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Os peregrinos que participarão da abertura Jornada Mundial da Juventude (JMJ) começam a se deslocar para a missa de Acolhida, em Copacabana, que será celebrada às 19h desta terça-feira, 23. A programação, no entanto, está prevista para iniciar às 16h, com apresentação de corais e bandas católicas. O grande fluxo de peregrinos faz com que as estações estejam completamente lotadas.

Na estação Carioca, centro do Rio, as pessoas chegam a esperar duas horas para conseguir validar o cartão do metrô, recebido junto com o kit peregrino, numa fila destinada aos participantes da Jornada. O embarque também está demorando muito porque a catraca não dá conta do número de pessoas.

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A estação virou um acampamento improvisado. Muitos estão deitados, fazem lanches, enquanto aguardam a validação do bilhete. A cada chegada de delegações de diferentes países, eles celebram o encontro com músicas da jornada. "Estamos aguardando duas horas os integrantes da delegação para retirarem os bilhetes. Enquanto isso, aproveitamos para comer e descansar da maratona", disse a francesa Adeline Poletto, de 19 anos, que chegou ao Rio nesta madrugada, por volta de 1h. A família que abrigaria a jovem e mais sete pessoas, desistiu de receber peregrinos. "Não ficamos chateados. A solidariedade da JMJ funcionou e fomos abrigados numa igreja próxima", contou a francesa de Mine, no sul do país.

Os peregrinos e fiéis enfrentarão frio em Copacabana. De acordo com o Centro de Operações Rio, a praia registra ventos de 50,4 km/h nesta tarde, que são considerados moderados, e chove fraco em diversos pontos da cidade.

Cerca de 335 mil peregrinos vindos de 175 países ao redor do mundo se inscreveram para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio. Os números totais foram divulgados nesta terça-feira, 23, pela organização do evento. Como as inscrições estão abertas até o fim de semana, a expectativa é de que o número de inscrições possa superar o da última edição, em 2011, em Madri, onde 415 mil pessoas se inscreveram oficialmente, sem contar os voluntários.

Segundo a irmã Shaiane Machado, diretora de Inscrições da JMJ, a organização acredita que vários brasileiros que ainda não chegaram ao Rio devem fazer suas inscrições ao longo da semana. "Sabemos que é costume do brasileiro chegar sem inscrição prévia. Como muita gente vai vir só para o fim de semana, ainda teremos muitas inscrições até lá", afirmou.

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Os organizadores do evento não souberam informar o número de inscrições de edições anteriores da Jornada, que começou em 1986, em Roma. Os únicos números informados pela Igreja são os do total de participantes nos principais eventos, que agregam também os moradores das cidades sede e quem viajou sem fazer inscrição oficial. O recorde até hoje é de Manila, capital das Filipinas, que recebeu a JMJ em 1995, com 5 milhões de pessoas. Madri e Roma registraram 2 milhões. No Rio, a estimativa é que entre 2 e 2,5 milhões participem das atividades ao longo desta semana.

Os brasileiros são a maioria dos inscritos até agora, com 220 mil jovens. Desses, 60% são provenientes da região Sudeste. "A facilidade de transporte ajuda", disse a irmã Shaiane. Após o Brasil, vem a Argentina, terra natal do papa Francisco, com 23 mil inscritos. Seguem então outros países como EUA (10,8 mil), Chile (9,2 mil), Itália (7,7 mil) e Venezuela (6,2 mil). Depois, vêm França, Peru, Paraguai e México.

As mulheres são maioria (56%) e a faixa etária média é de 14 e 25 anos. Mas 10% dos peregrinos que se inscreveram oficialmente têm mais de 45 anos. "O que importa é ter um coração jovem", afirmou a religiosa.

A maior parte dos peregrinos que vieram para a JMJ se hospedou em instituições e entidades cadastradas pela Igreja. São 227 mil vagas para dormir em escolas, paróquias e outros locais espalhados pelo Rio e por outros municípios da região metropolitana. Outros 127 mil devem ficar em casas de famílias voluntárias. "O número de peregrinos poderia ainda ser maior. Estamos com uma crise na Europa, e o custo de uma viagem internacional dessas é muito alto", disse a irmã Graça Maria, diretora de Hospedagem da JMJ.

Deixar suas casas, seus trabalhos e suas famílias. Essa é a atitude de milhões de jovens do mundo todo, e milhares de Pernambucanos, que foram à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro. O evento religioso está na sua XXVIII edição e é a primeira vez que será realizado no Brasil. Mas o encontro não representa apenas mais uma viagem ou um lazer, para os religiosos e fiéis da Igreja Católica, a iniciativa que está mobilizando o mundo durante esta semana e trouxe o Papa Francisco ao País promove, entre outras coisas, a defesa da vida.

