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O médium goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus, prestará novo depoimento ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) na tarde de hoje (14). Ele será ouvido, pela segunda vez, pelos promotores que integram a força-tarefa criada para investigar as acusações de crimes sexuais atribuídos ao médium por mulheres que frequentavam a Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO).

A previsão é de que os promotores ouçam João de Deus no próprio Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital do estado, onde o médium está detido em caráter preventivo desde o dia 16 de dezembro.

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Ao prestar seu primeiro depoimento ao MP, em 26 de dezembro, João de Deus negou ter abusado sexualmente de frequentadoras do centro. Segundo seus advogados, ele afirmou jamais ter ficado sozinho com as fiéis que buscavam auxílio espiritual e não reconheceu três das denunciantes que procuraram o MP-GO.

A apuração do Ministério Público já resultou em uma primeira denúncia contra o médium, acusado pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual. A Justiça estadual aceitou a denúncia no dia 9 de janeiro, mantendo-o no Complexo Prisional.

A defesa do médium chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 20 de dezembro, a fim de obter um habeas corpus que permitisse, se necessário, responder ao processo em prisão domiciliar. No entanto, na última sexta-feira (11), a defesa protocolou um pedido de desistência do habeas corpus.

De acordo com o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, a desistência é uma estratégia processual. Segundo ele, a defesa vai esperar o julgamento de outro habeas corpus protocolado na Justiça de Goiás, que retornou às atividades nesta semana, após o recesso de fim de ano.

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci seja ouvido como testemunha no processo da Operação Zelotes, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de participar de um esquema para favorecer a empresa Saab na venda de 36 caças ao Brasil. A oitiva foi marcada para o dia 20 de novembro.

O magistrado atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), feito depois que Palocci disse, em uma outra investigação, ter conhecimento sobre atuação direta do ex-presidente Lula na compra dos caças.

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Vallisney de Souza Oliveira determinou ainda que o ex-ministro seja ouvido novamente no caso. Ele já prestou depoimento em setembro do ano passado, quando disse que era o responsável direto pela decisão da aquisição dos caças, e que Lula não tinha envolvimento direto na transação. O magistrado afirmou ser necessário confrontar as versões contraditórias.

Em sua decisão, o juiz disse que “as declarações sucintas e diretas de Antonio Palocci, que já foi ministro da Fazenda e depois ministro da Casa Civil, precisam ser contrastadas em Juízo com as demais provas, em especial as provas contrárias produzidas, sob pena de que palavras soltas, sem os devidos esclarecimentos, possam gerar mais dúvidas com repercussão na verdade processual”.

Um dos filhos de Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, também é réu na mesma ação penal. Palocci está preso desde setembro de 2016 no Paraná por ordem do juiz federal Sérgio Moro, no âmbito da Operação Lava Jato.

Os investigados na 14ª fase da Operação Lava Jato, com prisão temporária, tiveram o depoimento adiado para a próxima segunda-feira (23). Segundo a Polícia Federal (PF), delegados e agentes que haviam viajado para cumprir os mandados de busca e de apreensão não conseguiram retornar a Curitiba. Algumas diligências em São Paulo, informou a PF, terminaram apenas no fim da noite de sexta-feira (19).

Originalmente, os investigados com prisão temporária decretada seriam ouvidos hoje (20) pelos delegados da PF encarregados das investigações. Já os depoimentos dos investigados com prisão preventiva estão mantidos para o decorrer da próxima semana.

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Pela manhã, todos os 12 empresários presos nessa fase da Lava Jato fizeram exame de corpo de delito na sede do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. Eles permaneceram por cerca de seis horas no IML e retornaram para a carceragem da Superintendência da PF na capital paranaense.

De acordo com a Justiça Federal no Paraná, já foram apresentados pelos advogados dos presos vários pedidos de habeas corpus.

As investigações que resultaram na décima quarta fase da Operação Lava Jato revelam que as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez lideravam o cartel de empreiteiras que superfaturavam contratos da Petrobras. Os presidentes das duas construtoras, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques Azevedo, foram presos.

Estão em prisão temporária Alexandrino de Salles e Cristiana Maria da Silva Jorge, da Odebrecht; e Antônio Pedro Campelo de Souza e Flávio Lucio Magalhães, as Andrade Gutierrez. O prazo das prisões temporárias acaba na terça-feira (23), mas pode ser prorrogado por cinco dias.

 

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