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A Autoridade Judicial iraniana confirmou neste domingo (12) a pena de morte contra um dissidente sueco-iraniano, detido desde 2020 no país, onde foi condenado por "terrorismo".

"A condenação à morte de Habib Chaab por corrupção na Terra, gestão e direção de um grupo rebelde e planejamento e execução de várias operações terroristas foi aprovada pela Suprema Corte", anunciou a agência de notícias da justiça iraniana, Mizan Online.

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"A condenação à morte de Chaab está confirmada e é definitiva", acrescentou a Mizan Online.

A justiça iraniana anunciou em 6 de dezembro de 2022 a condenação do dissidente, de 50 anos.

Chaab, líder do grupo ASMLA (Movimento Árabe de Luta pela Libertação de Ahvaz), considerado um movimento "terrorista" pelo governo iraniano, desapareceu em outubro de 2020 depois de viajar a Istambul, e reapareceu um mês mais tarde, detido no Irã.

Em novembro de 2020, a televisão estatal iraniana exibiu um vídeo de Habib Chaab, no qual ele reivindicou um cometido em setembro de 2018 contra uma parada militar em Ahvaz, capital da província do Khuzestan, na fronteira com o Iraque.

A Suécia iniciou gestões para oferecer ajuda consular, mas sem resultado, porque o governo do Irã não reconhece a dupla cidadania.

Na segunda-feira da semana passada, a justiça iraniana condenou à morte seis homens acusados de integrar a ASMLA e de terem "seguido as ordens de seus líderes europeus, como Habib Nabgan e Habib Chaab”.

O escritor e dissidente anticomunista Gyorgy (George) Konrad faleceu nesta sexta-feira (13) aos 86 anos, informou sua família à agência estatal húngara MTI.

Considerado um dos grandes escritores húngaros, Konrad, cujos romances e ensaios foram traduzidos em todo o mundo, morreu em casa após enfrentar uma longa doença.

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Nascido em 1933 em uma família judia na cidade de Debrecen (leste), cresceu em Berettyoujfalu, perto da fronteira romena.

Em junho de 1944, sobreviveu ao extermínio dos judeus, fugindo em um trem para Budapeste, um dia antes do início da deportação da população judaica para Auschwitz. Quase todos os seus colegas de escola morreram.

"Eu virei adulto aos 11 anos", escreveu em sua autobiografia, intitulada "Departure and Return" (Partida e retorno), de 2001.

Konrad participou da revolta antissoviética húngara em 1956, mas diferentemente de sua irmã e de várias centenas de refugiados, Konrad decidiu ficar no país.

O primeiro romance publicado em 1969, baseado em suas experiências como trabalhador social com crianças, foi traduzido para 13 línguas. O segundo, elogiado por sua linguagem experimental e sua forma, não foi publicado por razões políticas.

Entre 1973 e 1988, seus livros sempre foram proibidos, primeiro fora do país ou em forma de "samizdat" (publicações clandestinas).

Contemplado com muitos prêmios literários e condecorações em seu país e no exterior, tornou-se em 1997 o primeiro estrangeiro eleito presidente da Academia Alemã de Artes.

Konrad foi uma figura-chave do movimento dissidente que levou ao fim do comunismo na Hungria em 1989.

Foi cofundador do partido liberal SZDSZ em 1988, e décadas depois, tornou-se forte crítico do atual premiê húngaro, Viktor Orban.

Orban é "o político mais tóxico que a Hungria conheceu desde a queda do comunismo", disse depois que o governo lançou uma campanha midiática contra o investidor liberal húngaro-americano George Soros, em 2017.

Uma escavadora rompe as janelas do amplo ateliê do artista Ai Weiwei, nos arredores de Pequim, enquanto várias pessoas retiram suas obras do edifício, a ponto de ser destruído.

Cai a noite sobre na antiga fábrica de peças de reposição de automóveis. Um grupo de trabalhadores sem camisa carregam caixas cheias de criações artísticas.

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Nesta sexta-feira, começou a destruição do principal ateliê do artista e dissidente chinês Ai Weiwei, três anos depois de ter deixado a China.

Horas antes, o artista de 60 anos, que vive agora em Berlim, havia publicado um vídeo no Instagram em que se vê uma escavadora em ação e vários homens olhando do interior do edifício quase deserto.

"Hoje começaram a derrubar meu ateliê 'zuo you' (esquerda e direita) sem aviso prévio", publicou Ai Weiwei na rede social bloqueada na China. "Adeus", escreveu em inglês.

O artista havia instalado em 2006 seu principal ateliê neste edifício de estilo industrial.

