma ideia fantástica porque além de levar a essas mulheres o conhecimento técnico do programa, é passada a questão do empoderamento feminino e do resgate da cidadania”, explica a professora do CODAI Aurenice Pontes Loio Vaz, coordenadora Adjunta do Pronatec Mulheres Mil.

 

Na grade curricular, módulos que contemplam a compreensão do mapa da vida, pluralidade, português instrumental, matemática básica, direito da mulher, empreendedorismo e formação técnica com conteúdos referentes ao exercício de uma agente comunitário de saúde, cuidados com idosos e cuidados com a criança e adolescente. A carga horária total do curso é de 400 horas. A previsão de conclusão é em novembro de 2018.

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Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) indicar que gestantes, lactantes e mães de crianças de até 12 anos podem ter direito a prisão domiciliar - desde que não tenham sido condenadas ainda-, a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) divulgou nesta quarta-feira (21) que 423 detentas de Pernambuco podem receber o benefício.

De acordo com a Seres, das 415 presas da Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima (CPFAL), na Região Metropolitana do Recife, três têm filhos menores de 12 anos. Não há gestantes ou lactantes nessa unidade. Já na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), maior penitenciária feminina de Pernambuco, das 679 detentas, 328 podem receber o benefício. Dessas, 312 são mães de crianças de até 12 anos, 7 estão amamentando e 9 são gestantes. No Agreste de Estado, a Colônia Penal Feminina de Buíque (CPFB) abriga 106 mulheres detidas que podem se enquadrar no perfil descrito pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 98 têm filhos com a idade citada pelo STF, 2 são lactantes e 6 estão grávidas. 

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Na decisão do STF, há exceções para mulheres que cometeram crimes contra algum filho, que nunca tiveram convívio com a criança e que perderam a guarda do filho. A prisão domiciliar também não é permitida para as detentas que já foram condenadas e cumprem pena. A decisão pode beneficiar até 4.560 mulheres gestantes, lactantes e mães de crianças de até 12 anos presas em todo o país.

As reeducandas da Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), na Zona Oeste do Recife, têm suas pastas carcerárias analisadas desta segunda-feira (29) até a próxima sexta (2). As gestantes estão recebendo a prioridade durante o 1° Mutirão Carcerário de 2018. A análise é uma oportunidade das detentas irem para casa mais cedo, através da concessão de benefício.

O mutirão conta com cinco advogados e três supervisores, todos do Sistema Penitenciário. A previsão é que sejam analisadas todas as pastas carcerárias na colônia, que conta com 680 reeducandas, sendo 11 gestantes.

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No primeiro dia da ação, havia muita expectativa entre as presas. "Só quero sair daqui e colocar minha barraca para vender lanches e galeto e ficar perto dos meus três netos", diz Paula Francisca de Oliveira, de 38 anos, presa há mais de um ano.

"Quero que compreendam a minha situação e que eu possa ficar junto dos meus outros dois filhos", relata Jaciele Gomes de Souza, 24 anos, grávida de cinco meses. Após uma hora e meia do início dos trabalhos, a equipe conseguiu regularizar a situação de seis detentas com a transferência para a Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima, no Grande Recife. Entre os benefícios de execução penal a serem analisados estão: livramento condicional, progressão de regime, remição de pena, prisão domiciliar, indulto e comutação.

Pernambuco é o quarto estado no ranking de presas grávidas e lactantes. Segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os presídios pernambucanos contabilizam 22 gestantes e 13 lactantes.

Com informações da assessoria 

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Elas comemoram por serem "as eleitas" e preparam, entre risos e lágrimas, a recepção que darão ao papa Francisco em janeiro, quando ele visitar a prisão de Santiago, convictas de que o pontífice argentino transmitirá a paz de que precisam.

O Centro Penitenciário Feminino de San Joaquín, onde 620 detentas cumprem suas penas, será a primeira prisão feminina que o papa Francisco visitará.