Segundo padre da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro de Jardim São Paulo, e presidente da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR), Luciano Brito, haverá a conscientização da juventude pernambucana em vários aspectos. “A grande representação para o coração da juventude de Pernambuco é fazer mais um trabalho de conscientização do ser cristão, do ser pessoa humano, principalmente buscando a Cristo, sentido da nossa vida. Ele que nos orienta a viver e a celebrar constantemente a graça do amor, a graça da paz e principalmente a promoção da defesa da vida”, ressalta.

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Para o sacerdote, o evento terá frutos positivos ao retorno de cada participante. “Eu creio que o jovem que participa da Jornada Mundial da Juventude, todo aquele que vai fazer esse encontro com o Papa Francisco, retornará para sua cidade, para a sua casa, com esse grande sentimento de viver o Cristo e ter essa grandeza no coração de buscar a justiça e que sempre prevaleça no coração de todo o homem e de toda a mulher”, espera o religioso.

Outro aspecto analisado pelo padre é a fé dos jovens e da igreja como um todo. De acordo com o sacerdote, a alegria da juventude transcende as partes físicas dos templos e se insere dentro da sociedade. “A grande expectativa é de fortalecer a fé cristã que necessita tanto da presença da juventude e que não fica apenas trancada na nossa igreja, mas que vai a todos os lugares levando a alegria da juventude para modificar a nossa sociedade, principalmente no campo da paz e na promoção da vida humana”, afirmou o sacerdote.

Confira a entrevista do sacerdote no vídeo abaixo:

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Um dos momentos mais importantes para os jovens que vão para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro é o momento da vigília, marcada para o próximo sábado (27). A atividade religiosa será diferenciada dos demais momentos porque para chegar ao bairro de Guaratiba será necessário andar 13km a pé. Milhões de jovens do mundo todo deverão participar desta solenidade religiosa, porém três pernambucanos da Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR) participarão da ação de um local privilegiado.

Dois dos escolhidos estão indo pela primeira vez a uma JMJ e demonstram orgulho e alegria em poder participar da vigília como representantes da Arquidiocese de Olinda e Recife e ficar num espaço central, mas próximo do Papa Francisco. “Primeiramente é uma oportunidade que a AOR está nos dando e eu agradeço muito a Deus porque será muito importante estar com o Papa, o nosso líder maior”, anseia o estudante de psicologia, Rafael Bezerra de 24 anos.

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Já para a estudante de farmácia, Bárbara Nunes, 22, o evento será especial. “Não é todos os dias que podemos participar de uma celebração com crianças, jovens, adultos, idosos todos vindos de tantos lugares diferentes, mas com um só objetivo, uma só fé. Nós católicos sabemos como é importante está atento aos ensinamentos do nosso maior Pastor, o Papa. Esse momento para mim representa “sentir a igreja” entende? Nele quero reafirmar a minha fé”, definiu Nunes.

O terceiro jovem escolhido participará de uma Jornada Mundial da Juventude pela segunda vez. Na última jornada ele esteve em Madrid-Espanha e um de seus desejos não é apenas ver o Papa, mas sim cumprimentá-lo. “A expectativa é muito grande para este grande evento da juventude católica. Espero ter oportunidade de cumprimentar o Papa e dizer que estamos unidos a ele na missão. Participei da última Jornada em Madrid. Fui como delegado oficial da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) para entender a dinâmica da JMJ foi uma experiência muito rica e abençoada, que está eternizada na minha vida”, relembra o jornalista Hildo Neto, 28.

Para Hildo, após todo o evento as conseqüências serão positivas. “Ficará uma experiência de Deus. Voltaremos da JMJ com a fé ainda mais fortalecida e com mais vontade de dizer ao mundo quem Deus é. Temos a missão de levar Jesus ao próximo”, espera.

Além da experiência religiosa e de fé que os três jovens vivenciarão também há responsabilidade de trazer a tarefa para casa. “Para mim foi uma surpresa o convite do Padre Gimesson. Um convite que requer uma responsabilidade e um compromisso e essa jornada é um aprendizado. Na minha volta eu tenho que trabalhar com a juventude na minha diocese”, prometeu Rafael Bezerra.

O papa Francisco fez um agradecimento em seu perfil no Twitter a internautas e às autoridades brasileiras, na manhã desta terça-feira, 23. No Brasil desde a tarde dessa segunda, 22, o pontífice elogiou a "acolhida".

