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O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o operador do mensalão, entregou na quarta-feira (14) o seu mais novo passaporte ao Supremo Tribunal Federal (STF). A entrega do documento foi realizada um dia após o prazo final dado pelo ministro Joaquim Barbosa, relator do ação, aos 25 condenados no processo. Em 2005, logo após o escândalo ter vindo à tona, Valério havia repassado outro passaporte à Corte. No Brasil, o documento emitido pela Polícia Federal tem validade de cinco anos.

A medida tomada pelo STF visa evitar a fuga para o exterior dos réus considerados culpados no julgamento. O pedido de retenção dos passaportes foi feito no dia 18 de outubro pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e atendido, na semana passada, pelo ministro Joaquim Barbosa, futuro presidente do tribunal.

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As defesas do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do ex-vice-presidente do Banco Rural José Roberto Salgado já entraram com recurso questionando a apreensão dos documentos. Eles querem que o plenário do Supremo dê a palavra final sobre o pedido. Joaquim Barbosa e José Dirceu trocaram acusações por causa da decisão. O relator do mensalão chegou a dizer no despacho que alguns réus se passaram por "pessoas fora do alcance da lei" ao qualificar como "política" a decisão do tribunal. Em seu blog, o ex-chefe da Casa Civil, por sua vez, classificou a iniciativa de Barbosa de "puro populismo jurídico".

A imensa maioria dos condenados cumpriu a decisão do Supremo, exceto em dois casos. O primeiro foi o deputado federal Pedro Henry (PP-MT), que repassou o passaporte ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP), alegando se tratar de um documento diplomático em vez de enviá-lo à Corte. O presidente da Câmara abriu uma consulta à área jurídica para decidir se deve ou não entregar o passaporte ao tribunal. Outro caso foi o do ex-deputado Bispo Rodrigues (ex-PL-SP), que enviou uma manifestação ao STF explicando que não está com seu passaporte porque ele foi apreendido pela Polícia Federal em uma operação.

O chefe do Ministério Público Federal, segundo pessoas próximas a ele, começou a pensar na iniciativa de reter os passaportes ao saber, no mês passado, que um dos réus do processo, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, estava na Itália desde julho, mesmo já tendo sido condenado pelo STF. Pizzolato retornou ao Brasil às vésperas do primeiro turno da eleição municipal.

A empresa DHL Brasil informou, na segunda-feira (29), por meio de nota oficial, que entregará os passaportes brasileiros com visto americano que ainda estão sob sua custódia. Na quinta-feira, a DHL foi impedida de fazer a entrega dos passaportes por decisão da Justiça Federal em São Paulo. Esse serviço, segundo a Justiça, só pode ser feito pelos Correios, que contam com seu monopólio no País.

Um dia depois, a empresa conseguiu autorização judicial para fazer a entrega dos passaportes restantes. As duas opções para devolução são na loja da DHL ou na residência da pessoa. Cerca de 4 mil pessoas por dia solicitam visto americano no País. A orientação dos consulados americanos para quem tem entrevista agendada para esta semana é tentar remarcar a data. Quem não puder será atendido normalmente.

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Terceirizada

Desde abril, os passaportes com visto eram entregues pela DHL, subcontratada pela Computer Sciences Corporation (CSC), que, por sua vez, presta diversos serviços à embaixada e aos consulados americanos. Em junho, os Correios já haviam notificado "amigavelmente" o consulado sobre a ilegalidade do novo sistema de entrega. A determinação da Justiça também manda a CSC contratar os Correios para devolver os passaportes que já tem em mãos, "a fim de evitar supostos prejuízos aos titulares dos documentos".