Filho de um poeta venerado pelos ex-dirigentes comunistas, Ai Weiwei participou como arquiteto no desenho do célebre estádio "ninho de pássaro" construído para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008, mas caiu em desgraça por suas críticas ao regime.

Em 2011, passou 81 dias na prisão depois de ter sido preso no aeroporto de Pequim, quando pretendia embarcar em um avião para Hong Kong. As autoridades destruíram seu ateliê nos arredores de Xangai no mesmo ano.

Depois que apreenderam seus passaporte por quatro anos, o artista conseguiu recuperar o documento e se instalou em Berlim 2015.

- Retrospectiva fantasmagórica -

Ai Weiwei não demonstrou raiva com a destruição de seu ateliê, um ato que não lhe causou surpresa, já que o contrato de aluguel deste espaço havia expirado no final de 2017, indicou Ga Rang, uma assistente que trabalhou 10 anos a seu lado em Pequim.

Segundo Ga Rang, que cuidava do ateliê, era impossível se mudar durante este período devido à grande quantidade de objetos armazenados no estúdio.

As autoridades encarregadas da destruição "vieram e começaram a romper as janelas sem nos avisar. Contudo, restam muitas coisas no interior", disse a assistente de Ai Weiwei.

Os membros do ateliê haviam sido avisados de que a mudança era iminente, mas ninguém havia informado a data em que as escavadoras chegariam.

Nesta sexta-feira, perto do edifício, entre os escombros, havia restos de obras famosas do artista, como uma estranha retrospectiva fantasmagórica.

Altas colunas de cerâmica verdes, amarelas e azuis, como as que usou na série "Pillar", em 2006, apareciam com barras de ferro retorcidas, recuperadas nas escolas destruídas em 2008 pelo devastador terremoto de Sichuan (sudeste).

- Centros e edifícios comerciais -

"As autoridades dizem que querem ampliar a área, construir centros comerciais e escritórios. Mas é uma lástima. Nunca mais voltará a encontrar um lugar como esse em Pequim", lamentava Ga Rang. "O senhor Ai criou numerosas obras neste espaço, um grande número de suas obras emblemáticas foram fabricadas aqui".

Afastado do centro da capital chinesa, o ateliê do artista fica pero de "Big Wealthy Regal Industrial Park", uma área industrial cheia de tratores e edifícios antigos, onde vendedores de melancia perambulam pelas ruas.

O estúdio de Ai Weiwei domina o complexo industrial, em que outros muitos edifícios dos anos 1960 e 1970 já estão em ruínas.

No auge, essa região abrigava cerca de 1.000 residentes, mas esse número começou a diminuir nos anos 1980, e somente 20 pessoas continuavam morando no bairro nos últimos tempos.

Alexander Soljenítsin, um dos mais célebres escritores do século XX e símbolo da oposição ao regime soviético, parece um pouco esquecido pelos jovens russos, dez anos após sua morte.

"Soljenítsin é um dissidente, alguém que se opôs ao regime soviético, e um grande escritor", resume Sania Poliakovski, de 23 anos, estudante de Relações Internacionais em Moscou, reconhecendo, porém, nunca ter lido nada do autor, falecido em 3 de agosto de 2008.

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"Falaram um pouco dele no colégio, no curso de Literatura e no curso de História, mas eu não me lembro muito", completou o jovem.

Dando a entender que os professores não se atêm muito sobre a obra de Soljenítsin, Sania comenta: "foi minha mãe que me explicou que se trata de um dos maiores escritores do século XX".

A diferença de interesse entre as gerações é flagrante. Sua mãe, Elena, lembra-se com emoção de ter descoberto um livro de Soljenítsin escondido na biblioteca de casa na época soviética.

- Fruto proibido -

"Eu era adolescente, e meus pais me explicaram que não podia dizer para ninguém que tínhamos esse livro em casa. Isso tinha o gosto do fruto proibido! Tudo isso foi um outro tempo, que meu filho nem consegue imaginar", conta ela.

Sania é um exemplo típico de uma jovem geração na Rússia que não sabe muito sobre o período soviético e ignora quase tudo de Soljenítsin, grande figura da dissidência na então URSS, Prêmio Nobel de Literatura em 1970 por seus romances e escritor de renome mundial após o lançamento de "O arquipélago Gulag" em 1973, uma obra monumental sobre os campos stalinistas.

"Em uma turma de 30 alunos, no máximo dois, ou três, leram um livro de Soljenítsin. A maioria não sabe nada dele", lamenta Alexandre Altunian, professor na Faculdade de Jornalismo da Universidade Internacional de Moscou.

Obras do escritor aparecem em programas de aulas nas escolas, mas cada professor decide quanto tempo dedicará ao autor e, na falta de tempo, seu estudo é, com frequência, limitado ao mínimo, reconhecem vários docentes do Ensino Médio.

