Tópicos | Nova acusação

Uma das duas amigas que acompanhavam a mulher de 23 anos que acusa Daniel Alves de agressão sexual afirma que o jogador brasileiro também passou a mão em suas partes íntimas na ocasião do suposto estupro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (24) pelo jornal espanhol La Vanguardia. O atleta está preso preventivamente desde sexta-feira, sem direito a fiança. Ele nega todas as acusações.

Segundo a publicação, a amiga contou aos investigadores que Daniel Alves a apalpava violentamente e que passou a mão em suas partes íntimas até que ela conseguiu se desvencilhar e se afastar do atleta. A declaração vai ao encontro do depoimento da vítima. "Foi quando percebi como ele tocava minhas amigas e o quanto estava próximo", disse.

##RECOMENDA##

Os investigadores buscaram entrar em contato nas últimas semanas com o maior número possível de pessoas que estavam na casa noturna Sutton na noite do episódio. A agressão teria acontecido no dia 30 de dezembro. Um dos porteiros da casa noturna ouvido pelas autoridades disse que viu a crise de ansiedade da mulher como sinal de que algo estava errado.

Ainda de acordo com a reportagem, um dos amigos de Daniel Alves que estava na mesa do jogador na área VIP da Sutton é um chef brasileiro identificado apenas como Bruno. Ele teria ficado com uma das amigas da vítima no local reservado e a procurou posteriormente nas redes sociais para "oferecer" ajuda.

ENTENDA O CASO DANIEL ALVES

A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves na última sexta-feira. Ele foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher no dia 30 de dezembro. O Ministério Público da Espanha pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção. A juíza argumentou na decisão de prender o jogador que existia o risco de fuga, uma vez que o atleta não mora mais na Espanha e tem recursos financeiros para sair do país a qualquer momento. Além disso, a Espanha não tem acordo de extradição com o Brasil.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a mulher em um banheiro da sala VIP da casa, segundo o jornal El Periódico.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma casa noturna que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou ter tido relações consensuais com a mulher, cujo nome não foi revelado. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro da casa noturna.

De acordo com o jornal El País, a mulher não quer ser indenizada e abriu mão de ser ressarcida financeiramente pelas lesões e também pelos danos morais por entender que o objetivo principal é fazer com que o atleta seja punido pelo ocorrido. O Pumas, do México, anunciou na última sexta que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa.

Uma tatuagem foi decisiva para o pedido de prisão preventiva. De acordo com o jornal El Mundo, a vítima descreveu que o jogador tinha uma tatuagem de meia-lua entre o abdome e as partes íntimas, que só poderia ser vista caso ele estivesse sem roupa.

Marcelo Lira, kombeiro absolvido em setembro de 2010 após ser acusado de ser um dos assassinos das adolescentes Tarsila Gusmão e Maria Eduardo Dourado, no caso Serrambi, foi preso mais uma vez. Segundo informações da Polícia Civil, agora ele é acusado de receptação de veículo e adulteração do sinal identificador de um automóvel. 

Nesta quarta-feira (21), às 9h, os delegados Nelson Souto e Eduardo Aniceto vão divulgar mais detalhes da prisão. Uma coletiva de imprensa está marcada para o auditório do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), no Recife.

##RECOMENDA##

Após o nome do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), voltar a ser citado em depoimento de delação premiada da Operação Lava Jato, socialistas pediram cautela na análise das denúncias e observaram a necessidade da conclusão das investigações para que algumas informações do caso sejam divulgadas. Em novo depoimento, o executivo da Camargo Corrêa e delator, Dalton dos Santos Avancini, afirmou que a empreiteira pagou R$ 8,7 milhões em propina para a campanha Campos ao governo estadual. 

O repasse do dinheiro teria sido feito, segundo ele, por meio de um contrato fictício do Consórcio CNCC, liderado pela Camargo Corrêa e com a participação da Odebrecht, para as obras de terraplenagem da refinaria de Abreu e Lima (Renest), em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife.

##RECOMENDA##

“Temos que ter muita cautela e aguardar as apurações, não podemos fazer qualquer presunção. Temos que aguardar as investigações. O PSB já vem se pronunciando sobre isso e dito que todas as doações de campanha foram legais”, observou a deputada estadual Raquel Lyra (PSB).  Ela também reconheceu o trabalho do juiz Sérgio Moro e disse que a Lava Jato vai marcar uma nova era na política do Brasil. “Vamos ter uma virada de página da relação público-privada no Brasil”, acrescentou.

Asseverando a correligionária, o deputado estadual Vinicius Labanca pontuou que “as provas ainda não estão tão claras”. “Por mais que você tenha muitas prisões decretadas, ainda prefiro aguardar as provas concretas. Prefiro ficar com a opinião que tenho de Eduardo Campos ao invés de confiar na palavra de um cara que já devolveu milhões de reais para os cofres públicos e está condenado pela população por ter sido um dos grandes operadores da maior sacanagem no Brasil”, asseverou o correligionário e deputado estadual, Vinicius Labanca. 

Para o parlamentar, a Justiça Federal deveria conter mais as informações declaradas em delação premiada até que sejam encontradas provas concretas sobre as acusações. “Preferia que a justiça não deixasse que essas coisas vazassem, só liberassem estas informações se fosse realmente concretas. É muito fácil falar de águem que não está aqui para se defender. Espero realmente que as coisas sejam apuradas e no fim das contas todos vão ver que não houve irregularidades na campanha”, afirmou Labanca.

Esta não foi a primeira o nome do ex-governador – falecido em agosto de 2014 – é citado no escândalo. No fim do ano passado, o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, afirmou ter intermediado o pagamento de propina de R$ 20 milhões para campanha de Campos em 2010. Motivo, inclusive, pelo qual o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) responde a um inquérito instaurado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da União. O senador é acusado de intermediar a propina. Ele, no entanto, afirmou ser inocente. 

*Com informações de Élida Maria

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando