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A Fifa anunciou nesta terça-feira as datas do Mundial de Clubes de 2020. Por causa do impacto da pandemia do novo coronavírus, a competição será disputada no Catar entre 1.º e 11 de fevereiro de 2021. A entidade resolveu adiar o começo da disputa para compensar a mudança de datas de todas competições continentais que dão vaga o torneio. Pelo cronograma inicial, ele seria disputado em dezembro deste ano. Assim como em edições anteriores, serão sete participantes.

Em comunicado oficial, a Fifa explicou que escolheu o mês de fevereiro de 2021 porque justamente em janeiro se encerra uma das competições que dá vaga ao Mundial. A Copa Libertadores, por exemplo, tem a decisão marcada para o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, no dia 30 de janeiro, somente dois dias antes da abertura do torneio. Os demais representantes de cada continente devem sair ainda neste ano.

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Até agora estão confirmados neste Mundial de Clubes o Bayern de Munique, vencedor da Liga dos Campeões da Europa, e o Al-Duhail, campeão nacional do Catar. Todos os outros continentes ainda vão indicar os representantes. O próximo participante a ser conhecido virá da final da Liga dos Campeões Africana. No próximo dia 27, os dois grandes rivais do futebol egípcio Al Ahly e Zamalek vão se enfrentar no Cairo.

Caso algum brasileiro ganhe a Libertadores e se classifique para o Mundial, o calendário ficará ainda mais apertado. Para o mês de fevereiro está previsto o fim do Campeonato Brasileiro e ao mesmo tempo o início das competições válidas pela temporada de 2021. O País tem como representantes nas oitavas de final da Libertadores seis equipes: Internacional, Grêmio, Athletico-PR, Santos, Palmeiras e Flamengo.

No mesmo comunicado, a Fifa oficializou que por causa da pandemia cancelou para 2020 as disputas de dois torneios femininos: o Mundial Sub-20, que estava marcado para a Costa Rica, e o Mundial Sub-17, previsto para a Índia. A tendência é as duas competições serem disputadas somente em 2022 e com as respectivas sedes mantidas.

O atacante Dudu, que recentemente deixou o Palmeiras, tem grandes chances de disputar o Mundial de Clubes da Fifa. O Al Duhail, clube do jogador, conquistou o Campeonato do Catar neste final de semana e o título pode levar ao torneio mundial.

O Al Duhail conquistou o título após derrotar o Al Ahli por 1 a 0, com gol do brasileiro Edmilson Júnior. Dudu ainda não estreou pelo clube catariano, mas comemorou o título. O time do brasileiro tem direito a disputar o Mundial por ser o campeão do país-sede, mas a vaga ainda não está 100% assegurada.

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Se um time do Catar conquistar a Liga dos Campeões da Ásia é ele quem vai representar o país na competição e o vice ficará com a outra vaga. O torneio asiático vai se encerrar no final deste ano - a final será no dia 5 de dezembro.

A Liga dos Campeões da Ásia ainda está em uma fase inicial. O Palmeiras, clube que Dudu ainda tem contrato, disputa a Copa Libertadores e caso seja campeão poderá enfrentar o time do Catar no Mundial.

Em razão das paralisações dos campeonatos por causa do novo coronavírus, a Fifa ainda não confirmou a realização do Mundial de Clubes neste ano. A tendência maior é que o torneio seja adiado, mas ainda não há uma definição sobre o caso.

Sem futebol ao vivo, o período da quarentena tem sido de nostalgia com reprises de jogos históricos nas grades dos canais de televisão. Nadando a favor da corrente, a Band irá televisionar a final do Mundial de Clubes de 1992 vencida pelo São Paulo. A transmissão será no domingo (19), às 14h, com a narração original de Luciano do Valle. 

A programação anterior mostrava um outro jogo marcado entre Barcelona e Compostela que ficou eternizado com um golaço de Ronaldo Fenômeno. Mas a emissora optou por mudar o cronograma.

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A decisão da Uefa e da Conmebol de adiar a Eurocopa e a Copa América, respectivamente, para 2021 levou a Fifa a agir. Nesta terça-feira, Gianni Infantino, o seu presidente, anunciou que terá conversações com a China para definir uma nova data para o Mundial de Clubes, que estava agendado para o próximo ano e agora foi adiado.

Até então prevista para 2021, a edição do Mundial seria a primeira organizada pela Fifa com 24 clubes. A ideia anterior da entidade era de que o torneio substituísse no calendário a Copa das Confederações, sendo quadrianual. Agora, porém, decidiu alterar a sua data para não ser realizado junto aos torneios de seleções da Uefa e da Conmebol, adiados em razão da pandemia do coronavírus.

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Em comunicado oficial, Infantino explicou que vai propôs ao governo chinês e aos dirigentes do país o adiamento do torneio em uma teleconferência em um encontro do Conselho da Fifa, que também conta com os vice-presidentes das Fifa, incluindo os da Uefa e da Conmebol.

Inicialmente, a Fifa havia definido que o Mundial de 2021 começaria em 17 de junho, com encerramento de 4 de julho. Agora, porém, Infantino vai dar como opções a disputa do torneio em uma data posterior de 2021 ou mesmo em 2022 ou 2023.

Ao mesmo em que anunciou o plano de adiamento do Mundial de Clubes, a Fifa também anunciou a doação de US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 50 milhões) para a Organização Mundial de Saúde como forma de ajudar no combate ao coronavírus.

O Mundial conquistado pelo Liverpool em cima do Flamengo já ficou para trás. A equipe virou a chave e venceu o vice-líder do Campeonato Inglês, o Leicester, por 4x0, nesta quinta-feira (26) e abriu 13 pontos de vantagem. Mas nem por isso a equipe ficou isenta da 'pilha' dos rivais.

O ex Manchester United Paul Scholes desmereceu o troféu conquistado pela equipe de Liverpool. "Prefiro meu troféu de Badminton", cravou em entrevista à rádio BBC.

