Tópicos | Mundial de Clubes

Marcos Assunção viveu um sábado duplamente triste. Além de lamentar a derrota do Palmeiras na final do Mundial de Clubes diante do Chelsea, o ex-meio-campista do clube ainda ficou sabendo que o torcedor morto com um tiro nos arredores do Allianz Parque era seu amigo de infância, com o qual cresceu junto no bairro de Laranjeiras.

O jogador fez um post de luto em seu Instagram com a foto de Dante Luiz Oliveira Rosa, de 40 anos, que foi baleado no tórax por José Ribeiro Apóstolo Junior, um agente penitenciário que estava com a torcida palmeirense na Rua Palestra Itália e acabou efetuando o disparo por motivo ainda desconhecido. O suspeito está preso e foi indiciado por homicídio doloso.

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Dante ainda foi resgatado e levado ao Hospital das Clínicas, em estado grave, mas acabou não resistindo. "Foram 22 anos de carreira como atleta profissional, e além de sempre gostar de futebol, vivi o futebol da forma mais intensa tendo isso como minha profissão. Sei o quanto o futebol mexe com as pessoas, mas o que sempre me emocionou foi ver pai e o filho se abraçando na hora do gol, ver o casal se beijando e comemorando, e ver pessoas chorando porque seu time ganhou um título, essa é a magia do futebol", iniciou Marcos Assunção.

"Mas por que estou escrevendo isso? Ontem depois da final todos ficaram sabendo da morte de um torcedor nos arredores do Allianz Parque, além de um ser humano, ele era meu amigo de infância. Morador de Laranjeiras, onde cresci, quando o Dante chegou no bairro fui um dos primeiros amigos dele, tínhamos apenas 3 anos de diferença, jogamos videogame juntos, andávamos de carrinho de rolimã, jogávamos futebol e tive o prazer de conhecer a família dele", continuou.

"Seu pai, seu Dirceu, era muito amigo do meu pai, e pude ver de perto o Dante crescer e ter uma família, mas infelizmente, ontem um filho perdeu um pai. E aqui deixo a minha homenagem ao meu amigo e um recado a todos que leem essa mensagem: Futebol é alegria! Nós saímos de casa para voltar para a nossa família, e como um ex-atleta, eu repudio qualquer tipo de violência a qualquer torcedor adversário, quanto mais a um do próprio time."

Uma pessoa morreu nas imediações do estádio Allianz Parque, zona oeste da cidade, após confrontos entre torcedores do Palmeiras que acompanhavam pela televisão a decisão do Mundial Interclubes da Fifa, na tarde deste sábado.

Dante Luís faleceu depois de ter sido baleado na região do abdômen. Ele chegou a receber massagem cardíaca de pessoas que estavam próximas, ainda nas proximidades do estádio. Foi encaminhado em estado grave ao Hospital das Clínicas. A confirmação da morte foi feita pela Polícia Militar. A PM informou ainda que o autor do disparo foi detido e teve a arma apreendida. O caso foi registrado no 91º DP, na zona oeste. O objetivo da Polícia é descobrir as circunstâncias do crime. A PM informou ainda uma segunda prisão, de um homem que teria tentado atropelar policiais.

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Ainda não há o total de feridos nos confrontos. Imagens da Band mostram um homem de camisa verde correndo com arma em punho e sendo perseguido por outros torcedores. "As imagens são nítidas com o homem armado. Ele está identificado e preso. Esse é um trabalho que a Polícia Civil e a nossa delegacia fazem sempre, no que se refere à violência entre as torcidas", explica o delegado Cesar Saad, titular da Delegacia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade).

Durante o tumulto, pedras e grades foram atiradas pelos torcedores contra os policiais, que foram acuados antes de receber apoio do Batalhão do Choque e Cavalaria da Polícia Militar. As câmeras também registraram várias brigas entre os torcedores. Em um deles, um jovem com camisa de uma torcida uniformizada apanhou de outros seis integrantes da torcida.

Policiais com escudo conseguiram dispersar os torcedores com balas de borracha e bombas. Houve tumulto e correria. Ambulâncias do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) resgataram outros palmeirenses feridos. A Secretaria de Segurança Pública informou que "imagens serão analisadas para a identificação de outros envolvidos. As forças policiais seguem na região fazendo monitoramento para impedir e intervir em possíveis novas ações".

Ainda não há informações precisas sobre o início da confusão. Os confrontos aconteceram durante a dispersão dos torcedores, depois da derrota do Palmeiras para o Chelsea por 2 a 1 na final disputada nos Emirados Árabes Unidos.

Abel Ferreira comandou o Palmeiras, neste sábado, em sua sétima final desde que chegou ao time alviverde. Apesar do resultado não ser o título, o treinador português tratou de valorizar o seu elenco, que sustentou o empate com o Chelsea até o segundo tempo da prorrogação. A equipe inglesa conseguiu o troféu graças a um pênalti assinalado nos minutos finais.

"Muito orgulho do que fizemos. Ano passado nem ao pódio fomos. Este ano ficamos em segundo e enfrentando uma grande equipe. Jogo foi decidido em detalhes. Mas, acima de tudo, estou muito orgulhoso dos meus jogadores", afirmou Abel após a derrota no Mundial de Clubes em Abu Dabi. O treinador também analisou a partida e indicou os pontos positivos alcançados pelo Palmeiras na final.

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"Nós conseguimos superar, e muito, a qualidade individual do nosso adversário. Conseguimos ser corajosos, valentes, ter calma, jogar, atacar o nosso adversário. Uma equipe que tem muita qualidade individual, mas conseguimos igualar com o nosso jogo coletivo. O jogo foi decidido em um detalhe. Então, é dar os parabéns aos meus jogadores. Estou muito orgulhoso. Agora, vamos receber o nosso mereido segundo lugar, por todo o trabalho que fizemos", finalizou o treinador.

Luiz Felipe Scolari, torcedores e outros personagens ligados ao Palmeiras consideram o português o maior que treinou o clube em seus 107 anos de histórias. Pela filosofia, pela transformação dos atletas, pela inteligência, pelo legado e pelos títulos, claro. Nenhum outro treinador conquistou duas Libertadores pelo clube.

"Falo de coração: Abel é o maior treinador que o Palmeiras já teve em todas as épocas", opinou Felipão à Band. "Conseguiu os títulos, conseguiu fazer com que esses jogadores trabalhassem pelo clube com alegria, com satisfação e pensamento pelo Palmeiras que, quem sabe, nós não conseguimos passar", justificou.

Mas Abel se distancia desse rótulo. Fala sempre que julga oportuno que um dos problemas do futebol brasileiro é buscar heróis e vilões. E que ele é apenas mais um dentro da estrutura, da engrenagem. "Vocês nunca vão me ouvir falar 'eu ganhei ou perdi'. Nós ganhamos ou perdemos. O futebol, para mim, me fez ver as coisas de forma plural, humana, entreajuda, solidariedade. Temos de ser exemplo", explicou.

Após a derrota na final do Mundial para o Chelsea, o Palmeiras deve embarcar na viagem de retorno ao Brasil às 22h (horário de Brasília). A chegada está prevista para a tarde de domingo.

O Palmeiras passou anos ensejando jogar uma final de Mundial de Clubes. Fracassou em 2021 no Catar, mas neste ano voltou fortalecido, descansado e preparado e tem a chance de levantar a taça. A equipe de Abel Ferreira enfrenta o poderoso Chelsea neste sábado, às 13h30 (de Brasília), no Mohammed Bin Zayed Stadium, com o pensamento de encerrar os gracejos dos rivais, que dizem que o clube não é campeão mundial e levantar seu oitavo troféu em sete anos. Também quer acabar com a controvérsia da Fifa, que alimenta polêmica ao não ter uma posição definitiva sobre a Copa Rio de 1951.