Já aqueles que insistem nos escritos de Soljenítsin o fazem, em geral, por questões morais e políticas.

- 'Necessidade' de Soljenítsin -

"Precisamos muito ler Soljenítsin hoje, no momento em que se multiplicam as tentativas de negar as repressões stalinistas, no momento em que alguns afirmam que nada de terrível aconteceu naquela época", defende Olga Maïevskaïa, professora de Russo e de Literatura Russa.

Olga dedica várias aulas a obras literárias de Soljenítsin, como "A casa de Matriona", e a outras que tratam da temática dos campos e das repressões, como um "Um dia na vida de Ivan Denissovitch" e "O arquipélago Gulag".

"Eu cito para meus alunos as passagens mais fortes do 'Arquipélago Gulag'. O que é inacreditável, o que não contamos para eles nos cursos de História. É a História do nosso país! É preciso que eles a conheçam para que ela não se repita mais", alega Maïevskaïa.

Os esforços dessa professora vão na contracorrente da tendência dominante que vê na Rússia uma reabilitação crescente de Stalin e de todo período soviético, em paralelo a uma vontade de não insistir nas sangrentas repressões da época comunista, ou mesmo de ignorá-las.

No ano passado, uma pesquisa do instituto VTsIom sobre os "ídolos russos do século XX" colocava Alexander Soljenítsin em quinto lugar, atrás do ator e cantor Vladimir Vyssotski, do primeiro cosmonauta Yuri Gagarin, do marechal Gueorgui Jukov, herói da Segunda Guerra Mundial, e de Stalin.

O ano de 2018, décimo aniversário de sua morte e do centenário de seu nascimento, será marcado pela organização de várias exposições e pela inauguração de uma estátua do escritor na rua que leva seu nome em Moscou.

Quando seu marido Liu Xiaobo, um ativista dos direitos humanos, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2010, Liu Xia exultou de alegria.

"Estou tão emocionada, tão empolgada, que não sei o que dizer", confidenciou a poeta e artista plástica por telefone à AFP.

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Liu Xia agradeceu "todas as pessoas que apoiaram Liu Xiaobo" e "pediu vigorosamente" ao governo chinês que libertasse o dissidente, que morreu de câncer no fígado há exatamente um ano, depois de passar oito anos na prisão.

O ativista cumpria uma sentença de 11 anos de prisão por "subversão" depois de reivindicar eleições livres na China. Uma iniciativa suicida em um país onde o Partido Comunista governa sozinho o país.

Em 2010, nem Liu Xia nem os seguidores de seu marido imaginaram as repercussões que este Prêmio Nobel teria para ela, artista e escritora, que nunca foi considerada uma pessoa politizada. Embora sempre tenha demonstrado apoio inabalável ao marido, nunca esteve ativamente envolvida em suas campanhas.

Logo após a atribuição do Prêmio Nobel a seu marido preso, Liu Xia foi colocada em prisão domiciliar em seu apartamento em Pequim, sob estrita vigilância. Apenas excepcionalmente era autorizada a visitar seu marido na prisão ou seus pais.

- Não é uma dissidente -

Depois de ter sido transferido para o hospital em 2017 para tratar o câncer de fígado já em estado terminal, o dissidente pediu para receber atendimento no exterior. Um desejo que, de acordo com pessoas próximas, era na verdade por causa de sua esposa.

O casal se conheceu na década de 1980. Ela era uma jovem poeta, pintora e fotógrafa e ele um intelectual. O amor comum pela literatura os uniu.

"Ela não estava no nosso grupo de dissidentes", relatou à AFP Hu Jia, ativista de Pequim e amigo do casal. "Quando eu visitava Liu Xiaobo, ela não se juntava a nós para fazer parte das discussões políticas".

As pessoas próximas ao casal concordam que Liu Xia era 'culpada' do "crime" de ser a esposa de Liu Xiaobo.

"Quero casar com esse inimigo do Estado!", declarou pouco antes de seu casamento em 1996 a Yu Jie, autor de uma biografia do dissidente.

- 'Deixar-se morrer' -

Liu Xiaobo lamentou que sua esposa tenha sido privada de sua liberdade de movimento.

Depressiva, com problemas cardíacos, Liu Xia, de 57 anos, via como quase todos os amigos que tentavam visitá-la eram expulsos pelos guardas que a vigiavam permanentemente em frente à sua casa.

"Meu amor por você é tão carregado de remorso e arrependimento que às vezes desmorono sob seu peso", disse Liu Xiaobo à esposa em uma de suas últimas declarações públicas.

