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O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), restabeleceu nesta sexta-feira, 5, os direitos políticos do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, que planeja sair candidato a deputado federal. O prazo para definição das candidaturas termina hoje.

A decisão anulou o julgamento do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, que tornou o ex-governador inelegível em uma ação de improbidade administrativa derivada das investigações da Operação Caixa de Pandora.

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Nunes Marques atendeu a um pedido da defesa. O fundamento usado foi a reforma na Lei de Improbidade Administrativa (LIA), em vigor desde outubro do ano passado, que encurtou o prazo para prescrição dos atos de improbidade.

O STF ainda não bateu o martelo sobre os efeitos da mudança legislativa para casos passados. O julgamento foi aberto esta semana no plenário e será retomado na próxima quarta. Em sua decisão, Nunes Marques destaca que a medida é provisória e dá direito ao ex-governador registrar sua candidatura, uma vez que o prazo estabelecido no calendário eleitoral termina nesta sexta, mas que é preciso aguardar o posicionamento colegiado.

"Embora a prudência autorize a concessão da liminar, cabe exclusivamente ao candidato a assunção dos riscos decorrentes da formalização precária de sua candidatura", escreveu o ministro.

A Caixa de Pandora estourou em 2009 e revelou suspeitas sobre um esquema de desvio de dinheiro de contratos firmados entre o governo do Distrito Federal e empresas de informática para pagar propina a integrantes do Executivo e a deputados distritais, em troca da apoio político.

Condenado pela prática de crime de corrupção de testemunha, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PL) se prepara para voltar à cena política, após mais de dez anos afastado das urnas, e poderá exibir a credencial de candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Palácio do Buriti. Uma decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, anulou nesta quarta-feira (6) as duas condenações restantes de Arruda e restabeleceu os seus direitos políticos.

O STJ está em recesso, e Martins concedeu uma liminar ao ex-governador. A decisão passará pelo plenário do tribunal, mas a tendência é que seja mantida. Primeiro governador preso durante o exercício do mandato, em 2010, o ex-tucano foi impedido pela Justiça de disputar a eleição de 2014, mas teve anuladas suas condenações na Operação Caixa de Pandora - caso também conhecido como mensalão do DEM - pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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Acusado de receber propina, Arruda chegou a aparecer em um vídeo pegando R$ 50 mil em notas de R$ 100. No auge do escândalo, ele disse que o dinheiro era para pagar panetones a famílias de baixa renda.

Mesmo com a decisão do Supremo, o ex-governador ainda estava impedido de participar da eleição por causa da Lei da Ficha Limpa. Ainda pesavam contra ele duas condenações por improbidade administrativa, originadas do caso da Linknet, empresa que teria abastecido o mensalão do DEM.

No recurso encaminhado ao STJ, a defesa de Arruda diz que não houve dolo na contratação da Linknet. O pedido foi feito com base na nova Lei de Improbidade, aprovada no ano passado pelo Congresso, que dificulta as condenações por esse crime.

O Centrão aposta agora que Arruda será o candidato apoiado pelo Palácio do Planalto para o Buriti. Em conversas reservadas, aliados de Bolsonaro dizem que ele não quer mais fechar acordo com o governador Ibaneis Rocha (MDB), que concorre à reeleição e, na avaliação do Planalto, estaria se aproximando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os três senadores do DF - Izalci Lucas (PSDB), Leila Barros (PDT) e Reguffe (União) - apresentaram pré-candidaturas ao governo e tentam se acertar para se contrapor a Ibaneis numa única chapa, mas até agora não houve acordo. Rafael Parente (PSB), Leandro Grass (PV) e Keka Bagno (PSOL) também se apresentam como pré-candidatos.

O ex-deputado Alberto Fraga (PL-DF) é um dos que desejam abertamente a volta de Arruda à política. "Hoje ninguém tira a eleição para governador dele", disse Fraga. Na sua avaliação, Ibaneis "não tem nada a ver" com Bolsonaro.

Ibaneis é candidato a novo mandato e, mesmo antes da decisão do STJ, já admitia a possibilidade de perder o apoio do presidente. "Até o registro das candidaturas, tudo é possível", afirmou ele ao Estadão/Broadcast.

