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A alta de 0,55% no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na primeira quadrissemana de maio surpreendeu até mesmo o economista e coordenador do indicador da Fundação Instituto de Pesquisa (Fipe), Rafael Costa Lima, que esperava elevação de 0,50% (ante 0,47% no fechamento de abril). Em entrevista à Agência Estado na sede do instituto, o economista disse que esperava uma aceleração menor do grupo Despesas Pessoais, de 2,14% para a primeira leitura do mês. No dado divulgado nesta quarta-feira, o conjunto desses preços avançou a 2,48% e teve a maior contribuição no IPC, de 53,64%.

Embora ainda contasse mais impactos nos preços dos cigarros sobre o dado cheio, Costa Lima ficou surpreso com o aumento nos preços de pacotes de viagem (4,48%) na primeira medição deste mês. "Sem dúvida, novamente teve influência importante dos cigarros. Há 30 dias, o aumento está sendo incorporado na inflação. Mas a surpresa foi a alta em Viagem/excursão (4,48%), pois é algo atípico para esta quadrissemana", afirmou.

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De acordo com a Fipe, só o aumento nos preços dos cigarros respondeu por 40% do IPC e teve contribuição de 0,22 ponto porcentual. "Sem essa participação, a inflação teria sido menor, de 0,33%. Isso nos indica que a alta do IPC não é generalizada e é pontual", avaliou.

Apesar da leve desaceleração da alta, Alimentação (de 0,45% em abril para 0,42%) teve a segunda maior contribuição no índice cheio da primeira quadrissemana de maio, de 17,71%. O grupo, conforme Costa Lima, fora influenciado pela elevação do subgrupo Semielaborados, que saiu de queda de 0,24% para taxa positiva de 0,60% na primeira quadrissemana de maio, e de Industrializados, que desaceleram (de 0,86% para 0,83%), mas ainda estão em patamar elevado. "A taxa de 0,45% de Alimentação é alta, mas está localizada em poucos produtos", disse.

Para justificar que o aumento não está espalhado, o economista ressaltou que, embora em ritmo menor, os preços de carne bovina ainda estão caindo. Na última quadrissemana de abril, a carne de boi cedeu 2,86% e teve baixa de 1,12% no período seguinte. "Na ponta (de uma semana para outra), os preços já estão subindo quase 2,00%", afirmou, acrescentando que os itens in natura registraram queda de 1,63% na primeira quadrissemana deste mês.

O grupo Saúde (1,00%) apareceu em seguida, com a terceira maior influência (14,08%) no IPC, puxado, como esperado, pelo repasse do aumento nos preços dos medicamentos autorizado pela Agência Nacional de Saúde. Além disso, o grupo sofrera pressão de alta nos preços de contratos de assistência médica (0,64%). "O reajuste demorou a atingir o IPC, mas agora está vindo com força. Na primeira quadrissemana de maio, remédios tiveram elevação de 2,07%. Acreditamos que o impacto não deva ultrapassar esse nível", comentou.

Segundo Costa Lima, apesar do arrefecimento em Vestuário de (0,89% para 0,74%), houve aumento de preço na maioria dos subgrupos: roupa feminina (0,83%), roupa masculina (0,75%), roupa infantil (1,07%), calçados e acessórios (0,66%), tecido e aviamento (-0,17%), relógio, joia e bijuteria (-0,35%). "É a entrada da nova coleção (inverno) chegando com mais força às lojas, mas pode começar a perder fôlego nas próximas medições", afirmou.

No caso de Transportes, o grupo praticamente não mudou a taxa (de 0,18% em abril para 0,17% na primeira quadrissemana de maio), mas contribuiu com 5,35% no IPC. Já Habitação (0,03%) e Educação (0,04%) tiveram influência menor sobre o dado cheio - de 1,83% e 0,25%, respectivamente.

A taxa de inflação na cidade de São Paulo mostrou aceleração entre março e abril, conforme levantamento divulgado nesta quarta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No mês passado, o Índice do Custo de Vida (ICV) medido pela instituição registrou variação positiva de 0,68%, o que representou um número 0,09 ponto porcentual superior a março, quando a taxa de inflação foi de 0,59% no município.

Nos quatro primeiros meses de 2012, o ICV acumulou elevação de 2,74%. Nos 12 meses encerrados em abril, a taxa acumulada atingiu o nível de 5,37%.

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A inflação em abril, de acordo com o Dieese, foi puxada pelo grupo Despesas Pessoais, com alta de 11,38%, com destaque para o avanço expressivo de 23,75% no valor médio dos cigarros. O item respondeu sozinho por 0,38 ponto porcentual da taxa geral do ICV.

