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O Projeto de Lei Complementar Nº 2662/2021, de autoria do Governo de Pernambuco, foi enviado à Assembleia Legislativa do Estado (Alepe) para aprovação. O PLP proíbe as locadoras de locarem veículos licenciados em outros estados para o desenvolvimento de suas atividades em Pernambuco. Com isso, outros estados não recolheriam o IPVA dos veículos que são alugados no estado, apesar de ser uma prática comum entre as nacionais. Contrário ao projeto, o deputado estadual Antonio Coelho (DEM) apresentou, nesta quarta (29), à Comissão de Administração Pública, parecer contrário à aprovação do PLP Nº 2662/2021. 

Relator da matéria, o parlamentar justificou a sua decisão ressaltando que a proposta apresentada pelo Poder Executivo é danosa para a atividade econômica e irá contribuir para piorar o ambiente de negócios no Estado.  

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Segundo o líder da Oposição na Alepe, se aprovado, o projeto de lei vai elevar ainda mais a carga tributária estadual já incidente sobre os estabelecimentos do setor de locação de veículos e, por consequência, vai pesar no bolso dos consumidores que utilizam o serviço.  

“A mudança não trará apenas aumento de custos às locadoras que atuam em Pernambuco, ela poderá dificultar a criação e a manutenção de empregos no atual cenário de crise bem como provocar o aumento dos preços praticados junto ao consumidor final, causando impactos negativos nos âmbitos econômico e social. Podemos citar como exemplo os motoristas de aplicativos e as pessoas que, atualmente, optam por alugar um carro no seu dia em vez de ter a posse em casa. Inclusive, esse é um mercado que responde, hoje, por 8% das locações de veículos no país. São essas consumidores que serão penalizados com o aumento”, destacou Antonio Coelho, frisando que essa alteração vem em momento inoportuno. 

O parlamentar pontuou, ainda, que a alíquota de IPVA em Pernambuco é consideravelmente maior que em outras unidades da federação e sugeriu, em seguida, que o Estado siga o exemplo de Minas Gerais, adotando medidas mais efetivas para tornar o cenário atrativo às empresas. Na avaliação do deputado, a concessão de benefícios que tornem a carga tributária mais competitiva e a adoção de medidas que aumentem a eficiência da máquina pública resultariam em uma arrecadação mais robusta. 

“Antes de partimos para impor mais tributos nas costas do povo pernambucano, o Governo de Pernambuco deveria seguir o mesmo caminho de Minas Gerais, renunciando à postura meramente arrecadatória para buscar a redução da carga tributária e a modernização da máquina pública”, exemplificou Antonio Coelho, sublinhando que o PLC 2261/21 vai na direção oposta àquela desejável para que Pernambuco retome uma trajetória de crescimento econômico sustentável, pois eleva os custos de empreendedores que já enfrentam uma carga elevada de tributos, bem como os efeitos econômicos negativos da pandemia da Covid-19. 

 

Responsáveis por terem puxado os ganhos das locadoras nos últimos anos, cerca de 160 mil motoristas de aplicativos devolveram os carros alugados por causa do baixo movimento após a crise do coronavírus. Sem ter espaço, empresas estão alugando áreas de estacionamento. Para frear devoluções, o preço da locação foi reduzido à metade. E para quem insiste na entrega do carro são oferecidas tarifas de R$ 10 por semana para mantê-lo, ainda que parado.

"É como se a empresa alugasse minha garagem e eu ainda tenho de pagar", diz Daniel Marcílio, de 42 anos. Motorista do Uber desde outubro, ele aluga um modelo Fiat Argo da Localiza e pagava R$ 494 por semana, preço que caiu para R$ 247.

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Ainda assim Marcílio quis devolver o carro, pois estava fazendo em média cinco corridas por semana. Antes da crise eram dez por dia. "Me ofereceram ficar com o carro por R$ 10 e decidi esperar mais um pouco. Mas, se a situação não melhorar, vou devolver na próxima semana."

Paulo Miguel Junior, presidente do conselho da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), confirma que os pátios estão lotados e muitas empresas tiveram de alugar pavilhões e fazer acordos com estacionamentos e supermercados que estão com áreas ociosas para guardar parte das frotas. O setor abriga cerca de 10 mil empresas, com 75 mil funcionários.

"Temos frota de 997 mil veículos que normalmente estão em circulação, e ninguém estava estruturado para essa situação inusitada", diz Miguel. Segundo ele, só para uso de aplicativos havia 200 mil carros alugados, e 80% foram devolvidos. A locação diária, para consumidores comuns, caiu 90%. Para frotas terceirizadas, a queda foi de 20%.