Segundo o governador, já são estudadas alternativas para candidatura ao Senado, caso o PL de Arruda desembarque de sua aliança. Ibaneis, porém, não citou nomes. "Temos várias (opções para o Senado), mas prefiro acreditar que continuaremos juntos (com o PL)", declarou. Atualmente, o acordo prevê que a deputada Flávia Arruda (PL-DF), mulher do ex-governador e ex-ministra de Bolsonaro, seja candidata ao Senado na chapa de Ibaneis.

A pré-candidatura de Arruda também ajuda a resolver um impasse no palanque de Bolsonaro no Distrito Federal. Hoje as ex-ministras Flávia e Damares Alves (Republicanos) querem ser candidatas ao Senado. Com o rompimento com Ibaneis, Damares poderia ser candidata a senadora na chapa de Arruda, enquanto Flávia concorreria à reeleição como deputada. Questionada pelo Estadão/Broadcast, ela negou a possibilidade de não ser candidata ao Senado.

Damares também tem defendido Arruda. "Ele tem o direito de buscar a viabilização de sua candidatura e de apresentar ao povo suas propostas e intenções. Os processos que o envolvem já provocaram nele e na família muita dor e sofrimento", afirmou a ex-ministra. Mesmo assim, Damares evitou dizer se quer ser candidata ao Senado na chapa do ex-governador. "Estar com ele ou não é uma decisão que envolve legislação, federação, coligações e compromissos entre os partidos. Tudo isso foge, de uma certa forma, de minha alçada", disse.

Além de Damares, o empresário Paulo Octávio (PSD-DF), que já foi vice-governador e continua aliado de Arruda, apresentou a pré-candidatura ao Senado. Mas, em conversas com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, o empresário disse que espera a consolidação de acordos partidários para decidir sua participação na eleição.

Prisão

Arruda chegou a ser preso preventivamente por dois meses em 2010, durante o exercício de seu mandato como governador. No mesmo ano, ele perdeu o cargo por infidelidade partidária, já que havia se desfiliado do DEM, partido pelo qual se elegeu.

Na eleição de 2014, Arruda tentou concorrer novamente ao governo do Distrito Federal, mas teve sua candidatura cassada. Em vez disso, Flávia Arruda foi candidata a vice na chapa encabeçada por Jofran Frejat (PL), que perdeu para Rodrigo Rollemberg (PSB) no segundo turno.

O ex-governador havia sido condenado após ser acusado de subornar uma testemunha na investigação da Operação Caixa de Pandora. Arruda teria falsificado notas fiscais para justificar o recebimento de propina.

O ministro do Supremo André Mendonça considerou que os documentos classificados como falsos "foram confeccionados também com a finalidade de apresentação à Justiça Eleitoral". Com esse argumento, Mendonça despachou o caso para a Justiça Eleitoral, o que fez o processo voltar ao início.

Em 2001, quando líder do governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no Senado, Arruda foi acusado de violar o painel de votação da Casa para quebrar o sigilo de votação que cassou o então senador Luiz Estevão.

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), julgou inviável habeas corpus no qual a defesa do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda buscava o direito de produzir novas provas em ação penal a que ele responde na Justiça do DF. Arruda foi denunciado por suposta prática dos crimes de falsidade ideológica e corrupção de testemunha em razão de fatos decorrentes da Operação Caixa de Pandora As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta terça-feira (23), os ex-governadores do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR). Também foi apreendido o ex-vice governador Tadeu Filippelli (PMDB), que atualmente é assessor especial do presidente Michel Temer. Eles são suspeitos de integrar uma organização criminosa que desviou recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.

Arruda já está na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Já Agnelo está preso em casa e será encaminhado ao mesmo local.

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A arena inicialmente custaria cerca de R$ 600 milhões, mas o custo final chegou a R$ 1,575 bilhão. Segundo os investigadores, a fraude envolveria os R$ 900 milhões a mais da obra. De acordo com a PF, a obra do estádio contou com o financiamento da Terracap, estatal distrital que não tem esse tipo de operação financeira prevista no rol de suas atividades. Os demais estádios da Copa do Mundo receberam recursos do BNDES.

