O zagueiro Juan esbanjou confiança, nesta quinta-feira, em uma boa participação sua nos Jogos Olímpicos de Londres pela seleção brasileira, pela qual tentará ajudar o time de Mano Menezes a conquistar uma inédita medalha de ouro para o futebol do Brasil. Em fase de preparação para o torneio olímpico, no Rio, o jogador da Inter de Milão disse que se sente motivado pelas críticas ao seu futebol e que terá uma grande chance de provar a sua competência como defensor na competição.
Com apenas 21 anos, Juan não se incomoda com o fato de dividir a condição de coadjuvante da zaga brasileira com Bruno Uvini, do São Paulo, que possui a mesma idade do defensor da Inter, enquanto Thiago Silva, outro zagueiro convocado por Mano para a Olimpíada, já se consagrou com as camisas de Milan e Fluminense, além de há tempos ser uma realidade na seleção.
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No último amistoso contra a Argentina, nos Estados Unidos, Thiago Silva não jogou por estar machucado e Juan fez dupla titular com Uvini. Na ocasião, ex-zagueiro do Internacional viu Messi fazer três dos quatro gols da vitória por 4 a 3 sobre o Brasil. Porém, ele lembra que ali a seleção brasileira olímpica encarou de igual para igual um poderoso rival com a sua força máxima, fato que o faz minimizar o peso daquela derrota.
"Jogar com ele (Thiago Silva) esses últimos amistosos no mês passado foi muito importante para o meu crescimento", analisou Juan, antes de falar da briga pela posição que travará com o são-paulino para formar dupla titular com o jogador do Milan. "O Bruno é mais veloz e eu sou mais forte", completou, ao comentar essa disputa interna na seleção.
Prestes a jogar sua primeira Olimpíada, Juan lembrou que será um grande prazer poder atuar em Londres ao lado de Thiago Silva, a quem se referiu como um grande ídolo em Milão, onde ele também espera alcançar este mesmo status e nível de atuação do companheiro de seleção. E, ao falar da repercussão de sua atuação ao lado de Uvini diante da Argentina, o zagueiro mandou um recado aos críticos.
"Existe uma crítica pelo jogo contra a Argentina, mas a hora em que a gente podia errar era aquela", disse, para depois enfatizar: "Essa Olimpíada pode servir pra gente calar a boca de muita gente".
Juan ainda destacou que uma prova de que Mano Menezes confia nele e em Bruno Uvini é o fato de não ter convocado David Luiz, do Chelsea, mesmo depois das derrotas para Argentina e México nos últimos amistosos de preparação para os Jogos de Londres. "O jogo contra a Argentina, apesar da derrota, foi muito bom ter disputado porque a seleção não terá nenhum rival daquele mesmo nível na Olimpíada", analisou.