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Nesta quarta-feira (7), o jornal norte-americano The New York Times divulgou a relação dos melhores filmes de 2016 pelos críticos de cinema O Scoot, Stephen Holden e Manohla Dargis. O filme Aquarius, de Kleber Mendonça Filho e Boi Neon de Gabriel Mascaro foram os trabalhos apontados como destaque.

Os trabalhos dos pernambucanos integraram a lista do critico Stephen Holden. Em sexto lugar, Boi Neon foi ressaltado pela 'celebração do cheiro de animais'. Na descrição, o crítico apontou a produção de Mascaro como um mergulho no mundo da Vaquejada, através de uma reflexão sexy e profunda. 

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"Este filme brasileiro, dirigido por Gabriel Mascaro, mergulha no mundo intensamente pungente da vaquejada, um esporte de rodeio em que dois vaqueiros a cavalo, tentam puxar um touro para o chão pela cauda. Iremar (Juliano Cazarré) é um cowboy bonito que sonha em ser um designer de moda. Nesta profunda e sexy reflexão sobre homem e animal, os cavaleiros usam colônias extravagantes para camuflar aromas de barnyard. O filme é uma celebração de cheiros de animais".

Já na nona posição, o longa Aquarius do diretor Kleber Mendonça, Stephen comprara a situação política do Brasil com a dos Estados Unidos. "Os Estados Unidos não foram o único país que sofreu uma turbulenta revolta política este ano. Em seu segundo e generoso e irritado segundo longa-metragem, o crítico de cinema Kleber Mendonça Filho acompanha as mudanças que agitam o Brasil, como indiretamente no cotidiano de Clara, um crítico aposentado da grande Sônia Braga. Uma mãe, uma sobrevivente de câncer e um avatar de cultura, sensualidade e independência intelectual, Clara é uma heroína apropriadamente enraizada e indomável para os nossos tempos".

 

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou uma reunião que teria com representantes do jornal New York Times nesta terça-feira (22).

Em uma postagem feita em seu perfil no Twitter, o republicano afirmou que desistiu do encontro "quando os termos e condições da reunião foram mudados no último momento".

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O jornal respondeu dizendo que não sabia sobre o cancelamento da reunião até tomarem conhecimento do tuíte, nesta manhã.

"Nós não mudamos de forma alguma as regras nem tentamos fazê-lo. Eles (a equipe de Trump) que quiseram - pedindo ontem por apenas uma reunião privada sem nenhum segmento gravado (que poderia ser aproveitado para publicação), o que recusamos", afirmou a vice-presidente sênior de comunicação do Times, Eileen M. Murphy.

"No final, concluímos com eles que voltaríamos ao plano original de uma pequena conversa "off-the-record" seguida de uma sessão mais longa, gravada e na presença de repórteres e colunistas".

Trump tem criticado o New York Times desde o início de sua campanha, afirmando que o jornal, assim como outros veículos de comunicação dos EUA, eram "desonestos". Na segunda-feira, ele se encontrou com executivos de empresas de televisão norte-americanos.

A presidente afastada Dilma Rousseff classificou seus opositores como "parasitas", afirmou ter esperança em sua volta ao comando do Brasil e disse que nunca imaginou que fosse ver um governo tão conservador como o de Michel Temer em uma entrevista ao The New York Times publicada na página do jornal norte-americano na internet nesta terça-feira, 7.

A presidente afastada, destaca a reportagem do Times, espera que os recentes episódios que marcaram o início do governo de Temer, incluindo a saída de dois ministros, possam fazer os senadores mudarem de ideia sobre o voto para afastá-la definitivamente. A entrevista foi feita antes de a imprensa noticiar o pedido de prisão ao Supremo Tribunal Federal (STF) de caciques do PMDB.

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Ao mesmo tempo em que o presidente em exercício Michel Temer sofre "tropeços embaraçosos", o jornal destaca que Dilma também vem sendo alvo de acusações pesadas nos últimos dias. A reportagem cita a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que contou que a presidente afastada mentiu ao falar que não sabia sobre as irregularidades na empresa, além da informação publicada pela revista IstoÉ de que o empresário Marcelo Odebrecht informou o pagamento de R$ 12 milhões para a campanha de reeleição da petista. Dilma negou as duas acusações na entrevista ao jornal, afirmando que fazem parte de uma campanha caluniosa de parte da mídia para ferir sua "honra pessoal".