Dentro da Operação Panatenaico, a PF também cumpre mandados contra agentes públicos e ex-agentes públicos, construtoras e operadores das propinas ao longo de três gestões do Governo do Distrito Federal. Ao todo, 80 policiais estão envolvidos ação, divididos em 16 equipes, cumprindo 15 mandados de busca de apreensão, 10 de prisão temporária, além de três conduções coercitivas.

A ação é fruto da delação premiada de executivos da construtora Andrade Gutierrez, que ganhou a licitação para as obras do Estádio de Brasília junto com a Via Engenharia. A PF acredita que  agentes públicos, com a intermediação de operadores de propinas, tenham realizado conluios e, assim, simulado procedimentos previstos em edital de licitação.

A PF cumpre mandados de prisão  contra os ex-presidentes da Novacap Maruska Lima e Nilson Martorelli, o ex-secretário Extraordinário da Copa do Mundo Cláudio Monteiro, os empresários Jorge Luiz Salomão e Sérgio Lúcio Silva Andrade, e o dono da construtora Via Engenharia, Fernando Márcio Queiroz.

Os advogados Wellington Medeiros e de Luís Carlos Alcoforado foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimentos. Os agentes fizeram busca e apreensão de documentos no escritório deles, assim como nas  residências de todos os investigados com mandados de prisão. O Ministério Público Federal pediu ainda que fosse decretada a indisponibilidade dos bens dos investigados.

Panatenaico

A operação foi batizada como referência ao Stadium Panatenaico, sede dos jogos panatenaicos, competições realizadas na Grécia Antiga que foram anteriores aos Jogos Olímpicos. A história desta arena utilizada para a prática de esportes pelos helênicos, tida como uma das mais antigas do mundo, remonta à época clássica, quando estádio ainda tinha assentos de madeira.

A construção foi toda remodelada em mármore, por Arconte Licurgo, no ano 329 a.C., e foi ampliado e renovado por Herodes Ático, no ano 140 d.C., com uma capacidade de 50 mil assentos. Os restos da antiga estrutura foram escavados e restaurados, com fundos proporcionados para o renascimento dos Jogos Olímpicos de 1896.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu suspender as ações penais referentes ao esquema de corrupção revelado pela Operação Caixa de Pandora, caso que levou à prisão do então governador Distrito Federal José Roberto Arruda (ex-DEM), em fevereiro de 2010. A decisão cautelar, tomada pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca na sexta-feira passada, vale até a conclusão do julgamento sobre um recurso apresentado pela defesa de Arruda.

A defesa do ex-governador alega que as conversas gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, delator do esquema conhecido como "mensalão do DEM" foram editadas e pediu que fosse realizada uma perícia no material. Os advogados também pedem que sejam anuladas as decisões judiciais e provas produzidas no processo que investiga Arruda.

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A Quinta Turma do STJ começou a analisar o recurso de Arruda na quinta-feira passada. O ministro Reynaldo Fonseca, relator do processo, atendeu o pedido da defesa de Arruda apenas no que diz respeito à perícia. O julgamento, no entanto, foi suspenso depois de pedido de vista do ministro Felix Fischer.

A decisão cautelar tomada por Fonseca atinge todos os réus dos processos penais oriundos da Caixa de Pandora, inclusive Arruda.

O ex-governador foi preso em fevereiro de 2010 sob a acusação de coagir testemunhas e obstruir as investigações sobre o esquema de corrupção no governo do Distrito Federal. Ele foi liberado dois meses depois.

Em acordo de delação premiada com a Polícia Federal durante a operação Caixa de Pandora, em 2009, Durval denunciou um esquema de corrupção envolvendo o alto escalão do governo do DF e que culminou na queda de Arruda e de seu vice, o empresário Paulo Octávio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato ao governo do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PR), entregou neste domingo (14), ao Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF), o pedido formal de renúncia da sua candidatura. Também foi protocolado, segundo o Tribunal, o pedido de substituição da chapa da coligação, que agora será encabeçada por Jofran Frejat e terá como candidata a vice a esposa de Arruda, Flávia Peres.

