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Um grupo de 60 militantes de diversos diretórios do PSDB da capital paulista reuniu-se na manhã deste sábado, 1º de outubro, em um hotel da capital paulista para lançar um manifesto contra o candidato do partido, João Doria. O evento foi articulado por lideranças da base tucana que ainda são ligados ao vereador Andrea Matarazzo (PSD), candidato a vice de Marta Suplicy (PMDB).

Intitulada "Carta aberta da militância", o texto ataca Doria, mas não declara voto em Marta.

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"Temos um lado, e não é o lado do Doria, do lobby que vicia", afirma um trecho do documento de uma página.

Durante o café da manhã dos "dissidentes" , muitos não quiseram ser fotografados pois são funcionários de vereadores do PSDB ou têm cargo no governo.

"Seis integrantes da executiva (Municipal do PSSB) renunciaram aos seus cargos. Pelo menos um representante de cada diretório zonal do partido assinou", disse Gláucio Lima França, ex-tesoureiro do diretório municipal tucano.

Ex-funcionário do gabinete de Matarazzo na Câmara Municipal e aliado do vereador, ele é o líder da dissidência.

Outro que assinou o documento foi Elói Estrela, presidente do Tucanafro. "Ele disse que vai acabar com a secretaria e Igualdade Racial e depois não voltou atrás", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato a vice-prefeito de São Paulo da chapa PMDB-PSD, Andrea Matarazzo (PSD), afirmou neste sábado, 30, que tem uma visão sobre a administração municipal muito semelhante à de Marta Suplicy, candidata do PMDB . "Desde que a Marta me convidou para ser seu vice, descobri que temos uma visão muito semelhante sobre a cidade", disse o candidato que, antes de dizer sim à peemedebista, chegou a afirmar que nunca iria unir-se a Marta.

A uma plateia com centenas de filiados do PMDB, PSD e pessoas ligadas a candidatos a vereador, Matarazzo também afirmou que a campanha está só começando e vai agregar mais pessoas. "Tenham certeza que muita gente vai se unir à nossa campanha", disse o candidato. Matarazzo mudou de partido e aceitou o convite da peemedebista depois de entrar em conflito com o PSDB durante as prévias da campanha do partido para a eleição municipal. Ele era pré-candidato, mas acabou perdendo a vaga para o empresário João Doria.

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Em seu discurso, Matarazzo tentou demonstrar que conhece as diferentes regiões da capital paulista e citou a situação em vários bairros da periferia. Nas palavras dele, são regiões carentes da presença do poder público. "Temos de sair do gabinete e fazer parte da vida da São Paulo real", afirmou.

Matarazzo também citou projetos feitos por Marta Suplicy quando ela foi prefeita de São Paulo, ainda filiada ao PT. O ex-tucano citou os CEUs e o bilhete único. "Veja, Marta, como temos vários pontos de vista em comum com a cidade", disse Matarazzo, dirigindo-se à companheira de chapa e palanque.

No dia em que anunciou oficialmente que aceitou ser candidato a vice da senadora Marta Suplicy (PMDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o vereador Andrea Matarazzo (PSD) disse à reportagem que a dobradinha pretende explorar na campanha "três legados bem-sucedidos".

"Essa candidatura tem o legado de três gestões bem-sucedidas. São marcas como o CEU, Bilhete Único e as Amas", disse Matarazzo, referindo-se a programa das gestões de Marta (2001-2004), José Serra (2004-2006), do PSDB, e Gilberto Kassab (2006-2013), do PSD, à frente da Prefeitura.

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Quando questionado sobre a rivalidade histórica entre ele e Marta, que deixou o PT no ano passado, Matarazzo afirmou que São Paulo está acima disso. "O tempo passou, as pessoas amadurecem, inclusive eu. Esta aliança está acima desta permanente guerra entre vermelhos e azuis na cidade. São Paulo está acima disso", afirmou.

Passado

Matarazzo minimizou as críticas feitas por ele a Marta no passado. "Éramos grupos antagônicos, mas ela saiu do PT e eu do PSDB." Em entrevista recente à Coluna do Estadão, o vereador chegou a dizer que "era mais fácil um piano voar" do que ele apoiar a candidatura de Marta. No dia 28 de abril, Matarazzo escreveu no Twitter a seguinte frase: "Não serei vice da Marta nem de ninguém".

Sobre a possibilidade de contar com apoio de tucanos descontentes com a candidatura do empresário João Doria (PSDB), o vereador desconversou. "Não sou de constranger meus amigos, mas os tucanos de alma apoiarão o que for melhor para a cidade."