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Paul Scholes, que venceu o título também em cima de um brasileiro, em 1999, contra o Palmeiras, comentou o que pensa sobre o torneio. "Você quer vencer uma vez que está lá, mas não acho que foi algo que estávamos desesperados para vencer. Se agora alguém perguntar ‘Que troféus você conquistou nesses anos?’, não acho que eu mencionaria o Mundial de Clubes. Eu realmente... Não estou brincando, é sério. Mas isso pode ganhar importância com o passar dos anos", afirmou.

"Parece que o Liverpool agora... Eles gostaram, celebraram e provavelmente vão mencionar, e por que não? Mas quando estávamos jogando, não era tão sério. Eu não acho. Olhando para trás, estávamos um pouco feliz, mas não era algo que você estabelecia como meta como jogador. Eu não acho", completou.

O técnico português Jorge Jesus repetiu algumas frases ao longo da entrevista coletiva que concedeu após a derrota do Flamengo para o Liverpool por 1 a 0, na decisão do Mundial de Clubes, em Doha, no Catar, neste sábado. As principais indicavam o equilíbrio do confronto e a boa atuação do time brasileiro diante da melhor equipe da Europa.

"Jogamos olhos nos olhos, como falamos em Portugal. Em alguns momentos, o Liverpool foi para cima e o Flamengo tomou o controle em outros momentos. Tivemos mais arremates e maior posse de bola em uma parte do jogo. Estou orgulhoso da partida que fizemos diante do campeão da Europa e que tem 10 pontos de vantagem para o segundo colocado no Campeonato Inglês", disse o treinador português.

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Diante do equilíbrio da partida, decidida apenas na prorrogação, Jorge Jesus afirmou que as melhores equipes brasileiras podem se colocar lado a lado dos principais times europeus. "Esse foi um teste para o futebol brasileiro. Foi um teste para uma equipe que não está na Europa. A boa organização tática, com qualidade dos jogadores, consegue fazer um grande time. As melhores do Brasil podem se igualar às melhores da Europa", comentou.

Jorge Jesus revelou que o time poderia ter feito uma partida ainda melhor. Sem citar nomes, ele avaliou que três referências da equipe não estiveram em nível alto. Na partida disputada no estádio Khalifa International, Gabriel, Arrascaeta e Everton Ribeiro não tiveram jornadas inspiradas - os dois últimos acabaram substituídos ainda no tempo normal.

Em termos pessoais, o treinador afirma que não está frustrado por ter chegado tão perto da conquista do Mundial sem conseguir o título. "Quando você ganha, você festeja. Quando não ganha, tem de saber festejar. Não é frustrante ter perdido um torneio que é reservado apenas para os melhores. Queria me sentir como o primeiro. A vida esportiva é feita por vitórias, não há vitórias morais. Perdemos, mas não perdemos em nada para o Liverpool a não ser no resultado. Fomos tão bons quanto eles", repetiu o português.

Apesar da derrota para o Liverpool, na decisão do Mundial de Clubes da Fifa, a torcida do Flamengo não se deixou tomar neste sábado pela frustração ao final do jogo. É claro que a animação vista durante o tempo regulamentar da partida arrefeceu com o gol de Roberto Firmino na prorrogação, mas após o apito final o rubro-negro deixou transparecer um sentimento de dever cumprido.

A cena mais comum nos bares da zona sul, norte e oeste da cidade - que foram tomados por flamenguistas - era de torcedores em pé e cantando o hino do clube ao final do jogo. E foi quase unanimidade que, apesar de deixar escapar o título mundial, o desempenho do time ao longo da temporada, e na própria decisão deste sábado no Catar, precisa ser exaltado.

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"Fiquei triste, óbvio, mas o Flamengo jogou muito bem do meio pro fim do primeiro tempo, ficou acima do Liverpool, inclusive. Depois, o preparo físico fez a diferença, o Flamengo cansou e o (técnico Jorge) Jesus substituiu errado", disse a estudante Mariana Barreto, de 23 anos. "Seria um título pra coroar uma campanha incrível, mas o ano por si só já valeu a pena".

A advogada Vitória Ibrahim, de 26, também procurou valorizar a temporada do Flamengo. "Ninguém gosta de perder e o gosto é um pouco amargo. Mas o time jogou muito bem o ano inteiro, inclusive no jogo de hoje (sábado). Superou todas as expectativas", comentou. "Apesar de ter perdido a final, a sensação de modo geral é que a gente ganhou muito este ano. Jogamos um futebol que o Flamengo e o Brasil mesmo há muito tempo não via".

O clima na cidade lembrou um pouco aquele visto em jogos da seleção na Copa do Mundo. Desde as primeiras horas do dia, o torcedor do Flamengo tomou as ruas do Rio de Janeiro, cobrindo carros com a bandeira do clube. Também foi comum ouvir fogos, cornetas e gritos de apoio ao time. A final contra o Liverpool era assunto predominante também nas conversas no comércio. E, a partir do meio-dia, bares em todos os cantos da cidade foram tomados por flamenguistas.

Na Tijuca, a tradicional choperia Buxixo lotou de flamenguistas, que assistiram à partida em diversas televisões espalhados pelo local. Os torcedores viveram uma montanha-russa de emoções e foram do entusiasmo à tensão e da alegria à decepção diversas vezes ao longo de pouco mais de duas horas. No fim, porém, reconheceram o esforço do melhor time do País na temporada e, em pé, aplaudiram o último jogo do Flamengo no ano.

Herói da conquista do primeiro título mundial do Liverpool, o atacante Roberto Firmino deixou claro após a vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo, neste sábado (21), que a sua equipe tratou a decisão do torneio organizado pela Fifa com a mesma seriedade do time brasileiro e que esse foi um dos fatores que levaram os campeões europeus a vencer o Mundial de Clubes.