Para chegar à final, o time brasileiro derrotou o Al Ahly, do Egito, por 2 a 0 com um futebol convincente. O Chelsea foi claudicante, suou, mas passou pelos sauditas do Al Hilal nas semifinais com vitória de 1 a 0.

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Tanto Palmeiras quanto Chelsea perseguem em Abu Dabi o primeiro título do Mundial. Desconsiderando a taça da Copa Rio de 1951, que se tornou uma controvérsia com a mudança de tratamento da Fifa em relação ao torneio, o clube brasileiro jogou duas vezes o certame. Foi vice em 1999 ao perder para o Manchester United na antiga versão da competição, chamada de Copa Intercontinental, e no ano passado registrou a pior campanha de um sul-americano ao terminar em quarto lugar. Em sua única participação, o Chelsea foi derrotado pelo Corinthians na decisão em 2012.

O Palmeiras entra em campo para conquistar a taça, fato que encerraria o gracejo dos rivais, e também para diminuir a larga vantagem entre europeus e sul-americanos no campeonato. Desde 2005, ano em que o Mundial passou a ser jogado no atual formato, apenas três times da América do Sul, todos brasileiros, ganharam a competição: São Paulo em 2005, Inter em 2006 e Corinthians em 2012.

O revés para o Corinthians há dez anos foi a última vez que um representante europeu voltou para casa sem a taça. Desde então, as equipes do Velho Continente faturaram o troféu nas oito edições seguintes. O Real Madrid ganhou quatro vezes, o Bayern de Munique duas e Barcelona e Liverpool saíram vencedores em uma ocasião.

Com os egípcios, Abel Ferreira tinha o desafio de fazer seu time encontrar espaços num ferrolho defensivo. Teve dificuldade no início, mas cumpriu seu papel. Mostrou paciência e circulou a bola até encontrar os caminhos. Diante dos ingleses, o cenário será diferente. É provável que se desenhe de forma semelhante à decisão continental com o Flamengo, em Montevidéu.

O Palmeiras vai recuar pelos lados, com Marcos Rocha e Scarpa, se fechará com uma linha de cinco defensores e quatro meio-campistas e terá como aposta os passes rápidos e contragolpes para achar atalhos.

"Acho que vamos surpreender, sim, e sair campeões, com fé em Deus", afirmou Danilo. O jovem meio-campista fez uma breve análise do rival. "O Chelsea gosta dos contra-ataques, gosta de ter a bola, os laterais apoiam bastante. Vai dar um jogão"

O Chelsea também sabe muito sobre o Palmeiras. O húngaro Zsolt Low, auxiliar do técnico Thomas Tuchel, definiu o adversário como "um dos melhores times do Brasil". "Espero um jogo muito difícil. Os torcedores são incríveis. Thiago Silva me falou sobre os torcedores. Será um jogo "fora de casa" para nós. São fortes, mas estamos preparados. Também somos fortes", pontuou.

"É um time forte coletivamente. Nós vimos a final da Copa Libertadores e o jogo passado contra o Al Ahly", continuou Low. O húngaro preferiu não citar individualmente um atleta do clube brasileiro que lhe agrade.

O Chelsea, de forte jogo coletivo, tem em Lukaku seu craque. O forte, mas veloz e habilidoso centroavante belga é a principal arma ofensiva do time europeu. Foi dele o gol que garantiu a equipe na semifinal. É difícil, mas não impossível pará-lo, pensa Piquerez.

"Todos o conhecem. Jogador muito forte, gosta do corpo a corpo, mas nossos zagueiros também são agressivos. Estou totalmente confiante de que podemos buscar o título", salientou o uruguaio.

Abel Ferreira assistiu do estádio ao duelo dos ingleses pela semi. Observou jogadas bem construídas pelos lados, e viu que o jogo ofensivo passa muito por Lukaku. Mas também notou fragilidades defensivas que podem ser exploradas, como o espaço pela esquerda, com Marcos Alonso. O favorito é o atual campeão europeu, pensa Abel, mas sua equipe pode se igualar ao adversário no esforço e vontade, ele ressalta.

"Claro que dá para ganhar, o futebol é mágico por isso mesmo", opinou. "Vamos entrar no que somos bons, na coragem, na valentia, com a bola ter coragem para impor nosso jogo, fintar, driblar, dar mais que um toque. Juntar o talento com o trabalho, porque aí seguramente a vitória fica mais próxima", reforçou.

É improvável que Abel surpreenda na escalação. Deve ser a mesma que iniciou o duelo da semifinal. Ele tem todos os titulares à disposição. Se houver mudanças, será no plano tático. Alguma surpresa do comandante da equipe, que joga a final com o uniforme branco antigo, de 2021, porque a Fifa vetou o novo.

No Chelsea, há dúvidas no gol e meio de campo. Campeão da Copa Africana com Senegal e eleito melhor goleiro do mundo em 2021, Mendy não jogou contra o Al Hilal porque havia acabado de voltar de sua seleção. É considerado titular, mas Kepa o substituiu com competência e foi a estrela do time no confronto com os sauditas. No meio, Mason Mount se recuperou de lesão e briga por vaga entre os titulares. O treinador alemão Thomas Tuchel apresentou teste negativo para covid e se juntou na véspera do jogo ao elenco. Estará à beira do gramado neste sábado.

O Chelsea, atual vencedor da Liga dos Campeões da Europa, será o adversário do Palmeiras na decisão do Mundial de Clubes, neste sábado, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos. Nesta quarta-feira, com dificuldades especialmente no segundo tempo, o clube inglês derrotou o Al Hilal, da Arábia Saudita, por 1 a 0, no Mohammed Bin Zayed Stadium. O gol foi marcado pelo centroavante belga Romelu Lukaku, ainda na primeira etapa.

A final do Mundial neste formato será inédita para o Palmeiras, mas não para o Chelsea. Em 2012, o clube inglês chegou à decisão do torneio, disputado no Japão, e enfrentou outro clube brasileiro: o Corinthians, um dos grandes rivais do time alviverde, que venceu por 1 a 0, com gol do centroavante peruano Paolo Guerrero, no estádio Internacional, em Yokohama.

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Em campo, como esperado, o Chelsea dominou o primeiro tempo contra o Al Hilal. Sofreu pouco quando atacado - até pela boa vontade da arbitragem, comandada pelo mexicano Cesar Ramos, com as faltas do time - e criou pelo menos 10 finalizações. O jogador mais acionado foi Lukaku, o autor do gol da vitória aos 31 minutos. Depois da insistência de Havertz pela esquerda, Al-Shahrani falhou na hora do corte na pequena área e a bola sobrou para o belga chutar para as redes sem marcação.

Na etapa complementar, o Chelsea mostrou cansaço e pouca inspiração, enquanto que o Al Hilal voltou a mostrar o bom futebol apresentado na estreia, quando goleou o Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, por 6 a 1, e chegou a pressionar os campeões europeus. Aos 22 minutos, Kanno acertou bela finalização e obrigou o goleiro Kepa a fazer grande defesa.

Nesta quarta-feira, estiveram em campo o zagueiro brasileiro Thiago Silva e o meia naturalizado italiano Jorginho, ambos titulares do Chelsea. O atacante Kenedy, ex-Fluminense, ficou no banco de reservas. No Al Hilal, o meia Matheus Pereira começou jogando, sendo substituído pelo atacante Michael, ex-Flamengo. Outro velho conhecido da torcida rubro-negra, o volante colombiano Gustavo Cuéllar começou jogando pela equipe saudita.

A expectativa no Chelsea, agora, é que o técnico alemão Thomas Tuchel, eleito recentemente pela Fifa como o melhor de 2021, esteja em campo contra o Palmeiras. Ele foi diagnosticado com a covid-19 no último sábado, em Londres, pouco antes da viagem a Abu Dabi, e está em isolamento na Inglaterra e deve fazer mais um teste PCR nesta quinta-feira. Se der negativo, embarcará para os Emirados Árabes Unidos.

