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Desde que deixou o MDB e se filiou ao PR, no início de abril, o empresário Josué Christiano Gomes da Silva já foi apontado como eventual nome de partidos do centro na disputa presidencial e citado como vice ideal do PT e de Ciro Gomes (PDT).

Presidente da indústria têxtil Coteminas, o filho do ex-vice-presidente José Alencar (que morreu em 2011) chegou a ser estimulado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a se aventurar como cabeça de chapa. Também é constantemente lembrado para a eleição majoritária em Minas Gerais, onde estreou numa disputa eleitoral em 2014 - Josué disputou uma vaga no Senado pelo MDB; conquistou 3,6 milhões de votos, mas não foi eleito.

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Ditado

Entre tantas possibilidades, ou "boatos", como define, o empresário prefere ser bem mineiro: "Há um ditado que diz que passarinho na muda não pia", afirmou quando questionado sobre uma real disposição de concorrer à Presidência. "Estou esperando uma decisão do PR, provavelmente nesta semana. Como militante recém-chegado ao partido, o meu papel de conversar, dialogar, eu já fiz. Minhas posições são muito claras", completou Josué.

O PR, sob o comando de Valdemar Costa Neto, negocia seu apoio na eleição presidencial com projetos bem distintos: do PT ao deputado Jair Bolsonaro, pré-candidato do PSL.

O empresário indicou o que está em jogo nas articulações. "Acho que o PR, como qualquer agremiação, tem o interesse no crescimento ou, no mínimo, na manutenção da atual bancada dos atuais 41 representantes da Câmara Federal", disse.

Sobre Bolsonaro, que trabalha para ter como vice o senador Magno Malta (PR-ES), Josué evitou se posicionar. "Não o conheço. Só estive uma vez com ele quando ele foi ao velório do papai, pelo que sou muito grato." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pré-candidato declarado ao Palácio do Planalto em 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está à procura de um vice para a chapa. No momento, o nome mais cotado, segundo aliados do petista, é o do empresário mineiro Josué Gomes da Silva, de 53 anos. Presidente da Coteminas, Josué é filho do ex-vice-presidente José Alencar, eleito numa dobradinha com Lula em 2002 e 2006 e que morreu em março de 2011.

"O Josué vai ser o vice do Lula em 2018. Estive com os dois recentemente", afirmou ao Estadão/Broadcast o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), ex-presidente do PT mineiro. Segundo o parlamentar, o ex-presidente e o empresário têm conversado sobre o assunto.

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Josué - que adotou o sobrenome Alencar na eleição de 2014, quando concorreu ao Senado por Minas Gerais - é filiado ao PMDB desde 2013. Para viabilizar uma eventual candidatura a vice de Lula em 2018, ele teria de deixar o partido. O destino seria o PR, antigo PL, sigla à qual seu pai foi filiado quando se candidatou a vice-presidente e na qual se manteve durante todo o governo do petista.

O PR hoje integra a base aliada do presidente Michel Temer, mas seus principais dirigentes, como o ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP) e o atual presidente da sigla, o ex-senador Antonio Carlos Rodrigues (SP), têm boa relação com Lula. "Sou o maior defensor dessa aliança. Mas é uma discussão partidária. Temos de aguardar os acontecimentos", afirmou Rodrigues.

Segundo ele, o PR de Minas Gerais já convidou Josué para ingressar no partido. No Estado, porém, a ideia por enquanto é que o empresário seja candidato a governador. Em 2014, Josué ficou em segundo lugar na disputa por uma vaga de senador, com 3,6 milhões de voto, perdendo para Antonio Anastasia (PSDB), que obteve 5,1 milhões de votos.

'Gestão'

Procurado, Josué não quis se pronunciar sobre uma eventual candidatura no ano que vem. Também não comentou os rumores sobre a migração do PMDB para o PR. Por meio de sua assessoria, o empresário afirmou que "está totalmente dedicado à gestão das empresas que preside". O Instituto Lula também não comentou o assunto.

No PT, a avaliação é de que Josué como candidato a vice pode ajudar Lula a reconquistar o apoio do empresariado. "O nome do Josué sempre foi lembrado e admirado por nós para ser alguém que nos ajude na nova política que o Brasil precisa. São pessoas como ele que o PT precisa trazer para perto", disse o senador Jorge Viana (PT-AC), um dos parlamentares mais próximos do ex-presidente.

Conforme Viana, na eleição de 2010, o nome do empresário chegou a ser cogitado como vice na chapa de Dilma Rousseff, mas houve resistência dentro do PMDB, que escolheu Temer.

De acordo com petistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, as conversas sobre um nome para vice se dão, por enquanto, em um cenário no qual Lula será candidato, sem impedimento judicial. O petista foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão, no caso do triplex do Guarujá (SP).

Homenagem

O ex-presidente Lula recebeu nesta quarta-feira, 23, o título de doutor honoris causa da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), em Arapiraca. Na semana passada, quando iniciou sua caravana pelo Nordeste, o petista foi impedido pela Justiça Federal de receber o mesmo título na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou uma homenagem, nesta terça-feira (17), ao ex-vice-presidente José Alencar (PRB), falecido em 2011. Com uma galeria de 13 fotos no Facebook, o petista afirma que seu companheiro de mandato foi “exemplo de ser humano, leal nos bons e maus momentos”.