No início de sua prisão domiciliar, Liu Xia postava regularmente notícias no Twitter para seus amigos preocupados. Muitas vezes irônica, suas mensagens se tornaram melancólicas. "Por que temos que viver esse tipo de vida?", escreveu em 2010.

Após a morte do dissidente, Estados Unidos e União Europeia pediram a Pequim que libertasse Liu Xia e a deixasse sair da China, se fosse este o seu desejo.

De acordo com uma de seus amigos mais próximos, o escritor dissidente Liao Yiwu, que vive exilado na Alemanha, a poeta confidenciou em maio, durante uma conversa por telefone, que estava disposta a "deixar-se morrer".

Até então, as autoridades chinesas proibiam sua saída do país. Finalmente, nesta terça-feira, a viúva deixou o país rumo a Helsinque, capital da Finlândia.

A vereadora do Recife e dissidente do PSB, Marília Arraes, estará à frente de uma reunião pública nesta terça-feira (17) para apresentar sugestões sobre o suposto abandono da Rua da Aurora, localizada na região central da capital pernambucana. O debate ocorrerá às 9h, no Plenarinho da Câmara Municipal.

Segundo a parlamentar, ao longo de 209 anos, a artéria que margeia o Rio Capibaribe através dos bairros da Boa Vista e de Santo Amaro assistiu ao crescimento desordenado do Recife e, “com as mazelas da expansão sem controle, também sofre. É mais do que premente a intervenção da Prefeitura da Cidade do Recife para que este cenário de descaso seja revertido, devolvendo à população um dos orgulhos dos recifenses”, destacou Marília.

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Na visão da vereadora é necessário que a sociedade se mobilize para cobrar do poder público uma ação de caráter permanente para evitar a situação de degradação, que vem sendo mostrada pela imprensa pernambucana ao longo dos últimos anos. “A Rua da Aurora é a casa de inúmeros equipamentos culturais, monumentos e construções protegidas pelo patrimônio histórico: Assembleia Legislativa, Ginásio Pernambucano, Cine São Luiz, Monumento Tortura Nunca Mais (...). Sendo esse um tema de grande relevância para nossa cidade, é necessário aprofundar a discussão”, reforçou.

Para participar do debate foram convidados o secretário municipal de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, os presidentes da Urb, Victor Vieira, e da Emlurb, Antônio Barbosa, o superintendente do Iphan em Pernambuco, Frederico Almeida e a presidente do Instituto Pelópidas Silveira, Evelyne Labanca. Além disso, representantes do Ministério Público, promotor Ricardo Coelho e da Associação Amigos da Aurora também deverá marcar presença.

O candidato a governador pela coligação Pernambuco Vai Mais Longe, Armando Monteiro (PTB), recebeu o apoio de mais uma liderança do Agreste Setentrional. O mais recente reforço à base de sustentação da candidatura de Armando na região é o ex-prefeito de João Alfredo, Sebastião Mendes (PSDB), que já governou a cidade de pouco mais de 32 mil habitantes por quatro mandatos.

“Eu já tinha votado em Armando para deputado federal. Não tenho dúvidas de que o projeto liderado pelo senador é o mais bem estruturado e é o mais bem aceito pela população”, afirmou Mendes, que traz seu grupo para a campanha da coligação Pernambuco Vai Mais Longe (PTB-PDT-PT-PSC-PRB-PTdoB).

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“Armando tem mais confiabilidade política e administrativa”, completou o ex-prefeito. “O senador tem experiência e é reconhecido por sua liderança em todo o País”, finalizou.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

O prefeito de Sertânia, Guga Lins (PSDB), anunciou que vai apoiar as pré-candidaturas do senador Armando Monteiro (PTB), ao governo de Pernambuco, e do deputado federal João Paulo (PT), a senador. O tucano também garantiu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Para o anúncio, Lins reuniu, nessa sexta-feira (10), um grupo político de diversas cidades do Sertão. Com o apoio, o prefeito desvia dos parâmetros partidários do PSDB em Pernambuco. Os tucanos compõem a Frente Popular de Pernambuco, liderada pela pré-candidatura do ex-secretário da Fazenda estadual, Paulo Câmara (PSB). 

“Sem sombra de dúvidas, Armando é hoje o nome mais preparado para governar Pernambuco. Ele tem experiência, é respeitado em todo o Brasil, é sério e está pronto para conduzir nosso Estado nos próximos anos. João Paulo vai ser o senador do povo, foi um grande prefeito do Recife. E a presidente Dilma, junto com Lula, fez muito por Pernambuco”, afirmou Lins.