FICHA TÉCNICA

AL HILAL-ARA 0 x 1 CHELSEA

AL HILAL-ARA - Abdullah Al-Mayouf; Al-Burayk, Jang Hyunsoo, Ali Albulayhi e Yasser Alshahrani; Gustavo Cuéllar, Mohamed Kanno, Matheus Pereira (Michael) e Salem Aldawsari (Carrillo); Odion Ighalo e Moussa Marega. Técnico: Leonardo Jardim.

CHELSEA - Kepa; Christensen, Rüdiger e Thiago Silva; Azpilicueta, Jorginho (Kanté), Ziyech (Mount), Kovacic, Havertz e Alonso (Sarr); Lukalu. Técnico: Zsolt Löw (auxiliar).

GOL - Lukaku, aos 31 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Ali Albulayhi e Gustavo Cuéllar (Al Hilal-ARA); Kovacic (Chelsea).

ÁRBITRO - Cesar Ramos (Fifa/México).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 19.175 torcedores.

LOCAL - Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos).

Os campeões europeus costumam chegar ao Mundial de Clubes da Fifa com incontestável favoritismo. Não é o caso do Chelsea neste ano. O time inglês faz temporada irregular na Europa, fez apresentações abaixo do esperado nas últimas semanas e, para piorar, não terá seu técnico em sua estreia no torneio internacional, contra o Al Hilal, às 13h30 (de Brasília) desta quarta-feira, em Abu Dabi.

O confronto é válido pela semifinal do Mundial, disputado nos Emirados Árabes Unidos. Se confirmar o favoritismo sobre o adversário da Arábia Saudita, o Chelsea vai encarar outro time paulista numa final. Há 10 anos, foi o Corinthians, seu algoz. Desta vez, será o Palmeiras, que derrotou o Al Ahly por 2 a 0 na outra semifinal. A decisão está marcada para sábado.

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Aquela derrota sofrida em 2012, na final realizada na cidade japonesa de Yokohama, ainda está na memória do clube. Único remanescente daquele jogo ainda no elenco do Chelsea, o lateral-direito espanhol Cesar Azpilicueta admite que lembrar daquela decisão ainda dói. "Estou muito motivado. Perder aquele jogo em 2012 doeu muito. E ser campeão mundial pelo clube seria incrível. Tem um grande significado para todo mundo", afirmou.

Antes de sonhar com seu primeiro título mundial, o Chelsea terá pela frente o Al Hilal. Sem maiores problemas na escalação, o time terá sua maior baixa no banco de reservas. O alemão Thomas Tuchel testou positivo para a covid-19 às vésperas da viagem da delegação para Abu Dabi. De Londres, está comandando o time à distância.

"Estamos em contato constante com Thomas. Ele nos liga o tempo todo. Fazemos ligações durante e depois do treino. Estamos tentando fazer como se ele estivesse aqui conosco", disse Zsolt Low, um dos dois auxiliares que estão substituindo Tuchel em Abu Dabi. O outro é Arno Michels. "Mas não podemos copiar o Thomas, ele é um dos melhores técnicos do mundo", enfatiza Low.

Para a estreia, os dois auxiliares terão o retorno do meia Mason Mount, recuperado de problema físico. O lateral-direito Reece James foi vetado e o goleiro Edouard Mendy poderá retomar o posto de titular após participar da conquista da Copa Africana de Nações, pela seleção do Senegal, no domingo.

O destaque do time inglês está na defesa, com a dupla formada por Thiago Silva e pelo alemão Antonio Rüdiger. No meio-campo, Kanté e o brasileiro Jorginho, naturalizado italiano, são as referências. Ainda sem apresentar seu melhor futebol no Chelsea, Lukaku é motivo de preocupação para qualquer defesa. Timo Werner e Pulisic sempre podem surpreender.

Apesar dos talentos individuais, o time londrino não vem funcionando tão bem no coletivo. O Chelsea vem de uma vitória nos últimos cinco jogos pelo Campeonato Inglês. Sua última partida antes de embarcar para Abu Dabi foi o decepcionante triunfo sobre o modesto Plymouth, da terceira divisão, na prorrogação, pela Copa da Inglaterra. A fraca atuação dos ingleses gerou desconfiança para o Mundial.

E os torcedores, principalmente os do Palmeiras, lembraram da inesperada derrota para o Corinthians na final de 2012. O Chelsea é o último campeão europeu a não confirmar o favoritismo no Mundial. Depois do tropeço do time inglês há 10 anos, Bayern de Munique, Real Madrid, Barcelona e Liverpool não vacilaram e levaram o troféu para casa.

Em sua segunda participação em Mundiais, o Chelsea enfrentará um time que pode dar trabalho. O saudita Al Hilal estreou na fase anterior e surpreendeu ao aplicar 6 a 1 no anfitrião Al-Jazira. O campeão asiático está longe de ser badalado, mas conta com jogadores experientes.

O atacante nigeriano teve passagens por Manchester United e Watford, enquanto o meia brasileiro Matheus Pereira já defendeu o West Bromwich, todos do mesmo Campeonato Inglês do Chelsea. Outros destaques são o atacante malinês Moussa Marega (ex-Porto), o meia-atacante peruano André Carrillo (ex-Benfica e Sporting) e o atacante brasileiro Michael, que estava no Flamengo até o mês passado.

 

FICHA TÉCNICA:

AL HILAL x CHELSEA

AL HILAL - Abdullah Al-Mayouf; Ali Albulayhi, Yasser Alshahrani, Jang Hyunsoo, Saud Abdulhamid; Gustavo Cuellar, Matheus Pereira, Moussa Marega, Mohamed Kanno, Salem Aldawsari; Odion Ighalo. Técnico: Leonardo Jardim.

CHELSEA - Kepa; Azpilicueta, Thiago Silva, Rüdiger, Malang Sarr; Kanté, Jorginho, Kovacic; Ziyech (Mount), Pulisic e Lukalu. Técnico: Zsolt Low (auxiliar).

ÁRBITRO - Cesar Ramos (México).

HORÁRIO - 13h30 (horário de Brasília).

LOCAL - Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.

O Palmeiras provou que está, de fato, muito mais bem preparado em relação à edição anterior do Mundial de Clubes e avançou à final do torneio da Fifa com uma atuação convincente. No pequeno, mas confortável Al Nahyan Stadium, em Abu Dabi, o time de Abel Ferreira fez 2 a 0 no egípcio Al Ahly graças ao talento e poder de decisão de Raphael Veiga e Dudu nesta terça-feira e jogará a decisão da competição contra Al Hilal ou Chelsea, que se enfrentam nesta quarta-feira. O duelo que definirá o campeão será sábado, às 13h30 (de Brasília).

Foi um dia de ineditismos na capital dos Emirados Árabes Unidos. O Palmeiras marcou seu primeiro gol em um Mundial e conquistou seu primeiro triunfo na competição que se tornou obsessão para os alviverdes. Os palmeirenses, aliás, foram maioria no estádio e cantaram em uníssono a fim de levar o time ao tão desejado título mundial e encerrar os gracejos dos rivais.

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O Palmeiras dominou o rival africano com inteligência, paciência e um bom futebol. É bem verdade que demorou a encontrar os espaços porque o Al Ahly teve competência em sua tarefa defensiva em parte do confronto. Mas o clube brasileiro, forte mentalmente, não se desesperou e encontrou naturalmente o caminho das redes com Veiga, no primeiro tempo, e Dudu, na etapa final.

No primeiro tempo, o time egípcio se fechou na defesa, bem como havia feito diante do Monterrey, e, disciplinado taticamente, dificultou a vida do rival brasileiro. Melhor preparado, descansado, mais maduro e acostumado com decisões, o Palmeiras, porém, dominou o jogo. Não encontrou facilidade para furar as linhas do rival, mas insistiu, manteve-se calmo e concentrado e teve êxito em sua paciente jornada até o caminho do gol, marcado com a participação de seus dois craques, Dudu e Raphael Veiga.