"Obrigado! Obrigado! Obrigado a vocês todos e a todas as autoridades pela magnífica acolhida em terra carioca!", escreveu Francisco. Após passear em carro aberto e discursar no Palácio do Guanabara, o pontífice se dirigiu ao Centro de Estudos do Sumaré, na zona norte do Rio, onde está hospedado. De acordo com a agenda oficial, Francisco deve passar o dia no local.

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Esta terça marca oficialmente o início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), com a missa de abertura celebrada por d. Orani João Tempesta, às 19h30. O papa Francisco participará da vigília no sábado, 28, e fará a missa final no domingo, 29, em Guaratiba, para 1,5 milhão de pessoas.

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) começa oficialmente nesta terça-feira, 23, com a missa de abertura celebrada por dom Orani João Tempesta, a partir das 19h30. O papa Francisco participará da vigília no sábado, 27, e fará a missa final no domingo, 28, em Guaratiba, para 1,5 milhão de pessoas. Nesta terça, o pontífice deve passar o dia no Centro de Estudos do Sumaré, na zona norte do Rio, onde está hospedado.

Com capacidade de atender até 300 pessoas por dia, um hospital de campanha foi instalado ao longo do percurso de 13 km que os fiéis terão de percorrer para chegar ao Campus Fidei, em Guaratiba. O centro médico terá 700 metros quadrados e funcionará 24 horas, com oito médicos, de sábado até segunda-feira, 29. A unidade contará com central de triagem de vítimas, um tomógrafo computadorizado, uma sala de cirurgia para procedimentos de média complexidade e um laboratório clínico.

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Oito pessoas foram detidas e pelo menos três ficaram feridas em confronto entre ativistas e PMs ao fim do protesto dessa segunda-feira, 22, nas proximidades do Palácio Guanabara, sede do governo do Estado do Rio, em Laranjeiras, na zona sul da cidade. A manifestação, mantida a cerca de 200 metros do palácio, ocorreu de forma pacífica até as 19h45, quando ativistas lançaram um coquetel molotov na direção dos policiais. Um PM foi atingido e sofreu queimaduras.

Os PMs revidaram o ataque com bombas de efeito moral. Àquela altura, o papa Francisco já havia deixado o local.

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Segundo o advogado Carlos Viana e o estudante de Medicina Felipe Camisão, um rapaz foi atingido por um projétil de arma de fogo. "Ele estava com a namorada e foi baleado na perna. Ele estava com hemorragia e estancamos o sangue. Nós estávamos correndo e, depois que passamos pelo carro da polícia, ele percebeu que estava sangrando", contou o estudante.

A Secretaria Estadual de Segurança informou que a vítima se chama Roberto Caruso e não foi atingida por uma arma de fogo, mas por uma bala de borracha, que feriu sua perna esquerda. Ele foi conduzido ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da cidade, cuja assessoria confirmou o ferimento por bala de borracha. O repórter fotográfico Marcelo Carnaval também foi atingido na cabeça.

Entre os detidos estão duas pessoas que filmavam os confrontos para veiculá-lo pela internet. "Foi um exemplo de censura. A PM me levou à força para averiguação", disse Felipe Peçanha, que foi liberado às 22h25. Seu colega, Felipe Assis, foi liberado logo em seguida.

Roberto Cassiano, funcionário do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio, participava do protesto de segunda nas imediações do Palácio Guanabara vestindo uma camiseta com a imagem de Virgem Maria. Ele afirma ter dito aos policiais que a santa é contra a ação violenta dos policiais. Seguiu-se então uma discussão e o rapaz acabou preso por desacato. Ele foi liberado por volta das 23 horas.

Um adolescente foi detido por danificar um carro da polícia. Há outros acusados por desacato, formação de quadrilha, incitação à violência e utilização de explosivos. A confusão se deslocou das imediações do Palácio Guanabara para a 9.ª DP, no Catete, um bairro vizinho. Às 23h, ainda havia manifestantes ao redor da delegacia.

Os ativistas protestaram por um Estado laico e contra o governador Sérgio Cabral (PMDB). A intenção do grupo era se reunir na frente do Palácio Guanabara, mas um cordão de isolamento feito por PMs - 1,5 mil atuaram na segurança do palácio - obrigou o grupo a parar na esquina da Rua Pinheiro Machado com a Travessa Pinto da Rocha, na frente da sede do Fluminense. As vias ficaram interditadas desde o início da tarde.

O confronto eclodiu quando o papa já estava na residência em que ficará hospedado, no Sumaré. O grupo que iniciou a confusão fugiu e foi perseguido pelos PMs. O Caveirão passou em alta velocidade, lançando bombas de gás lacrimogêneo.

