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O senador e ex-primeiro-ministro da Itália Matteo Renzi afirmou nesta quinta-feira (25) que a gestão da pandemia do novo coronavírus no país teria sido igual à do "Brasil de Bolsonaro" se o governo tivesse dado ouvidos ao líder da oposição Matteo Salvini.

Premiê entre 2014 e 2016, Renzi lidera o partido de centro Itália Viva (IV) e é um dos principais fiadores do segundo governo de Giuseppe Conte, também apoiado pelo populista Movimento 5 Estrelas (M5S) e pelo Partido Democrático (PD), de centro-esquerda.

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O ex-primeiro-ministro entrou para o governo após o rompimento da aliança entre o M5S e a Liga, legenda de extrema direita liderada por Salvini. "Fizemos isso porque Salvini estava pedindo 'plenos poderes'. Se tivéssemos escutado Salvini, teríamos tido uma gestão da emergência sanitária como aquela do Brasil de Bolsonaro", afirmou Renzi durante um evento em Teramo.

Colega do ex-premiê no Senado, Salvini também é ex-ministro do Interior e aliado do presidente Jair Bolsonaro no cenário internacional. Ainda assim, também na quinta-feira, admitiu que o Brasil enfrenta um "problema enorme" na pandemia.

A Itália chegou a ser o país mais atingido pela crise sanitária no mundo e totaliza 239,7 mil casos (397/100 mil habitantes) e 34,7 mil óbitos (57/100 mil hab.), mas vem registrando menos de 100 mortes por dia há quase um mês.

Já o Brasil, aonde a crise chegou depois, tem cerca de 1,2 milhão de casos (584/100 mil hab.) e 55 mil óbitos (26/100 mil hab.), de acordo com o Ministério da Saúde. 

Da Ansa

O governo italiano cobra do Brasil uma "solução" para "questões difíceis da Justiça". Sem citar o nome de Cesare Battisti, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, deixou claro em declaração à imprensa que espera do País uma decisão favorável em relação aos temas de interesse da Itália.

"Falamos no setor da Justiça", disse Renzi após um encontro com Dilma em Roma na tarde desta sexta-feira, 10. "Penso e espero que as relações renovadas baseadas na cortesia, também possam trazer soluções em casos difíceis, como no caso da Justiça", disse. Ao Estado, um dos vice-ministros ligados ao caso interpretou a declaração como uma convocação da Itália para que o Brasil reconsidere a situação de Battisti.

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Battisti foi condenado a doze anos de prisão na Itália, mas fugiu. Em 2007, ele foi preso no Rio de Janeiro. Mas o ex-ministro da Justiça Tarso Genro vetou sua extradição e o garantiu asilo, o que seria confirmado em 2010 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Foi a primeira vez que Dilma esteve com Renzi desde a decisão do governo italiano em aceitar a extradição de Henrique Pizzolato. Oficialmente, o assunto do ex-diretor do Banco do Brasil não esteve na agenda. Mas fontes em Roma anteciparam à reportagem que esperam que o Palácio do Planalto entenda que o gesto do governo foi inédito e que, agora, é "tempo de retribuição".

Uma delas seria o caso de Battisti, condenado por homicídio na Itália e que ganhou asilo no Brasil. Agora, com a decisão de Renzi de extraditar Pizzolato, a esperança é de que o gesto seja retribuído.

Renzi não falou em nomes e não citou nem Pizzolato e nem Battisti. Mas insistiu que chegou o momento de uma "relação renovada" com o Brasil.

Pizzolato, condenado no caso do mensalão, ainda está preso na Itália e aguarda uma decisão final da Justiça, depois de um recurso do brasileiro que freou o processo. A audiência está marcada para setembro. Mas, pela primeira vez na história das relações bilaterais, Roma aceitou extraditar um cidadão que também tem nacionalidade italiana e que já fez sua parte.

Investimento

Nesta sexta, o tom da declaração conjunta de Renzi e Dilma foi justamente o "relançamento" das relações bilaterais. Os italianos também esperavam ouvir de Dilma uma posição favorável as empresas de Roma. São cerca de 1,2 mil atuando no Brasil, com um estoque de investimentos de quase US$ 20 bilhões. O comércio, em 2014, também colocou os italianos entre os dez maiores parceiros comerciais.