Outro grupo que pressionou o índice do Dieese foi Alimentação (0,35%). O conjunto de preços até contou com uma pequena deflação no subgrupo Produtos in Natura e Semielaborados (-0,11%), mas as altas nos subgrupos Indústria da Alimentação (0,65%) e Alimentação Fora do Domicílio (0,85%) foram decisivas.

Em abril, Saúde, com variação positiva de 0,38%, também refletiu impactos importantes. Destaque para o aumento observado no subgrupo Assistência Médica (0,47%), resultado dos reajustes praticados por seguros e convênios médicos (0,53%) e por consultas médicas (0,30%). Os medicamentos e produtos farmacêuticos, segundo o Dieese, pouco alteraram seus valores e mostraram pequena variação, de 0,02%.

Entre os demais grupos pesquisados pelo Dieese em abril, ficaram também no terreno de altas os de Educação e Leitura (0,28%), Transporte (0,26%), Habitação (0,18%) e Vestuário (0,11%). No lado das quedas, ficaram os grupos Despesas Diversas (-0,20%), Equipamentos (-0,13%) e Recreação (-0,06%).

Seis entre os noves grupos de despesas que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registraram aumento em suas taxas de variação na passagem de março para abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Desta vez, a alta não está muito concentrada, está um pouco mais dispersa", avaliou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

O maior impacto na taxa de 0,64% de inflação do mês passado veio da aceleração de Despesas Pessoais, de 0,55% em março para 2,23% em abril, puxada pelos aumentos no cigarro e empregados domésticos. Já o grupo Saúde e cuidados pessoais saiu de 0,38% em março para 0,96% em abril, devido, principalmente, ao reajuste dos remédios, vigente desde 31 de março.

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Os artigos de vestuário também contribuíram com aceleração expressiva, passando de um recuo de 0,61% em março para uma alta de 0,98% em abril, causada pela entrada nas lojas da nova coleção outono-inverno.

Os gastos com habitação também pesaram mais no bolso das famílias, saindo de 0,48% em março para 0,80% em abril, sob a pressão dos aumentos nos artigos de limpeza, aluguéis, condomínio, taxa de água e esgoto, mão de obra para pequenos reparos, gás de botijão e energia elétrica.

O grupo Comunicação passou de uma queda de 0,36% em março para 0,46% em abril, por causa de aumentos nas tarifas de telefone fixo e de telefone celular.

Os alimentos subiram de 0,25% em março para 0,51% em abril, com destaque para o feijão carioca.

Na direção oposta, o aumento de gastos com transportes desacelerou, passando de 0,16% em março para 0,10% em abril, apesar da pressão maior de itens como passagens aéreas (de 1,34% para 2,06%) e táxi (de 0,19% para 1,44%). Houve queda no preço do automóvel novo (de -0,06% para -0,55%) e da gasolina (de 0,11% para -0,27%), além de aumento mais moderado do etanol (de 1,88% para 0,81%).

O grupo artigos de residência aprofundou o recuo, de -0,40% em março para -0,79% em abril, influenciado, principalmente, pelo item mobiliário (de 0,31% para -0,49%), por causa da redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI).

"Em abril, os automóveis novos tiveram redução forte", confirmou Eulina. "E outros itens estão ajudando também a conter a taxa. A redução do IPI nos móveis e eletrodomésticos foi importante."

A inflação dos alimentos dobrou na passagem de março para abril, no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo Alimentação e Bebidas saiu de uma alta de preços de 0,25% em março para um aumento de 0,51% em abril. Houve tanto impacto da valorização do dólar frente ao real quanto de problemas climáticos.

"Os alimentos têm efeito da exportação, que já é um indício do dólar crescendo. Temos efeitos também dos problemas de safra e do clima, que influenciam o feijão, por exemplo, o principal impacto entre os alimentos", contou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

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O destaque de alta foi o feijão carioca, mais consumido no País, que teve aumento de 12,66% em abril. Ficaram mais caros também o feijão-mulatinho, o sorvete, a farinha de mandioca, o alho, o óleo de soja, a batata inglesa, os pescados, o ovo de galinha, o queijo, a cerveja, o frango em pedaços, o açúcar refinado, o leite longa vida, o biscoito e o arroz.

"Arroz subiu, feijão subiu, farinha subiu. Na verdade é o prato típico do brasileiro. A safra de mandioca foi bastante prejudicada. No caso do feijão, é safra também. São pequenos produtores que plantam. Quando o preço é bom, todo mundo planta no ano seguinte. Quando é ruim, ninguém planta", explicou Eulina. "O aumento do óleo de Soja é ligado ao dólar. Há problemas na safra americana, e o Brasil está exportando mais. Então o preço da soja está aumentando no País."

Na direção oposta, ficaram mais baratos o tomate, as carnes, o lanche, o frango inteiro, o açúcar cristal e o café moído. "A carne continua caindo. No primeiro semestre, é período de safra da carne. Então os produtores têm abatido mais", disse a coordenadora do IBGE. As carnes saíram de uma queda de 1,63% em março para um recuo de 1,35% em abril.