O NY Times destaca que Dilma tem passado os dias preparando sua defesa no processo de impeachment. Ela voltou a afirmar ao jornal norte-americano que não vai renunciar. "Eles sempre quiseram que eu renunciasse, mas eu não vou", disse ela. "Eu realmente perturbo os parasitas e vou continuar a perturbá-los", afirmou.

Sobre a crítica de que suas políticas levaram o Brasil a mergulhar em uma forte recessão, Dilma respondeu ao Times que a situação já estaria melhorando caso o Congresso tivesse aprovado as medidas necessárias para restaurar a confiança de consumidores e investidores.

O correspondente do jornal no Brasil, Simon Romero, descreve o clima como de "indignação" e uma sensação de falta de poder, diferente do que se deveria esperar em um país prestes a sediar as Olimpíadas. O texto ressalta ainda que a presidente afastada é cercada por luxo, um batalhão de empregados, piscina aquecida em um jardim bem cuidado e obras de Di Cavalcanti e Alfredo Volpi penduradas na parede.

No mesmo dia em que Dilma Rousseff deve denunciar o "golpe" em curso no Brasil às Nações Unidas, em Nova York, o presidente em exercício Michel Temer voltou a negar ilegalidades no processo de impeachment da petista e afirmou que esteve em "ostracismo absoluto" nos últimos quatro anos. Depois de falar ao Wall Street Journal e ao Financial Times, ele concedeu uma entrevista ao The New York Times.

Segundo Temer, Dilma e ele nunca foram amigos, mal se cumprimentando com cerimônia, e a última vez que se falaram foi no final de janeiro. "Nós não somos amigos porque ela não se considerava minha amiga", afirmou na entrevista.

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Temer voltou a defender a legalidade do impeachment da presidente. "Estou muito preocupado com a intenção da presidente de dizer que o Brasil é alguma republiqueta onde golpes acontecem", afirmou, em referência ao discurso do governo e do PT de que o processo de afastamento de Dilma - que após aprovação da Câmara tramita agora no Senado - é uma "fraude política".

O vice também voltou a dizer que não pretende interferir nas investigações de corrupção e defendeu seus aliados das suspeitas de irregularidades. Temer disse que não pediria a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para renunciar à presidência da Câmara. "Esse é um assunto para o Supremo Tribunal Federal decidir", afirmou.

O jornal americano questionou o vice sobre as menções a ele em delações premiadas, como do senador Delcídio Amaral (ex-PT). Temer se disse inocente e afirmou que suas conexões com executivos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras se deveram às suas responsabilidades burocráticas como presidente do PMDB.

O jornal destaca que Temer assumiria o maior país da América Latina enfrentando uma crise econômica, uma epidemia de zika, um furioso clima político e uma Olimpíada - tudo ao mesmo tempo. Apesar disso, o peemedebista diz que mantém esperança de promover uma espécie de catarse, reunindo um "governo de unidade nacional". Citando Juscelino Kubitschek, Theodore e Franklin Roosevelt, Temer disse que quer criar um "governo de otimismo". "É preciso fazer nascer de novo a esperança", afirmou.

A publicação ressalta ainda que Temer, segundo pesquisas, teria 2% das intenções de voto se houvesse uma eleição hoje e esteve tão raras vezes no foco nacional que muitos brasileiros o conheciam por sua mulher, Marcela. Mais de 30 anos mais nova, ela chamou a atenção na posse de Dilma e tem uma tatuagem com o nome do vice na nuca, lembra o jornal.

O The New York Times classificou em um editorial neste sábado de "rídiculas" as explicações de Dilma Rousseff sobre a escolha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser ministro-chefe da Casa Civil. "Surpreendentemente, ela parece ter sentido que ainda tinha capital político para gastar", afirma o maior jornal dos Estados Unidos ao comentar a nomeação de Lula.

"Dilma Rousseff criou uma nova crise, de confiança em seu próprio julgamento", afirma o Times. O texto ressalta que Lula está sendo investigado por enriquecimento ilícito. Além disso, pessoas muito próximas a ele, como José Dirceu, estão presas, ressalta o jornal.