A retranca do adversário foi furada com concentração, qualidade na saída de bola, talento e uma conclusão precisa. Zé Rafael roubou a bola na ponta esquerda e tocou para Danilo, que serviu Dudu. O camisa 7 deixou Veiga na cara do gol e o meio-campista canhoto bateu com o pé direito para vencer o goleiro Lotfy aos 39 minutos. Eufóricos, os palmeirenses, em maioria no estádio, cantaram alto até o intervalo. O Al Ahly apostou em lançamentos longos e em contra-ataques, mal-sucedidos, porém.

Se teve de usar a paciência para superar o ferrolho do rival do Egito no primeiro tempo, no segundo foi mais fácil para o Palmeiras conseguir tal feito e ampliar o placar. No lance do gol, os papéis se inverteram. Veiga foi o garçom e Dudu balançou as redes. A fim de jogo, o camisa 7 aproveitou uma avenida pela direita, invadiu a área e concluiu no ângulo. Um golaço no Al Nahyan Stadium comemorado com efusão pelos torcedores alviverdes.

O Al Ahly, de acuado, se viu obrigado a atacar. E melhorou no jogo. Passou a ocupar o campo ofensivo e finalizou 10 vezes em poucos minutos - na primeira etapa foram apenas dois chutes. O time egípcio até balançou as redes com Sherif após uma rara e grava falha de Weverton. Mas o atacante estava impedido no momento do arremate. Gol rapidamente revisado pelo VAR e anulado.

O ímpeto dos egípcios diminuiu à medida que o Palmeiras retomou o controle da partida. Abel tirou os craques do confronto, Dudu e Veiga, ambos muito aplaudidos, para lançar mão de Wesley e Jailson.

A equipe ajustou sua marcação e segurou o rival africano, que viu sua difícil missão de virar o duelo tornar-se impossível depois da expulsão de Ashraf. O defensor deu um carrinho violento em Rony e inicialmente recebeu apenas amarelo. O árbitro francês Clément Turpin foi ao monitor do VAR e reviu sua decisão ao apresentar o vermelho para o atleta.

O cenário passou a ser ainda mais favorável ao Palmeiras, que usou as substituições para ganhar tempo e esfriar o jogo. No fim, entraram também Atuesta, Deyverson e Breno Lopes. O time alviverde está na final do torneio e jogará no sábado uma das partidas mais importantes de sua história.

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 2 x 0 AL AHLY

PALMEIRAS - Weverton; Gustavo Gómez, Luan e Piquerez; Marcos Rocha, Danilo, Zé Rafael (Atuesta) e Gustavo Scarpa (Breno Lopes); Raphael Veiga (Jaílson), Dudu (Wesley) e Rony (Deyverson). Técnico: Abel Ferreira.

AL AHLY - Aly Lotfy; Rabia (Fathy), Ibrahim e Ashraf; Hany, Aliou, Elsoulia (Abdelkader) e Ali; Elshahat (Sherif), Afsha e Mohamed (Soliman). Técnico: Pitso Mosimane.

GOLS - Raphael Veiga, aos 39 minutos do primeiro tempo. Dudu, aos 4 minutos do segundo tempo.

CARTÃO VERMELHO - Ashraf.

ÁRBITRO - Clément Turpin (França).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Al Nahyan Stadium, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.

O Chelsea fará sua estreia no Mundial de Clubes da Fifa com uma baixa de peso no banco de reservas. O técnico Thomas Tuchel está em Londres por ter contraído covid-19 às vésperas da viagem da delegação do clube inglês para os Emirados Árabes Unidos. Mas, apesar da distância, o treinador segue com voz ativa na definição do time que enfrentará o Al Hilal nesta quarta-feira, pela semifinal do torneio internacional.

"Estamos em contato constante com Thomas. Temos um monte de reuniões juntos, ele nos liga o tempo todo. Fazemos ligações durante e depois do treino. Estamos tentando fazer como se ele estivesse aqui conosco", disse Zsolt Low, um dos dois auxiliares que estão substituindo Tuchel em Abu Dabi. O outro é Arno Michels.

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A dupla vem seguindo as orientações do treinador alemão desde a chegada ao Emirados Árabes, no domingo. "Não podemos copiar o Thomas, ele é um dos melhores técnicos do mundo. É por isso que precisamos compartilhar tudo com toda a comissão técnica. Tentamos levar o time para a frente e fazemos mudanças o tempo todo quando alguém percebe algo ou tem uma boa opinião", conta Low.

O auxiliar admitiu que comandar o atual campeão europeu sem o técnico é uma tarefa complicada. "É um grande desafio, mas tentamos fazer o melhor possível. Ele faz a parte dele em suas mensagens e ligações. Até agora, tudo tem sido absolutamente perfeito", comentou.

Para tanto, a dupla de auxiliar conta com um reforço importante. Conselheiro do time, o experiente ex-goleiro Petr Cech tem ajudado nos treinos. "Ele é um cara incrível e nos dá todo o apoio. Ele está conosco o tempo todo e tem um feeling muito bom. Estamos muito felizes por tê-lo conosco", comentou Low.

O auxiliar explicou que o grupo está na expectativa pelo próximo teste de covid-19 de Tuchel. Se der negativo, ele estará liberado para viajar para Abu Dabi. Neste caso, ele poderia comandar o time in loco na partida seguinte do Chelsea no Mundial, seja a disputa do terceiro lugar ou a final, ambas marcadas para sábado.

O time londrino vai enfrentar o Al Hilal, da Arábia Saudita, às 13h30 (de Brasília), nesta quarta. Será a segunda semifinal do Mundial. A primeira terá o Palmeiras e o Al Ahly, nesta terça.

Sobre a escalação para esta quarta, o auxiliar não revelou detalhes. Apenas indicou que o meia Mason Mount deve retornar ao time. O lateral-direito Reece James foi vetado e o goleiro Edouard Mendy poderá retomar o posto de titular após participar da conquista da Copa Africana de Nações, pela seleção do Senegal, no domingo.

O Al Hilal é o quarto clube a se garantir na semifinal do Mundial de Clubes da Fifa. O clube da Arábia Saudita levou um susto no início do jogo contra o anfitrião Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, mas conseguiu reagir e venceu por 6 a 1 pelas quartas de final. O brasileiro Matheus Pereira foi um dos principais destaques da partida no estádio Mohammed Bin Zayed, em Abu Dabi, com um gol e uma assistência. Outro brasileiro que esteve em campo foi Michael, recém-contratado pelo Al Hilal junto ao Flamengo. O ponta entrou no segundo tempo.

O placar elástico construído pelo Al Hilal é o maior da história do Mundial da Fifa, que está em sua 18ª edição. Com a convincente classificação sobre a equipe anfitriã, o time do técnico Leonardo Jardim enfrentará o Chelsea na semifinal do torneio, na próxima quarta-feira, às 13h30, novamente no estádio Mohammed Bin Zayed. O vencedor do confronto enfrentará na final o vitorioso de Palmeiras x Al Ahly.

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O Al Jazira é o representante dos Emirados Árabes Unidos, país anfitrião da competição, e avançou para as quartas de final após eliminar o AS Pirae, na primeira fase, por 4 a 1. Atual campeão asiático, o Al Hilal possui nomes em seu elenco com passagens pelo futebol europeu, como Ighalo, Marega e o peruano André Carrillo, além do já citado Matheus Pereira, que estava no West Bromwich, da Inglaterra.

O primeiro tempo foi muito movimentado, com o Al Jazira começando melhor, mas o Al Hilal reagiu na parte final. Os dois times se lançaram ao ataque desde os primeiros minutos de jogo e conseguiram assustar um ao outro em lances de perigo. Com muita velocidade, o Al Jazira abriu o placar aos 13 minutos. Rabii recebeu um passe perfeito em profundidade, chegou na linha de fundo e cruzou rasteiro para o meio da área. Ábdoulay Diaby só empurrou para o fundo das redes.