De seu lado, Dilma convidou as empresas italianas para participar do plano de concessões lançados pelo governo federal. "A Itália é um parceiro essencial", disse a presidente.

"No comércio, Brasil e Itália tem um caminho a percorrer. As nossas relações se darão ao mais alto nível", afirmou Dilma. "Oportunidades de investimentos se abram no Brasil, como ferrovias e nos leilões de portos e aeroportos".

Dilma ainda chamou empresários italianos a "intensificar sua participação" no mercado brasileiro e ainda convidou Renzi a fazer uma visita ao Brasil. "Vamos recebê-lo de braços abertos", insistiu Dilma.

Sob o forte calor do verão romano, a presidente ainda se disse "iluminada pelo sol, pela cultura e pelas pessoas na Itália". Em duas ocasiões, porém, insistiu em chamar o primeiro-ministro de presidente.

Ainda nesta quinta-feira, ela embarca para Milão para visitar o pavilhão brasileiro na Expo Mundial, evento que passou a ser alvo de protestos sociais pelos gastos públicos que representou ao governo italiano em plena crise financeira.

O ex-presidente Lula (PT) encontrou, nesta quinta-feira (4), com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, em Roma. De acordo com informações do Instituto Lula, os dois conversaram sobre a situação política e econômica na América do Sul e na Europa. A reunião aconteceu durante o almoço, no Palazzo Chigi, na capital italiana.

Participaram do encontro, que durou 1h50, o diretor do Instituto Lula e ex-ministro da Secretaria-Geral da presidência, Luiz Dulci, e o embaixador do Brasil na Itália, Ricardo Neiva Tavares. Este foi o segundo almoço entre Lula e Renzi, que se encontraram também em 2014, poucos dias após o político italiano, ex-prefeito de Florença, assumir o cargo de primeiro-ministro. 

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Lula segue ainda nesta quinta para Milão, onde falará sobre combate à fome na Expo Mundial nesta sexta (5). Depois, no sábado (6), o ex-presidente retorna para Roma, onde faz a Conferência McDougall, na abertura da 39ª Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). E no domingo (7), Lula participará de um debate com jovens sobre participação na política, promovido pela prefeitura romana.

 

O Parlamento da Itália elegeu o juiz do Tribunal Constitucional Sergio Mattarella para o cargo de presidente do país, no terceiro dia e na quarta rodada de votação.

A vitória de Mattarella foi conseguida neste sábado quando ele conquistou 505 votos, a maioria simples, antes mesmo da contagem total.

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O primeiro-ministro Matteo Renzi indicou Mattarella para o cargo, embora alguns membros de seu partido, o Democrático, tenham protestado contra o fato do premiê ter imposto sua escolha.

Mattarella, de 73 anos, tem raízes na Democracia Cristã e é considerado uma pessoa acima das brigas polícias. Fonte: Associated Press.

Cinco pessoas morreram e dezenas estão sendo tratadas em hospitais por hipotermia depois de a balsa em que elas viajavam da Grécia para a Itália pegar fogo em alto mar e em meio a temperaturas congelantes no domingo. Em entrevista à imprensa, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, afirmou que todos os passageiros foram retirados da balsa.

"Nós esperamos que a operação de resgate termine nas próximas horas", afirmou Renzi. Segundo o premiê, apenas 22 pessoas, todos membros da tripulação, ainda estão na balsa finalizando as buscas.

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Um homem morreu tentando escapar das chamas e quatro corpos foram encontrados no mar perto da embarcação. O Norman Atlantic havia partido do porto grego de Patras para Ancona, na Itália, com 478 pessoas, entre passageiros e tripulantes.

"Foi como uma cena do inferno", afirmou uma passageira grega a redes de televisão europeias. "A balsa foi atingida por ondas gigantes e havia fogo em todo lugar. O deque estava queimando sob os nossos pés. Foi um milagre termos sobrevivido", relatou.

Um porta-voz da Marinha Italiana informou que há planos de rebocar a embarcação para um porto da Itália ou da Albânia, mas eles estão suspensos enquanto a operação de resgate é finalizada. Fonte: Dow Jones Newswires.

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