Firmino marcou o gol do título aos oito minutos do primeiro tempo da prorrogação, após receber um passe do senegalês Sadio Mané. O alagoano considera que a taça levantada em Doha, no Catar, é o complemento perfeito para o título da Liga dos Campeões da Europa, obtido no meio do ano.

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"É uma sensação incrível, mais um título, é fruto do trabalho que fizemos na Liga dos Campeões", disse Firmino. "Estávamos aqui para ganhar o Mundial, queríamos muito ganhar esse título".

Na entrevista coletiva que concedeu após a cerimônia de premiação do torneio, Firmino elogiou bastante o Flamengo, que se mostrou um adversário duro para o líder do Campeonato Inglês. O atacante da seleção brasileira destacou a maturidade demonstrada pela equipe rubro-negra na decisão.

"O Flamengo se comportou muito bem, jogou de igual para igual com a gente. Eles vêm fazendo um belo trabalho, foram merecedores de vencer o Brasileiro e a Libertadores, estão de parabéns", completou.

Firmino, autor do gol da vitória por 2 a 1 sobre o Monterrey, na semifinal do Mundial, foi eleito o melhor jogador da decisão do torneio, mas não ficou entre os três melhores da competição, que foram, pela ordem, Mohamed Salah (Liverpool), Bruno Henrique (Flamengo) e Carlos Eduardo (Al Hilal).

O sonho do bicampeonato mundial do Flamengo acabou nos pés de um brasileiro. Um gol de Roberto Firmino, marcado na prorrogação, deu ao Liverpool a vitória por 1 a 0 sobre o time carioca na decisão do Mundial de Clubes da Fifa, neste sábado, no estádio Khalifa International, em Doha, no Catar. Foi a primeira vez que o clube inglês, seis vezes campeão da Europa, conquistou o título.

O Flamengo tinha a esperança de repetir a história de 1981, quando derrotou o Liverpool no Japão, e fez uma ótima partida, encarando os campeões europeus de igual para igual. O time inglês, porém, foi capaz de manter o ritmo elevado por mais tempo e, graças a isso, conquistou a taça.

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Os primeiros cinco minutos da decisão foram um pesadelo para o Flamengo. O Liverpool se lançou a pressionar furiosamente a saída de bola dos brasileiros e o time comandado pelo português Jorge Jesus demorou para se acostumar ao ritmo acelerado da partida. Enquanto isso, o campeão europeu conseguiu três finalizações, uma delas perigosíssima: com menos de um minuto, Firmino ficou cara a cara com Diego Alves e chutou para fora.

Aos poucos, o Flamengo foi se sentindo mais confortável em campo e a partida se tornou uma batalha entre duas equipes que jogam em alta voltagem. E o campeão da Copa Libertadores passou a ter a bola por mais tempo, envolvendo a defesa inglesa com passes precisos e apostando tudo na velocidade de Bruno Henrique, um pesadelo para os defensores do Liverpool.

Faltava ao Flamengo, porém, criar uma chance clara de gol. Mesmo para os hábeis homens de frente da equipe carioca, era bem complicado envolver a forte defesa do Liverpool, comandada pelo holandês Virgil van Dijk.

Quanto aos europeus, foi só no começo do segundo tempo que eles voltaram a ser perigosos. E, então, a trave salvou o Flamengo. Firmino passou facilmente por Rodrigo Caio com um lençol e perdeu o gol quando era muito mais fácil mandar a bola para a rede.

Tal qual na primeira etapa, a equipe rubro-negra conseguiu esfriar o adversário e teve o domínio das ações por uma grande quantidade de tempo. E, desta vez, conseguiu uma boa chance de gol: aos oito minutos, Gabriel mandou um chute cruzado de direita e Alisson fez uma ótima defesa para manter o 0 a 0 no placar.

A tal da intensidade do jogo, altíssima, acabou custando caro ao Flamengo. O cansaço passou a ser um adversário muito duro para a equipe carioca e Jorge Jesus decidiu tirar Everton Ribeiro e Arrascaeta de campo. Com isso, o time perdeu o protagonismo da partida e viu o Liverpool, em melhor condição física, aproximar-se perigosamente do gol da vitória.

Nos acréscimos do segundo tempo, um susto: Sadio Mané arrancou com a bola e caiu na área após uma disputa com Rafinha. O árbitro chegou a anotar o pênalti, mas a marcação foi anulada graças à intervenção do VAR.

Ironicamente, uma partida entre duas equipes ofensivas terminou empatada por 0 a 0, o que levou a decisão à prorrogação. Foi quando o Flamengo levou um golpe que se mostrou fatal. Aos oito minutos, Mané foi lançado em um contra-ataque e teve a calma necessária para encontrar Firmino, que estava entrando na área sem marcação. O brasileiro tirou Diego Alves e Rodrigo Caio da jogada e mandou a bola para o gol vazio.

O Flamengo tinha, então, mais de 20 minutos para buscar o empate, mas não havia energia para isso. A vontade era enorme, mas a mistura de cansaço e nervosismo impediu o time brasileiro de articular boas jogadas de ataque. E, quando a chance finalmente apareceu, aos 14 do segundo tempo, o jovem Lincoln mandou a bola para a arquibancada quando estava livre na área inglesa. Foi a pá de cal jogada em cima do sonho rubro-negro do bicampeonato mundial.

FICHA TÉCNICA

LIVERPOOL 1 x 0 FLAMENGO

LIVERPOOL - Alisson; Alexander-Arnold, Gomez, Van Dijk e Robertson; Henderson, Keita (Milner) e Oxlade-Chamberlain (Lallana); Salah (Shaqiri), Roberto Firmino (Origi) e Mané. Técnico: Jürgen Klopp.

FLAMENGO - Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão (Berrío), Gerson (Lincoln), Everton Ribeiro (Diego) e Arrascaeta (Vitinho); Gabriel e Bruno Henrique. Técnico: Jorge Jesus.

GOL - Roberto Firmino, aos 8 minutos do primeiro tempo da prorrogação.