Segundo o executivo, cada empresa passou a adotar estratégias de acordo com seu fluxo de caixa, mas, mesmo com promoções como a de tarifas de R$ 15 a R$ 50 para locação diária o movimento segue fraco.

A Localiza informa apenas que "conta com estrutura logística robusta para alocar sua frota" e que "em sua rotina de atividades já utiliza espaços de terceiros para abrigar temporariamente parte de seus carros em função da sazonalidade de demandas". Em relação às tarifas, afirma que a média diária por carro caiu de R$ 69,22 no primeiro trimestre para R$ 47 em abril.

Freio

A pandemia de coronavírus também vai frear o crescimento das locadoras. O setor saltou de faturamento de R$ 13,8 bilhões em 2016 para R$ 21,8 bilhões no ano passado. Neste ano, o resultado deve, no máximo, repetir o de 2019. A previsão inicial era crescer até 10%, diz o presidente da Abla.

Maior locadora do País, com frota de 323,3 mil carros, a Localiza divulgou sexta-feira que obteve lucro de R$ 230,9 milhões no primeiro trimestre, 9,5% superior ao de igual período de 2019. Mas admite que abril já foi fortemente impactado pelos efeitos da pandemia. A frota média alugada no mês passado teve redução de 33% em relação à media do primeiro trimestre, caindo para 105,2 mil veículos. O número de carros seminovos vendidos baixou de 38,3 mil ao mês no primeiro trimestre para 2,46 mil em abril. No período, várias das 652 lojas do grupo ficaram fechadas.

"Em razão da queda nos volumes do aluguel e da venda de seminovos, a companhia vem adotando medidas de redução de custos, despesas e investimentos" informa a Localiza. Também efetuou suspensões de contratos de trabalho e redução de jornada e salários de funcionários, além de ajuste de quadro. O grupo informa, contudo, que mantém caixa de R$ 2 bilhões.

A Movida, que também divulgou balanço na semana passada, registrou seu primeiro prejuízo trimestral desde a abertura do capital, em fevereiro de 2017. O grupo teve perda de R$ 114,4 milhões, ante lucro de R$ 42 milhões em igual intervalo de 2019.

Segundo o diretor financeiro da Movida, Edmar Lopes, o prejuízo é resultado da previsão de depreciação do valor da frota de 119 mil veículos, em razão da crise e da demora na retomada do mercado. "Antes desse efeito, nosso resultado era de R$ 55 milhões de lucro", ressalta. A empresa tem R$ 1,1 bilhão de caixa.

Segundo Lopes, o número de carros devolvidos não é tão significativo, pois a empresa, logo no início da pandemia, reduziu preços e criou novas tarifas de acordo com a quilometragem rodada. Também lançou tarifas reduzidas para a locação diária e vendas de seminovos pela internet, com entrega na casa do cliente. Ele acredita que, no pós-pandemia, haverá demanda maior de serviços por aplicativos e de locação individual, pois a tendência é de que, por algum período, muitas pessoas vão evitar o transporte público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O faturamento bruto do setor de locação de veículos atingiu R$ 15,5 bilhões no ano passado, cifra 12,3% maior que os R$ 13,8 bilhões anotados em 2016, de acordo com a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (ABLA).

Ao todo, o setor contava com 11,482 mil empresas em 2017, sendo 8,559 mil locadoras de automóveis sem motorista e outras 2,923 mil com motorista. Em 2016, a ABLA contabilizava 11,199 mil empresas, também com 8,559 mil na primeira categoria (sem motorista) e outras 2,640 mil na segunda.

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A frota disponível no setor aumentou 12%, somando 709,033 mil automóveis e comerciais leves em 2017. Na separação por marca, a Fiat/Chrysler aparece novamente no topo do setor de locação, com 23,84% da frota, equivalendo a 169,030 mil unidades. Em seguida, vêm General Motors (17,5%), Volkswagen (17,2%), Renault (14,3%) e Ford (12,4%).

Por sua vez, os emplacamentos pelas locadoras alcançaram 359,702 mil veículos no ano, o que levou a um aumento da participação dessas empresas nas compras totais realizadas no País. O share das locadoras nos emplacamentos totais subiu de 10,9% em 2016 para 16,5% em 2017.

"Em um momento de crise das montadoras, estávamos comprando", destaca Paulo Miguel Júnior, presidente da associação, em coletiva de imprensa para comentar os dados de 2017. De acordo com ele, esse aumento das compras foi puxado tanto por renovação quanto aumento de frota.

Já o número de usuários atingiu 27,2 milhões no ano passado, um aumento de 17,2% frente aos 23,2 milhões registrados em 2016. Na divisão dos clientes por tipo de negócios, a terceirização de frotas segue com a principal fatia do mercado, com 58%, mesma fatia de 2016. Em segundo lugar, vêm os clientes de turismo a lazer, com 23%, e os 19% restantes correspondem a turismo de negócios.