A decisão de Arruda foi anunciada nesse sábado (13). O ex-governador do DF teve seu registro de candidatura indeferido pelo TRE-DF em agosto deste ano, depois de ser condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do DF por improbidade administrativa. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também confirmou a posição contrária à candidatura de Arruda, que vinha travando uma batalha na Justiça para tentar reverter a decisão. O prazo final para mudanças na composição das chapas, junto à Justiça Eleitoral, termina nesta segunda-feira (15).

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A situação do ex-governador José Roberto Arruda, que pretende concorrer nas eleições deste ano ao governo do Distrito Federal, continua indefinida. Nesta noite, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisaria um recurso da defesa de Arruda contra decisão da corte do último dia 27 que barrou a candidatura do ex-governador, o ministro Gilmar Medes pediu vista do processo. O recurso, um embargo de declaração, costuma ser utilizado para esclarecer algum ponto obscuro do julgamento, sem realizar alterações expressivas no resultado do julgamento.

O relator do caso, ministro Henrique Neves, votou pela procedência em parte do recurso. O ministro aceitou prestar esclarecimento requerido pela defesa, porém negou modificar a decisão da corte. Antes que os demais ministros votassem, Mendes pediu vista. Ao fim da sessão, Mendes admitiu que pode trazer o caso novamente na sessão de quinta-feira (11) e disse que precisa estudar o caso.

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Mendes foi o único ministro a votar pela liberação da candidatura de Arruda no TSE. Questionado se levará em conta o quanto a demora na definição pode prejudicar o resultado das eleições, Mendes afirmou que a lei permite esse tipo de situação atualmente e respondeu: "Falta combinar com os russos", sugerindo que isso é tarefa do Congresso Nacional.

Enquanto isso, a campanha de Arruda ao governo continua, mesmo após a justiça eleitoral ter negado o registro de candidatura. O ministro Dias Toffoli, presidente do TSE, negou na semana passada pedido do Ministério Público Eleitoral para enviar a decisão da Corte ao tribunal regional e suspender imediatamente a campanha do ex-governador condenado por improbidade. Toffoli apontou que ainda estava no prazo para as partes de manifestarem nos embargos que declaração Arruda que tramitam na Corte.

A expectativa era de que hoje, na ocasião da análise dos embargos, os ministros chegassem a discutir o andamento ou não da campanha. Com a vista de Gilmar Mendes, contudo, o imbróglio continua. Após a decisão sobre este recurso no TSE, a defesa ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) em recurso extraordinário.

Outra frente de batalha aberta pela defesa do político se encontra no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nesta tarde, a 1ª Turma da Corte negou recurso em que Arruda pretendia que fosse invalidada a decisão de primeira e de segunda instância que o condenou, a partir da alegação de suspeição do juiz de primeiro grau. No entanto, os ministros entenderam que o juiz do caso não era suspeito. Ainda cabe recurso especial no STJ contra a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal que condenou Arruda por improbidade.

A condenação de Arruda por improbidade administrativa dolosa o enquadrou nas hipóteses da Lei da Ficha Limpa, o que fez com que sua candidatura fosse negada pelo TRE-DF. A defesa já apresentou ao STJ pedido de medida cautelar para suspender os efeitos da decisão do TJ-DF até que seja analisado o recurso especial - que sequer foi apresentado à Corte até o momento. Os advogados contam com esta decisão para que o político consiga concorrer nas eleições deste ano.

A operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal em 2009, revelou o chamado "mensalão do DEM" e levou o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda a permanecer preso preventivamente por cerca de dois meses e posteriormente ter seu mandato cassado pela justiça. Arruda foi flagrado por escutas conversando com seu secretário sobre a distribuição de propina a parlamentares. Um vídeo mostra o ex-governador recebendo R$ 50 mil.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) define nesta terça-feira (26) o futuro político do candidato ao governo do Distrito Federal (DF), José Roberto Arruda (PP). Na sessão marcada para as 19h, sete ministros da Corte vão decidir se confirmam o entendimento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que negou o registro da candidatura do ex-governador às eleições de outubro, com base na Lei da Ficha Limpa.