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A postura de Lula é exposta após o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB) – atual presidente em exercício, já que Dilma Rousseff (PT) está afastada do exercício do mandato por até 180 dias – passar um período de, no mínimo, um mês fazendo articulações para assumir o governo. 

Nos bastidores, conta-se que Temer teria sido o principal articulador do desembarque do PMDB da base aliada e, consequentemente, do apoio dos parlamentares da legenda ao impeachment de Dilma.

Os corpos de dois irmãos do ex-vice-presidente José Alencar foram enterrados hoje em municípios da Zona da Mata mineira, região de origem da família. Álvaro Gomes da Silva, de 92 anos, e Elza Gomes da Silva Cataldo, de 86, morreram ontem em cidades de Minas e Espírito Santo em um intervalo de menos de duas horas.

As mortes ocorreram dois meses antes do aniversário de um ano da morte do empresário que foi eleito e reeleito ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e morreu em 29 de março do ano passado, vítima de um câncer contra o qual lutou por mais de dez anos.

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Álvaro foi internado no início da noite de quinta-feira em um hospital de Piúma (ES), onde vivia, e não resistiu. Ele já tinha a saúde fragilizada e não chegou a comparecer às cerimônias fúnebres do ex-vice-presidente. Já Elza Gomes da Silva Cataldo, de 86, morreu no Hospital Socor, na capital mineira, onde estava internada.

A família não confirmou as causas das mortes, mas apenas que os corpos de Elza e Álvaro foram enterrados, respectivamente, em Tocantins e Muriaé, ambas na Zona da Mata. A última é onde fica o distrito de Itamuri, local de nascimento de Alencar e no qual está a Igreja Nossa Senhora da Glória, onde o ex-vice-presidente foi batizado.

Na família eram 15 irmãos - José Alencar era o 11º - e, agora, apenas três estão vivos. Também naturais da Zona da Mata mineira, Célia da Silva Peres de Freitas, de 84, Antônio Gomes da Silva, de 76, e Dolores Maria Silva Ribeiro, de 64, vivem atualmente em Belo Horizonte.

Quase 30 documentos inéditos que integram a obra do escritor José de Alencar, considerado o fundador do romance brasileiro, começam a ser recuperados. O projeto Digitalização dos Manuscritos de José de Alencar foi lançado nesta sexta-feira (4), às 15h, em Fortaleza, no Ceará.

“[Os técnicos e professores da Universidade Federal do Ceará (UFC)] estão trabalhando com uma firma de digitalização especializada. São diversos manuscritos, muitos que não estão no Ceará, mas, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. É uma série de anotações, cadernos, romances iniciados e não terminados. Este material será digitalizado e disponibilizado na Casa de José de Alencar, que pertence a UFC e vai servir para estudo e pesquisa”, explicou Luís Carlos do Nascimento, gestor de patrocínio cultural da Petrobras.

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O projeto de digitalização será feito com um scanner de baixa luminosidade, adequado para captar imagens de documentos frágeis e de difícil manipulação, como os textos encadernados do escritor. Nascimento lembrou que o projeto reforça a proposta de descentralização dos patrocínios culturais no país, abrindo espaço para iniciativas originadas, principalmente, no Nordeste brasileiro. “O programa tem esse olhar especial para projetos fora do eixo Rio-São Paulo”, acrescentou.

Entre os documentos inéditos que serão preservados com a digitalização estão cadernos com fragmentos de textos de José de Alencar que já foram publicados, como o livro autobiográfico do escritor intitulado Como e Por Que Sou Romancista. Outro documento que vai integrar o acervo digital é o ensaio antropológico Antiguidade da América, divulgado há pouco mais de um ano pelos especialistas em literatura da UFC.

“É um autor que merece ser redescoberto e há muito material inédito que precisa ser divulgado. Ano passado publicamos dois manuscritos inéditos dele [o ensaio Antiguidade da América e Raça Primogênita] e agora queremos dilatar isso divulgando um número maior de material que, ainda que inacabados, contribuem decisivamente para redescobrir o autor do ponto de vista crítico”, avaliou Marcelo Peloggio, professor de literatura brasileira da Universidade Federal do Ceará que integra o grupo responsável pela digitalização da obra de José de Alencar.

Segundo Peloggio, outro manuscrito que merece destaque é o romance que não foi concluído, Os Contrabandistas. “Há cópias, infelizmente em estado ruim, deste primeiro romance que ele havia escrito, quando ele tinha 18 anos. Infelizmente não será possível a reprodução total porque o material está muito deteriorado, mas, ainda assim, é um material interessante que mostra que nossa memória cultural precisa ser retrabalhada. Tem também anotações e rascunhos do Alencar. É curioso observar, por exemplo, que ele fazia revisão de material que já havia sido publicado, além de croquis de peças teatrais”, acrescentou o especialista em literatura.

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