Nos presídios do Chile e do mundo estão "as mulheres mais pobres, as que foram excluídas de família, educação, saúde. Elas chegam às prisões porque as que têm um bom advogado não são presas", por isso é tão reconfortante que Francisco as visite, diz à AFP a freira Nelly León, que há 13 anos está à frente da coordenação da atividade pastoral nesta prisão.

Privadas de liberdade estão "as mais pobres entre as pobres", acrescenta a religiosa, que conta que durante seus anos de trabalho no presídio feminino de Santiago ouviu "milhares de histórias de dor, de angústia, de desesperança".

Neste lugar, em volta de um presépio montado pela metade sobre o altar da capela construída no interior desta penitenciária se concentra a maior parte dos preparativos para a ilustre visita.

"Olhar o seu olhar, que te dê essa paz. Estou orgulhosa, contente, ansiosa e sei que todas nós vamos chorar quando virmos o Papa", diz à AFP Viviana Berríos.

Com a ajuda das religiosas, reclusas com bom comportamento preparam há meses a visita. Elaboram cruzes e pequenas pulseiras coloridas que, após serem benzidas pelo Papa, serão distribuídas em todos os presídios de mulheres do país, a cerca de 3.900 detentas.

Francisco chegará a Santiago no próximo 15 de janeiro, e após visitar vários pontos da capital chilena e as cidades de Temuco (sul) e Iquique (norte), partirá para o Peru.

"Carinha feliz"

"É muito lindo o que está por vir, vai marcar muito a minha vida", diz Stefanie Salas, de 24 anos, presa por narcotráfico.

Stefanie valoriza suas conquistas dentro da prisão, como ter concluído o ensino médio, mas reconhece a dor que a falta de liberdade lhe provoca.

No presídio há amplas áreas comuns e uma longa lista de oficinas onde detentas trabalham para empresas em troca de um salário mínimo. Nestes espaços transitam sem uniformes as reclusas que mostram "bom comportamento".

Música latina e risadas estridentes são a trilha sonora destes corredores, um clima festivo que só é perturbado por guardas que vigiam o perímetro e intermináveis corredores delimitados por grades que levam a setores sem acesso a visitas, onde ficam as presas mais conflitivas.

A metros da paróquia, a padaria da prisão reúne outro grupo de reclusas que transformaram a cozinha em um oásis. Lá, Ana Herrera, que aos 47 anos cumpre sua segunda sentença por narcotráfico, diz estar "feliz de que Francisco tenha escolhido este lugar".

O Papa "me traz alegria. Ele tem uma carinha feliz, não é como João Paulo II, que tinha uma tristeza na cara. Os argentinos são assim, alegres!", diz. Ana lembra que aos 17 anos viu João Paulo II, quando o Pontífice visitou o Chile, em 1987, durante a ditadura de Augusto Pinochet. Desde aquele momento, sonha com que um papa a benza.

"Desde que estou neste lugar, perdi minha mãe, e há dois meses perdi o meu filho, e sei que ele vai me dar a sua paz e meu coração vai descansar tranquilo".

Na manhã desta terça-feira (14), foi inaugurada a Padaria Escola da Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima (CPFAL). A iniciativa está sendo implantada pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), por meio da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) e do Patronato Penitenciário, com objetivo de capacitar as reeducandas para o mercado de trabalho. No projeto, as mulheres participarão de um curso com aulas teóricas e práticas sobre panificação e pastelaria. 

A primeira turma será formada com 20 reeducandas, que já desenvolvem atividades na cozinha da unidade. As aulas serão ministradas pelo professor do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), João Lima. Após esta primeira formação, nas próximas etapas serão as próprias detentas (já capacitadas) que repassarão as técnincas de fabricação de pães e bolos para as outras.

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Ao final do curso, as participantes ainda receberão um certificado. A empresa suíça Advent-Stiftung, ligada a Igreja Adventista, e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) são parceiras do projeto. Inclusive, a UFPE doou todo o maquinário para a realização do curso, como forno, freezers, batedeira, armários para fermentação, entre outros materiais. Os investimentos foram na ordem de R$ 25 mil.

