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Membros do movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) em Pernambuco realizaram, no fim da manhã desta quinta-feira (14), um ato simbólico para propor ao Estado a criação de uma lei que coíba a homofobia. Baseados na Lei 16.780, da Prefeitura do Recife, sobre a proibição de qualquer forma de discriminação sexual em estabelecimentos comerciais, os integrantes propõe uma legislação semelhante na esfera estadual.
##RECOMENDA##Organizada por integrantes do Instituto Papai, Núcleo de Pesquisas em Gênero e Masculinidades (GEMA) da UFPE e Fórum LGBT, a atividade foi realizada no centro do Recife, em frente à Igreja Matriz da Boa Vista, na Rua da Imperatriz. Lá, panfletos com informações sobre a Lei 16.780 foram entregues, além de recolhidas assinaturas para a petição que exige a criação da lei estadual.
“Em nosso estado, o índice de violência contra a população LGBT ainda é muito alto. Pelo registro do Centro Estadual e Combate à Homofobia, só em 2015, ocorreram 12 assassinatos de LGBTs. E este número deve ser bem maior”, afirmou o coordenador de projetos do Instituto Papai, Thiago Rocha. Este dado, segundo ele, é baseado em informações divulgadas em veículos de imprensa.
Às 14h desta quinta-feira, uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) será realizada para debater a proposta da lei estadual. O debate foi convocado pelo deputado Edilson Silva (PSOL). Para Eleonora Pereira, coordenadora do Mães pela Igualdade, é um momento importante para a causa LGBT no Estado.
“Não só hoje, como nos outros dias da semana, realizamos diversas atividades. Houve, por exemplo, divulgação da campanha na Igreja Nossa Senhora da Piedade, e fomos muito bem recebidos pelos padres e fiéis. São atos para que servem para, a cada dia, nossos filhos serem cada vez mais protegidos”, afirma Eleonora, que teve o filho assassinado, em 2010, naquele que foi o primeiro crime reconhecido pela Polícia como homicídio motivado por homofobia, em Pernambuco.
Ocupe Estelita
Em meio à mobilização realizada pelo movimento LGBT, uma faixa com a frase “Salvem o Estelita” foi erguida na Praça Maciel Pinheiro, em alusão ao embate dos movimentos sociais com a gestão municipal sobre o destino do Cais de Santa Rita.