Para o juiz federal Célio Braschi, da 8.ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, "o passaporte se enquadra no conceito legal de carta". "Trata-se de documento escrito de natureza administrativa que contém informação de interesse do seu destinatário"., afirmou. Diz ainda o magistrado que, se a empresa terceirizada continuar com o serviço de entrega, "está presente o risco de dano irreparável". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Em greve há quase 10 dias, os policiais federais de Pernambuco decidiram manter a paralisação. Desde o último dia 7 de agosto, eles reivindicam pela reestruturação salarial e de carreira, além do aumento do efetivo através da abertura de novos concursos públicos. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Pernambuco (SINPEF/PE), Marcelo Pires, a decisão da categoria em continuar de braços cruzados foi tomada nesta quarta-feira (15). Durante reunião realizada em Brasília, entre o Ministério do Planejamento e Orçamento de Gestão (MPOG) e a Federação Nacional de Policiais Federais, não houve avanço nas negociações. “Eles alegaram que ainda estão fazendo os cálculos e que o Governo possui um orçamento muito pequeno”.

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Conforme Pires, uma nova reunião foi agendada para a próxima terça-feira (21), às 20h. “O MPOG se comprometeu em apresentar uma proposta, que será avaliada pela Federação”. Sendo assim, a operação padrão nos aeroportos brasileiros será retomada. “Estamos realizando uma fiscalização mais detalhada nas malas de todos os passageiros”, frisou o presidente. 

Além da operação padrão, a emissão de passaporte continua suspensa no Aeroporto Internacional dos Guararapes – Gilberto Freyre. Somente os passageiros com necessidades médicas e os que já estavam com viagem marcada até o dia 21 de agosto serão atendidos.

O dissidente chinês cego Chen Guangcheng, pivô de uma recente crise diplomática entre Pequim e Washington, disse nesta quinta-feira que o governo chinês concordou em conceder passaportes a ele e sua família em até 15 dias.

Essa é a primeira indicação de quando Chen, de 40 anos, poderá ser autorizado a deixar a China desde que, há mais de duas semanas, saiu da Embaixada americana em Pequim, onde se abrigou por seis dias depois de escapar da prisão domiciliar em um vilarejo rural.

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Cego por uma febre na infância, Chen é um advogado autodidata que ganhou notoriedade mundial por expor esterilizações forçadas e abortos tardios sob a política do filho único da China e por usar seu conhecimento legal para auxiliar chineses a lutarem contra outras injustiças.

Desde um acordo fechado entre China e EUA, Chen vem aguardando autorização de Pequim para estudar no exterior, acompanhado de sua esposa e filhos. Em entrevista à Associated Press de um hospital na capital chinesa, no entanto, Chen disse não saber se poderá deixar a China assim que os passaportes forem liberados.

Na cidade natal de Chen, há novos relatos de que familiares seus estão sendo perseguidos pelo governo em retaliação por sua fuga. Numa entrevista à uma revista online de Hong Kong, o irmão mais velho do dissidente, Chen Guangfu, afirma ter sido torturado por homens à paisana.

Além disso, um sobrinho do dissidente e filho do irmão supostamente torturado está preso, acusado de tentativa de homicídio após ter a casa invadida por oficiais chineses. As informações são da Associated Press.

A líder oposicionista e Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, que na semana passada assumiu uma vaga no Parlamento de Mianmar, recebeu nesta terça-feira seu primeiro passaporte em 24 anos. Suu Kyi pretende viajar para a Noruega e Grã-Bretanha.

Suu Kyi pediu o passaporte, válido por três anos, após as reformas políticas que permitiram sua eleição ao Parlamento. No ano passado, a junta militar que comandou Mianmar por quase meio século transferiu o poder para um civil eleito, dando início a um processo de transição democrática. A Liga Nacional pela Democracia, partido de Suu Kyi, conquistou 43 assentos nas eleições do mês passado.

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Su Kyi, de 66 anos, não sai de Mianmar desde 1988, quando retornou ao país para cuidar da mãe doente. Ela chegou a ficar 15 anos sob prisão domiciliar depois de se tornar líder do movimento pró-democracia birmanês.

 

Pena de morte

 

Um tribunal de Mianmar condenou hoje à pena de morte Phyo Wai Aung, de 33 anos, por envolvimento em um atentado a bomba que deixou dez mortos e 170 feridos durante um festival no país em 2010.