CARTÕES AMARELOS - Roberto Firmino, Mané, Salah e Milner (Liverpool); Diego e Vitinho (Flamengo).

ÁRBITRO - Abdulrahman Al Jassim (Fifa/Catar).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 45.416 torcedores.

LOCAL - Estádio Khalifa International, em Doha (Catar).

O Flamengo desafia neste sábado (21) a hegemonia europeia na decisão do Mundial de Clubes, contra o Liverpool, às 14h30 (de Brasília), no Catar. Desde a campanha vitoriosa do Corinthians contra o Chelsea, em 2012, os times sul-americanos ficam pelo caminho na competição. River Plate (duas vezes), San Lorenzo e Grêmio não tiveram sorte tampouco competência ao decidir com o campeão da Europa. Alguns sequer conseguiram chegar à final.

Mas o Flamengo comandado pelo português Jorge Jesus mostra números que fazem o torcedor levar fé. O time que tenta o bi da competição (ganhou em 1981) empolga porque tem um ataque que já marcou 144 gols, ganhou o Brasileirão e a Copa Libertadores, algo raro no Brasil na mesma temporada (só o Santos fez isso, na década de 60, tem o primeiro (Gabriel) e o segundo (Bruno Henrique) artilheiro do Nacional.

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Além disso, possui em suas fileiras atletas acostumados a enfrentar europeus, como Rafinha e Filipe Luís, venceu 12 jogos no ano por placares de três ou mais gols e ganhou na Libertadores a pecha de não desistir nunca da luta - os dois gols da virada diante do River, na decisão do título, foram marcados nos minutos finais do segundo tempo.

Jesus admitiu ser a partida a mais importante de sua carreira. Sabe que será fogo contra fogo dentro de campo, embora reconheça que o Liverpool e os clubes europeus têm sempre os melhores jogadores do mundo. "Não temos os melhores, mas temos bons jogadores também", disse o treinador, que ainda não admitiu sua permanência no clube do Rio em 2020.

Ocorre que o Liverpool também está em alta: após ganhar a Liga dos Campeões da Europa, o time de Jürgen Klopp está invicto no Campeonato Inglês com 16 vitórias e um empate. No total, são 34 jogos de invencibilidade na competição, contando jogos da temporada passada. Portanto, sobra na Inglaterra como o Flamengo sobrou no Brasil. "Cada treinador tem a sua ideia de jogo. O que o Flamengo tem passado ao longo desses seis meses é uma ideia de olhar sempre para o gol, sempre para frente, para o espetáculo... Nós, europeus, somos formados não só para ganhar, mas para dar espetáculo", disse Jesus.

Os dois treinadores gostam que seus times ataquem, mas cada um com seu estilo. Sob o comando do português, o Flamengo passou a ter movimentação constante em seu sistema ofensivo e não para de agredir o adversário até o apito final.

No Liverpool, o alemão Klopp faz sua equipe jogar de forma vertical, sem trocas de passes. É correria pura, jogo pelas pontas e muita qualidade do trio formado por Salah, Firmino e Mané. "Sei o que esperar do Flamengo. É um estilo muito organizado. Jorge Jesus mudou a sorte e muitas outras coisas quando chegou lá. É um time bem estabelecido, todos do Liverpool sabem o que precisam fazer na partida", comentou Klopp.

O discurso dos técnicos gera a expectativa de um duelo cheio de oportunidades, algo que não aconteceu nas recentes finais entre sul-americanos e europeus. A cartilha dos sul-americanos no Mundial da Fifa sempre foi a de um sistema defensivo sólido, grande atuação dos goleiros e vitória magra por 1 a 0, como ocorreu com o Corinthians diante do Chelsea.

Everton Ribeiro, capitão do Flamengo, sabe que o Flamengo precisa encaixar mais uma boa atuação na temporada e que o Liverpool é diferente de todos que o time enfrentou no ano. "Temos de jogar muito bem para sairmos campeões. A gente aprendeu que não pode desistir, sabemos do que somos capazes, do futebol que podemos apresentar. E que temos de jogar da nossa maneira."

O goleiro Alisson, do Liverpool e da seleção, espera trabalhar muito no jogo. "Temos de fazer melhor do que fizemos na estreia para ganhar do Flamengo. Há do outro lado jogadores experientes e acostumados aos grandes jogos."

A escalação de um time misto na semifinal contra o Monterrey pode ter indicado que o Mundial de Clubes não é uma prioridade para o Liverpool em uma temporada de muitas competições e calendário apertado, mas nem por isso o time quer deixar escapar a taça. Foi esse o discurso do goleiro Alisson nesta sexta-feira, na véspera da decisão contra o Flamengo.

Com a experiência de ter atuado no futebol brasileiro, o goleiro reconheceu que a taça é uma obsessão no País. Mas avisou que o Liverpool não medirá esforços quando entrar em campo, às 14h30 (horário de Brasília) deste sábado, no Estádio Internacional Khalifa, em Doha.

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"É grande para os brasileiros. Mas acho que é maior para quem está jogando isso. Os de fora não dão valor a esta competição porque é limitada apenas aos vencedores. O Flamengo venceu a Libertadores, vencemos a Liga dos Campeões, o Monterrey venceu a Concacaf e muitos outros clubes venceram grandes competições. E nós estamos aqui", disse.

Alisson também lembrou que o Liverpool ainda não ganhou o Mundial, o que aumenta o peso histórico de uma eventual conquista. O time perdeu a decisão em 2005, para o São Paulo, e também as edições de 1981 e 1984, quando ainda não havia a chancela da Fifa.

"É importante. Além disso, podemos colocar o nosso nome na história do clube, pois pela primeira vez o Liverpool pode vencer o Mundial. Nós vamos tentar dar o nosso melhor", afirmou o goleiro da seleção brasileira.

Na semifinal, o Liverpool sofreu para superar o Monterrey, por 2 a 1. E Alisson reconheceu que o time teve atuação ruim, precisando melhorar seu desempenho para bater o Flamengo na decisão deste sábado.