Um cabeceio de Kanno quase rendeu o empate para o Al Hilal, mas foi o Al Jazira quem esteve mais perto de marcar novamente. Victor Sá perdeu uma grande oportunidade, recebendo a bola cara a cara com o goleiro. O brasileiro tentou finalizar duas vezes, mas ambas pararam no goleiro Al Mayouf.

Nos últimos minutos do primeiro tempo, o Al Hilal começou a acordar para o jogo e conseguiu a virada ainda na metade inicial da partida. Aos 35 minutos, Kanno fez uma linda jogada pela esquerda da grande área, o goleiro saiu para tentar fazer o corte e o jogador do Al Hilal cruzou para Ighalo tocar de cabeça e deixar tudo igual.

A virada dos vencedores da Liga dos Campeões da Ásia veio quatro minutos depois, com gol brasileiro. Matheus Pereira recebeu um passe de calcanhar na entrada da área, girou com muita rapidez e bateu de perna esquerda no cantinho para marcar 2 a 1 para o time da Arábia Saudita.

A perna esquerda de Matheus Pereira voltou a causar sustos para o Al Jazira logo no primeiro lance após o intervalo. O brasileiro dominou e bateu de canhota da entrada da área. A bola raspou no travessão antes de sair. O Al Jazira seguia ligado no jogo e quase empatou aos 9, em uma grande chance perdida por Al Hashami, que desviou a bola para fora.

Kanno, um dos destaques da partida, dificultou a vida da equipe da casa ao ampliar para 3 a 1 aos 11 minutos, com nova participação de Matheus Pereira. O jogador cobrou escanteio com curva e Kanno completou de cabeça para marcar um bonito gol.

O Al Hilal não teve problemas para administrar a vantagem e esteve mais perto do quarto gol do que o rival de diminuir, o que de fato aconteceu aos 32, quando a zaga do time dos Emirados Árabes desligou no lance. Salem Al-Dawsari recebeu na ponta, fez uma tabela com Marega e saiu livre na área para driblar o goleiro e tocar para o fundo das redes.

Após a entrada de Michael, o Al Hilal ainda marcou mais dois gols. Aos 42, após cobrança de escanteio e confusão na área, a bola sobrou limpa para o atacante Marega fazer 5 a 1. Pouco tempo depois, aos 44, Mubarak encostou a mão na bola dentro da área e a arbitragem marcou pênalti. Matheus Pereira até pediu para cobrar, mas Carrillo foi para a bola e fez 6 a 1, fechando a goleada.

Sem conseguir chegar à semifinal, o Al Jazira vai disputar o terceiro lugar contra o Monterrey na próxima quarta-feira.

O Mundial de Clubes dos Emirados Árabes Unidos começou nesta quinta-feira com muitos gols e nenhuma surpresa. Representante do país-sede, o Al Jazira não encontrou dificuldades para passar pelo Pirae, time semiamador do Taiti, com goleada por 4 a 1 no Estádio Mohammed Bin Zayed, em Abu Dabi. O time da casa ainda teve três gols anulados pelo VAR.

Com o resultado, o primeiro adversário do Chelsea no Mundial de Clubes será um rival árabe, já que o Al Jazira vai enfrentar o Al Hilal, da Arábia Saudita, na próxima fase. Quem ganhar encara o campeão europeu por vaga na decisão.

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O Al Jazira, representante dos Emirados Árabes Unidos na competição, precisou de apenas quatro minutos para comprovar seu favoritismo diante do Pirae, decacampeão do Taiti, convidado para substituir o Alckland City, campeão da Oceania e pelo segundo ano fora do Mundial por causa das restrições imposta pela Nova Zelândia ao combate à covid-19.

Diante de um oponente formado por muitos jogadores amadores, o time do Oriente Médio foi logo para cima e não encontrou resistência para abrir o marcador. O camisa 9 Alameri fez 1 a 0, escorando cruzamento. Ele ainda desperdiçou outras duas grandes chances antes dos 20 minutos. Parou no goleiro e depois, sozinho, bateu colocado para fora.

Gols que não fizeram falta. Em jogada iniciada pelo brasileiro Victor Sá, que disputou com o defensor e a bola sobrou para Diaby, o rebate do goleiro acabou na cabeça de Al Hashmi: 2 a 0, aos 24. Alameri teve dois gols anulados antes do intervalo, um ao cabecear para as redes, mas a bola desviar em seu braço, e outro por impedimento. Ambos informados pelo VAR.

Se o atacante estava com falta de sorte, os companheiros caprichavam no treino de luxo. Victor Sá sofreu falta na entrada da área e Kosanovic bateu no canto para ampliar. O Tirae sofreu bastante com o preparo físico e não conseguiu segurar os árabes nos 45 minutos iniciais.

O Al Jazira voltou para o segundo tempo com mudanças, até no gol, para girar o elenco e dar oportunidade aos demais jogadores. Vale lembrar que muitos titulares estavam com a seleção nas Eliminatórias e foram poupados nesta quinta.

Uma das novidades, Al Ameri nem tocou na bola e foi vazado. O goleiro reserva acabou surpreendido com gol contra do marroquino Rabii. O lateral tentou cortar o cruzamento, contudo pegou mal na bola, que bateu na trave e entrou. Com vantagem tranquila no placar, o time anfitrião retornou do vestiário sonolento e vendo o rival, enfim, chegar ao ataque.

O Al Jazira demorou 14 minutos para criar a primeira chance. Victor Sá mandou por cima. Já Diaby não desperdiçou o passe do brasileiro. Dominou e, com frieza, bateu colocado em belo gol. Substituto de Alameri, Mabkhout "imitou" o companheiro e também teve gol anulado por impedimento acusado pelo VAR. Mas a goleada já estava decretada e bastou fazer o tempo passar.

O Mundial de Clubes 2021 terá uma novidade. A Fifa vai usar uma tecnologia capaz de detectar automaticamente um impedimento. A entidade já havia testado o recurso na Copa Árabe, no Catar, e vai lançar mão da ferramenta também no torneio em Abu Dabi que terá a participação do Palmeiras e começa na próxima quinta-feira.

O sistema consiste em uma tecnologia de rastreamento a partir de imagens de câmeras instaladas sob o teto do estádio que capturam todos os movimentos dos atletas em campo e da bola. O recurso permite a criação em tempo real de representações visuais tridimensionais dos esqueletos animados dos jogadores. São ângulos de até 29 pontos de dados por cada jogador.

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Com isso, é possível detectar quando um atleta está em posição irregular. O sistema emite a mensagem ao VAR, que avisa o árbitro principal. O recurso permite que não seja mais necessário traçar manualmente, na central do VAR, as linhas verticais e horizontais do impedimento para saber se o corpo do atacante está à frente do defensor.

Segundo a Fifa, graças às novas fontes de dados e processamento fornecidas por empresas de visualização baseadas em inteligência artificial, uma partida inteira pode ser assistida como uma animação virtual com apenas alguns segundos de atraso, o que proporciona a treinadores, equipe médica e outros especialistas a oportunidade de examinar a partida sob novas perspectivas. É possível, por exemplo, analisar a ação do ponto de vista de um jogador específico em campo, examinar um momento de mudança de jogo de um ângulo diferente ou obter uma visão panorâmica do gramado.

A Fifa avalia que a tecnologia fornece informações "inovadoras" e considera que a experiência com o sistema foi bem-sucedida na Copa Árabe, o que fez com que a entidade decidisse usá-lo também no Mundial de Clubes em Abu Dabi. É provável que a tecnologia esteja presente na Copa do Mundo do Catar. No ano passado, Arsène Wenger, atual chefe de desenvolvimento global de futebol da Fifa, prometeu, sem dar detalhes à época, que a ferramenta será "a próxima das grandes evoluções da arbitragem".