No mês, a região metropolitana de Belém registrou aumento de 1,30% no grupo Alimentação e Bebidas, a maior alta entre as regiões pesquisadas. Já Brasília registrou queda de 0,07%, o menor resultado.

Remédios

O reajuste dos remédios também teve forte impacto na inflação. Os preços subiram 1,58% no mês passado, após terem aumentado 0,02% em março. Os reajustes foram concedidos em 31 de março. Como resultado, os remédios foram os principais responsáveis pela alta de 0,96% no grupo Saúde e Cuidados Pessoais em abril.

A contribuição dos remédios foi de 0,05 ponto porcentual na taxa do IPCA (0,64%) no mês. Junto com os impactos de empregados domésticos (0,07 ponto porcentual) e cigarros (0,12 ponto porcentual), apenas esses três itens foram responsáveis por 0,24 ponto porcentual da inflação em abril, o equivalente a 38% do IPCA.

A inflação percebida por famílias de baixa renda registrou leve aceleração em abril. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 - (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, e que subiu 0,59% no mês passado, após mostrar alta de 0,55% no mês anterior. O indicador acumula alta de 2,27% no ano e de 4,84% nos últimos 12 meses.

A taxa do IPC-C1 em abril ficou acima da inflação média apurada entre famílias mais abastadas, com renda mensal entre um e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), e que ficou em 0,52% no mesmo mês. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação foi ligeiramente mais leve para os mais pobres (4,84%), em comparação com famílias mais abastadas (5,05%).

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Três das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. São elas as classes de Despesas Diversas (0,27% para 4,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,77% para 1,34%) e Comunicação (-0,34% para 0,13%). Contribuíram para estas acelerações os preços de cigarros (0,00% para 9,66%), medicamentos em geral (0,31% para 2,01%) e tarifa de telefone residencial (-1,07% para 0,20%), nesta ordem.

Por outro lado, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (0,72% para 0,41%), Alimentação (0,62% para 0,44%), Educação, Leitura e Recreação (0,75% para 0,33%), Vestuário (0,59% para 0,37%) e Transportes (0,13% para 0,07%). As principais influências partiram de taxa de água e esgoto residencial (1,68% para 0,00%), frutas (4,65% para -1,57%), passagem aérea (3,21% para -12,82%), calçados (0,77% para 0,04%) e tarifa de ônibus urbano (0,10% para 0,00%), respectivamente.

A inflação no comércio paulistano foi de 0,16% em março, de acordo com o Índice de Preços no Varejo (IPV), divulgado nesta segunda-feira pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Com o resultado de março, o IPV fechou o primeiro trimestre com variação negativa de 0,07%. Nos últimos 12 meses, a elevação foi de 3,19%. Em fevereiro havia sido registrada deflação de 0,51%.

A principal contribuição para o número final de março foi a elevação média de 0,54% nos preços de supermercados, um dos 21 grupos avaliados pelo IPV. Os principais aumentos, na maioria provocados por fatores climáticos, foram os de tubérculos (8,04%), frutas (6,36%), ovos (5,70%), pescados (3,05%) e aves (2,26%). Por conta de fatores sazonais (quaresma), carnes bovinas puxaram a lista de preços em queda, com -5,21%, seguidas por adoçantes (-4,66%), conservas (-1,12%) e carnes suínas (-0,34%).

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De acordo com a FecomercioSP, os dados do IPV são coletados em cerca de 2 mil estabelecimentos comerciais no município de São Paulo. A amostra mensal é de aproximadamente 105 mil tomadas de preços.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede a inflação na cidade de Sã Paulo, subiu para 0,47% no fechamento de abril, ficando dentro das estimativas de 26 instituições do mercado, que apontavam uma taxa de 0,44% a 0,57%, com mediana 0,50%. Em março, o índice fechou em 0,15% e, na terceira quadrissemana do mês, em 0,37%.

A elevação mais acentuada entre os meses de março e abril se deu no grupo Despesas Pessoais, que passou de taxa negativa de 0,21% naquele mês para alta de 1,94% neste; na terceira quadrissemana de abril, o item subiu 1,32%. Outro destaque foi o grupo Vestuário, que passou de alta de 0,18% no fechamento de março para elevação de 0,89% em abril, porém inferior ao 0,96% da terceira leitura do mês passado. Habitação teve deflação de 0,06% em março e, no final de abril, variou zero, inalterado em relação à terceira semana do mês passado. Saúde passou de alta de 0,38% em março para 0,73% em abril, com 0,54% no terceiro levantamento de abril.