"Jogamos contra o Monterrey, o futebol é o mesmo, no entanto, os clubes diferem em termos de estilo. O time mexicano fez uma partida muito difícil e não jogamos a melhor partida. Mas amanhã tenho certeza de que não pouparemos esforços para vencer o Flamengo", comentou.

Na véspera da decisão do Mundial de Clubes entre Liverpool e Flamengo, o meia Everton Ribeiro exibiu confiança na possibilidade de a equipe conquistar o título. Em entrevista coletiva, o capitão do time carioca apontou que tudo foi feito para o Flamengo chegar do melhor modo possível para o confronto. "Treinamos bem, fizemos tudo que tinha que ser feito e estamos prontos para levantar mais uma taça", afirmou.

Everton Ribeiro é o capitão de um time que já conseguiu feitos marcantes para a história do Flamengo, como a conquista do título do Campeonato Brasileiro com 16 pontos de vantagem para o segundo colocado e também da Copa Libertadores, competição que o time não faturava há 28 anos. Ser campeão mundial pode ser visto como o coroamento da temporada, como reconheceu o meia. Mas ele destacou que o time não deve ser sentir pressionado por essa chance, buscando aproveitar a oportunidade.

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"Por ser uma final, existe a pressão, a ansiedade normal. Foi difícil chegar até aqui, vencemos um grande título, que foi a Libertadores. Isso nos deixa alegres para desfrutar dessa oportunidade", disse.

Embora confiante, Everton Ribeiro destacou que o Flamengo terá um rival poderoso pela frente. Por isso, só com muita atenção poderá superá-lo. "É um jogo onde o detalhe vai falar muito alto. Há uma grande equipe do outro lado e temos que ficar atentos desde o primeiro minuto para anular o que eles têm de melhor. Isso vai nos ajudar muito", disse.

Na mesma temporada em que voltou a ser campeão brasileiro e da Libertadores, o Flamengo também vivenciou uma tragédia no seu CT, o Ninho do Urubu, com um incêndio no alojamento que provocou dez mortes de jovens atletas das divisões de base. O tema foi relembrado por Everton Ribeiro em sua entrevista coletiva.

"Foi um momento muito triste na história do Flamengo. Vidas se foram. Espero que o quanto antes as famílias possam se acertar e ter o suporte que o Flamengo está dando. O que podemos fazer é lutar pelos títulos. Eles nunca serão esquecidos", comentou.

Após derrotarem Al Hilal e Monterrey, respectivamente, Flamengo e Liverpool vão se enfrentar neste sábado, às 14h30 (horário de Brasília), na decisão do Mundial de Clubes. O jogo será disputado no Estádio Internacional Khalifa, em Doha.

O Flamengo está pronto para o seu último e mais importante compromisso em 2019. Nesta sexta-feira (20), o elenco dirigido por Jorge Jesus encerrou a preparação para encarar o Liverpool na decisão do Mundial de Clubes com um treino em Doha, local da partida deste sábado.

Como tem ocorrido desde a chegada do Flamengo ao Catar, apenas os 15 primeiros minutos da atividade foram abertos à imprensa. Nesse período, o elenco realizou apenas o aquecimento. Assim, o técnico Jorge Jesus não deu dicas de qualquer estratégia a ser adotada para encarar o Liverpool.

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De qualquer forma, sem jogadores suspensos ou lesionados, não há qualquer dúvida sobre a escalação do Flamengo. E será a mesma que iniciou a vitória por 3 a 1 sobre o Al Hilal, na última terça-feira, pelas semifinais. Assim, o time vai entrar em campo com: Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão e Gerson; Everton Ribeiro, Arrascaeta e Bruno Henrique; Gabriel.

Ainda nesta sexta-feira, Jesus e o capitão Everton Ribeiro vão conceder entrevista coletiva prévia ao duelo agendado para as 14h30 (horário de Brasília) deste sábado, no Estádio Internacional Khalifa.

A Fifa também definiu que o Flamengo vai jogar a decisão com o seu uniforme número 2, predominantemente branco, por ser o time B, o visitante da decisão, com o Liverpool utilizando a sua tradicional camisa vermelha. Foi assim, aliás, que o clube carioca derrotou a equipe inglesa em 1981, por 3 a 0, na decisão do Mundial Interclubes.

O árbitro da decisão também foi determinado pela Fifa. E será o local Abdulrahman Al Jassim, de 32 anos, auxiliado por Taleb Al Marri e Saoud Almaqaleh. Em 2019, o juiz do Catar apitou quatro jogos da Copa da Ásia.

A aguardada final entre Flamengo e Liverpool, 38 anos depois, foi confirmada nesta quarta-feira. O time inglês garantiu sua vaga na decisão do Mundial de Clubes ao derrotar, com certa dose de sofrimento, o Monterrey por 2 a 1, em Doha, no Catar. O brasileiro Roberto Firmino decidiu o duelo ao marcar aos 45 minutos do segundo tempo.

O resultado confirmou a esperada final entre os favoritos da competição organizada pela Fifa. A decisão está marcada para as 14h30 de sábado. Na terça, o Flamengo vencera o Al Hilal por 3 a 1. Assim, as duas equipes vão reeditar a final de 1981, quando o time carioca, então liderado por Zico, surpreendeu o mundo ao aplicar 3 a 0 no favorito inglês e faturar o troféu.

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Entre os dois favoritos, o Liverpool acabou sendo o time que mais sofreu em sua estreia. O técnico Jürgen Klopp surpreendeu ao escalar sua equipe com apenas quatro titulares. O motivo é o desgaste recente do Liverpool, que tem oito jogos no calendário somente em dezembro, por quatro competições diferentes, entre jogos decisivos, como aconteceu na Liga dos Campeões.