"Acreditamos que o acesso a essa nova fonte de dados pode impactar positivamente o jogo, otimizando os processos de tomada de decisão e aumentando a objetividade", disse Johannes Holzmüller, diretor de tecnologia e inovação do futebol da Fifa. "No entanto, estamos apenas no início desta jornada de desenvolvimento e possíveis casos de uso precisam ser testados minuciosamente para avaliar os recursos com vistas à eventual implementação", ponderou.

O Palmeiras embarca para Abu Dabi nesta quarta-feira, dia 2, e estreia no Mundial de Clubes dia 8, às 13h30 (de Brasília). O rival da semifinal sairá do confronto entre Al Ahly, do Egito, e Monterrey, do México. Também participam da competição Chelsea, Al Hilal, Al Jazira e Pirae. O torneio tem início no dia 3 e termina dia 12, data da final.

A estratégia utilizada na final da Libertadores nos 2 a 1 diante do rubro-negro carioca em Montevidéu dá esperanças ao ex-meia Rivaldo de ver um Palmeiras com uma campanha vitoriosa em seu próximo desafio internacional: o Mundial de clubes que será realizado em fevereiro do ano que vem em Abu Dhabi.

Em entrevista à Betfair, o ex-jogador destacou a entrega dos atletas e a mentalidade do técnico Abel Ferreira no encontro que definiu o título da Libertadores em favor da equipe paulista.

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"O segredo desse sucesso esteve na consciência que o técnico Abel Ferreira e seus comandados tiveram de que seu oponente era muito forte. O Flamengo era favorito, mas o Palmeiras soube montar uma estratégia defensiva e explorar os erros de seu rival para cravar uma grande vitória", falou o ex-camisa 10.

O triunfo, para o ex-jogador, teve como grande marca a solidariedade do elenco em brigar por um objetivo em comum: o título. "Não seria justo destacar um nome, nem sequer o Deyverson, que marcou o gol da vitória, pois foi todo o grupo que conquistou esse troféu coma sua grande união."

Com duas partidas a cumprir nesta reta final de Brasileiro, o Palmeiras mira suas atenções para o Mundial. Sobre o torneio, Rivaldo deu sua opinião sobre um suposto confronto contra o Chelsea.

"A equipe já teve uma má experiência em 2020 e essa foi uma lição. Agora, o time deverá entrar muito mais focado já nas semifinais. Nunca será um jogo fácil. Só assim terá condições de chegar à final", comentou.

O desafio de encarar o Chelsea, segundo ele, pode ser medido pela campanha recente do Palmeiras na Libertadores. "O time londrino está em grande fase, mas como poucos acreditavam que o Palmeiras pudesse eliminar o Atlético-MG e o Flamengo, acho que pode ser possível uma vitória sobre o time inglês. Seria um marco histórico para o clube que elevaria o técnico Abel Ferreira para um patamar superior como um dos técnicos de maior sucesso na história do clube paulista".

O Mundial de clubes vai ser realizado entre os dias 3 e 12 de fevereiro de 2022. O adversário do Palmeiras na semifinal vai ser o Monterrey, do México, ou o Al Ahaly, do Egito, que se enfrentam pelas quartas de final. Na edição da competição do ano passado, a equipe de Abel Ferreira acabou derrotada pelo Tigres do México em seu primeiro confronto. Na disputa do terceiro lugar, a eliminação veio nos pênaltis para o Al Ahly.

A Fifa definiu os dias, horários e locais dos jogos do Mundial de Clubes, a ser disputado em 2022 em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos. O Palmeiras, campeão da Libertadores, faz sua estreia no dia 8 de fevereiro, às 13h30 (de Brasília). O palco da partida contra Al Ahly ou Monterrey será o Al Nahyan Stadium, pequeno estádio que pertence ao Al Wahda e tem capacidade para 15 mil torcedores.

Al Jazira x Auckland City é a partida que inaugura o Mundial, marcada para 3 de fevereiro, às 13h30 (de Brasília). Monterrey e Al Ahly se enfrentam no dia 5. Quem vencer encara o Palmeiras três dias depois. O time alviverde já duelou com o rival egípcio na disputa do terceiro lugar da última edição do torneio da Fifa. Na ocasião, perdeu nos pênaltis.

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Desta vez, a equipe de Abel Ferreira deve entrar mais bem preparada, uma vez que os principais atletas já estão de férias e terão mais tempo para descanso. As duas últimas partidas do Brasileirão serão jogadas com jovens oriundos da base e jogadores com pouca minutagem na temporada. Como o Mundial será disputado na primeira quinzena de fevereiro, o clube reajustou seu planejamento e o elenco se reapresenta na Academia de Futebol no dia 5 de janeiro de 2022. Haverá, portanto, um mês para o grupo se preparar para o torneio da Fifa.

Se ganhar de mexicanos ou egípcios, o Palmeiras estará na final. A grande decisão está agendada para o dia 12, às 13h30, no Mohammed bin Zayed Stadium. O adversário pode ser o Chelsea. No caminho do atual campeão europeu está o saudita Al Hilal, vencedor da Liga dos Campeões da Ásia, o anfitrião Al Jazira ou o neozelandês Auckland City-NZL, representante da Oceania.

O Mundial de Clubes 2021 seria disputado no Japão, mas o país asiático desistiu em setembro de ser sede da competição em virtude do temor do agravamento da pandemia de covid-19. Os Emirados Árabes Unidos, junção de sete pequenos emirados situados na península Arábica, no Golfo Pérsico, então, aceitaram receber o torneio pela quinta vez. A nação é próxima ao Catar, sede da Copa do Mundo de 2022.

O Mohammed bin Zayed Stadium, palco da decisão, pode receber até 40 mil pessoas e é a casa do Al Jazira, representante do país anfitrião no evento. Além da final, o estádio também vai abrigar o jogo de abertura, o duelo das quartas e a semifinal com o Chelsea em campo.

O Mundial de Clubes de 2021 deve ser o último realizado no atual formato. A Fifa quer reformular a competição e pretende aumentar o número de times para 24. A entidade também planeja realizar o campeonato apenas a cada quatro anos, não mais anualmente. Entre idas e vindas, a proposta já gerou polêmicas e a entidade máxima do futebol mundial não avançou com a ideia por enquanto.

Veja as datas e horário dos jogos do Mundial de Clubes

3 de fevereiro

13h30 - Al Jazira x Auckland City - Mohammed bin Zayed Stadium

5 de fevereiro

13h30 - Monterrey x Al Ahly - Al Nahyan Stadium

6 de fevereiro

13h30 - Al Hilal x Al Jazira ou Auckland City - Mohammed bin Zayed Stadium

8 de fevereiro

13h30 - Palmeiras x Monterrey ou Al Ahly - Al Nahyan Stadium

9 de fevereiro

10h30 - Disputa do 5º lugar - Al Nahyan Stadium

13h30 - Chelsea x Al Hilal, Auckland City ou Al Jazira - Mohammed bin Zayed Stadium

12 de fevereiro

10h - Disputa do 3º lugar - Al Nahyan Stadium Final

13h30 - Final - Mohammed bin Zayed Stadium

Campeão da Copa Libertadores diante do Flamengo, no sábado, o Palmeiras foi o último time a se garantir no Mundial de Clubes. A Fifa confirmou nesta segunda-feira que a competição será entre os dias 3 e 12 de fevereiro, nos Emirados Árabes Unidos. O sorteio das chaves acontece às 13 horas, na sede da entidade, em Zurique.

O Palmeiras chega forte à competição após desbancar os cariocas na Libertadores e cheio de disposição para apagar a má impressão deixada na edição passada, quando não conseguiu anotar nenhum gol no tempo normal e ficou somente no quarto lugar.