O caso, ocorrido em abril daquele ano, foi um dos mais graves ataques terroristas já ocorridos em Mianmar.

O advogado de Phyo Wai Aung disse que recorrerá da decisão. Mianmar não executa criminosos há pelo menos 24 anos. As informações são da Associated Press.

Atendendo pedido do Ministério Público, a Justiça do Rio determinou ontem à noite a apreensão do passaporte do modelo Daniel Echaniz, participante expulso segunda-feira do Big Brother Brasil sob investigação policial de "estupro de vulnerável".

Segundo a decisão, tomada pelo juiz Marco Couto, da Vara Criminal de Jacarepaguá (zona oeste do Rio), Daniel precisa entregar seu passaporte no prazo máximo de três dias. O ex-BBB não poderá deixar o País até o fim da investigação. A intenção da promotoria era impedir que ele viaje a trabalho para o exterior. O advogado Wilson Matias, que representa Daniel, disse que há convites para que o modelo vá à Itália e à África do Sul, mas negou que ele tenha a intenção de viajar agora.

Quer, antes, "resgatar sua imagem". Daniel afirmou à polícia que não fez sexo com a colega de programa Monique Amin. Ambos estavam conscientes ao "dar e receber" carícias, especificou o advogado. Matias afirmou que, embora não tenha recebido ameaças, Daniel teme pela sua vida, por conta da suspeita de crime grave. Disse também que ele deseja voltar ao reality show - o que já foi descartado pela TV Globo. "Nosso objetivo é que ele limpe sua imagem e retorne ao programa."

Daniel não participou da entrevista convocada pelo advogado para as 15 horas. Não queria, disse ele, correr o risco de a Globo puni-lo sob alegação de quebra do contrato de exclusividade de seis meses de duração assinado por todos os BBBs, cuja multa é de R$ 1,5 milhão (ele só pode dar declarações à Globo).

O Senado autoriza os 81 senadores a requerer pessoalmente passaportes diplomáticos ao Itamaraty, inclusive para terceiros. A assessoria da Casa alega que, como não existe norma proibindo, o documento pode ser solicitado por cada um de seus parlamentares. É o que explica o fato de o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) ter obtido passaportes especiais para o chefe da Igreja Internacional do Reino de Deus, pastor Romildo Ribeiro Soares, conhecido por R.R. Soares, e para sua mulher, Maria Madalena Bezerra Soares. Eles são tios do senador.

A portaria do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, concedendo esses passaportes diplomáticos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última sexta-feira, 18. A polêmica é que a concessão se dá em nome da instituição Senado e não do parlamentar. Nem o pastor nem sua mulher têm ligações com o parlamento brasileiro.

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Na Câmara, os deputados têm de recorrer à segunda secretaria para obter o documento. Crivella defende que cabe ao Itamaraty analisar o "mérito" do pedido. Nesse caso específico, ele acredita que o ministro Patriota se convenceu pelos "carimbos do passaporte do pastor com centenas de viagens. Todas elas para atender milhares de brasileiros que vivem lá fora". Ou seja, o pastor evangélico estaria executando uma das atribuições do próprio Itamaraty. "O parlamentar tem todo o direito de pedir o passaporte", insiste.

Crivella afirma não ser esta a primeira vez que ele pede e obtém passaporte para R.R. Soares. "Ele viaja tanto, tanto, tanto, que na hora de fazer fila, ele pega a de prioridade diplomática", justifica, referindo-se a um dos motivos para ter o passaporte.

A assessoria do Itamaraty limita-se a informar que "os passaportes diplomáticos são concedidos de acordo com a legislação". A maioria dos senadores recorre à Coordenação de Atividades Externas (Coatex) para obter passaportes e outros serviços do Itamaraty. O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), disse desconhecer a brecha para os colegas pedirem o passaporte sem a intermediação do órgão da Casa. "Isso é um absurdo, é uma exceção que não se admite", protesta. "Isso para mim é o início da farra do passaporte". O líder diz não entender a importância dada ao passaporte diplomático que, na sua opinião, "não tem nenhum valor especial".

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