Não bastasse as baixas, o Liverpool teve dificuldade com a forte e eficiente marcação do Monterrey, que aguentou o quanto pôde até os instantes finais. Mas não resistiu quando o time inglês passou a contar com o seu trio ofensivo, formado por Salah, Firmino e Mané. Os dois últimos entraram somente no segundo tempo. O brasileiro fora colocado em campo apenas seis minutos antes de decidir o duelo.

O JOGO - Preocupado com o desgaste do seu elenco, Klopp escalou uma equipe mista nesta quarta. Deixou de fora, por precaução, o zagueiro Van Dijk e o volante Wijnaldum - o clube garante que a dupla não preocupa -, e poupou Mané, Firmino e Alexander-Arnold. Assim, Henderson atuou improvisado na zaga, enquanto Milner jogou na lateral direita. Shaqiri e Lallana reforçaram o meio-campo.

Com esta formação, o Liverpool até começou no ataque, com uma finalização perigosa de Shaqiri aos 4 minutos, mas não escondia as limitações em comparação ao time titular, principalmente na defesa. Aos 11, Salah recebeu na intermediária, girou rápido e deu precisa enfiada para Keita entrar na área e bater na saída do goleiro Barovero: 1 a 0.

O gol, contudo, não mascarou as dificuldades do time inglês. Apenas dois minutos depois, o Monterrey buscou o empate. Após bate-rebate na área, o goleiro Alisson deu rebote e Funes Mori, sem qualquer marcação na pequena área, só completou para as redes.

Na metade do primeiro tempo, o Liverpool registrava posse de bola de até 73%. Porém, criava pouco. Salah era a única fonte de inspiração da equipe, que parava com facilidade na marcação mexicana e levava sustos constantes na defesa. Aos 26, Alisson precisou fazer bela defesa para evitar o gol de Pabón, em forte finalização da direita. As investidas do Monterrey eram sempre pela direita do ataque, nas costas do volante Henderson, improvisado na zaga.

No segundo tempo, o Monterrey criou a primeira boa oportunidade. Aos 4, o mesmo Pabón cobrou falta com perigo e Alisson saltou para fazer linda defesa. Do outro lado, o Liverpool respondeu com Keita, que perdeu grande chance na marca do pênalti ao bater em cima do goleiro, aos 12.

Diante das dificuldades em campo, Klopp passou a recorrer aos titulares que deixara no banco. Mané e Alexander-Arnold entraram nas vagas de Shaqiri e Milner, na tentativa do treinador de furar a retranca mexicana. Na sequência, Firmino substituiu Origi, deixando o Liverpool com o seu tradicional trio de ataque completo somente aos 39.

As trocas valeram a pena. Numa típica jogada do ataque inglês, Salah investiu pela linha de fundo, pela direita, e acionou o lateral Alex Arnold (outro que entrou somente no segundo tempo), que deu passe preciso para Firmino. Na pequena área, o brasileiro só completou para as redes, aos 45 minutos do segundo tempo, e sacramentou a vaga do Liverpool na final do Mundial.

 

FICHA TÉCNICA:

MONTERREY 1 x 2 LIVERPOOL

MONTERREY - Marcelo Barovero; César Montes (Layun), Nicolás Sánchez, Leonel Vangioni e John Stefan Medina; Celso Ortiz, Carlos Rodríguez, Jesús Gallardo, Rodolfo Pizarro (González); Dorlan Pabón (Meza) e Funes Mori. Técnico: Antonio Mohamed.

LIVERPOOL - Alisson; Milner (Alexander-Arnold), Joe Gomez, Henderson, Robertson; Oxlade-Chamberlain, Shaqiri (Mané), Lallana; Keita, Origi (Roberto Firmino) e Salah. Técnico: Jürgen Klopp.

GOLS - Keita, aos 11, e Funes Mori, aos 13 minutos do primeiro tempo. Firmino, aos 45 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Vangioni, Joe Gomez, Gallardo.

ÁRBITRO - Roberto Tobar (Chile).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 45.416 torcedores.

LOCAL - Estádio Internacional Khalifa, em Doha (Catar).

Autor do gol da virada do Flamengo na vitória sobre o Al-Hilal por 3 a 1 e eleito o melhor jogador da semifinal do Mundial de Clubes, nesta terça-feira, em Doha, no Catar, o atacante Bruno Henrique admitiu que a equipe fez um primeiro tempo distante do pretendido, mas que tinha certeza de que o time iria virar na etapa final.

"Estou feliz por contribuir mais uma vez. A gente viu o jogo deles contra o Espérance, vimos que eles caíram muito de rendimento no segundo tempo. Nós conversamos no intervalo, o Mister disse para não diminuirmos a intensidade porque o time deles ia cansar. Foi o que aconteceu, e com a nossa qualidade, nós conseguimos virar o jogo", afirmou Bruno Henrique, em entrevista à TV Globo.

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Responsável por igualar o jogo no começo do segundo tempo, Arrascaeta concordou com o companheiro. "No primeiro tempo, não conseguiu apertar (na marcação), eles tinham muito espaço para sair jogando. Na etapa final, encurtamos os espaços das linhas e conseguimos chegar com profundidade", analisou.

"Treinamos para que possa acontecer no jogo da melhor forma", acrescentou ao ser questionado sobre o entrosamento do setor ofensivo do Flamengo. "Nós ficamos feliz pelo momento, queremos ficar ainda mais na história deste grande clube. Quero conquistar o Mundial. Depois de tanto tempo (1981) será bastante gratificante."

Na avaliação do lateral-direito Rafinha, o aspecto decisivo do jogo influenciou no comportamento da equipe no primeiro tempo. "O corpo está bem, mas o psicológico atrapalha. Sabíamos que iríamos enfrentar uma equipe muito forte, conheço quase todos os jogadores. Merecem todo o respeito. Fizemos um segundo tempo melhor, do jeito que o Flamengo está acostumado e estamos na final", comemorou o jogador, que fez o cruzamento para o gol de Bruno Henrique.