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Educação manteve a alta de 0,04% entre março e abril, ante taxa de 0,02% no terceiro levantamento de abril. Tiveram queda entre março e abril os grupos Transportes, que fechou março em alta de 0,25% e recuou para 0,18% no mês seguinte; na terceira quadrissemana de abril, a taxa foi de 0,15%; e Alimentação, com variação de 0,47% em março e de 0,45% em abril, ficando com 0,43% na terceira leitura do mês passado. Confira as variações de cada grupo que compõe o IPC-Fipe:

Habitação: 0

Alimentação: 0,45%

Transportes: 0,18%

Despesas Pessoais: 1,94%

Saúde: 0,73%

Vestuário: 0,89%

Educação: 0,04%

Índice Geral: 0,47%

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,57% na terceira quadrissemana de abril (que compreende os dias 15 e 22), a mesma registrada na segunda leitura do mês, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Das oito classes de despesa componentes do índice, seis apresentaram elevação em suas taxas. A maior alta veio do grupo Despesas Diversas, que subiu 2,42%, depois de um aumento de 1,56% na segunda quadrissemana do mês.

O aumento nos preços dos cigarros foi o destaque de alta no grupo Despesas Diversas. O grupo avançou 2,42%, após elevação de 1,56% na segunda quadrissemana do mês, enquanto o item cigarro subiu 6,46%, depois de alta de 3,85%. No começo de abril, a Souza Cruz anunciou um aumento médio de 24% em seus produtos, antes do reajuste de 40% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) entrar em vigor, em 1.º de maio.

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A segunda maior alta foi verificada no grupo Vestuário (de 0,93% para 1,05%). Com a mudança de estação as roupas ficaram mais caras e tiveram elevação de 1,24%, ante 1,12% na quadrissemana anterior. O grupo Transportes aparece em seguida com elevação de 0,36% na terceira quadrissemana de abril, ante 0,31% na segunda quadrissemana. Alimentação sofreu ligeira elevação e atingiu 0,53% na terceira quadrissemana, depois de aumento de 0,52%. Dentro do grupo, o item laticínio subiu para 1,42% (de 1,13%).

O aumento do grupo Saúde e Cuidados Pessoais ficou em 0,88%, ante 0,83% na segunda quadrissemana de abril. O grupo Comunicação saiu de queda de 0,02% para alta de 0,07%, conforme a FGV.

Já Habitação desacelerou na terceira medição de abril, saindo de 0,70% para 0,49%, influenciado pelo item empregada doméstica (de 2,25% para 0,99%). Outro grupo que arrefeceu foi Educação, Leitura e Recreação (de 0,34% para 0,29%), puxado por teatro (de 0,27% para -1,74%).

O cigarro (de 3,85% para 6,46%) ficou na liderança dos itens que mais tiveram influência positiva sobre o IPC-S. A segunda maior contribuição veio de refeições em bares e restaurantes (de 0,56% para 0,73%); aluguel residencial (de 0,82% para 0,62%); serviço de reparo em automóvel (de 2,12% para 1,65%); e empregada doméstica mensalista (de 2,60% para 0,97%).

Entre os itens com maiores reflexos negativos na terceira quadrissemana ante a anterior foram relacionados tomate (de -5,37% para -7,82%); automóvel usado (de -0,60 para -0,73%); banana prata (de -4,52% para 6,05%); passagem aérea (de -3,89% para -3,97%); e alcatra (de -2,46% para 3,71%).

Caso seja confirmada a projeção da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) de 0,49% para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de abril, a inflação acumulada na capital paulista no período de 12 meses deverá cair para em torno de 4,20%. O cálculo é do coordenador do indicador, Rafael Costa Lima, que, em entrevista à Agência Estado nesta terça-feira, reconheceu que o momento atual da inflação na cidade de São Paulo é bem mais tranquilo que o de abril de 2011, quando o IPC acumulou em 12 meses uma alta expressiva de 6,39%.

"É um resultado bem mais suave", disse Costa Lima, lembrando que, depois de abril de 2011, o IPC de 12 meses continuou em aceleração e atingiu o ápice em agosto, quando a taxa foi de 6,84%. Desde então, o indicador da Fipe passou a ficar abaixo de 6% e, mais para frente, abaixo do patamar acumulado de 5%.

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A série histórica da Fipe mostra que o IPC chegou à marca de 6,54% em setembro; recuou para os níveis de 5,85% e de 5,73% em outubro e novembro, respectivamente; e chegou ao final de dezembro com uma taxa de 5,81%, que foi a inflação acumulada oficial de São Paulo em 2011. No primeiro trimestre de 2012, o cenário ficou ainda mais favorável, com o IPC alcançando, em 12 meses, os patamares de 5,30% em janeiro; de 4,60% em fevereiro; e de 4,39% em março.