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Armando e João Paulo iniciaram a viagem pelo Sertão na última quinta-feira (8) por Arcoverde, onde participaram da terceira plenária do projeto Pernambuco 14. Depois seguiram para Ibimirim, onde foram vistoriar as obras de construção da Adutora do Jatobá. Em seguida, foram para Sertânia, de onde partiram para mais duas plenárias do Pernambuco 14 em São José do Belmonte. Neste sábado (10) eles desembarcam em Salgueiro. 

O PTB vai perder o apoio de mais um prefeito pernambucano para o campo adversário. O gestor de Panelas, Sérgio Miranda (PTB), vai aderir às candidaturas majoritárias da Frente Popular de Pernambuco, protagonizadas pelo ex-secretário Paulo Câmara (PSB), o deputado federal Raul Henry (PMDB) e o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB), postulantes a governador, vice-governador e senador, respectivamente.

O anúncio do apoio vai acontecer na próxima quinta-feira (1°), quando Câmara estará visitando a cidade para participar da 41ª edição do Festival Nacional de Jericos. Miranda é o terceiro prefeito petebista a mudar de lado e ao invés de apoiar o presidente da legenda e senador, Armando Monteiro (PTB), estão se inserindo no campo socialista. 

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A ação justifica a afirmativa dada por Paulo Câmara, no último sábado (26), ao revelar que esta semana seria de “muitas novidades” em relação ao leque de alianças e apoios à chapa majoritária encabeçada por ele. Além das adesões petebistas, também foi confirmada a integração de mais dois partidos a base de sustentação, o DEM e o Solidariedade, que devem formalizar a adesão na próxima segunda-feira (5). 

As “ovelhas desgarradas” do PTB não vão sofrer nenhum tipo de punição, segundo Armando Monteiro. O dirigente do partido garantiu “não ter vocação” para agir com medidas punitivas. Ao comentar as adesões, durante um almoço realizado com vereadores do PT e do PTB no Recife nessa segunda (28), Monteiro se mostrou consciente de que novos prefeitos seriam atraídos pelos socialistas. Para ele existe alguma “espécie de cerco carinhoso” por meio da Frente Popular, que tem o comando do Palácio do Campo das Princesas nas mãos.

O prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano (PTB), anunciou, neste sábado (19), a adesão a candidatura da Frente Popular de Pernambuco para o Governo de Pernambuco, que será disputada por Paulo Câmara (PSB). Martiniano é do partido comandado pelo principal adversário político de Câmara, o senador Armando Monteiro, e recebeu, em 2012, o apoio do ex-governador Eduardo Campos para ser eleito na cidade. Entre os critérios do petebista, para apoiar Câmara é a "continuidade do modelo de gestão" implantado por Campos, o que é totalmente contrariado pela linha partidária. 

Durante o evento Câmara, que estava acompanhado do deputado federal  e pré-candidato a vice Raul Henry (PMDB), pontuou ser "uma honra" receber a adesão do petebista. "Conversei muito com você, Bruno, durante todo esse processo e sei de tudo o que você enfrentou para estar aqui hoje. (...) Esta adesão mostra o quanto a união está norteando nosso projeto", afirmou. Ao aderir à candidatura da Frente, o prefeito põe em risco o mandato dele, já que o PTB pode fazer uso da Lei de Fidelidade Partidária e solicitar o cargo. 

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Segundo Martiniano, com Câmara e Campos - ele também anunciou apoio a postulação do ex-governador a presidência da República - "o caminho do desenvolvimento" está garantido. "Abrimos este espaço porque Gravatá está de portas abertas para aqueles que queiram o melhor para nossa cidade, Pernambuco e para o Brasil. Este é um grupo de coragem e determinação", cravou o prefeito. 

O poeta dissidente Mohammed al-Ajami, conhecido como Ibn al-Dhib, foi condenado nesta segunda-feira em um julgamento de apelação a 15 anos de prisão pela justiça do Qatar por um poema no qual criticava o governo.

Em primeira instância, o poeta havia sido condenado à prisão perpétua, informou o advogado Negib al Naimi.

Mohammed al-Ajami foi detido em 16 novembro por ter escrito um poema no qual criticava o governo e defendia as "Primaveras Árabes".

A morte do dissidente cubano Oswaldo Payá num acidente de trânsito emocionou o grupo de dissidentes da ilha que mora na Espanha, dentre os quais está seu irmão, Carlos Payá. "Sentimos uma dor enorme, mas vivemos com a força semeada por Oswaldo para continuar seu trabalho dentro e fora de Cuba", declarou Carlos Payá nesta segunda-feira à Associated Press.

O governo espanhol também transmitiu suas condolências à família por meio de um comunicado. Payá foi um homem de fortes convicções católicas e os dissidentes cubanos na Espanha organizaram uma missa em sua homenagem.