"Agora é o jogo das nossas vidas. A gente respeita (o Liverpool), mas vamos com tudo", avisou Rafinha, que não acredita em uma surpresa na partida da equipe inglesa contra o Monterrey, do México, nesta quarta-feira. A final será no sábado, às 14h30.

Outro jogador que se destacou na partida, Diego afirmou que todos os reservas precisam estar atentos para quando for necessário entrar para mudar o jogo. O meia foi colocado no lugar de Gerson aos 28 minutos do segundo tempo e pouco depois o Flamengo virou o placar.

"Todos querem jogar os 90 minutos, mas somos uma equipe. Quero sempre fazer o melhor quando estou em campo. Estou feliz de ter contribuído. Agora estamos na final", afirmou. "Observo muito (do banco) e isso ajuda. Quando você entra em um jogo que está 220 km/h precisa estar preparado. Quando entro, eu já sei o que preciso fazer."

O Monterrey terá uma missão difícil nesta quarta-feira na tentativa de se tornar o primeiro time do México a se classificar à final do Mundial de Clubes da Fifa. Em Doha, no Catar, pelas semifinais, enfrentará o Liverpool, atual vencedor da Liga dos Campeões da Europa, o que não assusta o técnico Antonio Mohamed, que mostra confiança em seu elenco.

"Temos total respeito pelo Liverpool, um dos melhores times do mundo. Mas temos que estar preocupados conosco. Queremos vencer. Não viemos aqui perder. Vamos curtir a partida, mas estamos aqui para vencer. Não há nada impossível", comentou o treinador, em entrevista coletiva nesta terça-feira no estádio Khalifa International.

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Detentor do título da Liga dos Campeões da Concacaf, o Monterrey estreou no Mundial de Clubes com uma vitória por 3 a 2 sobre o Al-Sadd, do Catar, no último sábado. Contra o Liverpool, Mohamed quer que seu time jogue com seriedade, com o foco no máximo. "O mais importante é não cometer erros. Temos a ambição de derrotar o Liverpool e vamos lutar até o último minuto", destacou.

O treinador ressaltou que a sua equipe não terá uma postura totalmente defensiva nesta quarta-feira. "Haverá momentos que teremos de nos defender bem atrás, mas a ideia é sair para o campo rival e medir forças de igual para igual. Não viemos aqui para ficar olhando eles jogares, mas sim para competir", completou Mohamed.

O mesmo discurso teve o zagueiro Nicolás Sánchez, que estava ao lado de Mohamed na entrevista coletiva. "Não temos medo de nada. Ganhamos essa oportunidade de enfrentar estar grande equipe e amanhã (quarta-feira) pensamos em dar o melhor em campo", comentou.

Na semifinal do Mundial de Clubes, o técnico Jorge Jesus testará o sucesso do Flamengo diante de outro time que ele próprio montou, o Al Hilal, da Arábia Saudita. O desafio particular do treinador que renovou o futebol no País está marcado para esta terça-feira (17), às 14h30 (horário de Brasília), no Catar, e carrega o destino da "nação" rubro-negra. Existe grande expectativa para que a equipe chegue à final e busque o bicampeonato após 38 anos. Caso se classifique, o time brasileiro vai aguardar o vencedor do confronto entre Liverpool e Monterrey, quarta-feira (18), no mesmo horário.

Jesus admitiu que será especial reencontrar os jogadores do último clube que dirigiu antes de vir ao Brasil. O treinador foi o responsável pela formação do elenco e montou a espinha dorsal da equipe. "Ajudei o Al Hilal a formar essa equipe. Hoje, não tenho nada a ver com o Al Hilal, a não ser o carinho dos jogadores. Um deles é o Gomis. E como é o destino. Falamos que iríamos nos encontrar no futebol e nos encontramos", comentou o treinador referindo-se ao francês que classificou o time saudita ao fazer o gol da vitória sobre o Espérance nas quartas de final.

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A semifinal é um momento traiçoeiro da competição. Nos últimos anos, vários clubes brasileiros não conseguiram passar por essa antessala. São os casos do Internacional e do Atlético-MG. No ano passado, o River Plate caiu diante do Al Ain. "Estamos vacinados sobre esse assunto. Nosso pensamento está no Al Hilal. Muitos brasileiros ficaram pelo caminho e não podemos repetir o erro. Se passarmos, pensamos na final", afirmou o lateral Rafinha.

Jesus evitou fazer comentários sobre o Liverpool, provável rival numa hipotética rival. Coincidentemente, os ingleses foram os rivais na decisão de 38 anos atrás. "No Brasil, fala-se muito do Liverpool e esquecem que temos um jogo antes. Esquecem por ser um time saudita, não ser da Europa, não sendo muito valorizado", afirmou.

O Flamengo possui um antídoto importante para eventuais momentos críticos no jogo: a experiência europeia. Rafinha e Filipe Luís fizeram suas carreiras praticamente inteiras no Velho Continente. Além dos laterais, Diego Alves e Diego Ribas e o espanhol Pablo Marí, Gerson, Bruno Henrique e Gabriel também estiveram em terras estrangeiras.

O Flamengo chega em alta ao Mundial. Embora irregular em alguns momentos do primeiro semestre, o Flamengo conquistou o título do Campeonato Carioca. Depois, na segunda metade do ano venceu com folga o Campeonato Brasileiro e ainda faturou a Copa Libertadores em uma emocionante decisão contra o River Plate. Ao lado do argentino Jorge Sampaoli, Jesus conseguiu estabelecer um padrão de ofensividade que havia se perdido entre os treinadores no Brasil.

"Seria um presente muito grande coroar essa temporada com esse título", disse Rafinha, campeão mundial com o Bayern de Munique em 2013.

A edição de 2019 do Mundial é a penúltima a ser disputada por sete clubes, pois a Fifa vai alterar o formato de disputa da competição a partir de 2021, com a participação de 24 times. A periodicidade também vai mudar: o torneio será realizado de quatro em quatro anos. Jesus afirma que o torneio vai ficar mais fica difícil conquistá-lo.

