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O desmatamento na Amazônia foi de 11.088 quilômetros quadrados (km2) entre agosto de 2019 e julho de 2020, divulgou nesta segunda-feira (30) o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. A área equivale a quase duas vezes o Distrito Federal (5.802 km2).

O número, divulgado durante visita do vice-presidente Hamilton Mourão à sede do Inpe em São José dos Campos (SP), é uma estimativa do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), sistema do Estado brasileiro que monitora a Amazônia. "São dados auditados, que tem por trás deles um trabalho muito intenso", disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, também presente ao anúncio.

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A área desmatada foi 9,5% maior do que os 10.129 km2 registrados em igual período anterior, entre agosto de 2018 e julho de 2019, informou o Inpe. Trata-se da quarta alta consecutiva. Mourão, que preside o Conselho da Amazônia, disse que a atuação das Forças Armadas no combate ao problema neste ano começou tardiamente, em maio, mas que ainda assim foi capaz de reduzir um aumento ainda mais intenso, que era esperado na casa dos 20%.

"Nao estamos aqui para comemorar nada disso, que isso não é para comemorar, mas significa que os esforços que estão sendo empreendidos começam a render frutos", disse o vice-presidente. Ele frisou que 85% do desmatamento ocorre em quatro estados (Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia). "Temos consciência de qual é a área que devemos atuar", afirmou.

 

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse nesta quarta-feira (7) que as recentes críticas feitas ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) por membros do governo federal, entre eles o próprio presidente Jair Bolsonaro, não visam prejudicar o órgão de pesquisa e desenvolvimento vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

"As críticas não são para destruir entidade nenhuma. Muito pelo contrário”, disse Salles ao participar, esta manhã, de uma audiência pública realizada pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados.

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O ministro se referia ao caso que resultou na substituição do ex-diretor do Inpe, Ricardo Galvão, substituído interinamente por Darcton Policarpo Damião. Galvão deixou o órgão após criticar declarações de Bolsonaro sobre o trabalho do instituto. No último dia 19, em entrevista a correspondentes internacionais, o presidente disse que a divulgação de informações sobre desmatamento feita pelo Inpe prejudica o país em negociações comerciais. Galvão afirmou que Bolsonaro fez “acusações indevidas a pessoas do mais alto nível da ciência brasileira”.

“Desde o início, dissemos que a ideia era agregar informações oriundas de um sistema de monitoramento de imagens de alta resolução, com precisão de três metros, e tempo [de acompanhamento] diário, ao contrário das do INPE. Exatamente para agregar informações mais precisas e orientar mais eficazmente a fiscalização. Fiscalização esta que tem um déficit de pessoal de 50% herdado da gestão anterior e seu quadro funcional, orçamento e planejamento mal estruturado", argumentou o ministro.

Salles voltou a criticar o uso dos dados de desmatamento da Amazônia divulgados pelo Inpe. “Grande parte da repercussão negativa se origina aqui dentro [do país]. São entidades ambientalistas, ONGs e pseudo-cientistas que estão fomentando isto lá fora para, de maneira reversa, pressionar o Brasil. Isto sim é uma grande irresponsabilidade. Não está correto disseminar a informação de que o Brasil não preserva seu meio ambiente, tampouco na região Amazônia”, disse o ministro.

“Na semana passada, fizemos uma verificação de várias dessas informações utilizadas por terceiros. Não foi o órgão permanente, o Inpe enquanto instituição, que é respeitada e deve ser respeitada, que fez essas interpretações sensacionalistas e midiáticas. Foram aqueles que as manipulam para criar factoides, impacto na imprensa e, quem sabe, assim conseguir mais doações das ONGs estrangeiras para os seus projetos pessoais”, afirmou Salles.

"Este percentual [de desmatamento da Amazônia] foi questionado por nós não para darmos outro percentual, pois não importa o número [resultado]. Importa o princípio", acrescentou o ministro, lembrando que seus antecessores no cargo nos três governos anteriores enfrentaram polêmicas semelhantes envolvendo o Inpe e os dados relativos ao desmatamento na Amazônia.

"Este conflito da narrativa se estende há muito tempo. Só que, ao contrário do que fizemos agora, ninguém se deu ao trabalho de se debruçar sobre os dados e fundamentar eventuais críticas a este modelo", disse o ministro.

