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Na última sexta (25), a Versace apresentou ao mundo sua coleção Verão 2021 em um desfile sem plateia e com destaque para a representatividade. Na passarela, três modelos plus size desfilaram os modelos da marca: Jilla Kortlove, Alva Claire e Precious Lee. Elas são representantes de um novo movimento no mundo da moda que pretende quebrar antigos padrões dessa indústria. 

Nas redes sociais, as modelos festejaram muito sua participação no desfile, durante a Semana da Moda de Milão. Elas salientaram a importância do momento e se felicitaram por estarem “fazendo história”. Em seu perfil, a holandesa Jill Kortlove escreveu: “Espero que a gente abra portas para uma geração que sempre sonhou como eu mas nunca se viu nas capas das revistas”. A inglesa Alva Claire concordou com a colega de profissão: “Esse momento é por todas nós”. 

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Já a americana Precious Lee celebrou em dose dupla pois além de representar as mulheres fora dos padrões comerciais, ela também levou à passarela a representação das mulheres negras. “Eu sei o quanto isso significa e sempre vou apreciar isso. Nenhuma garotinha negra pode dizer que ‘não consegue’ porque nós conseguimos, sempre pudemos, e quando você se mantém verdadeira, você consegue”. 

 

O Brasil já tem sua nova representante de beleza plus size. A jornalista Talita Silva Reis, natural de Fortaleza, foi coroada Miss Plus Size Nacional, no concurso realizado no último sábado (24), no Rio de Janeiro. Ela desbancou outras 16 candidatas desfilando em trajes típicos, de gala e de banho.

Talita pesa 101kg, tem 1,70 m e veste manequim 46. Ela representou o seu estado, o Ceará, na competição nacional e levou a faixa e a coroa de Miss Plus Size. A jornalista, e agora miss, passou por um longo caminho de enfrentamento ao bullying e dietas até que, quando chegou à fase adulta, aceitou o seu corpo: "Foi um grande trabalho de aceitação e uma dose extra de amor próprio que me transformaram na mulher que sou hoje".

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O concurso que elegeu Talita como a nova Miss Plus Size Nacional aconteceu no último sábado (24), no Clube dos Advogados, no Centro do Rio de Janeiro. A jovem disputou a coroa com outras 16 candidatas de vários estados do país. Além do título, ela ganhou um prêmio no valor de R$ 6 mil.

*Com informações da assessoria

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Uma das mais famosas modelos plus size do mundo, Ashley Graham, tem recebido críticas na internet por conta de seu corpo. Visivelmente mais magra, a modelo tem sido criticada por alguns seguidores que dizem que ela não é mais aquela mulher que quebrou padrões de beleza.

Ashley Grahan foi a primeira mulher plus size a aparecer de biquíni na tradicional revista Sports Illustrated e ficou famosa por quebrar estereótipos e padrões da indústria da moda. Na última semana, ela surgiu bem mais magra em um evento promovido pela revista Vogue, em Nova Iorque, e os fãs criticaram seu novo visual.

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Em uma foto postada no Instagram, em que Ashley mostra o corpo mais enxuto, os seguidores comentaram: "Ela é linda, mas era mais antes"; "Você está linda, mas não fique magra. Você é nossa ídola"; "Ela não é mais plus size, mas continua linda"; "Você está maravilhosa, mas tenho medo de que ser plus size nunca vai ser aceito socialmente quando a mulher que praticamente fundou o termo não para de perder peso"; Muito magra, não me representa mais".

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Fugindo do tradicional padrão de corpo magro e definido, a edição 492 da revista Playboy terá, pela primeira vez, fotografias sensuais de uma modelo plus size. A convidada é a jornalista e blogueira Ju Romano, de 27 anos, que destaca a aceitação do projeto como forma de desmitificar os padrões de beleza e mostrar as curvas reais dos corpos de uma mulher.

“Quando recebi o convite, achei engraçado. Embora eu seja muito confiante, não achei que poderia ter a sensualidade que o leitor de uma revista masculina espera. Mas uma amiga minha fez um comentário muito pertinente e me fez perceber que se, durante minha infância ou adolescência, eu tivesse visto uma gorda sendo colocada como sensual em uma revista, sendo apresentada como uma mulher possível de dar tesão nos caras, talvez eu encarasse a minha sensualidade de uma forma diferente hoje. Por isso resolvi aceitar”, explica Ju.

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A blogueira ainda acrescenta que, quando recebeu as fotografias, percebeu que eles não mexeram em suas gorduras e celulites, apenas ajustaram equilíbrio de correção de luz, ambiente. “ Ao me convidar, foi dito que a revista gostava de mim exatamente como eu sou e é isso que os leitores vão ver nas páginas da Playboy", completa.

A revista já circula nas bancas desde o último dia 25 deste mês.