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Payá, de 60 anos, e Harold Cepero morreram no domingo em um acidente de carro em La Gavina, nas proximidades da cidade de Bayamo, cerca de 800 quilômetros a leste de Havana. Outras pessoas ficaram feridas no acidentes, dentre elas o espanhol Angel Carromero, de 27 anos, conhecido integrante da juventude do Partido Popular na região de Madri.

Carlos Payá disse estar em contato permanente com sua família na ilha, mas que não tem detalhes sobre o acidente. "Está confuso, mas esperamos que as causas sejam esclarecidas", disse ele.

Payá, que era engenheiro, conquistou fama internacional na década de 1990 ao organizar o Projeto Varela, um processo de coleta de assinaturas que teve como objetivo forças as autoridades a realizar um referendo para modificar a Constituição e, dessa forma, abrir caminho para um sistema multipartidário. As informações são da Associated Press.

O ativista chinês cego Chen Guangcheng embarcou ontem com a mulher e os dois filhos para Nova York, pondo fim a sete anos de perseguição pelas autoridades que comandam a vila rural onde ele vivia. A viagem abre um futuro incerto para o advogado autodidata, que pode ser impedido de voltar à China, a exemplo de outros dissidentes que deixaram o país.

Chen só foi avisado que embarcaria em poucas horas para os Estados Unidos na manhã de ontem, quando recebeu a visita de funcionários do governo chinês no hospital onde estava havia 17 dias. A família recebeu instruções para fazer as malas e foi levada para o aeroporto.

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"Neste momento, eu sinto todo o tipo de emoções e sentimentos", declarou o ativista em entrevista por telefone ao Washington Post. Sua mulher, Yuan Weijing, disse ao jornal que eles ainda não decidiram quanto tempo permanecerão nos Estados Unidos. O advogado autodidata vai estudar Direito na New York University, onde seu amigo Jerome Cohen é professor. Ambos se conheceram em 2003, quando o ativista visitou os Estados Unidos a convite do Departamento de Estado.

No dia 22 de abril, Chen escapou da prisão domiciliar ilegal a que era submetido e se abrigou quatro dias mais tarde na Embaixada dos Estados Unidos em Pequim, colocando as duas maiores economias do mundo em um impasse diplomático. Ele deixou a representação diplomática americana no dia 2, na véspera da chegada a Pequim da secretária de Estado Hillary Clinton.

Estudo

O acordo inicial entre os dois governos previa que Chen permaneceria na China, onde poderia estudar longe de sua vila rural, Dongshigu, na Província de Shandong.

Mas o ativista abandonou em poucas horas a intenção de permanecer no país, após amigos relatarem a intensificação da perseguição a ativistas registrada desde o início de 2011.

Antes de sua fuga, Chen havia passado 19 meses em prisão domiciliar, totalmente isolado do mundo exterior. O ativista, cego desde a infância, foi encarcerado na própria casa depois de cumprir 4 anos e 3 meses de prisão sob a acusação de "danificar propriedade e organizar multidão para atrapalhar o trânsito".

Nos anos anteriores, ele havia enfurecido os líderes locais de sua região ao expor milhares de abortos e esterilizações forçados, ordenados pelos responsáveis pelo controle de natalidade. Mesmo sob a estrita política de filho único, essas medidas são ilegais. Antes de ser condenado, Chen passou seis meses em prisão domiciliar.

"A partida de Chen para os Estados Unidos não deve representar um momento de 'missão cumprida' para o governo americano e para nenhum outro governo que valoriza os direitos humanos e o estado de direito na China", afirmou Phelim Kine, pesquisador sênior para a Ásia da Human Rights Watch. Segundo ele, a etapa mais difícil será garantir que o ativista possa voltar à China quando quiser, "assegurando seu direito nos termos da legislação internacional".

Asilo

Chen sustentou, desde o início, que não estava buscando asilo político nos Estados Unidos e pretendia ir ao país para estudar e descansar, retornando posteriormente à China. Com isso, ele busca evitar o destino da maioria dos ativistas chineses que se mudaram para o exterior e foram esquecidos depois de alguns meses.

"Mesmo entre seus simpatizantes, alguns se preocupam que ele pode ter embarcado em uma viagem rumo à irrelevância", observou a escritora Lijia Zhang, que conhece Chen há mais de uma década.

Como muitos, ela é pouco otimista. "É bastante provável que as autoridades chinesas impeçam Chen de retornar, da mesma maneira que fizeram com outros dissidentes."

