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Uma israelense de 85 anos libertada pelo grupo islâmico Hamas disse nesta terça-feira (24) que foi agredida durante seu sequestro, mas que recebeu um bom tratamento durante seu cativeiro de mais de duas semanas na Faixa de Gaza.

"Os caras me bateram no caminho. Não quebraram minhas costelas, mas me machucaram e eu tive dificuldade para respirar", disse Yocheved Lifshitz a repórteres no hospital de Tel Aviv, um dia após sua libertação.

"Eles nos trataram bem" no cativeiro, disse Lifshitz, contando que um médico visitava os reféns a cada dois ou três dias e lhes dava medicamentos.

Lifshitz vivia no Kibutz Nir Oz, uma das comunidades israelenses perto da Faixa de Gaza onde combatentes do Hamas atacaram em 7 de outubro. Seu marido, também octogenário, está entre os mais de 200 reféns ainda mantidos em cativeiro em Gaza.

"Eles foram gentis conosco e cuidaram das nossas necessidades", respondeu ela, ao ser questionada sobre por que apertou a mão de um combatente ao ser libertada.

Yocheved descreveu seus captores como pessoas "muito amigáveis" e "muito corteses" que haviam se organizado antecipadamente para capturar os reféns.

"Eles pareciam estar prontos para isso. Prepararam por muito tempo. Tinham tudo de que homens e mulheres precisam, até xampu", disse aos repórteres.

"Comíamos a mesma coisa que eles, pão sírio com cream cheese, queijo derretido, pepino. Essa era a comida para o dia todo", completou.

Yocheved Lifshitz foi libertada junto com Nurit Cooper, de 79 anos, também residente em Nir Oz, três dias após a libertação de duas americanas.

Em agosto de 1944, sem esperar pela chegada dos aliados, Paris se rebela após quatro anos de ocupação alemã. No dia 25, após uma semana de greves, barricadas e confrontos nas ruas, a capital recebe o general De Gaulle, que proclama por fim: "Paris liberada".

"Paris estava preparada para uma grande rebelião", disse mais tarde Alexandre Parodi, delegado na França do general Charles de Gaulle.

Em 17 de agosto, os aliados liberam Chartres e Orléans. Cada vez mais parece evidente que o americano Dwight D. Eisenhower, que os lidera, decidiu cercar Paris em vez de reconquistá-la. Os franceses o obrigarão a fazer isso.

Entre as duas tendências -comunistas e gaullistas- que dividem as Forças Francesas do Interior (FFI), o desafio estava em qual seria mais rápida.

Os representantes do general de Gaulle -Jacques Chaban-Delbas e Alexandre Parodi- tentam, em um primeiro momento, sufocar a impaciência dos parisienses. Mas em 18 de agosto, o coronel comunista Henri Rol-Tanguy, líder das FFI de Île-de-France, região parisiense, proclama a mobilização geral.

No dia 19, sem esperar pela ordem do governo provisório instalado em Argel, Parodi faz um chamado à insurreição junto à resistência parisiense: "Franceses, todos a luta!". Os trens, o metrô e a polícia entram em greve. Em pequenos grupos, alguns militares de Rol-Tanguy ataca soldados e veículos alemães isolados e outros ocupam prefeituras, delagacias e agências de correios ocupadas pelo inimigo.

- A Gestapo queima seus arquivos -

É o início de uma semana enlouquecida. no lado alemão, 16.000 homens, 80 tanques e cerca de 60 canhões estão desde 7 de agosto sob o comando do general Dietrich von Choltitz, instalado no Hôtel Meurice, a rue de Rivoli.

Os confrontos nas ruas, por vezes mortais, aumentaram. Mulheres, crianças e até padres fazem barricadas improvisadas nas ruas da capital, construídas com veículos incendiados, tampas de bueiros e até mictórios públicos quebrados. Desorganizados, os alemães se vêem confinados, pouco a pouco, pelas FFI em pontos da cidade.