O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta quarta-feira (11), que comemoração do réveillon registrada na Colônia Penal Feminina do Recife é constrangedora e inadmissível. Durante a festa, segundo o vídeo que capta o momento, as presidiárias bebem, dançam e usam drogas dentro da unidade prisional. Segundo o socialista, a gestão vai identificar e punir os responsáveis por facilitar a realização do evento.

"Essa situação sempre constrange e a gente não vai admitir. As sindicâncias estão abertas, a gente vai apurar tudo. Sabemos das fragilidades do setor prisional, melhoramos um pouco em relação aos últimos anos, mas tem muito o que fazer", reconheceu. 

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De acordo com o governador, a prática dos servidores estaduais de facilitarem a entrada de elementos proibidos nos presídios também já é da ciência da gestão. "Agora, medidas como essas serão devidamente punidas, os autores identificados e os facilitadores também", completou.

Apesar do episódio, Paulo Câmara também disso que desde o início da sua gestão, quando a crise penitenciária no estado ficou em evidência, há uma preocupação permanente com o setor. "Desde janeiro de 2015, quando tivemos um caso de rebelião no estado, temos um comitê que se repune semanalmente para avaliar a situação dos presídios e nunca descansamos", salientou.

O vídeo que exibe a festa, divulgado pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários nessa terça (10), mostra as presas circulando livremente no corredor da unidade, ouvindo música, pousando para fotos e dividindo drogas em um prato. Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, nove detentas que aparecem na filmagem já foram identificadas.

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Detentas da Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio, na Zona Oeste do Recife, gravaram um vídeo mostrando uma festa improvisada com direito a álcool, drogas e selfies. De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sindasp-PE), as imagens foram feitas durante a comemoração do réveillon deste ano. Na filmagem, é possível perceber que as presas circulam livremente no corredor da unidade prisional, ouvem música e pousam para fotos. 

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Em um trecho do vídeo, a detenta que está filmando chama um grupo de 'bonde do prato', em referência ao livre consumo de drogas com a ajuda do recipiente. Em outro momento, uma detenta aparece cheirando um pó branco semelhante à cocaína. Durante a gravação, elas também exibem supostos cigarros de maconha. 

O vídeo divulgado pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários teve autenticidade confirmada pelo governo do Estado. Um inquérito para investigar o caso já foi aberto. Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, a gravação não foi feita na virada do ano, mas sim para celebrar o aniversário de uma detenta. Em entrevista ao Portal LeiaJá, o secretário informou que nove detentas já foram identificadas e colocadas em 'isolamento' para responder um procedimento administrativo disciplinar. 

"Elas vão cumprir pena disciplinar e ficar dez dias isoladas. Posteriormente, vão responder por essa prática criminosa e podem perder o direito de diminuir o tempo de prisão, a ida para um regime semi-aberto e outras vantagens que poderiam ter", explicou Pedro Eurico.

O secretário disse que o mais importante é saber como a droga e os celulares entraram na unidade prisional. "Nós não compactuamos com armas de fogo, armas brancas ou drogas dentro do presídio. Existem muitas facilitações para esse tipo de crime no país inteiro e vamos investigar", completou. Eurico não confirmou se o pó branco no vídeo era cocaína. 

Atualmente, a Colônia Penal Feminina do Recife tem capacidade para 230 detentas e comporta 690 presas. Eurico informou que mais dois presídios estão sendo construídos no Completo Prisional de Araçoiaba. "O prazo de entrega é ao longo do ano de 2018", disse. 

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos também informou que o governo federal está cedendo mais recursos para o investimento em fiscalizações nos presídios. 

Na manhã desta terça-feira (29), as detentas da Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR) receberam uma ação de saúde e bem estar, fruto de uma parceria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, por meio da Executiva de Ressocialização (Seres), e a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pernambuco. As reeducandas também contaram com a apresentação do coral da OAB Ariano Suassuna.