O protesto começou bem-humorado. Houve performance de mulheres seminuas, que simulavam a "confissão" de práticas reprovadas pela Igreja, como o sexo antes do casamento. Quatro casais gays (três de mulheres e um de homens) se beijaram na frente da escadaria da Igreja Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado. Aparentemente chocados, peregrinos que passavam ao lado começaram a rezar o pai-nosso aos gritos, de mãos dadas.

O principal grito de ordem dos manifestantes era "Cadê Amarildo?", referente ao pedreiro Amarildo Souza Lima, desaparecido desde o dia 14. Morador da comunidade da Rocinha, Amarildo foi detido e conduzido à delegacia por PMs. Segundo a Polícia Civil, ele esteve na delegacia, mas foi liberado. Ele não voltou para casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Está na boca dos teólogos e na percepção dos fiéis: Francisco é um homem que fala por gestos. Dito isso, seu comportamento no primeiro dia de visita ao Brasil só reafirma o quão franciscano esse jesuíta tem se mostrado.

Tudo começou em sua partida do aeroporto de Roma. Lá, ele não delegou sua valise a assessor algum. Quando subiu a escadaria do avião, a mala preta que levava na mão esquerda contrastava com sua batina branca.

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Durante o voo, Francisco saiu de seu assento na primeira classe e foi conversar com os jornalistas, que estavam acomodados na classe econômica. Lá, falou de forma paciente com cada um dos repórteres antes de voltar a seu lugar.

Ao chegar ao Rio de Janeiro, no meio da tarde, embarcou em um Fiat Idea - cujo preço varia de R$ 43 mil a R$ 52 mil -, um carro simples e sem blindagem. Pouco tempo após o início do trajeto do Galeão até o centro da cidade, a multidão conseguiu cercar o carro.

Os seguranças de terno preto que corriam ao lado do veículo não conseguiram deter os braços dos fiéis, que se esticavam na esperança de tocar o pontífice. A cena - de dar desespero a quem a assistia pela TV, por causa da situação vulnerável em que o papa estava - não o apavorou. Durante todo o itinerário, ele manteve o vidro completamente aberto. Tão aberto que uma mãe conseguiu fazer o filho chegar às mãos de Francisco, que não hesitou em puxá-lo para o carro e beijá-lo, antes de devolvê-lo.

Exemplo de Pedro

Em seu discurso no Palácio Guanabara, seu último compromisso do dia, Francisco parafraseou um trecho do livro bíblico Atos dos Apóstolos para lembrar sua opção franciscana pela vida humilde e sem ostentação. Ao dizer "não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!", Francisco assumiu a fala daquele que é considerado o primeiro papa da Igreja: São Pedro.

Este, nos primeiros anos do Cristianismo, ia ao templo acompanhado de outro discípulo, João, quando foi interpelado por um coxo que vivia na mendicância. Ao vê-lo, Pedro teria dito: "Não tenho prata e não tenho ouro, mas o que tenho te dou. Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, levante-se e ande". O homem ficou curado.

Ao lembrar a afirmação de São Pedro, Francisco mostra que tipo de Igreja ele quer perseguir. "A Igreja dos pobres para os pobres", como prega Francisco, não é nada mais do que aquela formada pelos primeiros seguidores de Cristo.

Não vai surpreender, portanto, se, nos próximos dias, o papa aparecer com uma férula (cruz com haste usada pelo papa) fabricada por um morador de alguma favela carioca. No início deste mês, em sua primeira viagem papal, Francisco não usou a férula de ouro de seu antecessor. Na ilha de Lampedusa, no sul da Itália, o "jesuíta franciscano" apareceu com uma peça feita em madeira por imigrantes clandestinos que chegaram do norte da África em busca de uma vida melhor na Europa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As autoridades responsáveis pela segurança do papa no Brasil divulgaram nota segundo a qual a retenção do carro de Francisco na Avenida Presidente Vargas ocorreu por conta das opções do Vaticano e do próprio Sumo Pontífice. Afora isso, segundo a nota, a avaliação foi positiva, pois não ocorreu qualquer incidente envolvendo o papa ou qualquer um dos fiéis presentes.

Da reunião, realizada no Centro Integrado de Comando e Controle do Rio de Janeiro, participaram a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos/MJ, a Secretaria de Segurança Pública Estadual, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Prefeitura Municipal. Um pouco antes da reunião, o secretário de Transportes do Rio de Janeiro, Carlos Roberto Osório, havia culpado a Polícia Federal pelo incidente. Segundo ele, a PF não consultou a Prefeitura do Rio sobre o trajeto entre o Aeroporto e o centro da cidade". A nota foi uma resposta às críticas do secretário.

