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Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, a atuação das Forças Armadas no Complexo da Maré, no Rio, vai até julho e estará ligada ao esquema de segurança da Copa do Mundo. "Esperamos que, até lá, a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) tenha condições de estar instalada. Queria sublinhar que isso está ocorrendo concomitantemente com a preparação para a Copa", disse. A ocupação ocorreu na manhã deste sábado, 5. O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), recentemente empossado com a renúncia de Sérgio Cabral, anunciou um projeto educacional para a Maré, descrito como "uma cidade da educação", com escolas profissionalizantes, do ensino médio e um centro de orientação vocacional. Segundo Pezão, o projeto já têm terrenos e as obras estão para começar.

As ações policiais no Complexo da Maré, na zona norte do Rio, que antecederam a ocupação da região pelas Forças Armadas na manhã deste sábado (5) resultaram na morte de 16 criminosos, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Segurança. Outros oito, sendo dois menores, foram feridos. Houve 36 confrontos entre policiais militares e bandidos, diz a nota.

A operação preliminar durou duas semanas, entre os dias 21 de março e 4 de abril e envolveu as Polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal. As mortes ocorreram durante ações da PM. O balanço aponta ainda 162 prisões e 51 menores apreendidos. Foram apreendidas armas, munições e drogas como maconha, cocaína, crack e heroína.

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Na véspera da ocupação da Maré, a Polícia Federal apreendeu armas, munição e drogas transportadas em um caminhão frigorífico, na Rodovia Presidente Dutra, altura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Uma investigação da PF indica que o carregamento, que saiu do Paraná, seria distribuído em favelas que já têm Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), como Jacarezinho, Manguinhos e Rocinha. A intenção era reforçar o poderio dos grupos responsáveis por ataques recentes a UPPs e que resistem à pacificação da Maré.

A operação terminou com a prisão do traficante Illan Nogueira de Sales, o Capoeira. Foram apreendidos seis fuzis, 38 pistolas, munições, carregadores e sete kits de rajada de pistola Glock, que aumentam o poder de fogo da arma. O motorista do caminhão frigorífico teria recebido R$ 10 mil para fazer o transporte.

As 15 favelas que compõem o Complexo da Maré, na zona norte do Rio, começaram a ser ocupadas pelas Forças Armadas na manhã deste sábado, numa operação envolvendo tanques e outros veículos militares, que transportam 2.500 agentes. O conjunto de favelas, que tem 10 quilômetros quadrados de área e 130 mil habitantes, estava ocupado pela Polícia Militar desde o último domingo.

Apesar do avanço dos blindados do Exército e da Marinha pelo complexo da Maré, a rotina nas comunidades praticamente não mudou. Até pouco antes das 7 horas deste sábado (5), não havia registro de confrontos nem de prisões.

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A única novidade era que moradores se aglomeram perto dos tanques militares para fotografá-los. "Arma a gente já viu muitas, é comum, mas tanque de guerra eu não conhecia", disse uma moradora que se identificou apenas como Maria do Carmo, de 47 anos.

Às vésperas do início da atuação de 2.500 militares do Exército e da Marinha na Garantia da Lei e da Ordem (GLO), a presidente Dilma Rousseff (PT) usou a conta pessoal no microblog Twitter para afirmar que as Forças Armadas "mais uma vez demonstram seu compromisso" com o País. Dilma também destacou o papel dos militares ao prestar ajuda a populações afetadas por enchentes em Rondônia e no Acre.

"A partir de amanhã, as Forças Armadas vão atuar com a PM (Polícia Militar) do Rio na pacificação do Complexo da Maré", afirmou Dilma, ressaltando que os militares ajudarão a preservar a segurança dos moradores da região.

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"As Forças Armadas mais uma vez demonstram seu compromisso com a nação em duas importantes ações em curso no País ao dar integral suporte à segurança pública e a pacificação da Maré no Rio de Janeiro e ao dirigir e coordenar o apoio às populações que sofrem com o isolamento pelas enchentes em Rondônia e Acre", prosseguiu a presidente.

A Polícia Federal (PF) usou um veículo aéreo não-tripulado (vant), uma espécie de avião com câmera e sem piloto, para monitorar os passos do traficante Marcelo Santos das Dores, de 32 anos, conhecido como Menor P, preso nesta quarta-feira, 26. Chefe do tráfico do Terceiro Comando Puro (TCP), ele afirmou, na delegacia, ser "o dono" de 11 das 16 favelas do Complexo da Maré, zona norte do Rio. O vant também será usado na ocupação do conjunto de favelas por tropas federais, em 7 de abril.