Em nota divulgada nesta terça-feira, 26, Matarazzo assume que ele e Marta tiveram "várias diferenças". "Mas descobrimos que podemos dialogar e construir consensos." Segundo ele, a união representa "um novo momento para a cidade. E encerra o texto: "Tempo de união para São Paulo".

Marta não falou com a imprensa ontem. Pelo Twitter, a senadora afirmou: "demos um passo importante pela São Paulo que sonhamos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vereador Andrea Matarazzo (PSD) e a senadora Marta Suplicy (PMDB) confirmaram na manhã desta terça-feira (26) por meio de nota, que estarão juntos na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Com a decisão, Matarazzo abre mão de sua pré-candidatura e ocupa o cargo de vice na chapa peemedebista. A chapa será oficializada na convenção do PMDB no próximo sábado, 30.

De acordo com a nota divulgada, a união entre os dois é resultado de "nova força política". "Marta Suplicy, do PMDB, e Andrea Matarazzo, do PSD, unem suas experiências e conhecimentos sobre a cidade e formam uma aliança para disputar as eleições municipais", diz o texto.

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Após o anúncio da saída do pré-candidato à prefeitura do São Paulo, Andrea Matarazzo, do PSDB, o senador Aloysio Nunes criticou duramente o diretório paulista do partido. Matarazzo resolveu abandonar a sigla após ter negado seu pedido de adiamento dos 2º turno das prévias, pois queria que fosse concluída a investigação sobre a fraude denunciada pelo seu núcleo no 1º turno da disputa, quando seu adversário, João Dória Jr, teria feito boca de urna.

Para Nunes, o fato do pedido de adiamento ter sido negado revela que o diretório estadual do partido teme a verificação isenta das alegações, que se comprovadas, poderiam levar à anulação do pleito. Segundo ele, "um partido democrático não pode temer a busca da verdade".

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Confira a nota divulgada em seu facebook:

Nota sobre saída de Andrea Matarazzo do PSDB

A Executiva Estadual do PSDB recusou o pedido de Mario Covas Neto, presidente da Executiva municipal, de postergar por alguns dias o segundo turno da prévia, marcado para este domingo. Esse prazo permitiria julgar as impugnações formuladas por Alberto Goldman, ex-governador e vice-presidente nacional do partido, e por José Aníbal, suplente de senador e presidente do Instituto Teotônio Vilela.

A apuração dos fatos alegados permitiria afastar qualquer dúvida quanto à legitimidade do primeiro turno. Os autores da impugnação são líderes respeitados no partido e na política nacional, e suas alegações deveriam ser levadas em conta com a seriedade que merecem seus autores e a gravidade dos fatos apontados.

O PSDB não deveria temer a verificação isenta das alegações que, se comprovadas, levariam à anulação do pleito e à responsabilização de seus autores. A recusa da executiva estadual configura uma verdadeira denegação da justiça.

Um partido democrático não pode temer a busca da verdade que, no estado de conturbação em que se encontra a sessão paulistana de nosso partido, é o único caminho para o restabelecimento das condições de boa convivência entre as diferenças, na busca da unidade.

Lamento profundamente que a executiva estadual tenha tratado de forma burocrática uma questão política tão delicada e que tenha desperdiçado a oportunidade de promover o desarmamento dos espíritos. E lamento mais ainda que nossa direção estadual tenha dado causa à desfiliação de um dos mais valorosos entre os tucanos, nosso líder na Câmara Municipal, Andrea Matarazzo.

Aloysio Nunes Ferreira, senador (SP) e vice-presidente nacional do PSDB

A Justiça Federal em São Paulo autorizou a abertura de um inquérito policial específico para investigar o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) por suposto envolvimento com o esquema de pagamento de propinas pela Alstom no setor de energia do governo paulista no final dos anos 1990. Matarazzo foi secretário de Energia em 1998. Nos quatro anos anteriores, foi presidente da Companhia Energética de São Paulo (Cesp).

A decisão do juiz Marcelo Costenaro Cavali atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que disse não haver, por enquanto, elementos para denunciá-los junto com os outros 12 denunciados em janeiro, mas que a existência de indícios contra Matarazzo e a falta de todos os documentos enviados por autoridades suíças que investigam o caso ensejavam a abertura de um inquérito policial específico.