 

Jair Bolsonaro caminha para entrar na história como o chefe de governo mais inconsequente que o Brasil já teve. A afirmação foi feita pelo líder do PSB na Câmara dos Deputados, Tadeu Alencar, ao comentar as declarações do presidente sobre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entidade de capacidade reconhecida no mundo inteiro e que vem sofrendo ataques pesados por parte do governo federal.

“Bolsonaro pôs sob suspeita os relatórios do Inpe referentes ao desmatamento da Amazônia, fato que provocou revolta em vários países para quem o modelo adotado pelo Brasil é, hoje, uma referência”, afirmou o parlamentar para quem o presidente estimula a falta de transparência em uma área que precisa ser aberta, como é o caso do meio ambiente e da sustentabilidade.

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Outro ponto muito criticado foi a quantidade de atos e discursos “desastrados” emitidos pelo presidente nos últimos dias. Para Tadeu, Bolsonaro, ao produzir situações que não condizem com a função de mais alto mandatário da Nação, se aproveita desses destemperos para esconder da população temas mais delicados.

“Do presidente da República, nos últimos seis meses, a gente já viu de tudo. O Congresso tem se comportado à altura de uma agenda que ele próprio colocou, que nós discordamos na forma e no conteúdo, mas achamos importante discutir. O problema é que todas as semanas, quase todos os dias, o presidente cria uma crise nova. Alguns acham até que se trata de umas manobra diversionista para encobrir pautas duras para a população”, afirmou. E deu o exemplo da reforma da Previdência, que atinge tão duramente milhões de pessoas, e a população, “anestesiada, parece que não é com ela”.

Tadeu Alencar citou a briga mais recente de Bolsonaro, com os governadores do Nordeste, quando,preconceituosamente, chamou a todos de “paraíbas” e anunciou publicamente uma retaliação a quem considera inimigos. “Ele usou uma expressão redutora. Não usou o sentido altivo e libertário da Paraíba que tem uma atitude positiva no ‘Négo’ de sua bandeira. Mas usou (o nome do Estado) com discriminação e com preconceito”. acrescentou.

O parlamentar citou, entre outras ações agressivas de Jair Bolsonaro a exclusão de 13 representes da sociedade civil do Conselho Nacional de Políticas Anti-Drogas; o esvaziamento da Agência Nacional de Cinema (Ancine) mediante o esvaziamento financeiro das instituição e a censura à sua produção, através da adoção de filtros temáticos. “Ele (Bolsonaro) não é dono do Brasil. É apenas o presidente eleito”, concluiu o líder socialista.

*Da Assessoria de Imprensa 

 

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou através do Diário Oficial da União (DOU), desta quarta-feira (25), o resultado final do concurso público. O certame foi aberto em março deste ano. Ao todo, 68 vagas são oferecidas para cargos de pesquisa em ciência e tecnologia. Os selecionados atuarão nas cidades de Cachoeira Paulista (SP) e São José dos Campos (SP). 

Confira o resultado final do certame no Diário Oficial

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O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou através do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (7) a abertura de dois certames para provimento de 14 vagas em cargos de nível superior da carreira de pesquisa em ciência e tecnologia. Também há 54 oportunidades para tecnologistas júnior. Os selecionados atuarão nas cidades de Cachoeira Paulista (SP) e São José dos Campos (SP). 

A remuneração para os cargos de pesquisador varia entre R$ 4.544,05 e R$ 9.828,05. Já para os cargos de tecnologista o salário é de R$ 4.004,56, acrescido de benefícios e retribuição por titulação, podendo chegar a R$ 8.705,56. Em ambos os casos a jornada de trabalho é de 40 horas semanais.

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O período de inscrição é de 3 a 25 de abril, e deve ser feita através do preenchimento do formulário disponível no site da instituição, e entrega do mesmo juntamente com os documentos solicitados no edital, à Sede do Inpe, localizada na Avenida dos Astronautas, 1.758, Jardim da Granja, São José dos Campos (SP) (Prédio da Administração - Divisão de Gestão de Pessoas - sala 4); ou na Unidade Regional de Cachoeira Paulista (SP), situada na Rodovia Presidente Dutra, km 40, (Prédio da Administração - sala RH). A taxa de inscrição é de R$ 110.

Outras informações podem ser obtidas através do edital de abertura do certame.

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