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De acordo com as autoridades envolvidas na segurança do papa, a interdição da via não estava prevista, pois tal providência somente será adotada nos trajetos realizados em carro aberto. "A retenção ocorrida na Avenida Presidente Vargas decorreu de uma série de fatores, em especial opções do próprio Vaticano, relativas à visibilidade e ao contato com os peregrinos, manifestadas pelo Papa", afirmaram as autoridades envolvidos na segurança de Francisco.

Na avaliação dos envolvidos com a segurança do papa, "a velocidade reduzida do comboio e a janela do veículo aberta são fatos que demonstram o perfil do Pontífice e incentivam a aproximação dos fiéis." A nota prosseguiu: "A informação quanto aos itinerários do papa foram transmitidos em briefing ocorrido na manhã desta segunda-feira, no Centro Integrado de Comando e Controle Regional, com representante da Prefeitura Municipal."

De acordo com a nota dos envolvidos na segurança, "a Prefeitura do Rio de Janeiro se comprometeu a reforçar sua representação no Centro de Comando e Controle a partir desta terça, 23, para agilizar o fluxo de comunicação que permita uma tomada de decisões mais ágil, para evitar que, novamente, uma informação disponível não chegue ao conhecimento da cúpula da Prefeitura."

Quando o avião do papa pousou no Rio, por volta das 15h40 desta segunda-feira (22), o centro da cidade já estava tomado, com os dois lados da Avenida Rio Branco fechados por grades. Quem chegou depois desse horário, só conseguiu ver o papa de longe. As ruas estavam repletas de peregrinos brasileiros e estrangeiros, além de trabalhadores da região que acenavam das janelas dos prédios. Enquanto isso, o comércio ambulante era intenso. Uma bandeirinha de plástico com o rosto do papa Francisco era vendida a R$ 10; a grande, com a foto do papa na bandeira do Brasil, custava R$ 30.

A ansiedade para a chegada do papa começava a crescer. Por volta das 16h50, quando faltavam poucos minutos para o horário marcado para o início do passeio, os voluntários de mãos dadas que faziam o cordão de isolamento começaram a fazer um longo telefone sem fio para transmitir informações sobre a localização de Francisco. "Ele já está na (Avenida) Presidente Vargas", gritava uma voluntária na Rua Graça Aranha com o rádio na mão.

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Às 17h04, o papamóvel deixou o estacionamento da Catedral Metropolitana e seguiu pelas ruas do centro do Rio. Milhares de pessoas se aglomeraram dentro e na porta da catedral e uma confusão se formou. O papa seguiu pela República do Chile e entrou na Avenida Rio Branco às 17h10. Com um sorriso constante no rosto, Francisco acenou para a multidão e fez muita gente chorar, das crianças aos mais velhos, dos voluntários aos policiais militares que faziam a segurança.

O papamóvel fez várias paradas pela Rio Branco. Quem tinha filhos pequenos empurrava as crianças pelo gradil, e os seguranças levavam algumas delas para beijar o Papa. A multidão na esquina da Graça Aranha e Araújo Porto Alegre comemorou como se fosse um gol a passagem do papa Francisco em solo brasileiro. Vários esticam o pescoço para enxergar TVs dentro dos bares. Às 17h40, Francisco estava novamente na Avenida Rio Branco. Peregrinos comentavam que a esquina com a Almirante Barroso era o melhor lugar, porque o Papa passou ali duas vezes. "Deviam cobrar até ingresso", comentavam.

Novamente, o Papa fez diversas paradas avenida, abraçando crianças e até uma voluntária que furou o bloqueio e conseguiu abraçar o pontífice. Vinte minutos depois, quando o papamóvel já deixava o centro e a multidão começava a se dispersar, os voluntários da JMJ ensaiaram formar o cordão de isolamento novamente. O telefone sem fio agora dava conta de que o Francisco voltaria à Rio Branco pela terceira vez. O público permaneceu no lugar até por volta das 18h10. Como o papa não voltou, todos se dispersaram e voltaram para casa.Q

Milhares de jovens que estão a caminho da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro fizeram nesta segunda-feira uma pausa em Aparecida, no interior de São Paulo. Muitos aproveitaram para fazer preces e agradecer a Nossa Senhora pela oportunidade do encontro.

Um grupo de 250 jovens de Brasília lotou seis ônibus e desembarcou no Santuário de Aparecida na manhã desta segunda-feira para um dia de adoração da Santa Padroeira do Brasil. "É uma emoção muito grande, a gente sempre vê pela TV e estar aqui, perto da Santa, é sensacional", comentou o estudante Frailson Portela, 18 anos.

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Gabriel da Cruz Siqueira, 14, aproveita o encontro para fazer novas amizades e vencer a timidez. "Antes eu era muito tímido; depois de todo o trabalho da preparação para a jornada, agora estou em tudo", disse, enquanto brincava com parte do grupo de peregrinos estrangeiros.