No TSE, o advogado de Arruda, Francisco Emerenciano, disse à Agência Brasil que vai sustentar que a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) - confirmando a suspensão dos direitos políticos dele por oito anos por improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio público - é posterior ao pedido de registro de candidatura e, por isso, não poderia impedi-lo de entrar na disputa. Ainda segundo o advogado, Arruda solicitou à Justiça Eleitoral seu registro no dia 4 de julho e a decisão do TJDFT foi tomada em 9 de julho. “Não sabemos o que levou os ministros do TRE a tomar essa decisão, mas hoje vamos conseguir reverter esse entendimento. Arruda está otimista e confiante em relação ao resultado desta noite”, disse o advogado.

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Emereciano não quis adiantar o que vai fazer caso Arruda, que lidera as pesquisas de intenção de voto no DF, tenha uma decisão desfavorável no TSE. Entre as possibilidades, a defesa poderá apresentar à Justiça Eleitoral embargos de declaração, que não modificam a decisão, mas podem ser solicitados para esclarecer pontos considerados obscuros no julgamento e, consequentemente, protelar o cumprimento da decisão.

Outra estratégia da defesa pode ser de apresentar um recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, caso consiga questionar algum ponto da decisão do TSE que envolva questões constitucionais.

A impugnação da candidatura de Arruda ao cargo de governador foi requerida por Antônio Carlos de Andrade, o Toninho do PSOL, e por Aldemário Araújo Castro, candidatos aos cargos de governador e senador pela mesma legenda. Os candidatos a deputado distrital Ricardo Lopes Burity e Raphael Daher Curado, que concorrem uma vaga na Câmara Federal, também fazem parte da ação.

A relatoria do recurso de Arruda será do ministro Henrique Neves. Ele assumiu a relatoria no lugar da ministra Luciana Lóssio, que se declarou impedida por ter sido advogada do candidato durante o inquérito que apurou as denúncias da Operação Caixa de Pandora, em 2009, no Distrito Federal. A descoberta do esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propina a integrantes do Executivo e do Legislativo local resultou na saída do então governador José Roberto Arruda e de seu vice, Paulo Octávio.

Além de Arruda, a candidata ao governo do Distrito Federal Perci Marrara (PCO) também teve a candidatura impugnada pelo TRE-DF e aguarda julgamento de recurso no TSE, ainda sem previsão. Segundo o Ministério Público Eleitoral, ela não prestou contas da campanha à Câmara dos Deputados, em 2010. A Lei Eleitoral exige que os candidatos estejam quites com a Justiça Eleitoral para concorrer.

Em contestação encaminhada no início da tarde desta sexta-feira, 25, ao Tribunal Regional Eleitoral de Brasília (TRE-DF), a defesa de José Roberto Arruda, candidato pelo PR a um novo mandato ao governo do Distrito Federal, pediu a rejeição do pedido de impugnação apresentado pelo Ministério Público Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. A decisão do MP se baseou no fato de que Arruda se tornou ficha-suja após ter sido condenado em decisão colegiada pelo Tribunal de Justiça da capital (TJDFT) no último dia 9, em processo por envolvimento no escândalo do mensalão do DEM.

Autor do pedido de impugnação, o procurador-regional Eleitoral do DF, Elton Ghersel disse que as condenações por ato de improbidade administrativa e por enriquecimento ilícito sofridas por Arruda são causas de inelegibilidade. Para ele, casos como o de Arruda podem ser arguidos mesmo após o fim do prazo de registro de candidatura, uma vez que há "previsão legal de cancelamento do registro". O candidato do PR requereu ao TRE do DF seu registro no dia 4 de julho.

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Em 2010, Arruda se tornou o primeiro governador preso no exercício do cargo no País. Ele foi detido por suspeita de tentativa de suborno de uma testemunha do esquema de corrupção na capital do País. Na véspera de ser expulso do DEM, ele deixou o partido. Posteriormente foi cassado pela Justiça Eleitoral por infidelidade partidária.