Segundo a Fipe, como a taxa mensal de inflação de abril de 2011 foi de 0,70% e deve ser substituída no cálculo de 12 meses por um número menor (no caso, de 0,49%), o IPC deve ficar em torno de 4,20%. Para o encerramento do ano, entretanto, a expectativa do instituto é de um IPC acumulado um pouco maior, de 5,30%, com grandes possibilidades de a projeção recuar para algo mais próximo de 5%.

A inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) reduziu o ritmo de alta e subiu 0,57% na segunda quadrissemana de abril, período compreendido entre os dias 16 de março e 15 de abril de 2012, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na quadrissemana anterior, a variação havia sido positiva em 0,58%.

De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre os oito grupos que compõem o IPC-S, os preços de Habitação e Alimentação foram os únicos a apresentarem desaceleração na segunda quadrissemana de abril.

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O grupo Habitação passou de 0,87% para 0,70%, com destaque para a nova desaceleração do item Empregada Doméstica Mensalista (3,55% para 2,60%). A alta de Alimentação foi de 0,64% para 0,52%, influenciada sobretudo por Frutas (5,06% para 2,57%).

Na contramão, o item Despesas Diversas acelerou de 0,46% para 1,56%, com alta uma vez mais puxada por Cigarros (0,78% para 3,85%); a queda de preços em Comunicação (-0,25% para -0,02%) perdeu força, graças a Tarifa de Telefone Residencial (-1,03% para -0,33%) e Educação, Leitura e Recreação (0,24% para 0,34%), com destaque para Clubes e Parques (1,93% para 2,94%).

A inflação também subiu em Saúde e Cuidados Pessoais (0,76% para 0,83%), movimento determinado principalmente por Artigos de Higiene e Cuidado Pessoal (1,32% para 1,49%); Vestuário (0,86% para 0,93%), em que se destacou o item Acessórios do Vestuário (0,04% para 0,84%); e Transportes (0,30% para 0,31%), com Tarifas de Táxi (-1,30% para -0,72%) se destacando.

Entre os itens com maiores influências positivas para o IPC-S na segunda quadrissemana, Empregada Doméstica Mensalista se manteve no topo do ranking, mesmo tendo desacelerado a alta de 3,55% para 2,60%. Na sequência, aparece Cigarros (0,78% para 3,85%), Refeições em Bares e Restaurantes (0,74% para 0,56%), Aluguel Residencial (0,91% para 0,82%) e Serviço de Reparo em Automóvel (1,80% para 2,12%).

Entre os itens com maiores influências negativas, a exemplo da leitura anterior, liderou a lista Automóvel Usado (-0,47% para -0,60%); Passagem Aérea (-4,60% para -3,89%), Tomate (-2,01% para -5,37%), Banana Prata (-1,27% para -4,52%) e Alcatra (-2,99% para -2,46%).

Ir ao cinema ficou mais caro nos últimos 12 meses. De abril de 2011 a março de 2012, o preço do ingresso para as sessões subiu 8,6%, superando a inflação do período, que foi de 5,5%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV). Os gastos que envolvem a ida ao cinema, como estacionamento e fast food, também colaboraram para tornar o programa todo em média 7,87% mais caro. As informações são de análise de sete itens feita pelo economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), André Braz.

O que puxou a alta no programa de lazer, além do preço do ingresso, foi o estacionamento, com reajuste de 15,03%, seguido por fast food (8,36%), refrigerantes e água mineral (8,12%) e sorvetes (6,75%). Doces e salgados e bombons e chocolates foram os únicos itens analisados que apresentaram aumento inferior à inflação do período, com altas de 1,74% e 0,1%, respectivamente.

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O preço da pipoca não faz parte do levantamento porque a pesquisa do IPC não acompanhou este item.

A inflação percebida pelos idosos subiu 1,33% no período de janeiro a março, abaixo da apurada no quarto trimestre de 2011 (+1,67%). A variação do indicador foi inferior à inflação em todas as faixas etárias, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que foi de 1,66%, no mesmo período. É o que mostrou o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), anunciado nesta sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mede evolução de preços entre os idosos. Em 12 meses, o IPC-3i acumula alta de 5,31%. O desempenho nesse período também foi menor que a do IPC-BR (5,50%).

Entre as oito classes de despesa componentes do índice, a principal contribuição para o decréscimo de 0,34 ponto porcentual na margem partiu do grupo Alimentação, cuja taxa passou de 2,38% para 0,65%. Os itens que mais influenciaram o comportamento desta classe de despesa foram: carnes bovinas (9,69% para -5,80%), frutas (4,63% para 3,27%) e aves e ovos (4,64% para -1,12%), respectivamente.

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Contribuíram também para o decréscimo da taxa do IPC-3i no primeiro trimestre de 2012, os grupos: Vestuário (2,57% para 0,24%), Transportes (1,05% para 0,57%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,45% para 1,40%). Para cada uma destas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: roupas (3,07% para -0,10%), tarifa de táxi (7,95% para -4,86%) e medicamentos em geral (0,74% para 0,45%).