Apesar de ter cerca de 4 metros de comprimento, o vant é quase impossível de ser detectado durante o sobrevoo. Com uma câmera infravermelha de alta precisão, o veículo também pode ser usado à noite como mecanismo de vigilância e para fazer o monitoramento e o levantamento das áreas por onde Menor P circulava. Enquanto esteve no Rio, em 2013, o veículo foi usado unicamente para acompanhar os passos do traficante.

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"O vant é um equipamento com capacidade de vigilância muito elevada que foi usado de forma sigilosa para monitorar onde ele estava", afirmou o superintendente Regional da PF no Rio, delegado Roberto Cordeiro. O trabalho dos órgãos de inteligência da PF duraram um ano, período no qual foram feitas diversas tentativas de prisão do traficante.

Com a aproximação da ocupação do conjunto de favelas, o vant voltará para a cidade, em aviões de carga da Força Aérea Brasileira (FAB), para auxiliar no trabalho das tropas federais. "A Secretaria de Segurança pediu o uso do vant na ocupação e estamos adotando as medidas necessárias para trazê-lo a tempo".

Com o auxílio do vant, a PF acompanhou Menor P tanto dentro da Maré quanto no deslocamento em importantes vias expressas da cidade como Avenida Brasil, Linhas Vermelha e Amarela. "Depois que fomos avisados sobre a ocupação da Maré, intensificamos o trabalho de inteligência e de campo para prendê-lo e consideramos que essa foi a melhor forma", disse o delegado-chefe da Delegacia de Repressão de Entorpecentes (DRE), Fábio Andrade, responsável pela operação.

Na delegacia, o traficante afirmou que era o dono do tráfico no Complexo. Na noite dessa quarta-feira, 26, ele foi preso em uma cobertura duplex, em um prédio de luxo, no bairro Pechincha, na região de Jacarepaguá, zona oeste do Rio. O traficante estava sozinho, desarmado e não reagiu. No apartamento havia cerca de R$ 4 mil em espécie.

O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, vai solicitar a transferência do traficante Marcelo Santos das Dores, conhecido como Menor P, para um presídio federal de segurança máxima fora do Estado. Até então um dos bandidos mais procurados do Rio, ele é apontado como o chefe das bocas de fumo em dez favelas do Complexo da Maré (zona norte) controladas pela facção Terceiro Comando Puro (TCP).

O conjunto de 16 favelas será ocupado nas próximas semanas pelas forças de segurança para instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no segundo semestre. Será a primeira ocupação de favelas dominadas pelo TCP. Até então, as UPPs haviam sido instaladas apenas em favelas controladas pela milícia e pelas facções Comando Vermelho (CV) e Amigos dos Amigos (ADA).

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O criminoso foi preso por volta das 20h dessa quarta-feira (26), em uma cobertura duplex em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal. Numa ação cinematográfica, os agentes cercaram o edifício e invadiram a cobertura. Menor P estava sozinho, desarmado, e não reagiu. O bandido vestia uma camisa do Flamengo, e estava se preparando para assistir na TV ao jogo de seu time pelo Campeonato Carioca, na noite dessa quarta-feira, 26.

Horas antes de ser preso, o bandido havia sido levado de carro para o apartamento de luxo por um comparsa, para fugir da iminente ocupação da Maré. O imóvel tinha um deque com piscina no segundo andar.

Contra ele, havia oito mandados de prisão expedidos pela Justiça desde 2008. O traficante estava foragido desde 2007, quando saiu da cadeia após obter o benefício do regime semiaberto e não retornou mais ao Instituto Penal Plácido Sá de Carvalho, onde cumpria pena desde 2003. Menor P era investigado por crimes como homicídios, tráfico de drogas, associação para o tráfico, e lesão corporal.

Ex-paraquedista do Exército, Menor P usava as técnicas e conhecimentos apreendidos na caserna para treinar seus subordinados e recrutar novos soldados do tráfico.

Um policial rodoviário-federal foi atingido por tiro de fuzil no pescoço, quando trafegava pela Linha Vermelha, via expressa que liga o centro do Rio à Baixada Fluminense. O disparo foi feito por um traficante, do alto do Morro do Timbau, no Complexo da Maré, ao ver um carro blindado da Polícia Militar (PM) na favela. O criminoso entregou-se à polícia por ordem do chefe do tráfico na Maré, Marcelo Santos das Dores, mais conhecido como Menor P, assim que soube que um policial havia sido atingido.