A ABLA não divulga dados de participação de mercado das locadoras.

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Há algum tempo, quando as pessoas não podiam ou não queriam ir ao cinema, um bom programa era local filmes, em VHS ou DVD, e curtir obras cinematográficas em casa. Era muito comum encontrar os amantes de locadoras que, por vários finais de semana, adquiriam pacotes com diversos filmes e das suas residências faziam verdadeiros cinemas.

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Entretanto, com a expansão da internet e a proliferação da pirataria, essa prática começou a ser prejudicada. Esse contexto se complica mais no que diz respeito aos donos de locadoras, uma vez que a demanda pelo aluguel dos filmes caiu bastante. “Prefiro baixar filmes. O custo é bem menor e posso assistir quando quiser”, opina o administrador, Bruno Henrique de Arruda Melo.

Menos locações e prejuízo para muitos donos de locadora. Essa realidade “quebrou” boa parte desse segmento. Para quem não investiu em seus estabelecimentos, como por exemplo, parou na aquisição de DVD´s e deixou de lado games e Blu-Ray, o prejuízo foi maior. No bairro de Boa Viagem, localizado na Zona Sul do Recife, a locadora Mundo do DVD está fechando suas portas e vendendo todos os filmes.

“É um mercado que está defasado. Nem o Blu-Ray está sendo locado. A tendência é que essa e outras locadoras parem de funcionar”, diz o funcionário, Josa Darck. De acordo com o profissional, para não perder os filmes, o dono do estabelecimento resolveu comercializar as obras. “Até o dia 30 deste mês a gente precisa vender tudo”.

O estabelecimento fica naa Avenida Conselheiro Aguiar, 1205. Os valores dos filmes variam de R$ 10 a R$ 40. De segunda a sexta-feira, o funcionamento é das 13h às 21h. Aos sábados, o horário é das 10h às 21h. “Meu patrão já está decidido. A locadora vai fechar e já recebemos a ordem de vender todos os filmes. No máximo, conseguimos locar por dia dois ou três filmes. O movimento está péssimo”, completa Darck.



Sobrevivente



Como em todos os ramos empresariais existem exceções, na atual e difícil situação das locadoras, poucos, mas fortes estabelecimentos conseguem sobreviver. Um deles é a locadora SMS, localizada no bairro da Madalena, na Zona Oeste do Recife.

Com mais de 25 anos de existência, diariamente, a locadora tem mais de 240 locações, entre DVD´s, Blu-Ray e games. Só de filmes em formato DVD, a empresa possui um acervo com 32 mil unidades.

A locadora é grande fisicamente e de forma organizada tem seus filmes expostos. Além da facilidade para encontrar obras de todos os estilos e gostos, o estabelecimento também vende comidas que tudo tem a ver com um bom filme em casa.



“Sou uma pessoa que amo locar filmes. Acho que é bem mais interessante ser tradicional e assistir filmes da locadora”, diz Maria Edileuza Monteiro, que há 15 anos é cliente da SMS. “A gente vem se atualizando e por isso conseguimos manter nossas locações vivas e melhoramos o número de clientes”, comenta a gerente da unidade, Ana Carla dos Santos.

Na SMS, os filmes em DVD têm preços que variam de R$ 5 a R$ 10. As obras em formato Blu-Ray custam R$ 10.    







 















  















 

A Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (Abla) fechou 2012 com crescimento de 9,88%, em ritmo dez vezes maior do que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do ano (+0,9%). O resultado na comparação com 2011 foi comemorado pelo presidente do Conselho da associação, Paulo Gaba Júnior.

Ele destacou, entretanto, que o aumento na idade da frota preocupa: atualmente, é, em média, de 18 meses de uso. Segundo ele, a principal dificuldade são as poucas oportunidades de financiamento. "Montadoras e bancos, isso é um apelo: nos ajude a reduzir o tempo de frota", apelou.

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O ideal, pelas contas da Abla, é uma frota com média de 14 meses de uso, número atingido em 2006. Num futuro próximo, o objetivo é baixar a idade atual para 16 meses. "Fechamos com frota de 18 meses, isso é uma derrota do setor. Isso demonstra que ninguém está trocando de carro."

Gava reclamou ainda da instabilidade da política de incentivo fiscal do governo federal. Segundo ele, a Associação não é contra a redução do IPI, mas contra a variação do imposto. "Quando você tem um IPI que sobe e desce, o maior problema da locadora é a depreciação. Quando eu tiro o carro da montadora, ele já está desvalorizado", concluiu Gava.

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