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Depois de decepcionar na edição passada, perdendo nas semifinais para o Tigres, do México, por 1 a 0, e na decisão do terceiro lugar nos pênaltis para o Al-Haly, a ordem agora é mostrar força para fazer a final dos sonhos contra o Chelsea.

Brasileiro naturalizado italiano, Jorginho, do Chelsea, já está imaginando a final que todos esperam no dia 12 de fevereiro. "O futebol brasileiro tem muita qualidade, tem atletas de enorme qualidade, então acredito (em um possível Chelsea x Palmeiras). Será um jogo bonito de se ver, com futebol bem jogado", disse Jorginho à ESPN Brasil.

O Palmeiras é o representante da América do Sul e o Chelsea o campeão europeu. Outras quatro equipes defendem seu continente na competição: Monterrey, do México, pela Concacaf, Al-Haly, mais uma vez, pela África, Al-Hilal pela Ásia, Alckland City pela Oceania, além do anfitrião Al Jazira.

A Fifa enfim confirmou nesta quarta-feira que o Mundial de Clubes será disputado nos Emirados Árabes Unidos, mais de um mês depois de o Japão desistir de receber o evento, em razão da pandemia de covid-19. A entidade ainda não definiu a data exata da competição, que será realizada entre janeiro e fevereiro de 2022.

O Mundial terá um representante brasileiro, que será Palmeiras ou Flamengo. As duas equipes vão decidir a Copa Libertadores, no dia 27 de novembro, em Montevidéu, no Uruguai. E, como de costume, o campeão sul-americano entrará no torneio mundial com status de segundo favorito, atrás do último campeão europeu, o Chelsea.

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Os demais participantes confirmados são o egípcio Al-Ahly, campeão africano, e o neozelandês Auckland City, representando a Oceania. Ainda não foram definidos os campeões da Liga dos Campeões da Ásia, da Concacaf e do próprio país-sede do evento. O último campeão mundial foi o Bayern de Munique.

O Mundial de Clubes estava com sede e data abertos desde o início de setembro, quando o Japão oficializou sua desistência. O país asiático, que havia acabado de sediar os Jogos Olímpicos de Paralímpicos de Tóquio, alegara dificuldades com a pandemia para abrir mão do evento de futebol.

Diversos países se candidataram a receber o torneio, até mesmo o Brasil. O prefeito Eduardo Paes anunciou publicamente que o Rio de Janeiro entrara na briga. Mas acabou ficando para trás na disputa nas últimas semanas.

O Mundial de Clubes poderá ser disputado no atual formato pela última vez em 2022. Nos últimos anos, a Fifa vem elaborando mudanças profundas no torneio para receber um número maior de clubes, até 24, principalmente da Europa. Poderia ser disputado a cada dois ou quatro anos. Entre idas e vindas, a proposta já gerou polêmicas e a entidade máxima do futebol mundial não avançou com a ideia.

A África do Sul tem interesse em sediar o Mundial de Clubes da Fifa. A competição iria acontecer no Japão em dezembro, mas o país asiático desistiu da organização do torneio por causa da pandemia do coronavírus.

O presidente da Associação Sul-Africana de Futebol, Danny Jordaan, confirmou esta possibilidade nesta segunda-feira. Ele afirmou em entrevista à Associated Press que se encontraria com Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa, em Lagos, na Nigéria, para se inteirar dos detalhes da competição.

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O Mundial contra com sete equipes, entre elas o Chelsea, atual vencedor da Liga dos Campeões da Europa. O campeão da Libertadores, competição que está na semifinal, também presença garantida. A África do Sul ganharia uma vaga para o ganhador da liga local.

A Fifa ainda não se pronunciou sobre o anfitrião alternativo para o Mundial. A Arábia Saudita também tem interesse em receber o torneio.

A Associação Sul-Africana de Futebol deve obter a aprovação do governo para realizar o torneio e também estão planejadas reuniões com o ministro do Esporte. "Saberemos da nossa posição até o final da semana", disse Danny Jordaan.

A África do Sul tem diversos estádios em condições de receber o Mundial de Clubes por causa da Copa do Mundo de 2010. Só que sua confirmação como sede depende do número de casos e mortes pela Covid-19.

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou uma flexibilização das restrições em todo o país no domingo. O governo também está formulando planos para permitir que os espectadores voltem aos estádios esportivos. Isso seria um impulso para os planos de sediar o Mundial.

A Fifa confirmou, nesta quinta-feira (9), em um comunicado oficial, divulgado em suas redes sociais e em seu site na internet, que o Japão não será mais sede do Mundial de Clubes de 2021, que está marcado para acontecer entre 9 a 19 de dezembro. A informação havia sido divulgada inicialmente, na quarta, pela agência japonesa Kyodo News. Agora a entidade estuda uma nova sede para a competição.

"A Fifa pode confirmar que foi informada hoje (quinta-feira) pela JFA (Associação Japonesa de Futebol, na sigla em inglês) que, por causa da pandemia da covid-19 e a situação do país neste momento, não tem condições de ser sede do Mundial de Clubes da Fifa em 2021", relatou a entidade no comunicado oficial.

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Essa decisão foi tomada depois que a Associação Japonesa de Futebol (JFA, na sigla em inglês) teria que realizar mudanças em seu calendário doméstico por conta do conflito que causaria com o torneio mundial de clubes e os jogos finais das Eliminatórias Asiáticas da Copa do Mundo de 2022, que será no Catar.

Recentemente, o Japão cancelou o GP de Fórmula 1 em 2021 que seria realizado no circuito de Suzuka, por causa do avanço dos contágios e mortes da covid-19. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020 foram realizados sem a presença de torcida nas arenas.

O torneio voltaria ao Japão depois de quatro edições: em 2017 e 2018, os Emirados Árabes Unidos foram a sede e os dois últimos ocorreram no Catar. O Japão é o país que mais vezes recebeu o Mundial de Clubes organizado pela Fifa, oito. O país também sediou, entre 1980 e 2004, a antiga Copa Intercontinental, que reunia os campeões da Copa Libertadores e da Liga dos Campeões da Europa e, posteriormente, foi reconhecido pela Fifa como Mundial.

Teoricamente, a edição deste ano será a última com o formato atual com os campeões continentais e o campeão nacional do país anfitrião se enfrentando em jogos mata-mata. No momento, apenas o Al Ahly, do Egito, e o Auckland City, da Nova Zelândia, estão confirmados para a disputa.

O novo formato do Mundial de Clubes deverá ser realizado a partir do próximo ano com a presença de 24 clubes divididos em grupos, em formato de quatro em quatro anos que teria diversas semelhanças com a Copa do Mundo de seleções.

O Japão decidiu não ser mais sede do Mundial de Clubes da Fifa de 2021, que está marcado para acontecer entre 9 a 19 de dezembro. A informação foi divulgada pela agência japonesa Kyodo News e agora a entidade estuda uma nova sede para a competição.

Essa decisão foi tomada depois que a Associação Japonesa de Futebol (JFA, na sigla em inglês) teria que realizar mudanças em seu calendário doméstico por conta do conflito que causaria com o torneio mundial de clubes e os jogos finais das Eliminatórias Asiáticas da Copa do Mundo de 2022, que será no Catar.

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Recentemente, o Japão cancelou o GP de Fórmula 1 em 2021 que seria realizado no circuito de Suzuka, por causa do avanço dos contágios e mortes da Covid-19. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020 foram realizados sem a presença de torcida nas arenas.

O torneio voltaria ao Japão depois de quatro edições: em 2017 e 2018, os Emirados Árabes Unidos foram a sede e os dois últimos ocorreram no Catar. O Japão é o país que mais vezes recebeu o Mundial de Clubes organizado pela Fifa, oito. O país também sediou, entre 1980 e 2004, a antiga Copa Intercontinental, que reunia os campeões da Copa Libertadores e da Liga dos Campeões da Europa e, posteriormente, foi reconhecido pela Fifa como Mundial.