Os disparos aconteceram por volta das 9h30. O policial rodoviário Rodrigo da Silveira Nunes, de 27 anos, passava na alça de acesso da Linha Vermelha para a Amarela quando foi atingido. Nunes estava num EcoSport, ao lado da noiva. O tiro entrou pelo rosto e saiu na nuca. Ele, que está de férias, foi socorrido por uma ambulância e levado para o Hospital-Geral de Bonsucesso. O estado de saúde de Nunes é grave. Outro carro foi atingido pelos tiros, mas ninguém se feriu.

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Ainda pela manhã, policiais do Batalhão da Maré foram abordados por um homem que se identificou como o autor dos disparos. José Renato Cabral da Silva, de 23 anos, disse que atirou cinco vezes com o fuzil ao ver um caveirão na favela e que se entregou porque Menor P não queria incursão policial na região. A Maré receberá quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no primeiro semestre de 2014. A previsão é de que 1.500 policiais atuarão no conjunto de favelas.

É inegável que a obra de engorda da orla de Jaboatão dos Guararapes trará muitos benefícios à cidade e aos moradores. Porém, é também inegável o direito dos pescadores de tirarem seu sustento daquelas praias. Uma coisa não deveria interferir na outra, mas é isso que está acontecendo. Pescadores estão perdendo tudo, ou melhor, estão perdendo a principal ferramenta de trabalho – os barcos – de onde tiravam tudo o que tinham para sustentar suas famílias.

Bem antes da obra de engorda começar, uma solução encontrada por gestões anteriores à do prefeito Elias Gomes para conter o avanço do mar foi criar um “arrecife” artificial na altura do bar Du´Maranhão, em Candeias. Neste trecho a intervenção funcionou e os banhistas passaram a ter uma praia mais calma, enquanto que os pescadores acharam seu refúgio contra a força da maré.

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Neste ano, quando foi iniciada a obra de engorda da faixa de areia da orla, o “arrecife” foi desmembrado e as ondas voltaram com toda a força. O que era refúgio virou uma arapuca para os barcos, que estavam tranquilamente ancorados no local e passaram a conviver com um mar buscando seu espaço novamente. “A gente sabia que isso ia acontecer e tentamos alertar os técnicos, mas não temos conhecimento o suficiente para convencê-los. Há algum tempo os pescadores já começaram a ser pegos de surpresa, perdendo apetrechos de pesca, motores e danos nas cabines”, afirmou Maria Aparecida, presidente da colônia de pescadores de Jaboatão dos Guararapes.

Houveram algumas reuniões entre pescadores e a empresa realizadora da obra, onde eram explicados alguns detalhes da mesma, mas, segundo os pescadores, não foi emitido nenhum alerta sobre o risco de naufrágio, o que começou a acontecer na semana passada. “O governo nos apresentou um relatório dizendo que ninguém pescava no período do inverno, o que é uma inverdade, e nos ofereceram um salário mínimo para o período da obra, o que não é suficiente, porque tiramos muito mais do que isso do mar”, disse Aparecida.

Desde a metade deste mês de setembro, as ondas começaram a chegar com ainda mais força e ao menos sete embarcações já foram jogadas contra a costa, ficando totalmente destruídas e deixando famílias sem ter de onde tirar o sustento.  “Estou muito triste. Agora tenho que fazer alguma coisa... catar latinha ou outra coisa. Porque barco eu não tenho mais. Em questão de minutos deixei de ter e agora só trabalho com pesca se for como empregado. Não se compra um barco da noite para o dia. Foi com muito esforço”, lamentou Gilvan França, 38, dono da embarcação Leila II, destruído pela força no mar na noite dessa segunda-feira (23).

Por coincidência, quando o LeiaJá averiguava a situação denunciada pela colônia de pescadores, em Candeias, o prefeito da cidade Elias Gomes, caminhava pela praia e parou para conversar com pescadores e com a reportagem. “Primeiro será feito um laudo para verificar as causas, se foi razão natural mesmo ou teve interferência da obra. Com o laudo, vamos buscar soluções para estas questões emergenciais”, disse ele sem detalhar quando o documento estará pronto.

