Um agricultor, de 44 anos, foi preso em flagrante com uma variedade de produtos roubados de transportadoras no Sertão de Pernambuco. Parte da carga sem nota fiscal estava escondida no comércio e na casa da esposa, no município de Brejinho.
A Polícia Federal (PF) buscava os responsáveis por um roubo de carga em Flores, no último dia 9, e receberam informações sobre a receptação do material. Após buscas nas cidades de Afogados da Ingazeira e Brejinho, as autoridades encontraram parte da mercadoria em posse da esposa do agricultor.
##RECOMENDA##Diante da suspeita, ela apontou diversos armazéns da região, onde foram localizados mais produtos, entre móveis, remédios de uso proibido, produtos de beleza e de higiene, dentro de um caminhão. A carga havia sido roubada em Paulo Afonso, na Bahia, no dia 12 de julho.
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Inúmeras notas de 100 bolívares venezuelanos também foram achadas. Entretanto, não possuem valor de mercado, apontou a PF, que não contabilizou o montante. Uma nota equivale a cerca de R$ 0,00013.
Ainda foram encontrados outros produtos que estavam em caminhões roubados em outros estados do Nordeste, desde materiais de construção civil até produtos de cozinha, livros e calçados. Todo o material foi encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Salgueiro, também no Sertão, e a PF informa que a maior parte foi devolvida.
Após a apreensão dessa sexta (3), o agricultor se apresentou na delegacia acompanhado por advogados. Natural de Teixeira, na Paraíba, e sem antecedentes criminais, ele foi atuado por receptação qualificada, com a pena que varia de três a oito anos de prisão.
Em seu interrogatório, disse que trabalha no mercadinho da esposa, aluga máquinas agrícolas e atua na perfuração de poços artesianos. O paraibano relatou que adquiriu todas as mercadorias por R$ 240 mil, entre os dias 25 e 26 de agosto. Sem dar detalhes sobre o vendedor, garantiu que não sabia que as mercadorias sem nota fiscal eram roubadas.
Ele teve a prisão preventiva decretada e seguiu para a Cadeia Pública de Salgueiro, onde ficou à disposição da Justiça.
Já a companheira prestou depoimento e foi liberada. Ela disse que não desconfiou que os produtos nos armazéns e em sua casa eram roubados e que nunca questionou o marido sobre a procedência. A comerciante acrescentou que as mercadorias foram adquiridas com dinheiro da família.