Também é incerto o futuro do restante da família Chen que permaneceu na vila Dongshigu e ainda é alvo de perseguição dos líderes locais. A região continua cercada por capangas, que impedem o acesso de jornalistas e qualquer pessoa estranha, até mesmo diplomatas.

O sobrinho do ativista cego Chen Kegui, está preso e é acusado de tentativa de homicídio por ter atacado, usando uma faca de cozinha, três homens que integravam um bando que invadiu sua casa na noite do dia 26 de abril, quando a fuga de seu tio foi revelada.

Advogados que se dispuseram a defendê-lo foram ameaçados com a cassação de suas licenças e impedidos de viajar à região, na Província de Shandong. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dissidente chinês cego Chen Guangcheng, pivô de uma recente crise diplomática entre Pequim e Washington, disse nesta quinta-feira que o governo chinês concordou em conceder passaportes a ele e sua família em até 15 dias.

Essa é a primeira indicação de quando Chen, de 40 anos, poderá ser autorizado a deixar a China desde que, há mais de duas semanas, saiu da Embaixada americana em Pequim, onde se abrigou por seis dias depois de escapar da prisão domiciliar em um vilarejo rural.

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Cego por uma febre na infância, Chen é um advogado autodidata que ganhou notoriedade mundial por expor esterilizações forçadas e abortos tardios sob a política do filho único da China e por usar seu conhecimento legal para auxiliar chineses a lutarem contra outras injustiças.

Desde um acordo fechado entre China e EUA, Chen vem aguardando autorização de Pequim para estudar no exterior, acompanhado de sua esposa e filhos. Em entrevista à Associated Press de um hospital na capital chinesa, no entanto, Chen disse não saber se poderá deixar a China assim que os passaportes forem liberados.

Na cidade natal de Chen, há novos relatos de que familiares seus estão sendo perseguidos pelo governo em retaliação por sua fuga. Numa entrevista à uma revista online de Hong Kong, o irmão mais velho do dissidente, Chen Guangfu, afirma ter sido torturado por homens à paisana.

Além disso, um sobrinho do dissidente e filho do irmão supostamente torturado está preso, acusado de tentativa de homicídio após ter a casa invadida por oficiais chineses. As informações são da Associated Press.

A China disse nesta sexta-feira que o dissidente cego Chen Guangcheng poderá pedir permissão para estudar no exterior, num sinal de que pode estar chegando ao fim a crise diplomática que azedou as relações entre Pequim e Washington nas últimas semanas.

A concessão foi oferecida em comunicado divulgado hoje pelo Ministério das Relações Exteriores chinês, enquanto Chen permanecia sob guarda em um hospital de Pequim, sem poder entrar em contato com autoridades americanas. Segundo o dissidente, os movimentos de sua esposa estão sendo monitorados e o casal e seus dois filhos se sentem ameaçados.

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"Só tenho uma coisa a dizer. Minha situação no momento é muito perigosa", disse Chen. "Por dois dias, oficiais americanos vêm tentando me ver, mas não recebem autorização para entrar."

Chen, um advogado autodidata cegado na infância por uma doença, envolveu a China e os EUA em sua mais delicada crise diplomática em anos depois de escapar da prisão domiciliar em um vilarejo rural e buscar abrigo na embaixada americana em Pequim, onde permaneceu por seis dias. Chen deixou a representação dos EUA na quarta-feira, após um acordo negociado segundo o qual o dissidente e sua família seriam deslocados para algum lugar seguro na China e ele poderia fazer um curso universitário formal de direito. O acordo, no entanto, ficou comprometido depois de Chen afirmar que ele e seus familiares querem ir para o exterior.

O dissidente, que ficou 20 meses sob prisão domiciliar, ganhou notoriedade mundial por expor esterilizações forçadas e abortos tardios sob a política do filho único da China e por usar seu conhecimento legal para ajudar pessoas a lutarem contra outras injustiças.

Ontem, Chen telefonou para uma audiência de congressistas nos EUA, a partir do quarto de hospital onde está internado, pedindo por ajuda da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que está em Pequim para conversações estratégicas de segurança. As informações são da Associated Press.

Os Estados Unidos e a China estão negociando um acordo para garantir asilo em território americano ao dissidente cego Chen Guangcheng, que fugiu recentemente da prisão domiciliar, informou nesta segunda-feira o grupo de direitos humanos ChinaAid, com sede no Texas.

O acordo poderá ser fechado antes mesmo da chegada à China da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, esta semana, segundo o ativista Bob Fu, do ChinaAid.

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"Os principais líderes chineses estão discutindo uma decisão a ser tomada muito em breve, talvez nas próximas 24 a 48 horas", disse Fu, citando uma fonte próxima aos governos americano e chinês. "Ambos os lados estão ansiosos para resolver essa questão", completou.