Sobre os prejuízos dos pescadores, o prefeito fez referência apenas à entrega de âncoras e um benefício do governo federal. “Já entregamos 10 âncoras e serão mais 44 até a próxima semana. Já existe uma linha do seguro desemprego para estes casos e vamos agilizar esse procedimento para que os pescador que teve sua renda suspensa possa ser amparado. Além disso, faremos uma linha de financiamento para renovação da frota e estruturação da atividade pesqueira no município”, afirmou Gomes, que governa a cidade há cinco anos, sem dar prazos.

Igreja - O LeiaJá está acompanhando de perto a obra de engorda das praias de Jaboatão dos Guararapes. Em agosto, duas reportagens denunciaram o descaso da prefeitura e da empresa que realiza a obra com a história do Brasil. Uma igreja de mais de 300 anos que ficava na praia está sendo enterrada sem nenhuma pesquisa e suas pedras, provavelmente trazidas do exterior no século 17, estão jogadas em uma rua ao lado do condomínio onde o governador Eduardo Campos costuma descansar.

A criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas 15 favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, foi adiada mais uma vez. Segundo a Polícia Militar, o complexo só será retomado do controle do tráfico e da milícia no início de 2014. A região é considerada uma das mais perigosas na capital fluminense. Em vez da pacificação na Maré, a polícia planeja para novembro deste ano ocupar, definitivamente, as 11 comunidades do Complexo do Lins.

Também localizada na zona norte, a comunidade se tornou o "quartel-general" do Comando Vermelho desde a ocupação dos conjuntos de favelas do Alemão e da Penha, no fim de 2010. O novo plano foi revelado por oficiais do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, durante reunião com representantes de associações de moradores da Maré.

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Desde o início de agosto, o Batalhão de Operações Especiais (Bope), tropa de elite da PM, vem fazendo pelo menos três operações por semana pela repressão ao tráfico no Complexo do Lins. As polícias Civil e Federal também participam das ações. Esta etapa, que na maioria das vezes resulta na prisão de traficantes e apreensão de armas e drogas, é o passo que antecede a ocupação permanente pelas forças de segurança. Em seguida, é implantada a Unidade de Polícia Pacificadora.

Motivos

Segundo fontes da Polícia Militar, as favelas do Lins tiveram preferência pela pacificação por três motivos: o primeiro é a proximidade com outras favelas que já possuem UPPs, como o Morro São João, no Engenho Novo, e dos Macacos, em Vila Isabel. Além disso, a polícia levou em consideração os constantes bloqueios da autoestrada Grajaú-Jacarepaguá devido aos tiroteios na região. A via é uma das mais importantes ligações da zona oeste com a zona norte e o centro do Rio.

Também foi analisada a falta de efetivo de novos policiais na corporação. Com cerca de 130 mil moradores, o conjunto de favelas da Maré precisará de um grande número de PMs para ser ocupada permanentemente - quantidade que a Polícia Militar não dispõe neste momento.

Esta é a segunda vez que o complexo da Maré perde a vez na fila de pacificação. No fim de abril, foram ocupadas três pequenas favelas do Cosme Velho, que fica aos pés do Cristo Redentor. Na ocasião, as autoridades justificaram a medida pela necessidade de fechar o "cinturão de segurança" da zona sul.

Ao contrário dos Complexos da Penha e do Alemão, quando todas as comunidades foram pacificadas de uma só vez, na Maré as favelas deverão ser ocupadas por etapas. Isso porque as comunidades do complexo são controladas por três diferentes grupos criminosos, que disputam a região entre si: Comando Vermelho, Terceiro Comando e milícia.

A pacificação da Maré é considerada estratégica para o Rio, já que a região é rota obrigatória para quem chega ao Rio de Janeiro pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, e precisa ir ao centro, à zona sul ou à Barra da Tijuca, na zona oeste. Atualmente, o Rio de Janeiro possui 33 UPPs. A promessa do governo do Estado é implantar pelo menos 40 unidades até o fim de 2014.

Um viveiro de camarão construído irregularmente em área de mangue, na Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, foi desativado nesta sexta-feira (16), em uma ação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. A ação permitirá que o fluxo da maré seja restabelecido e, com isso, a área tenha condições de se recuperar. 