"Aqui está a razão da nossa fé, o maior sentido da nossa vida", resumiu Diego Antonio Moreira, 20, que pisou no Santuário de Aparecida pela primeira vez e ficou entusiasmado com a vivência de outras culturas. "Já fizemos a acolhida do pessoal vindo do Paraguai, Estados Unidos, Japão e Jamaica, tudo isso está sendo muito especial."

Acolhida diferente também para quem recepciona jovens de várias partes do mundo. "Aqui é um momento muito especial: antes de ir ao Pai, passamos pela Mãe", disse Paulo César de Oliveira, de São Paulo, guia do grupo de africanos de Uganda. Ele se prepara para receber 100 jovens coreanos e 95 espanhóis até esta quarta-feira, 24.

Terminou em confronto o protesto realizado nesta segunda-feira, 22, próximo ao Palácio Guanabara, sede do governo, em Laranjeiras, zona sul do Rio. A manifestação foi mantida a cerca de 200 metros do palácio. Às 19h45, um grupo lançou um coquetel molotov na direção dos policiais, que revidaram com bombas de gás lacrimogêneo. O papa Francisco já havia deixado o local.

O estudante de medicina Fellipe Camisão, de 24 anos, disse que atendeu um manifestante baleado na perna direita. "Ele estava com a namorada e foi baleado na perna. Não foi bala de borracha. Foi projétil de arma de fogo. Ele estava com hemorragia e estancamos o sangue", disse Camisão. O ferido é farmacêutico e foi colocado em um táxi para buscar atendimento. O Bope e o Choque faziam buscas por manifestantes pelo bairro até as 20h30.

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Os manifestantes fizeram protesto pelo Estado laico e contra o governador Sérgio Cabral (PMDB). Os ativistas queriam seguir até a frente do imóvel, mas foram barrados por um cordão de isolamento feito por policiais militares. Quando o papa já estava na residência em que ficará hospedado, no Sumaré, eclodiu o confronto. Houve correria. O protesto começou bem humorado. Houve performance de mulheres seminuas, que simulavam a "confissão" de práticas reprovadas pela Igreja, como o sexo antes do casamento. Aparentemente chocados, peregrinos que passavam ao lado começaram a rezar o pai-nosso de mãos dadas.

O avião da presidente Dilma Rousseff que levantou voo para levá-la ao encontro do papa Francisco deu carona para uma dezenas de autoridades do Legislativo e do Executivo. Entre os convidados estavam os presidentes do Senado, do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Renan estava acompanhado de sua mulher, Maria Verônica. Mas Laurita Arruda, noiva de Alves, não estava presente.

A filha da presidente, Paula, o genro, Rafael, e o neto, Gabriel, aguardavam Dilma no Palácio Guanabara. Segundo informações obtidas no Planalto, a família da presidente não usou avião da Força Aérea para voar de Porto Alegre, onde mora, para o Rio. Eles seguiram para o Rio em voo comercial, onde se encontraram com Dilma. A mãe e a tia da presidente permaneceram em Brasília.

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Oito ministros estavam a bordo do voo no Airbus presidencial: os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, das Comunicações, Helena Chagas, das Relações Exteriores, Antonio Patriota, das Comunicações, Paulo Bernardo, da Cultura, Marta Suplicy, e da Secretaria dos Portos, José Leônidas Cristino.

Outros seis ministros se juntaram à comitiva presidencial no Palácio Guanabara, totalizando 14 dos 39 auxiliares diretos da presidente a participarem da recepção ao Papa. Foram eles os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, do Trabalho, Manoel Dias, da Integração Social, Fernando Bezerra, do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, e da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco.

O papa Francisco pediu nesta segunda-feira que os jovens católicos do mundo evangelizem as nações, em seu primeiro discurso no Brasil, onde -como no resto da América Latina- a Igreja Católica perde fiéis há três décadas para os evangélicos e o laicismo. O Papa disse que veio à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que vai presidir de 23 a 28 de julho, para se reunir com jovens de todo o mundo "atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor".

Os jovens "querem encontrar um refúgio em seu abraço, bem perto de seu coração, voltar a ouvir seu chamado claro e forte: 'Vão e façam discípulos em todas as nações'", afirmou o primeiro papa latino-americano no país com o maior número de católicos do planeta.

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Francisco chegou ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira para a Jornada Mundial da Juventude e durante o trajeto que percorreu pelo centro da cidade do Rio foi saudado por uma multidão de fiéis, primeiro indo do aeroporto internacional Antônio Carlos Jobim à Catedral Metropolitana em um carro de passeio e, depois, deixando a igreja rumo ao III Comando Aéreo Regional (Comar) em um papamóvel aberto.