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Se a decisão de nomear Lula "empurra os esforços de impeachment" para mais perto, "Dilma terá só a ela mesma para culpar", afirma o Times. A estratégia de Dilma aumentou a insatisfação popular e levou milhares de pessoas às ruas das cidades brasileiras, pedindo a renúncia da presidente, afirma o Times. Ontem à noite, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu a nomeação de Lula.

Com o título de "A crise política no Brasil se aprofunda", o editorial do Times comenta os vários desdobramentos na política brasileira dos últimos dias, com foco na escolha de Lula para ser ministro de Dilma. O texto destaca que o objetivo foi tentar blindar Lula das investigações da Operação Lava Jato, que já atingiram 50 pessoas, incluindo políticos do PT e de outros partidos, ressalta o jornal.

A explicação de Dilma para a nomeação de Lula, ressalta o Times, foi descrita por ela como sendo uma oportunidade de trazer de volta ao Planalto um negociador talentoso para ajudar o Brasil a lidar com uma variedade de crises. Essa explicação, porém, é ridícula, afirma o editorial. O texto cita que Lula é acusado de ter recebido dinheiro de construtoras e foi levado recentemente para depor pela Polícia Federal.

Lula e Dilma, diz o Times, querem atrasar, "por tanto tempo quanto possível", um eventual julgamento do ex-presidente ao tentar abrigá-lo no Planalto, com foro privilegiado.

O jornal The New York Times Co. informou nesta terça-feira que seus lucros no quarto trimestre caíram 47% em relação ao ano anterior, devido a um forte investimento no setor digital e de uma reestruturação na sua grade de trabalhadores.

O jornal americano divulgou um lucro líquido de 34,8 milhões de dólares, quase a metade dos 65 milhões do ano anterior.

O volume de negócios desse período foi de 444 milhões de dólares. O The New York Times teve custos elevados no quarto trimestre por conta das indenizações por demissões e investimentos em suas operações na internet, seguindo a tendência dos leitores que deixam cada vez mais o papel e optam pelo formato digital.

No fim do ano, o jornal tinha 910.000 assinaturas pagas na internet, 150.000 a mais do que no ano anterior, e espera chegar a um milhão em 2015.

"Pretendemos continuar investindo em crescimento digital como também cortar custos para manter nossos lucros", disse Mark Thompson, presidente e diretor-executivo do Times Co. Segundo ele, serão contratados em breve novos diretores para as áreas de marketing e de tecnologia digital.

Ao longo de todo 2014 o lucro caiu quase à metade, a 33,3 milhões de dólares, enquanto as receitas cresceram 0,7%, a 1,59 bilhão de dólares.

Em outubro, a empresa anunciou que pretendia cortar 100 postos de trabalho na redação, apesar de querer reforçar os conteúdos digitais a fim de compensar a queda das assinaturas em sua edição de papel.

Um jornalista do New York Times que corre o risco de ser preso por não revelar a identidade de sua fonte em um caso envolvendo a CIA recebeu nesta quarta-feira (13) o prêmio Herbert Block de liberdade de expressão.

O jornalista James Risen ganhou o prêmio Herbert Block por ter "arriscado sua própria liberdade para proteger os princípios essenciais de uma imprensa verdadeiramente livre", informou o sindicato Newspaper Guild.

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O sindicato recordou que a Procuradoria Federal exige de Risen, desde 2006, a confirmação da identidade de um homem que seria a fonte de seu livro "State of War", sobre a CIA e o governo de George W. Bush.

Risen se negou a revelar a fonte de um capítulo sobre uma desastrada operação da CIA no Irã e ainda corre o risco de ser detido, por desacato. A questão é considerada fundamental para se avaliar o estado da liberdade de imprensa nos Estados Unidos.

No início de junho, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos se negou a intervir neste caso, o que provocou críticas da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). "Com seu livro, James Risen fez o que fazem os grandes jornalistas", disse o presidente do sindicato Newspaper Guild-CWA, Bernie Lunzer.

O prêmio, de 5 mil dólares, tem o nome do cartunista do Washington Post Herbert Block, falecido em 2001 e conhecido defensor da liberdade de imprensa.

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