Também para recompor a vegetação, a Secretaria de Meio Ambiente fará no local um Projeto de Revitalização/Implantação de Áreas Verdes (PRAV), que contemplará o plantio de mudas nativas. O criadouro estava dentro da Unidade de Conservação da Natureza chamada de “Sítio Grande”, que é protegida por leis municipal (Nº 1.6741/2002) e Federal (Nº 9.985/2000). 

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De acordo com a chefe de Fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente, Janaina Macedo, o viveiro irregular provocou o desmatamento de cerca de um hectare da reserva. “Identificamos o responsável por esta infração ambiental e o autuamos. Agora, ele responderá a um processo administrativo por conta da instalação do criatório, aterro e desaterro na área de reserva. A multa pode chegar a R$ 250 mil. Como o viveiro também configura um crime ambiental, comunicamos ao Depoma para que o responsável ainda responda criminalmente”, frisou.

A operação faz parte de um Plano de Monitoramento das Unidades de Conservação que objetiva salvaguardar as 27 reservas de verde existentes na capital pernambucana. O projeto piloto da iniciativa tem como foco o Parque do Jiquiá e Sítio Grande. Os serviços de destruição dos taludes seguem na próxima semana devido à dimensão do viveiro. 

Com informações de assessoria

Em mais um recuo do governo do Estado do Rio, a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora no Complexo da Maré foi adiada. Nesta quarta-feira, 07, o coronel José Luís Castro Menezes afirmou que não há previsão de ocupação policial e disse que ainda será necessário formar os policiais que vão atuar no complexo, que reúne 16 favelas. A UPP da Maré havia sido anunciada pelo próprio governador, Sérgio Cabral, no início do mês passado, como a próxima a ser instalada no Estado. Ele havia feito o anúncio ao comentar operação policial que terminou com a morte de dez pessoas na favela Nova Holanda.

"Não vamos nesse momento fazer a ocupação na Maré. O desafio lá é a quantidade de policiais que temos de colocar. A previsão é de que são necessários 1.500 homens; isso já é um desafio. Temos que formar policiais e capacitá-los para que possam mapear ainda aquela região", afirmou o coronel Castro, recém nomeado comandante da Polícia Militar, em entrevista ao RJ TV. Castro nem sequer confirmou que a Maré será "o próximo passo" da política de pacificação. "Nada está definido", afirmou.

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A mudança surpreendeu associações de moradores e organizações não governamentais que atuam na Maré e tinham até mesmo reunião preparatória da ocupação agendada para esta quinta-feira, 08, com o Comando de Policiamento Especial (responsável por unidades como o Choque e o Batalhão de Operações Especiais - Bope).

"É compreensível que, com a mudança, o comando queira repensar e replanejar a ocupação, mas nos preocupa porque se ele fala em treinamento da tropa é porque nada estava organizado. A gente vem fazendo um trabalho para que a UPP garanta direito à segurança pública aos moradores da Maré, mas na realidade essas ações são feitas sem planejamento, em resposta a eventos trágicos", afirmou Eliana Sousa Silva, diretora da Redes de Desenvolvimento da Maré.

Na segunda-feira, o secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Sheety, visitou a favela Nova Holanda, na Maré, onde ouviu relatos de abuso sexual. Ele criticou ainda o "uso excessivo da força policial" e a impunidade dos crimes cometidos por agentes de segurança no Brasil.

O secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Sheety, criticou nesta segunda-feira, 05, o "uso excessivo da força policial" e a impunidade dos crimes cometidos por agentes de segurança no Brasil. Ele visitou a Nova Holanda, favela do Complexo da Maré, onde dez pessoas morreram em ação policial no mês passado.

"O caso Amarildo é um exemplo recente. Faz três semanas que a pessoa desapareceu e não há informações sobre o que aconteceu. Outro exemplo foi a morte de nove moradores da Maré e de um policial. E a reação da polícia foi, novamente, o uso excessivo da força. O que acontece nesse País é que raramente a violência policial é investigada. A impunidade policial é norma, não exceção", afirmou Sheety.

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Ele disse ainda que discutirá o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e com a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos. A Anistia Internacional (AI) também faz campanha virtual entre seus três milhões de integrantes, chamando a atenção para o caso Amarildo.

Na tarde desta segunda-feira Sheety se reuniu por mais de duas horas com moradores da Maré e ouviu relatos de violência policial e violação de direitos humanos. "A Anistia Internacional está preocupada como o modo como as forças de segurança respondem com violência e não seguem padrões internacionais nem as leis brasileiras. Há uso excessivo da força policial, execuções extrajudiciais", afirmou o secretário-geral.