Um dia depois de desembarcar no Catar, os jogadores do Liverpool realizaram nesta segunda-feira o primeiro treinamento em Doha visando a estreia no Mundial de Clubes da Fifa, que será nesta quarta contra o Monterrey, do México, já pelas semifinais. No gramado do University Stadium, em Doha, o técnico alemão Jurgen Klopp comandou uma atividade física e técnica com quase todos os atletas que viajaram. A única ausência foi a do zagueiro holandês Virgil van Dijk.

O defensor, um dos melhores jogadores do mundo na última temporada, não apareceu nem do lado de fora do gramado durante o treinamento. O Liverpool não revelou se o holandês está lesionado ou se foi poupado da sessão. No último sábado, ele foi titular na vitória do time sobre o Watford, em Liverpool, pelo Campeonato Inglês.

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No Catar, o Liverpool busca o terceiro título em 2019. Antes, venceu a Liga dos Campeões da Europa, contra o Tottenham, e a Supercopa da Europa, contra o Chelsea. Para a maioria do elenco, a conquista do Mundial, que é inédita para o clube, será também a primeira na carreira.

"É algo diferente e algo que ainda não experimentamos antes. Então, é algo para corrermos atrás", disse o lateral-esquerdo escocês Andy Robertson, em declarações publicadas no site oficial do Liverpool. "Nós sabemos que será (o título) importante para nós e para o clube. É muito importante para nós".

Sobre os adversários no Mundial - a outra semifinal é entre Flamengo e Al Hilal, da Arábia Saudita -, Robertson revela que o elenco sabe pouco sobre seus elencos. "Sabemos que são bons times. Não conhecemos muito sobre eles e, por isso, precisamos aprender rapidamente quais são seus pontos fortes e fracos", disse o lateral-esquerdo.

"São jogadores que pouco enfrentamos em outras competições. Quando chega a Liga dos Campeões, sempre olhamos quais serão os possíveis adversários e seus elencos. Mas aqui (no Mundial) são jogadores que pouco conhecemos. Não é questão de desrespeito com eles. É só que jogam em continentes diferentes e quase nunca os enfrentamos", completou.

O técnico do Al-Hilal, o romeno Razvan Lucescu, afirmou que Jorge Jesus vai encontrar uma equipe bem diferente daquela que formou em sua passagem pelo clube. O time da Arábia Saudita enfrenta o Flamengo nesta terça-feira, pela semifinal do Mundial de Clubes da Fifa, no Khalifa Stadium, no Catar.

"O Jesus pode até ter uma vantagem por ter escolhido alguns dos jogadores. Falam muito sobre ele ter passado aqui, mas isso não importa. O estilo de jogo é totalmente diferente, não influencia muito. É um jogo de 11 de cada lado e será decidido dentro de campo. Temos qualidade e faremos o possível para avançar", afirmou Lucescu. "Viemos aqui para obter resultados e estamos sempre jogando para vencer, independentemente do time que vamos enfrentar", completou.

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O romeno assumiu o Al-Hilal em agosto deste ano, após ter um excelente desempenho no comando do grego PAOK, sendo campeão nacional e da Copa da Grécia. Ele estreou nas oitavas de final da Liga dos Campeões da Ásia e levou o time saudita ao título.

"Não fico frustrado em falar sobre o Jesus. As pessoas gostam disso. Sou muito feliz por tudo que conquistei e o jogo será bem diferente, são times diferentes e estamos motivados. O Flamengo é forte. Só espero que meu time chegue à final", afirmou. "É preciso se adaptar em todas as condições no futebol, jogar sob pressão e continuar trabalhando com ambição."

O brasileiro Carlos Eduardo concorda com Lucescu. Para o meia-atacante de 30 anos há uma diferença enorme em relação ao time que foi comandado por Jesus e o atual Al-Hilal. "Não tem quase nada, até porque são estilos diferentes. Ele fez um bom trabalho aqui, mas hoje o time tem muito pouco do estilo de jogo dele."

Para o jogo com o Flamengo, Lucescu deve apostar no francês Gomis e no italiano Giovinco. Os dois principais jogadores da equipe ficaram no banco contra o Espérance, pelas quartas de final. Segundo o treinador, eles estavam voltando de lesão. Gomis fez o gol da classificação no segundo tempo. Kanno, suspenso, é desfalque.

Depois de assistir no estádio ao jogo que definiu o seu adversário e descansar em razão da longa viagem, o Flamengo realizou na manhã deste domingo o primeiro treino em Doha, no Catar, visando a estreia no Mundial de Clubes, marcada para esta terça-feira, às 14h30 de Brasília) contra o Al Hilal, da Arábia Saudita.

As atividades tiveram início por volta das 10 horas (horário local, 4h de Brasília). Primeiro, os jogadores fizeram trabalhos físicos na academia. Depois, o elenco treinou com bola no gramado do Estádio Abdullah bin Khalifa. Os atletas conheceram a bola do torneio, que é diferente da utilizada no futebol brasileiro.

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Apenas os 15 minutos iniciais foram abertos à imprensa. Pôde-se observar os atletas apenas fazendo o aquecimento. A atividade foi assistida pelo ex-lateral Leandro, campeão mundial pelo Flamengo em 1981. Ídolo do clube carioca, ele é o chefe da delegação em Doha.

"Quando vencemos a Libertadores, o Raul (Plassmann, ex-goleiro) nos reuniu e disse que era uma oportunidade única que devíamos agarrar com unhas e dentes. É o mesmo que falo para esse pessoal", disse Leandro.

Depois do treinamento, alguns jogadores, como Filipe Luís, Rodrigo Caio e Everton Ribeiro, foram atender os torcedores que estavam do lado de fora do estádio, esperando o final da atividade. Eles tiraram fotos e deram autógrafos. O Governo do Catar estima que Doha vai receber cerca de 15 mil flamenguistas caso o time rubro-negro avance à final do Mundial.

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