Cegado por uma febre na infância, Chen é um advogado autodidata que ganhou notoriedade mundial por expor esterilizações forçadas e abortos tardios sob a "política do filho único" da China e por usar seu conhecimento legal para ajudar as pessoas a lutarem contra outras injustiças. Há mais de uma semana, Chen escapou da prisão domiciliar num vilarejo rural para, segundo ativistas, ficar sob a proteção de diplomatas americanos em Pequim. A fuga gerou uma delicada crise diplomática entre a China e os EUA.

A embaixada americana se recusou a comentar sobre a situação de Chen ou conversas que envolveriam Kurt Campbell, secretário assistente de Estado para assuntos do Leste Asiático e Pacífico. As informações são da Associated Press.

O governo de Cuba rebateu as críticas dos Estados Unidos pela morte do dissidente Wilman Villar, que faleceu após uma greve de fome. Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores cubano afirmou que a morte do dissidente é lamentável, mas que se trata de um fato incomum em Cuba. O ministério diz ainda que a Casa Branca e o Departamento de Estado norte-americano mostram uma política permanente de agressão e intromissão nos assuntos internos de Cuba.

O governo cubano também acusa os Estados Unidos de hipocrisia, questionando o que o governo norte-americano fez para evitar a morte de um imigrante indiano que estava em greve de fome e faleceu em Illinois no último dia 3.

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Villar, de 31 anos, morreu na noite de quinta-feira, em virtude das complicações de uma pneumonia, após uma greve de fome de 50 dias. Ele estava hospitalizado desde o último dia 14 e estava em coma. Ontem, a Anistia Internacional afirmou que estava prestes a declarar Villar como "prisioneiro de consciência". Segundo o manual da entidade, um prisioneiro de consciência é uma pessoa detida ou de outro modo fisicamente restringida devido às suas crenças politicas, religiosas, entre outras, e que não tenha utilizado violência ou defendido a violência e o ódio.

A Anistia informou também que classificou outros três dissidentes cubanos como prisioneiros de consciência: Ivonne Malleza Galano e seu marido, Ignacio Martinez Montejo, que foram presos no dia 30 de novembro do ano passado, quando faziam uma manifestação pacífica contra o governo em Havana; e Isabel Haydee Alvarez, que estava passando pelo local na hora e protestou contra a prisão do casal.

A imprensa estatal cubana afirmou que Villar era um prisioneiro comum e negou que ele fosse verdadeiramente um dissidente, ou mesmo que estivesse em greve de fome. Até recentemente, ele era pouco conhecido mesmo entre outros dissidentes, que afirmam que ele começou a participar das ações contra o governo no ano passado. Ele foi preso em novembro durante um protesto na cidade de Santiago e as autoridades o teriam ameaçado de puni-lo por um caso anterior de violência doméstica se ele não parasse de causar problemas, segundo informou a Anistia Internacional. As informações são da Associated Press.

Um dissidente cubano preso morreu após uma greve de fome de 50 dias para protestar contra sua prisão pelo regime comunista, disseram ativistas pelos direitos humanos. Wilmar Villar, de 31 anos, faleceu às 18h45 (hora local) de ontem (19), enquanto protestava contra uma sentença de quatro anos recebida em novembro, afirmou o ativista da oposição Elizardo Sánchez.

Sánchez, que lidera o banido, porém tolerado, Comitê Cubano pelos Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, disse que Villar passou vários dias em "condição crítica" em um hospital no sudeste da ilha caribenha.

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"O governo cubano tem completa responsabilidade moral, política e legal pela morte de Wilmar, porque ele estava sob custódia das autoridades", disse Sánchez, qualificando a morte como "evitável".

Autoridades cubanas não comentaram o caso. Um blogueiro oficial, Yohandry, disse que a morte ocorreu por "falência múltipla de órgãos, devido a septicemia generalizada". Villar era membro da União Patriótica de Cuba, grupo de oposição que atua no leste da ilha, segundo Sánchez.

Pai de dois filhos, Villar foi condenado por "desobediência, resistência e agressão" e uniu-se aos cerca de 60 prisioneiros políticos que são mantidos em Cuba, segundo o grupo de Sánchez.

Em fevereiro de 2010, o ativista Orlando Zapata morreu após uma greve de fome de 85 dias. Zapata era considerado um "criminoso comum" por autoridades cubanas. Ele havia recebido inicialmente uma pena de três anos, ampliada depois para mais 25 anos.

O governo do presidente Raúl Castro nega manter qualquer preso político e considera os ativistas de oposição presos "mercenários" apoiados pelos EUA. As informações são da Dow Jones.

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