Nas 22 páginas da contestação, o advogado Francisco Emerenciano, defensor de Arruda, alegou inicialmente que uma decisão do TJDFT que condenou-o não gera automaticamente uma inelegibilidade. Ele argumentou também que o entendimento consolidado há mais de 10 anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o de que não se pode tentar barrar uma candidatura com fatos ocorridos após o prazo final para o seu respectivo registro, como no caso do candidato ao PR.

Para a defesa, a alteração do entendimento, como quer o Ministério Público, pode abalar as expectativas dos candidatos em relação à Justiça Eleitoral, o que, certamente, "não será tolerado". O defensor citou ainda o fato de que, dos 1.850 registros de candidatura impugnados pelo MP, 367 se baseiam na Lei da Ficha Limpa. "A mudança repentina de orientação jurisprudencial ora defendida pelo parquet (Ministério Público) tende a gerar um clima de insegurança no País, com candidaturas em xeque e indecisões do eleitor quanto ao proveito de seu voto", afirmou a defesa de Arruda, na contestação.

Em entrevista, o advogado Francisco Emerenciano disse ter feito uma pesquisa durante dois meses e, em 500 processos, não encontrou um no qual a Justiça Eleitoral cassou a candidatura por um fato ocorrido após o prazo de registro. "Mudar essa jurisprudência com o jogo sendo jogado é complicado para a democracia", criticou.

A previsão é que o TRE de Brasília vá julgar até o início de agosto o pedido do Ministério Público para barrar Arruda, que, em caso de derrota, pode recorrer da decisão a instâncias superiores. O pedido do MP é o principal das impugnações apresentadas contra Arruda, alvo de outras quatro contestações pelo Psol e por pessoas.

O advogado Francisco Emerenciano, que representa o ex-governador José Roberto Arruda, contestou nesta quarta, 16, o pedido de impugnação da candidatura ao governo do Distrito Federal apresentado hoje pelo Ministério Público Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. "Nós temos uma posição bastante tranquila em relação a isso. Nós temos que desmistificar o fato de a ação ter sido ajuizada pelo Ministério Público teria mais força que a de terceiros", criticou.

Segundo ele, o pedido do MP não se sustenta por dois motivos: o MP ter apresentado a impugnação hoje, sendo que o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o de que as impugnações têm de ser apresentadas até o prazo final do registro das candidaturas, dia 5 de julho; e o fato de ainda não ter sido publicado o acórdão (resumo) da decisão do Tribunal de Justiça do DF que, no dia 9, condenou-o por ato de improbidade administrativa e por enriquecimento ilícito por envolvimento no escândalo do mensalão do DEM.

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Francisco Emerenciano disse que Arruda continua a campanha normalmente e não haverá qualquer mudança na sua rotina. "Temos a convicção de que (Arruda) terá o registro deferido, ser[a diplomado e tomará posse e vai exercer o mandato, caso vença a eleição", afirmou.

Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) confirmaram a condenação do ex-governador José Roberto Arruda (PR) por ato de improbidade administrativa. Suspeito de envolvimento com um esquema batizado de mensalão do Distrito Federal, Arruda é candidato ao governo de Brasília. Ele, que chegou a ser preso em 2010, poderá recorrer da condenação a órgãos superiores da Justiça.

Como a condenação ocorreu após o pedido de registro da candidatura, atualmente não haveria impedimentos para que ele disputasse mais um mandato como governador. A Lei da Ficha Limpa veda a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados, como o TJ. Mas, pela jurisprudência em vigor, os políticos somente podem ser impedidos de disputar uma eleição se a condenação ocorrer antes do registro da candidatura.

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O Ministério Público deverá tentar derrubar essa jurisprudência para tentar impedir as candidaturas de políticos condenados por órgãos colegiados em data posterior ao registro. No entanto, não há garantias de que esse eventual recurso tenha sucesso. O MP também deverá sustentar que a condenação ocorreu antes de a Justiça Eleitoral analisar efetivamente o registro para Arruda. Ainda está no prazo para o registro ser impugnado. Mas, enquanto isso, ele poderá fazer campanha ao governo.