No III Comar, o Papa embarcou em um helicóptero militar que o levou para o campo do Fluminense, ao lado do Palácio Guanabara, onde se reuniu com autoridades em um coquetel. A Igreja no Brasil perdeu muitos fiéis para as religiões pentecostais nas últimas décadas e esta visita é vista como crucial para a recuperação do catolicismo no país, dado o grande carisma e a simplicidade do novo papa.

"Eu aprendi que, para termos acesso ao povo brasileiro é preciso entrar em seu grande coração. Então, permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta" dos corações dos brasileiros, disse o papa argentino, de 76 anos.

"Peço permissão para entrar e passar esta semana com vocês. Eu não tenho nem prata nem ouro, mas trago comigo a coisa mais preciosa dada a mim: Jesus Cristo!"

O papa Francisco fez nesta segunda-feira discurso em português, no Palácio Guanabara, e se esforçou para passar uma mensagem que usasse referências culturais brasileiras. "O motivo principal da minha presença no Brasil, como é sabido, transcende as suas fronteiras. Vim para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem agasalhar-se no Seu abraço para, junto de Seu coração, ouvir de novo o Seu potente e claro chamado: 'Ide e fazei discípulos entre todas as nações'", afirmou.

Ele afirmou que Deus quis, "na sua amorosa providência", que a primeira viagem internacional do pontificado fosse à América Latina, mais precisamente ao Brasil, "nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro". "Dou graças a Deus pela sua benignidade", disse, no primeiro discurso após a chegada ao Rio.

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Além dos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude, muitas pessoas que trabalham no Centro do Rio lotam as ruas para ver a passagem de Francisco. O auxiliar administrativo Levi Leonardo, de 29 anos, saiu para fazer um pagamento e não retornou à empresa. Para ele, feriado só na quinta-feira.

"A empresa não liberou, mas tive que vir!", justifica, enquanto ouve pelo rádio a notícia da chegada do papa a catedral metropolitana. "Ele ficou preso no congestionamento, vai ver o que a gente sofre todos os dias", afirmou Levi, morador de Irajá. A única preocupação dele era a volta pra casa. "O metrô vai estar muito cheio, os ônibus engarrafados. Tem tanta gente que está parecendo o Cordão do Bola Preta."

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A aposentada Sonia Torres, de 65 anos, concordou. "O papa não sabe o que vai encontrar. Carioca é muito espontâneo, não fica contido!" Para ela, mesmo com os transtornos para o trânsito, a visita é importante. "Sempre vale a pena. As pessoas vão ter mais consciência sobre a violência e o respeito ao outro. O papa Francisco é contra o tratamento diferente para as classes pobres, o que acontece muito no Brasil."

O papa não demonstra cansaço e sorri para o público. Emocionados, fiéis e peregrinos tiram fotos e acenam para o pontífice.

O filme poderia se chamar "Como ser um turista duro no Rio de Janeiro". Os peregrinos que chegaram à capital fluminense para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) fazem malabarismo e muita conta para se manter durante a semana do evento. Enquanto taxistas e donos de restaurantes da zona sul se queixam de que a "vida" não foi alterada pela visita do papa Francisco, gerentes de supermercados, quitandeiros e lojistas de bugigangas comemoram a chegada dos novos clientes.

Como outros jovens do interior do País, o eletricista Fernando Mazzini, 27 anos, de Piracicaba (SP), ganhou um cartão-refeição dos organizadores do evento com limite de 30 reais por dia. Mazzini e quatro amigos foram alojados na casa de uma professora em Realengo (zona oeste). É no bairro do subúrbio que ele prefere se alimentar, sempre em grupo. Na noite deste domingo, 21, uma rodada de pizza e refrigerantes para dez pessoas custou cem reais. "A pizza em Realengo está mais barata do que na minha cidade", diz.

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A cabeleireira Amanda Alves, 25 anos, e a assistente administrativa Fernanda Araújo, de 24, também de Piracicaba, decidiram comprar alimentos em supermercados. Nesta segunda-feira, fizeram uma "extravagância" econômica. Entraram numa pequena loja de roupas da Avenida Nossa Senhora de Copacabana e compraram shorts de praia por 25 reais. "Vamos entrar na água sem problema", disse Fernanda, que trouxe 500 reais do próprio bolso.

Na hora do almoço na Urca, Ipanema ou Flamengo, cartões-postais da capital, os peregrinos passam sem parar pelos restaurantes de mesas vazias e farão as refeições nas calçadas. O desempregado Vanderson Lafaiete, de 20 anos, de São Paulo, faz um esforço para não passar o limite do cartão. Lafaiete desfrutado a promoção de uma lanchonete que dá desconto de 100% no segundo hambúrguer. Pela manhã, toma café na paróquia da área onde está hospedado, em Realengo. Ele contou com a ajuda dos pais para custear a viagem de ônibus para a cidade.