O Facebook voltou atrás, na segunda-feira (23), depois de ter proibido um anúncio australiano que mostrava uma modelo plus size de biquíni, cujo objetivo era promover uma imagem física positiva, alegando que a foto apresentava partes do corpo de uma forma indesejável.

O gigante das redes sociais bloqueou o anúncio do "Cherchez la Femme", grupo feminista australiano, afirmando que a imagem da modelo plus size Tess Holliday violava as diretrizes de anúncios da empresa. O anúncio era sobre um encontro que será realizado em Melbourne para debater padrões de beleza - ou "feminismo e gordura", na descrição do evento.

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Quando os organizadores questionaram a decisão, a equipe de anúncios do Facebook respondeu por escrito que o anúncio não estava em conformidade com a sua política de saúde e fitness, porque a imagem representa um corpo ou partes do corpo de uma forma indesejável. 

"Anúncios como estes não são permitidos, já que eles fazem os usuários se sentirem mal consigo mesmos", afirma a carta dirigida à organizadora do grupo Jessamy Gleeson, que postou o documento nas redes sociais.

Gleeson disse que estava chocada com o fato de o Facebook aparentemente não ter ideia de que mulheres plus size, que se descrevem como gordas, podem se sentir ótimas com elas mesmas. Ela pediu aos seguidores do grupo que se enfureçam com qualquer um que tente dizer que alguns corpos são mais desejáveis que outros. 

"O Facebook ignorou o fato de que nosso evento vai discutir a positividade do corpo que vem em todas as formas e tamanhos, mas no caso particular do nosso evento, corpos gordos", escreveu Gleeson.

"Em vez disso, o Facebook concluiu que temos a intenção de fazer as mulheres se sentirem mal com si próprias ao publicar uma imagem de uma mulher plus size maravilhosa", disse a organizadora. Após a repercussão, o Facebook pediu desculpas por suas ações, enviando na segunda-feira uma nota à Gleeson na qual admitia que tinha revisado o anúncio de maneira incorreta.

"Nossas políticas têm o objetivo de ajudar a proteger a comunidade a partir de anúncios ofensivos que podem prejudicar sua experiência na nossa plataforma", diz o documento, também publicado por Gleeson no Twitter. "Este não é o caso e eu sinto muito por nossa revisão incorreta. Nós avaliamos milhões de anúncios por semana e há casos em que nós desaprovamos incorretamente uma imagem que não viola nossas políticas", completa o documento.

O próximo sábado (25) será um dia especial para 23 mulheres que disputam o título de Miss Brasil Plus Size 2015. De acordo com informações divulgadas pela Impacto Produções, organizadora do evento,  cerca de 5000 mulheres participaram das seletivas do concurso, em 16 estados brasileiros. 

Segundo o idealizador do Concurso Alberto Conde, para concorrer ao título de mais bela Plus Size não existe muita exigência, basta que a postulante à coroa tenha a partir de 18 anos,  utilize manequim acima do 44 e não esteja grávida. “Não importa se a mulher é casada ou tenha filhos. Ela só precisa ser bonita, carismática e ficar à vontade na passarela. Também não existe um limite de idade”, afirmou Conde, em entrevista concedida anteriormente ao Portal LeiaJá .

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Pela primeira vez, Pernambuco contará com uma representante no Miss Brasil Plus Size. Babi Luz venceu 18 candidatas na disputa estadual, realizada em 2014. De lá para cá, a rotina da administradora ganhou novos moldes, cedendo espaço para desfiles, ensaios fotográficos e preparação para o concurso. Em sua página pessoal no facebook a pernambucana ressaltou os desafios dos momentos que antecedem a seletiva, mas permanece firme com os seus objetivos. "Ninguém disse que seria fácil, mas desisti não é o meu lema. E continuarei lutando e dando o melhor de mim até o fim”. 

Em entrevista exclusiva concedida ao portal LeiaJá no mês de maio, Babi Luz falou sobre sua vida, preconceito, os desafios de estar acima do peso, além de comentar sobre a nova fase repleta de realizações e otimismo na luta pelo título. “Eu quero fazer bonito no dia. Já imaginou se a primeira Miss Pernambuco também conquistasse o Miss Brasil? Eu estou batalhando pelo título, procurando as minhas melhoras. Se eu ganhei o regional é possível sonhar com o nacional. Eu também quero ter o meu lugarzinho ao sol”, aviso a modelo. 

O Miss Brasil Plus Size será realizado em São Paulo, no Teatro Municipal. A vencedora leva para casa o título,  R$10 mil e uma viagem a Paris, além de fechar contrato com a produtora de eventos.  