A expectativa é de que a Fifa se pronuncie oficialmente nos próximos dias para confirmar o cancelamento. Este anúncio deverá ser feito apenas quando houver decisão quanto à nova sede para o Mundial de Clubes.

Teoricamente, a edição deste ano será a última com o formato atual com os campeões continentais e o campeão nacional do país anfitrião se enfrentando em jogos mata-mata. No momento, apenas o Al Ahly, do Egito, e o Auckland City, da Nova Zelândia, estão confirmados para a disputa.

O novo formato do Mundial de Clubes deverá ser realizado a partir do próximo ano com a presença de 24 clubes divididos em grupos, em formato de quatro em quatro anos que teria diversas semelhanças com a Copa do Mundo de seleções.

A Fifa ainda não definiu uma lista de possíveis candidatas, mas existem pontos negativos para que o Brasil receba o Mundial de Clubes, principalmente por causa da atual imagem manchada no futebol após os problemas de Brasil x Argentina.

Outro ponto que joga contra o Brasil é o fato da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estar com um presidente interino, sem demonstrar força política diante do futebol sul-americano.

No entanto, a provável liberação da presença de torcida com toda a capacidade dos estádios nas cidades-sede, o avanço da vacinação e a diminuição atual do contágio e das mortes de Covid-19 no país e a infraestrutura pronta com diversos estádios construídos na Copa do Mundo de 2014 podem ser fatores favoráveis ao Brasil.

O Mundial de Clubes pode não acontecer em 2022. Divulgado pela Fifa, o orçamento do ano não prevê gastos com o torneio interclubes, contemplando apenas torneios de base do futebol feminino, eliminatórias da Copa do Mundo Feminina e uma Copa do Mundo de eSports, além, logicamente, da Copa do Mundo do Catar, que será realizada em novembro.

A pandemia e a reestruturação do calendário dos torneios de seleções, fez com que a ideia da Fifa de um novo modelo, mais atrativo, para o Mundial de Clubes, se complicasse. A ideia era realizar o Mundial no lugar da extinta Copa das Confederações, que servia de evento teste para o país sede da Copa do Mundo.

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A ideia do presidente Gianni Infantino é aumentar para 24 clubes participantes, sendo eles oito da Europa, oito da América do Sul e as outras vagas distribuídas pelo resto do mundo, entre África, Ásia, Concacaf, Oriente Médio e Austrália/Oceania.

O intuito é estimular o futebol de clubes no mundo inteiro, colocando mais atrativos, do que apenas uma partida, de um único grande clube. De fato, dessa forma, os olhos de todos estariam voltados para a competição.

Outro fator para não mudança ainda em 2021, é o fato da Fifa ainda ter contrato com a empresa chinesa de comércio online Alibaba para o Mundial até 2022. Sendo assim, teve que manter o formato com sete clubes para 2021. O torneio desse ano será realizado no Japão, em dezembro.

Por enquanto, não há confirmação para 2022, mas com a falta de espaço no orçamento, a não realização deve servir para se adequarem ao novo formato que está em planejamento.

O Bayern de Munique conseguiu mais uma façanha histórica, o seu sexto título em um ano. Nesta quinta-feira, não foi brilhante, mas deixou clara a superioridade ao conquistar o título do Mundial de Clubes com a vitória sobre o Tigres por 1 a 0, no duelo disputado no Estádio Education City, em Al Rayyan, no Catar.

O Bayern, com essa conquista, igualou o Barcelona de 2009, tendo vencido todas as competições disputadas em um ano - levando em consideração que o Mundial é relativo a 2020. Também havia faturado a Liga dos Campeões, o Campeonato Alemão, a Copa da Alemanha e as Supercopas da Europa e da Alemanha.

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Por isso, o Bayern vinha tratando o Mundial no Catar como a "cereja do bolo". E repetiu a conquista do Mundial de 2013, sobre o Raja Casablanca. Antes, sem a chancela da Fifa, faturou o Mundial Interclubes em 1976, diante do Cruzeiro, e em 2001, sobre o Boca Juniors.

Dessa vez, havia passado pelo Al Ahly, do Egito, nas semifinais, por 2 a 0. E foi soberano diante do Tigres, mesmo com o placar magro, tanto que não correu qualquer risco na defesa. Além disso, ainda que sem grande volume de jogo, poderia ter conquistado um triunfo mais dilatado, mesmo tendo algumas baixas e descansado alguns destaques, como Lewandowski, em boa parte do segundo tempo.

Já o Tigres pode comemorar o feito de ter sido o primeiro clube da Concacaf a se classificar para a final do Mundial de Clubes. Mas depois de passar por Ulsan Hyundai (2 a 1) e Palmeiras (1 a 0), não conseguiu resistir ao gigante alemão, embora tenha exibido organização. Finalizou três vezes, sendo só uma na direção do gol, contra as 19 tentativas do adversário.

O JOGO - O Bayern foi a campo tendo dois desfalques de peso: Boateng, que foi liberado após a morte de uma ex-namorada, e Müller, que testou positivo para o coronavírus, e uma novidade tática, a presença de Alaba no meio-campo. Mas mesmo com essas baixas, o primeiro tempo da decisão foi como esperado: de controle do time alemão.

Até não foi fácil. O Bayern dominou a posse de bola, ocupou o campo de ataque, mas sem encontrar muitos espaços. Ainda assim, criou as principais oportunidades do primeiro tempo e chegou até a marcar, aos 17 minutos, em um chute de longe de Kimmich. Só que Lewandowski, mesmo sem tocá-la, tentou acertar a bola. E como estava impedido, a arbitragem optou por anular o gol. Além disso, Sané acertou o travessão aos 33, após uma cobrança rápida de escanteio. Foi, porém, quase só isso, porque o Tigres conseguia se defender bem. Mas o time pouco apareceu no campo de ataque, transformando Neuer em um mero espectador.

Esse ritmo se manteve na etapa final. O Bayern, superior, mas sem empolgar, chegou com perigo em disparo de Gnabry, aos 5 minutos. E marcou aos 13. Após levantamento de Kimmich, Lewandowski disputou pelo alto com o goleiro Guzmán. A bola sobrou para Pavard, livre, para bater ao gol. O gol, porém, só foi confirmado após consulta ao VAR, pois a arbitragem percebeu que Lewandowski não estava impedido, mas não que a bola tocou no seu braço.

Só aí o Tigres ameaçou sair ao ataque, mas mal conseguia finalizar. Com o jogo sob controle do Bayern, Hansi Flick decidiu até dar descanso a algumas das suas principais peças, trocando todo o setor ofensivo. Tolisso ainda acertou a trave do time mexicano em disparo que Guzmán não conseguiu defender, quase levando um frango.

Era quase só nesses vacilos que a partida esquentava. Outra aconteceu quando Salcedo cortou mal um lançamento, enganando Guzmán, que conseguiu evitar o gol. O argentino também parou disparos de Choupo-Moting e Douglas Costa num mesmo lance. Nada impedisse a conquista do Bayern, campeão de tudo.

FICHA TÉCNICA:

BAYERN DE MUNIQUE 1 x 0 TIGRES

BAYERN DE MUNIQUE - Neuer; Pavard, Süle, Lucas Hernández e Davies; Kimmich, Alaba, Coman (Douglas Costa), Sané (Musiala) e Gnabry (Tolisso); Lewandowski (Choupo-Moting). Técnico: Hansi Flick.

TIGRES - Guzmán; Luis Rodríguez (Julian Quiñones), Salcedo, Reyes e Dueñas; Rafael Carioca, Pizarro, Luis Quiñones e Aquino; Gignac e Carlos González. Técnico: Ricardo Ferretti.

GOL - Pavard, aos 13 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Esteban Ostojich (Fifa/Uruguai).

CARTÕES AMARELOS - Dueñas, Luis Rodríguez e Rafael Carioca.

LOCAL - Estádio Education City, em Al Rayyan (Catar).

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