O professor moçambicano Crispin Estevão, 24 anos, de Maputo, hospedado no Morro do Pavão-Pavãozinho (zona sul), pediu dinheiro emprestado ao chefe para pagar a viagem. A sorte é que Estevão trabalha para a própria paróquia. Um padre adiantou-lhe 50 mil meticales (US$ 1.700). Quando voltar à capital de Moçambique, trabalhará durante um ano sem receber salário. "O dinheiro vai me fazer falta, claro. Mas já está valendo a pena estar aqui", afirma, sorridente. "Meu país é pobre. Parece impossível uma pessoa pegar 50 mil para vir para a Jornada. Quis mostrar que é possível. É muito emocionante. O Brasil é o país de cores e alegria que eu imaginava, pela TV e pelo futebol. Em todas as novelas, eu via o Cristo-Rei."

O mecânico Joseph Pickett, 32 anos, de Brisbane, na Austrália, diz que só dispõe de 300 dólares para gastar na semana que ficará no município. Pickett e amigos compram todas as manhãs garrafões de água num supermercado da Rua Gustavo Sampaio, em Copacabana, para abastecer pequenos recipientes que levam nas mochilas. É no estabelecimento que se abastecem também de enlatados. No bairro, um prato executivo não sai por menos de 20 reais.

O estudante espanhol Guillem Falgueras, 17 anos, de Barcelona, é hóspede na casa de uma família na Barra da Tijuca (zona oeste). Nos primeiros dias no Rio, Guillem avaliou que os preços cobrados no comércio estão "razoáveis". "Não posso falar muito porque minha única referência é a Espanha, que passa por uma crise financeira e social. Lá, a gente também enfrenta dificuldades para viver."

Centenas de manifestantes de três grupos distintos estão reunidos na tarde desta segunda-feira, 22, no Largo do Machado, de onde deverão partir por volta das 17h em uma marcha rumo ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual do Rio, em Laranjeiras (zona sul), onde o papa Francisco será recepcionado por autoridades brasileiras.

O protesto reúne representantes de sindicatos e partidos políticos, como o PSTU e o Conlutas, ativistas da causa GLBT e feministas que protestam pelo direito ao corpo e pelo Estado laico. O universitário João Pedro Accioly Teixeira é organizador do Beijaço, que vai reunir casais homossexuais se beijando em frente ao Palácio Guanabara por volta das 18h de hoje. Ele disse que a ideia do ato surgiu após uma declaração do papa anterior, Bento 16, que afirmou que o casamento homoafetivo representa um perigo às organizações familiares. "Numa sociedade em que beijo ainda é considerado uma ofensa, protestos como esse são necessários".

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O grupo está reunido desde as 14h no Largo do Machado, promovendo oficina de cartazes e discussões sobre temas como feminismo e diversidade sexual.

Outro grupo reúne artistas de rua que realizam performances. Oito mulheres seminuas caracterizadas como indígenas, ciganas e bruxas alertam para a importância do Estado laico e pelos direitos das mulheres. "O Estatuto do Nascituro não nos representa. Nós somos o país das mães solteiras e deve haver políticas públicas para isso. Meu corpo, minhas regras", disse a atriz Taísa Machado.

Os grupos de manifestantes são observados por centenas de peregrinos que foram ao Rio para participar da Jornada Mundial da Juventude e estão no local para embarcar nas vans que levam ao Cristo Redentor.

Os dois lados da Avenida Rio Branco, no Rio, estão completamente tomados por peregrinos e trabalhadores da região, que aguardam a passagem do papa Francisco. Os peregrinos cantam a música oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para saudar cada grupo de paróquia que chega. "A jornada será uma festa durante todo o tempo, mas o importante é que a festa continue depois nas paróquias, levando adiante o clima de renovação que o papa propõe. A gente espera que a Igreja se renove com a vitalidade da juventude", disse o frei carmelita Antônio Farias, do Recife, que chegou há cinco dias ao Rio.

O Papa Francisco chegou nesta segunda-feira ao Rio de Janeiro, onde realiza a primeira viagem ao exterior de seu pontificado, por ocasião da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

O avião do primeiro papa latino-americano da história aterrissou às 15h43 no aeroporto internacional Tom Jobim. O Papa será recebido pela presidente Dilma Rousseff, enquanto milhares de fiéis aguardam a sua passagem em um jipe descoberto pelo centro da cidade para saudá-lo.

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