A aliança farmacêutica Pfizer/BioNTech pediu nesta segunda-feira (16) às autoridades de saúde dos Estados Unidos a autorização futura de uma terceira dose para sua vacina contra a Covid-19, e apresentou-lhes resultados preliminares promissores.
"Os dados que vimos até agora sugerem que uma terceira dose da nossa vacina ativa níveis de anticorpos que excedem significativamente os observados após as duas doses inicialmente programadas", explicou o CEO da Pfizer, Albert Bourla, citado em um comunicado à imprensa.
Portanto, as duas empresas "submeteram os dados da fase 1 [ensaio clínico] à agência americana que regula o setor de alimentos e medicamentos, a FDA, para apoiar a avaliação de uma terceira dose, ou dose de reforço, da vacina contra a Covid-19 para futura aprovação", foi indicado na nota.
Os resultados também serão apresentados à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e outras autoridades regulatórias "nas próximas semanas", acrescentou.
"Os resultados da Fase 3 são esperados em breve e serão apresentados ao FDA, EMA e outras autoridades regulatórias em todo o mundo", disse o comunicado.
A Pfizer já havia comunicado esses resultados, que estão relacionados à cepa inicial do vírus, mas também contra as variantes beta e delta, sendo esta última a origem de um forte ressurgimento da epidemia em todo o mundo.
Essa dose de reforço, administrada entre 6 e 12 meses após as duas primeiras injeções, "poderia ajudar a reduzir as taxas de infecção e doença em pessoas previamente vacinadas e controlar melhor a disseminação de variantes do vírus", estimou Ugur Sahin, chefe da BioNTech.
Um comitê consultivo dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a principal agência federal de saúde pública dos Estados Unidos, se reunirá no final de agosto para discutir o benefício de uma dose adicional para adultos com 65 anos ou mais, residentes de asilos e cuidados de saúde profissionais.