Primeiro governador preso no exercício do cargo, José Roberto Arruda quer retomar a partir de 2015 o comando do Distrito Federal. Ele perdeu o cargo em 2010, envolvido no "mensalão do DEM" de Brasília. Agora ele está no PR e na tentativa de voltar ao Palácio do Buriti. Diz que seu projeto para a capital do País foi apenas "interrompido" e que quer retomá-lo.

O programa de governo enviado por Arruda ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem 83 páginas, mas não contém uma só linha sobre os motivos que o levaram a deixar o cargo: o envolvimento no esquema de corrupção que o levou à prisão por suspeita de tentativa de suborno de uma testemunha. "O plano de governo que apresentamos traz não apenas os conceitos e diretrizes, mas também - e de forma concreta - as ações a serem empreendidas para solução dos problemas que angustiam a nossa gente. Tem como fundamento o respeito ao cidadão e a retomada de um projeto interrompido", afirma o candidato, em documento ao TSE.

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Arruda diz que o Distrito Federal não deve crescer de forma "compartimentalizada e desintegrada". Para ele, a população não deve ser dividida entre os que pertencem "ao sonho de JK e ao urbanismo moderno", ou seja, os mais ricos da capital, e os "coadjuvantes da história", os mais pobres. "Não deve existir cidadania nem espaços urbanos de segunda classe no Distrito Federal", destaca o plano, ao ressaltar que é necessário criar programas para integrar os espaços e os moradores da cidade.

No plano, o ex-governador faz um autoelogio, em relação ao mandato perdido. Diz que "uma grande parte do sucesso dos espaços públicos deve ser atribuída à gestão de 2007 a 2009". Ele afirma que o "plano de metas" para sua gestão tem uma referência histórica: o plano homônimo lançado pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek. O programa de Arruda aponta uma série de desafios para Brasília e prevê ações específicas para várias áreas, tais como gestão pública e política fiscal, educação, segurança pública, saúde, social, transporte e infraestrutura.

Após fazer uma reflexão política e apostar na população mais desassistida do Distrito Federal, Arruda diz, por exemplo, que vai assegurar recursos orçamentários e continuar o programa de compra de leite para famílias carentes e que vai urbanizar todas as áreas com problemas infraestrutura, como a região do condomínio Sol Nascente, uma das maiores favelas do Brasil.

O ex-governador informou ao TSE ter patrimônio de R$ 1,5 milhão. Na última eleição que concorreu ao governo, em 2006, declarou ter em bens cerca de R$ 598 mil (R$ 915 mil, atualmente, em valores corrigidos pela inflação). Arruda não foi barrado até o momento pela Lei da Ficha Limpa, pois não teve condenação de órgão colegiado da Justiça nos processos a que responde.

E-mails que fazem parte dos documentos em poder do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na investigação sobre o cartel de empresas de trens revelam que funcionários da Siemens disseram que tanto o ex-governador José Serra (PSDB), de São Paulo, quanto o então deputado José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal, tinham ciência da ação das empresas no setor metroferroviário.

Arruda nega a informação e, em entrevista à Folha de S. Paulo, Serra disse que a licitação citada "foi acirrada, foi anticartel". Ele negou que tivesse tido "encontros privados" com executivos da empresa. O e-mail que cita o ex-governador tucano fala de um encontrou durante uma conferência, a UIC, maior reunião mundial de empresas de transporte público, em 2008. A mensagem, enviada por Nelson Branco Marchetti, um ex-funcionário da Siemens, diz a três colegas que a licitação seria cancelada caso a empresa CAF não estivesse entre as vencedoras. "O senhor (José) Serra confirmou que, se a proposta da CAF não tiver condições de ser qualificada, a concorrência será cancelada", diz o texto.

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O executivo disse também, segundo a documentação, que Serra não queria que a licitação tivesse atrasos. Por isso, ele e o então secretário dos Transportes Metropolitanos José Luiz Portella teriam mencionado que considerariam uma proposta em que a Siemens oferecesse 30% dos trens. "Outra solução a ser considerada seria a horizontal, com fornecimento de componentes" à empresa vencedora. "Ambas as afirmações acima foram confirmadas mais uma vez pelo pessoal do senhor Portella", diz ainda a mensagem.