Sheety conheceu ainda o projeto "Somos da Maré e temos direitos", apoiado pela AI, que prepara os moradores da favela para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora. Já foram distribuídos panfletos sobre o que é legal e ilegal na atuação policial, além de adesivos para serem colados nas portas das casas com a inscrição "Domicílio é inviolável. Os moradores da Maré conhecem seus direitos."

Grupos que estão acampados perto do mar estão erguendo barricadas de areia para impedir o avanço da maré durante a noite. Alguns chegaram a construir três séries de bancos de areia, cada uma com cerca de 50 cm de altura.

"Temos que ao menos tentar. Não tem mais espaço ali perto da avenida, afirmou o italiano Alessandro Priviter, de 20 anos, que estava reforçando uma das barricadas com uma proteção de papelão. Apesar do esforço, ondas mais altas já estão vencendo as primeiras barreiras, para desespero dos fiéis.

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Cerca de 800 manifestantes ocuparam na tarde desta terça-feira a pista lateral da Avenida Brasil sentido zona norte, no Rio, em ato para lembrar os dez mortos da comunidade Nova Holanda, no Complexo da Maré, durante ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) realizada na noite do dia 24. Muitos vestem camisetas pretas com a frase "Estado que mata, nunca mais!". Uma grande faixa com a mesma frase foi estendida no carro de som estacionado na esquina de uma das ruas de acesso à favela. Policiais militares acompanham, de longe, a manifestação.

Além da investigação das mortes e punição dos responsáveis, manifestantes exigem um pedido de desculpas do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) pela chacina. No dia 24, um grupo não identificado realizava roubos na Avenida Brasil e, de acordo com a Polícia Militar (PM), teria corrido para a Maré pela Rua Teixeira Ribeiro, um dos acessos mais movimentados. O Bope iniciou então uma incursão, oficialmente em resposta aos roubos, e um sargento foi baleado e morto.

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A partir daí, moradores relataram ter testemunhado cenas de terror dentro da comunidade. Foram assassinados nove moradores. A diretora da organização não governamental Redes da Maré, Eliana Sousa, cuja entidade atua há 17 anos na comunidade, classificou os assassinatos praticados por policiais em favelas de uma maneira geral como "genocídio" e disse que um dos objetivos do ato é "forçar o governador a fazer um pedido de desculpas". "Não dá para ter respeito só onde tem UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). A cidade toda precisa ser respeitada."

Referindo-se às UPPs, o sociólogo Luiz Eduardo Soares disse que "é como se hoje tivéssemos um biombo para turistas, uma vitrine civilizada que esconde a realidade dramática que continua ocorrendo em outras áreas da cidade". Um dos organizadores do ato, Jaílson de Souza e Silva, da ONG Observatório de Favelas, disse que a PM é "um instrumento" e que Cabral Filho e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, "devem assumir responsabilidades pelo que ocorreu". Está prevista a realização de um ato ecumênico no local até as 19 horas.

A Polícia Civil do Rio instaurou seis inquéritos para investigar as dez mortes registradas no confronto entre policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e traficantes no Complexo da Maré, zona norte do Rio, entre a noite da segunda-feira, 24, e a madrugada de terça, 25. Entre os mortos, há um sargento do Bope e nove civis. Sete possuíam antecedentes criminais.

O delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios (DH), afirmou que cada inquérito vai apurar as circunstâncias de um local onde pessoas foram mortas. Há casos em que mais de uma pessoa morreu na mesma cena. "Há uma casa onde três pessoas morreram. Esse vai ser um inquérito específico. Outro vai apurar as mortes do sargento do Bope e de um morador, que foram baleados em locais próximos. O objetivo em desmembrar as investigações é facilitar o entendimento do que houve exatamente em cada cena de crime", afirmou. Apesar das denúncias de que suspeitos teriam sido executados a facadas por PMs do Bope, os laudos cadavéricos apontam que todos os mortos apresentavam apenas marcas de tiros, informou o delegado.

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Dois dos nove civis mortos na operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Complexo da Maré, na zona norte do Rio, segunda-feira, 24, não tinham antecedentes criminais: o garçom Eraldo dos Santos da Silva, de 35 anos, e o engraxate Jonatha Farias da Silva, de 16. O sargento do Bope Ednelson Jerônimo dos Santos Silva, de 42 anos, também morreu na ação, com um tiro na cabeça, supostamente disparado por traficantes.