Na rue des Saussaies, a Gestapo, que implantou ali seu escritório central, "queima rapidamente seus arquivos, que viram pequenas pilhas fumegantes na calçada", escreveu o correspondente da AFP.

Incansável, o cônsul-geral da Suécia, Raoul Nordling, convence o general Von Choltitz de aceitar um cessar-fogo de 45 minutos na noite de 19 de agosto, reinstaurado um dia depois. Essa trégua permitirá que a resistência se organize e tome a prefeitura da capital.

- Diversão com a chegada dos tanques -

Em 22 de agosto, Eisenhower cede e o general Philippe Leclerc, que comanda a 2ª Divisão Blindada, recebe finalmente a ordem de marchar por Paris. No dia 23 essa mesma divisão vai vai em direção a Chartres e Rambouillet (sudoeste de Paris), apoiada pela 4ª Divisão de Infantaria dos Estados Unidos.

Na noite do dia seguinte, uma multidão exultante recebe na prefeitura de Paris um destacamento blindado comandado pelo capitão Raymond Dronne. Os tanques têm nomes de cidades espanholas e são pilotados por republicanos antifranquistas da 9ª Companhia, a "Nove", que chegou para participar da liberação da França com muitos anarquistas. Eram 146 quando desembarcaram na Normandia, mas menos de 20 no final da guerra.

Na manhã de sexta-feira, 25 de agosto, os tanques Sherman de Leclerc entram em Paris em três colunas pelo sul e oeste, acompanhados das FFI. "Chegaram os franceses! Aqui estão! Desçam pelo Boulevard des Invalides", gritam os parisienses citados pela AFP. "A multidão avança lentamente, ao longo das paredes, aproveitando cada esquina, cada portão de garagem, e segue ansiosa o desenvolvimento do ataque", diz o texto.

Ao meio-dia a bandeira francesa ondula na Torre Eiffel, substituída durante mais de 1.500 dias por uma suástica. Pouco a poco, os rumores da batalha vão se apagando. Os aterrorizados alemães saem de todos os lugares, com as mãos na cabeça, e caminham entre insultos, cuspes e golpes em direção ao cativeiro.

- Von Choltitz capitula -

No Hôtel Meurice, Von Choltitz, que recusou a ordem de Hitler de transformar Paris em "um campo em ruínas", se rende pouco depois das 14:30h. Uma hora mais tarde, assina junto a Leclerc a rendição.

O general de Gaulle, que chegou de Rambouillet, vai para a prefeitura, onde se recusa, diante do Conselho Nacional de Resistência (CNR), a proclamar uma República que, para ele, "nunca deixou de existir".

Diz: "Paris ultrajada! Paris destroçada! Paris martirizada! Mas Paris liberada!" antes de saudar a multidão que se aglomera na praça.

No total, a "Batalha de Paris" matou quase 1.000 membros das FFI, 130 soldados da 2ª Divisão Blindada e cerca de 600 civis, além de mais de 3.000 soldados alemães.

O Irã libertou a correspondente do Washington Post Yeganeh Salehi após prendê-la em julho junto a outro jornalista da publicação, segundo informou o jornal The National, de Abu Dhabi, nesta segunda-feira (6). Salehi, 30, foi libertada sob fiança, enquanto seu marido, o repórter Jason Rezaian, 38, permanece preso. Rezaian tem cidadanias americana e iraniana.

De acordo com o The National, o irmão de Rezaian, Ali Rezaian, afirmou que Salehi foi solta no fim da semana passada, após ter tido permissão para visitar seu marido. Ali Rezaian ainda teria declarado que os dois estavam "psicologicamente saudáveis" e que a família de Salehi no Teerã não comentará o caso com a imprensa e pediu privacidade. Ele acrescentou que Salehi não pode mais trabalhar como jornalista no Irã e não deu mais detalhes.

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O casal foi preso em 22 de julho junto a outros dois jornalistas que foram libertados em seguida. Oficiais iranianos não explicaram a causa das prisões. Fonte: Associated Press.

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