Em contrapartida, apresentaram alta em sua taxa de variação os grupos: Habitação (1,22% para 2,15%), Educação, Leitura e Recreação (2,43% para 3,48%) e Despesas Diversas (0,74% para 0,80%).

Nestas classes de despesa contribuíram para estes movimentos os itens: empregada doméstica mensalista (0,30% para 6,99%), cursos formais (0,00% para 7,98%) e alimento para animais domésticos (0,28% para 1,92%).

A classe de despesa Comunicação, que passa a fazer parte da estrutura do IPC-3i a partir deste trimestre, registrou recuo de -0,43%. A principal influência para a composição da taxa do grupo partiu do item tarifa de telefone móvel, cuja taxa passou de 2,55% para 0,32%.

A aceleração de preços de Alimentação e Habitação foram os principais responsáveis pela alta de 0,55% no Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) em março, que mede a inflação das famílias de baixa renda, que recebem entre 1 e 2,5 salários mínimos por mês.

O aumento na ocupação e no poder aquisitivo das famílias de baixa renda tem impulsionado a demanda por serviços e, consequentemente, o aumento na inflação. Os preços de restaurantes aceleraram de 0,40% em fevereiro para 0,79% em março. Já as despesas com bares saíram de um aumento de 0,18% em fevereiro para 0,81% em março.

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"Essa taxa de desemprego baixa e a política de recuperação do poder aquisitivo do salário mínimo, que traz ganhos reais para grupos que ganham pouco, aumenta o fôlego para gastar com produtos e serviços que antes não faziam parte do orçamento, entre eles comer fora de casa", explicou André Braz, economista da FGV. "Com o aumento da demanda por esses serviços, bares e restaurantes, isso acaba em aumento de preços."

O gasto com alimentos é o que mais pesa no bolso das famílias de baixa renda. O grupo Alimentação tem um peso de 30% na formação do IPC-C1. Além da alimentação fora de casa, também tiveram destaque os aumentos em frutas, laticínios, pescados e ovos. As frutas passaram de uma alta de 3,24% em fevereiro para 4,65% em março. Os laticínios reverteram uma queda de 0,32% em fevereiro para uma alta de 0,50% em março, em razão da chegada do outono, que prejudica o pasto.

"A partir de agora, com a chegada do outono, as condições de pastagem pioram, o volume de chuva diminui e já começa a haver aumento no preço do leite. Então o leite deve continuar em destaque nas próximas divulgações do índice", avisou Braz.

Os pescados saíram de um recuo de 1,47% em fevereiro para um aumento de 2,34% em março, por conta da proximidade da Páscoa. Aves e ovos também foram afetados por um efeito sazonal, deixando assim a queda de 0,42% em fevereiro para alta de 0,69% em março.

Habitação

Os preços dos serviços ajudaram a aumentar os gastos das famílias de baixa renda com habitação em março. Dentro do IPC-C1 a alta no grupo Habitação saiu de 0,38% em fevereiro para 0,72% em março.

O peso do grupo Habitação no índice é semelhante ao do grupo Alimentação. Portanto, o resultado também teve grande influência na alta de 0,55% do IPC-C1 em março. "Habitação é tão importante quanto comida", lembrou André Braz, economista da FGV. "A taxa de habitação praticamente dobrou de fevereiro para março, passou de 0,38% pra 0,72%".

Na passagem de fevereiro para março, o aluguel residencial saiu de 0,51% para 0,98%; o condomínio, de 0,60% para 1,21%; as tarifas de água e esgoto, de 0,0% para 1,68%; os serviços de empregados domésticos, de 1,96% para 3,71%; e a mão de obra para reparo em residência, de 0,23% para 1,10%.

"A parte de habitação foi basicamente influenciada por serviços, como condomínio, aluguel e mão de obra. Não existe pressão de material de limpeza, eletrodomésticos, ou móveis, por exemplo", ressaltou Braz.

A inflação percebida pelas famílias de baixa renda acelerou em março. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. O indicador subiu 0,55% no mês passado, após mostrar alta de 0,25% em fevereiro, informou nesta quinta-feira a Fundação Getúlio Vargas. Com o resultado, o índice acumula alta de 1,67% no ano e de 5,09% em 12 meses.

A taxa do IPC-C1 em março ficou abaixo da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). Este indicador mostrou alta de 0,60% em março.

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A taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1 também foi menor que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 5,50% no período. No entanto, o mesmo não ocorreu com a taxa acumulada em 2012 do IPC-C1, que se posicionou ligeiramente acima da apurada pelo IPC-BR para o mesmo período (1,66%)

Cinco das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 apresentaram aceleração em suas taxas de variação na passagem de fevereiro para março. As taxas de variação aumentaram nos grupos Alimentação (de -0,04% para 0,62%), Habitação (de 0,38% para 0,72%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,39% para 0,77%), Vestuário (de -0,04% para 0,59%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,16% para 0,75%).