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Matarazzo foi secretário de Energia em 1998, ano em que se autorizou o décimo aditivo do contrato Gisel, no âmbito do qual a Alstom é acusada pelo MPF de ter pagado R$ 23,3 milhões a dois ex-diretores da extinta Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE), José Sidnei Colombo Martini e Celso Sebastião Cerchiari. Martini e Cerchiari estavam subordinados hierarquicamente ao tucano.

"No que diz respeito especificamente a Angelo Andrea Matarazzo, pessoas submetidas à sua esfera de comando hierárquico foram tidas como beneficiárias de propinas. Além disso, há ao menos indício de que o próprio partido político ao qual é filiado e a própria Secretaria de Energia dirigida por ele - conquanto em curto espaço de tempo - tenham sido beneficiários de valores indevidos", escreveu Cavali em sua decisão.

O juiz rejeitou argumentação da defesa de que o fato a ser apurado é indeterminado, e de que Matarazzo se vê "ilegitimamente submetido a alto grau de constrangimento", em época de proximidade das eleições.]

"Um dos ônus do exercício de funções públicas é justamente a sujeição à permanente vigilância da sociedade, em geral, e, eventualmente, de investigações criminais pelos órgãos de persecução penal", escreveu Cavali. "Quanto ao abalo sofrido pelo investigado em plena época eleitoral, tenho para mim que eleitores bem informados sabem diferenciar a colossal diferença entre estar submetido a uma investigação, e não chegar sequer a ser denunciado, e ser condenado criminalmente. Se os eleitores, em geral, não são bem informados, esse é um grave problema social brasileiro e uma constatação acessória que, evidentemente, não tem, por si só, peso suficiente para impedir a continuidade das investigações"

Por decisão do juiz, também serão investigados nesse mesmo inquérito Eduardo José Bernini, ex-presidente da Eletropaulo, e os executivos franceses da Alstom Michel Louis Charles Mignot, Yves Jaques Marie Barbier de La Serra e Patrick Paul Ernest Morancy.

Denúncia.

No mesmo dia em que decidiu instaurar um inquérito para apurar a atuação de Matarazzo no episódio, o juiz Cavali aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal e decidiu abrir processo contra 11 acusados de envolvimento no esquema de pagamento de propinas da Alstom a agentes públicos de estatais de energia do governo paulista.

Dirigentes da Alstom e lobistas são acusados pela Promotoria de pagar R$ 23,3 milhões de propina, em valores atualizados, para conseguir aditivar um contrato (Gisel) para fornecimento de equipamentos para três subestações de energias do Estado.

Dentre os réus estão: os lobistas Sabino Indelicato, Cláudio Luiz Petrechen Mendes e Jorge Fagali Neto; e os donos de consultoria Jean Pierre Courtadon, Romeu Pinto Junior, José Geraldo Villas Boas.

A desistência da senadora Marta Suplicy de concorrer pela terceira vez à Prefeitura de São Paulo em nome de uma unidade no PT não foi suficiente para diminuir a confiança do secretário estadual de Cultura, Andrea Matarazzo, de que o PSDB caminha no sentido inverso - o das prévias.

Pré-candidato declarado, Matarazzo avalia que a saída de Marta e a consequente entrada do ministro Fernando Haddad (Educação) na disputa eleitoral do ano que vem forçará uma polarização entre petistas e tucanos e abrirá espaço para "nomes novos" também em outras siglas.

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"O PT deverá polarizar com o PSDB. A saída da senadora Marta Suplicy muda para um candidato novo também para a cidade de São Paulo, desconhecido na cidade de São Paulo. O cenário deve se repetir como nos anos anteriores. Eu me vejo obviamente como futuro candidato do PSDB em uma disputa que a qualidade de gestão do PSDB deve ganhar a eleição", disse ele, em entrevista à TV Estadão.

Antes de obter o direito de concorrer, no entanto, ele terá de enfrentar os colegas tucanos José Aníbal (secretário de Energia), Bruno Covas (secretário do Meio Ambiente) e Ricardo Trípoli (deputado federal) nas primárias. Há também a possibilidade de o ex-governador José Serra entrar na corrida.

A consulta ao partido está marcada para janeiro. "Prévias tem impacto positivo porque é um aquecimento para as eleições. Mobiliza e faz com que os filiados participem."

Dentro do PSDB, Matarazzo é historicamente identificado como sendo um dos integrantes do grupo ligado a Serra. Por conta disso, caso o ex-governador decida concorrer, é provável que ele retire sua pré-candidatura.

No entanto, segundo interlocutores tucanos ligado a Serra é cada vez menor a possibilidade de ele disputar a Prefeitura.

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