As outras sete vítimas tinham passagens, segundo a Polícia Civil. André Gomes de Souza Júnior, de 18 anos, tinha registro por furto. Fabrício Souza Gomes, de 28, tinha três passagens por homicídio, além de tráfico, porte de arma e lesão corporal. Contra ele havia mandado de prisão temporária. Carlos Eduardo Silva Pinto, de 23, tinha anotações por tentativa de homicídio, roubo de veículo e lesão corporal. Ele também aparece como vítima de uma tentativa de homicídio em 2012.

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José Everton Silva de Oliveira, de 21 anos, tinha passagens por porte ilegal de arma e roubo seguido de morte, quando era menor. Ademir da Silva Lima, de 29 anos, tinha uma anotação criminal por tráfico de drogas e associação ao tráfico, também quando era menor. Como maior de idade, tinha passagens por homicídio, roubo e furto. Renato Alexandre Mello da Silva, de 39 anos, tinha sete passagens por roubo, uma por tráfico, uma por furto e uma por porte de droga. Já havia cumprido pena no sistema carcerário.

Roberto Alves Rodrigues tinha três passagens por furtos e outra por roubo.

A Polícia Militar (PM) divulgou nesta quarta-feira vídeos do confronto com traficantes que aconteceu na segunda-feira, 24. na Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, no Rio, em que dez pessoas morreram - entre elas, um sargento e três moradores sem antecedentes criminais. Nas imagens, feitas a partir do helicóptero da PM, aparecem homens armados com pistolas e fuzis num dos acessos da favela. Um dos trechos mostra ainda o momento em que o caveirão, veículo blindado do Batalhão de Operações Especiais (Bope), entra na comunidade e há confronto com os traficantes.

A ação da PM foi criticada por moradores e integrantes de organizações não governamentais (ONGs) que atuam na região. O sociólogo Jailson Silva, fundador do Observatório de Favelas, usou as redes sociais para convocar a população para um ato na terça-feira, 2, "em memória às vítimas desse novo massacre".

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"Não veio pedido de desculpas do secretário de Segurança (José Mariano Beltrame), do governador (Sérgio Cabral Filho) ou da presidente por esse ato de vingança das forças policiais contra a população. Vamos mostrar que a população das favelas tem o mesmo sentimento de indignação da residente em outras partes da cidade e não suporta mais esse tratamento desigual. De forma pacífica e sem violência, vamos exigir o pedido de desculpas do secretário de Segurança e do governador por essa violência, pois são eles os maiores responsáveis por permitirem esse tipo de ação; vamos exigir o fim das incursões desse tipo nas favelas, acabando com o uso de caveirões e fuzis", escreveu.

Beltrame cobrou apuração das denúncias de excessos cometidos pelo Bope, e também do autor do assassinato do sargento. "Essas coisas têm de ser apuradas. A especulação não faz bem a ninguém. Mas, assim como tem de apurar se houve excesso, tem de apurar quem matou o sargento. O excesso não é a lógica da polícia", disse, em entrevista à Rádio CBN.

Pelo menos três dos dez mortos durante operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Complexo da Maré, após uma manifestação que terminou num arrastão contra motoristas na zona norte do Rio, na segunda-feira, 24, não tinham antecedentes criminais: o garçom Eraldo dos Santos da Silva, de 35 anos, o engraxate Jonatha Farias da Silva, de 16, e o sargento do Bope Ednelson Jerônimo dos Santos Silva, de 42, morto com um tiro na cabeça supostamente disparado por traficantes da Favela Nova Holanda.

Moradores e organizações não governamentais (ONGs) se reuniram nesta quarta-feira com o coronel Hugo Freire, chefe do Comando de Operações Especiais. O encontro foi marcado após a comunidade acusar policiais militares de ter executado a facadas três moradores dentro de suas casas para vingar a morte de Jerônimo dos Santos Silva. De acordo com a perícia, nove corpos não apresentavam ferimentos por facas.

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O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, está reunido com secretários neste momento no Hotel Golden Beach, localizado na Avenida Bernardo Vieira de Melo, em Piedade, onde às 17h ele deve decretar estado de emergência na cidade, devido ao avanço do mar. Na ocasião o Gestor deve apresentar as primeiras medidas sobre o problema e quais as atitudes a população deverá adotar.

Em breve, maiores detalhes.

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