Contribuíram para o aumento da inflação os itens carnes bovinas (de -3,48% para -0,54%), taxa de água e esgoto residencial (de 0,00% para 1,68%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,39% para 1,57%), roupas (de -0,23% para 0,58%) e show musical (de -0,63% para 2,31%).

O grupo Despesas Diversas repetiu a taxa registrada em fevereiro, de 0,27%. A principal influência positiva foi do serviço religioso e funerário (de 0,89% para 1,65%), enquanto, a principal pressão negativa foi de alimento para animais domésticos (de 0,45% para -0,57%).

Por outro lado, o grupo Transportes desacelerou (de 0,71% para 0,13%), enquanto Comunicação teve deflação (de 0,06% para -0,34%). As principais influências partiram dos itens tarifa de ônibus urbano (de 0,78% para 0,10%) e tarifa de telefone residencial (de 0,06% para -1,07%), respectivamente.

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, reduziu hoje de 0,52% para 0,49% a estimativa para a inflação de abril na cidade de São Paulo. Em entrevista à imprensa, ele disse que a revisão para baixo na projeção foi motivada pela surpresa com o indicador da Fundação de Pesquisas Econômicas (Fipe) na primeira quadrissemana do mês, quando a taxa foi de 0,14% enquanto sua expectativa era de 0,19%.

Segundo Costa Lima, alguns aumentos esperados para o começo de abril não foram detectados pelo IPC como se imaginava. O maior exemplo, de acordo com ele, foram os remédios, cujo avanço foi de 0,15% na primeira quadrissemana e levou o grupo Saúde para uma alta de 0,36%, enquanto a projeção da Fipe era de que o grupo subisse 0,54%.

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Outro exemplo citado foi o etanol. O item apresentou alta de 2,91% e foi um dos fatores que fizeram o grupo Transportes avançar 0,15%, enquanto a Fipe projetava elevação de 0,31%.

Além de reduzir a estimativa para o IPC do final de abril, o coordenador revisou para baixo também as previsões da segunda e terceira quadrissemanas do mês. Para a segunda leitura, a projeção passou de 0,29% para 0,25%. Para a terceira, passou de 0,40% para 0,37%.

A despeito das revisões, Costa Lima enfatizou que continua com a percepção de que a inflação vai subir na capital paulista. "Continuamos esperando uma aceleração para o decorrer do mês", comentou, lembrando que há uma série de ajustes de preços que ainda devem ser captados pelo IPC ao longo mês de maneira mais intensa, como os remédios e os cigarros.

A inflação na cidade de São Paulo medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) recuou para 0,14% na primeira quadrissemana de abril, ante 0,15% no fechamento de março. No mesmo período do mês passado, a taxa apontou deflação de 0,02%. O índice ficou abaixo das projeções de 21 instituições ouvidas pela Agência Estado, que iam de 0,17% a 0,33%, com mediana em 0,22%.

A deflação do item Habitação ampliou de 0,06% para 0,12% entre o fechamento de março e o primeiro levantamento de abril. O grupo Alimentação também teve ligeira queda entre os dois períodos, de 0,47% para 0,46%. O recuo em Transportes foi mais amplo, de 0,25% para 0,15%. Saúde caiu de 0,38% para 0,36%. O grupo Vestuário teve a maior alta: de 0,18% para 0,52%. O item Despesas Pessoais saiu de deflação de 0,21% na última semana de março para variação negativa de 0,09% nesta prévia e Educação variou de 0,04% para 0,05%. Confira as variações de cada item que compõe o IPC-Fipe:

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Habitação: -0,12%

Alimentação: 0,46%

Transportes: 0,15%

Despesas Pessoais: -0,09%

Saúde: 0,36%

Vestuário: 0,52%

Educação: 0,05%

Índice Geral: 0,14%

A inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) reduziu o ritmo de alta e subiu 0,58% na primeira quadrissemana de abril, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na quadrissemana anterior, no fechamento de março, a variação havia sido positiva em 0,60%.

De acordo com a FGV, entre os grupos que compõem o IPC-S, o principal destaque da primeira quadrissemana de abril foi Habitação, cuja alta de preços desacelerou de 1,03% para 0,87% em relação à quadrissemana anterior. Dentro de Habitação, a fundação chama a atenção para o comportamento do item Condomínio Residencial (de 1,12% para 0,89%).

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Outras duas classes de despesa que apresentaram variações menores foram Educação, Leitura e Recreação (de 0,46% para 0,24%) e Comunicação (-0,21% para -0,25%). Na primeira, o destaque foi o item Passagem Aérea (-0,65% para -4,60%) e na segunda, Tarifa de Telefone Móvel (0,33% para 0,01%).