Arruda

O ex-governador Arruda é citado em outra mensagem, datada de janeiro de 2006, quando estavam em negociação a contratação de empresas que fariam a manutenção do metrô de Brasília. A mensagem em posse do Cade é do executivo da Siemens Everton Rheinheimer. Ele relata um encontro com Arruda em que ficaria sabendo que o então governador Joaquim Roriz não queria cancelar a licitação - que estava sendo disputada. Em outra mensagem, o executivo diz que a "vontade do cliente (o Metrô do DF) é que a Siemens saia vencedora".

O texto mostra ainda que os executivos teriam ficado preocupados em conseguir cumprir os prazos legais para apresentar as planilhas de preços. Como o haveria tempo, a solução foi usar parte das planilhas de custos estabelecidas pelo Distrito Federal. "Podemos tomar os preços base do edital (que sabemos estarem ‘folgados’) e reduzi-los linearmente."

O advogado de Arruda, Edson Smaniotto, afirmou que as negociações para a manutenção do Metrô do DF eram feitas pela própria empresa, que "tem autonomia administrativa". Segundo o advogado, "os contratos foram renegociados e houve uma redução de 30% no preço" durante a gestão de Arruda. Ele destacou ainda que Arruda não participou[/ ] da criação daquela licitação. "Ele assinou o contrato que foi deixado da gestão anterior", disse. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) divulgou em seu site o desfecho do caso do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM). O ex-gestor estadual e o ex-secretário de Obras do DF, Márcio Edvandro Rocha Machado, foram condenados por dispensa indevida de licitação, na contratação da empresa Mendes Júnior Trading Engenharia para reformar o Ginásio Nilson Nelson, em 2008.

O crime cometido pelos condenados está previsto no artigo 89 da Lei 8.666.93. Arruda foi condenado a cinco anos e quatro meses de detenção, em regime semiaberto e deverá pagar multa no valor 4% do valor do contrato administrativo n° 120/2008 de R$ 9.998.896,70, o que corresponde a cerca de R$ 400 mil. Já Márcio Edvandro foi condenado a 4 anos e oito meses de detenção, em regime semiaberto e pagamento de multa de 3% do valor do contrato, o correspondente a cerca de R$ 300 mil. As multas deverão ser corrigidas da data de assinatura do contrato, 22/7/2008. 

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Na denúncia, o MPDFT relatou que em dezembro de 2005, o Brasil foi escolhido para sediar o Campeonato Mundial de Futsal de 2008. Rio de Janeiro e Brasília sediariam o evento. Em 2007, o GDF e o Comitê Organizador assinaram o termo de compromisso, no qual a escolha de Brasília foi formalizada. Porém, mesmo sabendo que a cidade não tinha condições de abrigar o evento internacional, o então governador Arruda deixou para iniciar os procedimentos burocráticos para a reforma do Ginásio Nilson Nelson, onde seriam realizados os jogos, em fevereiro de 2008. Por conta da demora, vários contratos foram firmados na forma direta, com dispensa de licitação. 

Segundo o MP, “a administração não pode agir com o fim de "fabricar" uma suposta emergência e com isso burlar a obrigatoriedade da licitação, tornando regra o que deveria ser a exceção”. 

Próximo à data de realização dos jogos (outubro de 2008) e diante da pressão da FIFA, o acusado Márcio Edvandro Rocha Machado, por meio de um ofício datado de 10/07/2008 e sem numeração, comunicou ao então governador José Roberto Arruda a impossibilidade da reforma do Ginásio Nilson Nelson devido a exiguidade temporal e da ausência de verba orçamentária prometida pelo Ministério dos Esportes e pediu expressamente autorização para realização do contrato com dispensa de licitação. A autorização foi dada e a empresa Mendes Júnior contratada de forma emergencial. 

Na fase de instrução, os réus negaram em depoimento as acusações do MP. Alegaram que a dispensa foi devida e teve por justificativa a adequação às exigências da FIFA e o não envio de parte dos recursos para a reforma prometidos pela União. Apesar de a sentença ser condenatória, o TJDF informou que ainda cabe recurso.


*Com informações do TJDF

 

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