Além das canções de frevo e MPB, as detentas receberam integrantes dos grupos Arte de Viver e Além das Grades que realizaram sessões de meditação. Outra atividade foi um bate papo sobre a importância da respiração e sua relação com as emoções. Os cuidados com a saúde também fizeram parte da programação. De acordo com a Seres, durante todo o dia estará disponível, no pátio interno, uma unidade móvel com o intuito de levar às reeducandas procedimentos de prevenção em odontologia como remoção de tártaro, técnicas de escovação, além de orientações básicas em saúde bucal. 

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Como parte ainda do roteiro para este dia, visando orientar e esclarecer dúvidas das detentas será realizada uma palestra sobre Direito e Cidadania. 

Com informação da assessoria

Um vídeo que registra presidiárias ouvindo música, bebendo e fumando em uma cela do Centro de Recuperação Feminino (CRF) de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, se tornou viral e mostra a realidade do sistema prisional do Estado. Por mais de um minuto seis mulheres dançam, usam celulares e identificam o local onde a “festa” acontece.

Depois que o vídeo passou a ser divulgado nas redes sociais, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) iniciou investigação. As detentas do CRF já foram identificadas e vão cumprir Regime Disciplinar Diferenciado de 360 dias. Os telefones celulares, informou a Susipe, serão periciados.   

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A corregedoria do sistema penal do Estado deverá apurar como as presas conseguiram os aparelhos celulares e se de fato a bebida vermelha que elas mostram no vídeo é alcoólica. A Susipe não informou se algum funcionário do CRF foi punido por conta do incidente e também não confirmou a data em que o vídeo foi registrado.

No vídeo, as presidiárias afirmam que estão na cela P17 e que são “bandidas do mal” enquanto dançam e fazem poses sensuais ao som de tecnobrega, um estilo musical popular nas festas de aparelhagem na Grande Belém. "A gente também curte. Nós endoida (sic) por aqui", afirma uma das detentas, com cigarro na mão. Veja detalhes da “festa” no vídeo abaixo: 

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Presidiárias da Colônia Feminina do Recife receberam, na manhã desta sexta-feira (28), 66 novas acomodações para descanso e dormida. A ação é oriunda do projeto “Alojar 5.000”, da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) de Pernambuco, e, por meio da engenharia civil, a iniciativa pretende reaproveitar os espaços das unidades prisionais, aumentando a capacidade de acomodação dos presídios.

Para construir os triliches, cerca de 100 presas fizeram atividades de construção civil ao lado de profissionais da área, durante três meses. Serão beneficiadas reeducandas que trabalham na Colônia. De acordo com o gerente de arquitetura e engenharia da Seres, Fernando Fontes, o investimento total no reaproveitamento foi de R$ 9 mil e até o final deste ano serão construídas cerca de 6 mil acomodações em ouros presídios pernambucanos, por meio de um montante de R$ 837 mil.

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Luciane Mendes, de 30 anos, há nove meses cumpre pena na Colônia Feminina. Ela é uma das beneficiadas com as novas acomodações e ajudou a erguer os triliches. “É muito bom ver que vamos usar uma coisa que construímos. Tenho um prazer muito grande. Achei muito confortável e tenho certeza que as outras companheiras vão gostar. Mas, não vamos parar de ajudar. Queremos construir também nos pavilhões”, disse.

Segundo o secretário da Seres, coronel Romero Brito, as acomodações darão mais dignidade às presidiárias. “Essa é mais uma importante ação da Seres. Dará mais dignidade a nossas reeducandas. Aqui, elas ficarão mais a vontade para morar”, comentou. A diretora da unidade, Charisma Tomé, falou que o período de construção dos tribeliches foi positivo para as presidiárias. “Elas ficaram ansiosas para virem para cá. Quando elas viram tudo pronto e bonito ficaram felizes”, completou a diretora.

A Colônia Feminina do Recife fica no bairro do Engenho do Meio, na Zona Oeste da capital pernambucana. Atualmente, a unidade tem capacidade para 270 mulheres, porém, possui uma lotação de 893 presas.  

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