Aos 30 anos, a americana Candice Huffine acredita que suas generosas medidas físicas contribuíram para um avanço no mundo da moda. Ela foi um dos destaques do lançamento do famoso Calendário Pirelli, peça publicitária da empresa italiana que, há 50 anos no mercado, vem se tornando item de colecionador. E, na folhinha de 2015, precisamente no mês de abril, Candice aparece ostentando uma bela peruca e seios generosos à mostra, em pose de pin-up. Seu corpo vistoso destoa das demais 11 modelos, todas franzinas.

Candice hoje é famosa justamente por ser uma "plus size model", ou seja, aquela que veste manequins de tamanho maior que o tradicional 90-60-90.

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"Figurar neste calendário tão respeitado é provocativo por mostrar que a mulher pode ser sexy e desejável sem precisar seguir os padrões da moda", disse ela, em Milão, onde a empresa italiana promoveu o lançamento do calendário. "Espero que isso ajude a mudar a indústria fashion."

Perto de outras modelos, como a brasileira Isabeli Fontana e a russa Sasha Luss, também presentes na festa, Candice exibe uma certa fartura nos braços, pernas e quadril. Mas, com 1,80m de altura e pesando por volta de 85 kg, ela definitivamente rompe o tabu de que corpo perfeito é aquele com medidas mais leves - no calendário, em pose de dominadora, com corpete negro de látex e seios à mostra, Candice exibe com orgulho um modelo tamanho 46.

Ela foi uma das primeiras escolhidas pelo fotógrafo Steven Meisel para figurar no calendário de 2015. Figura mítica no mundo fashion (realizou campanhas para as principais marcas, além de ter contribuído na descoberta e promoção de modelos como Linda Evangelista, Naomi Campbell e a brasileira Raquel Zimmerman), Meisel é um homem tímido e não participa de eventos públicos. Assim, não esteve presente na festa em Milão.

Mesmo assim, sabia que iria agitar o mundo da moda, como fez com a capa da Vogue Itália de julho de 2011, que marcou o lançamento estrondoso das curvas de Candice Huffine aos estilistas profissionais.

"Steven confiou em meu talento desde o início, mas, mesmo assim, quando recebi o telefonema confirmando minha presença no calendário, eu apenas pude balbuciar um ‘obrigado’", relembra. "Sou uma mulher forte e confiante, o que se pode ver na foto do calendário."

Ela é tão segura de si que, na quarta-feira, 19, participou da abertura da exposição Form and Desire (Forma e Desejo), que reúne, no Palácio Real, as principais e mais icônicas imagens da história do calendário, como o início de então desconhecidas como Isabeli Fontana e Naomi Campbell. Candice foi a escolhida para degustar pratos especialmente preparados ao vivo por três chefes - e a modelo não se fez de rogada, provando com gosto.

Candice não foi a primeira modelo plus size a figurar no mimo da Pirelli, que exibiu uma redondinha Sophie Dahl no mês de fevereiro de 1999 e a não menos redondinha Pollyanna McIntosh, honrando o mês de dezembro de 2004. Mas nenhuma delas provocou tanto estrondo como Candice Huffine.

Nascida em Annapolis, Maryland, ela se consagrou como modelo ao aparecer em uma reportagem de 2010 da V Magazine cujo título, Curves Ahead, já salientava suas medidas. E, depois de clicada por Meisel para a Vogue Itália de 2011, ela foi alvo novamente da lente do fotógrafo, em uma reportagem publicada em setembro daquele mesmo ano.

Mesmo depois de famosa, Candice conta não ter alterado drasticamente sua rotina para se adaptar às exigências da moda. "Tento fazer ginástica, manter uma vida ativa, mas isso não quer dizer que vou dar adeus às batatas fritas", diverte-se ela, que começou aos 15 anos - "e um corpo bem mais magro". Mesmo ciente de não apresentar o perfil de modelo, conta que sempre sonhou com essa carreira.

E hoje, quando se consolida na profissão, Candice afirma com orgulho que sempre é cumprimentada por diversas mulheres gordinhas cada vez que aparece na capa de alguma revista. "Gosto de ser uma inspiração para elas, principalmente ao alimentar sua autoestima."

Em sua cruzada pela quebra de tabu, Candice conta com o apoio das colegas. "Ela é linda", atesta Isabeli Fontana, que soma agora sete participações no calendário da Pirelli. "Se eu fosse gordinha, não teria essa beleza - meu rosto ficaria quadrado." "É incrível como ela convence que é feliz por ser bonita assim", observa a russa Sasha Luss. "Sua presença mostra como os conceitos podem ser quebrados", acredita a americana Gigi Hadid.

Críticos, no entanto, não comungam de tamanho otimismo. "Ela não seria convidada para desfilar, a não ser como participação especial", acredita Lilian Pacce, crítica de moda que colabora com o Caderno 2. "As criações dos estilistas pedem modelos com as medidas tradicionais, necessárias para exibir seus novos trabalhos, que seguem sempre o mesmo padrão no tamanho. E ela não tem essas medidas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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