Em sentido oposto, Despesas Diversas (de 0,14% para 0,46%) acelerou, influenciado por Cigarros (0,00% para 0,78%), assim como Vestuário (0,61% para 0,86%), puxado por Roupas (0,78% para 1,10%). Também aceleraram a alta Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,71% para 0,76%) e Transportes (0,26% para 0,30%), com movimentos influenciados respectivamente por Serviços de Cuidados Pessoais (0,83% para 1,07%) e Serviço de Reparo em Automóvel (1,64% para 1,80%). Por fim, Alimentação (de 0,63% para 0,64%) praticamente manteve a variação anterior, com destaque para Hortaliças e Legumes (0,26% para 0,76%).

Entre os itens com maiores influências positivas para o IPC-S, Empregada Doméstica Mensalista se manteve no topo do ranking, mesmo tendo desacelerado a alta de 4,32% para 3,55% entre o fechamento de março e a primeira quadrissemana de abril. Na sequência, aparecem Refeições em Bares e Restaurantes (de 0,77% para 0,74%), Aluguel Residencial (0,94% para 0,91%), Taxa de Água e Esgoto Residencial (2,44% para 1,91%) e Serviço de Reparo em Automóvel (1,64% para 1,80%).

Entre os itens com maiores influências negativas, a exemplo da leitura anterior, a lista continuou sendo liderada por Tarifa de Telefone Residencial (de -1,19% para -1,03%), seguida por Passagem Aérea (-0,65% para -4,60%), Automóvel Usado (-0,11% para -0,47%), Alcatra (-2,66% para -2,99%) e Tarifa de Táxi (-1,63% para -1,30%).

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou março com alta de 0,21% após uma variação de 0,45% em fevereiro, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 0,30% a 0,40%, com mediana de 0,37%. Até março, o IPCA acumula altas de 1,22% no ano e de 5,24% nos últimos 12 meses.

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INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,18% em março, após ter registrado alta de 0,39% em fevereiro. Com o resultado, o índice acumulou uma alta de 1,08% em 2012, e de 4,97% nos 12 meses encerrados em março. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou nesta quarta-feira que a previsão para a inflação em São Paulo em abril é de 0,52%. A taxa, se confirmada, ficará acima da variação de 0,15% registrada em março pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), porém abaixo da alta de 0,70% de abril de 2011.

De acordo com o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, a inflação em abril será puxada pelo reajuste nos preços de cigarro, anunciado pela Souza Cruz, de 24%. "Nossa previsão para abril era de IPC em 0,35%, mas com essa notícia foi para 0,52%. Um aumento de quase 25% é muito expressivo", disse. Segundo a Fipe, o cigarro fabricado pela empresa tem peso de 84% na pesquisa da instituição. Essa previsão de 0,52% para o índice em abril inclui um impacto de 0,17 ponto porcentual que o reajuste nos preços do cigarro deve provocar no IPC.

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Conforme Costa Lima, a taxa de 0,52% em abril levaria o IPC acumulado em 12 meses para a marca de 4,20%, que seria a menor desde dezembro de 2009 (3,65%). Até março de 2012, também em 12 meses, o IPC acumula aumento de 4,39%, o mais baixo desde agosto de 2010 (4,36%).

O coordenador do IPC não alterou sua expectativa para o índice no fechamento de 2012. "Continua entre 5% e 5,5%, cada vez mais perto de 5%. Mas ainda é cedo para ajustar a previsão", disse.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em São Paulo acumulou no primeiro trimestre de 2012 alta de 0,74%, a mais baixa para o período desde 2006 (0,62%). A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou nesta quarta-feira que o IPC de março teve variação positiva de 0,15%, ante queda de 0,07% em fevereiro. Em março de 2011, o IPC havia sido bem mais elevado, registrando inflação de 0,35%. Nos dois primeiros meses deste ano, o IPC acumulava aumento de 0,59%.

No primeiro trimestre, entre os grupos, o destaque é Alimentação, com deflação acumulada em 0,02%. Na sequência, em ordem crescente, aparecem Vestuário (+0,33%), Transporte (+0,40%), Habitação (+0,65%), Despesas Pessoais (+0,91%), Saúde (+1,29%) e Educação (6,96%).

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Já em 12 meses até março, o IPC registra aumento acumulado de 4,39%, ante alta de 4,60% apurada em 12 meses até fevereiro. Entre os grupos, o avanço mais expressivo no período foi de Educação (7,60%), seguido de Despesas Pessoais (6,86%), Saúde (6,84%), Vestuário (5,06%), Alimentação (4,32%), Habitação (3,86%) e Transporte (1,90%).

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