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Candidato derrotado nas eleições para o governo de Minas Gerais em 2014, Pimenta da Veiga (PSDB) vai responder pelo crime de lavagem de dinheiro em denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça. Conforme a Procuradoria, Pimenta recebeu R$ 300 mil de março a abril de 2003 das agências de publicidade SMP&B Comunicação e DNA Propaganda, que tinham como sócios Marcos Valério Fernandes de Souza, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, todos condenados no julgamento do mensalão.

A denúncia contra Pimenta da Veiga foi acatada pela 4.ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte em 3 de março. A pena para lavagem de dinheiro é de três a dez anos de prisão.

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Segundo as investigações do MPF, os recursos recebidos pelo ex-prefeito da capital mineira tinham como origem empréstimos fraudulentos tomados por empresas do Banco do Brasil, Banco Rural e BMG, além de pagamentos feitos pelo Rural por supostos serviços prestados pelas duas agências de publicidade.

Os procuradores afirmam que, ao prestar depoimento em janeiro de 2006, "Pimenta da Veiga afirmou que os recursos recebidos das empresas de Marcos Valério referiam-se a honorários advocatícios em razão da prestação de serviços de consultoria empresarial, e que não possuía os pareceres escritos que comprovassem essa consultoria, porque 'geralmente emitia opiniões ou pareceres verbais a respeito dos contratos analisados'".

Defesa

Em nota, o advogado de Pimenta da Veiga, Sânzio Baioneta Nogueira, declarou ter visto com "perplexidade a notícia do oferecimento da denúncia, pois em março de 2015 o próprio Ministério Público Federal havia requerido o arquivamento das investigações. Todos os esclarecimentos serão devidamente prestados". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Alexandre Silveira (PSD), um dos coordenadores da campanha do candidato ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga (PSDB), disse neste sábado (4) que a campanha do tucano, que está bem atrás de Fernando Pimentel (PT) nas pesquisas no Estado, foi prejudicada por dois fatores. "Além da morte de Eduardo Campos (PSB) e a nomeação de Marina Silva (PSB) como cabeça de chapa, Pimenta enfrentou o mesmo sentimento de mudança que Aécio prega nacionalmente ante Dilma Rousseff (PT). Por mais que o nosso governo seja bem avaliado, o sentimento da mudança que fará Aécio presidente, foi criado em Minas pelo PT".

No início da campanha tucana, o deputado foi escolhido como coordenador da campanha de Pimenta. Entretanto, no final de agosto, o diretório estadual passou uma reestruturação. Sob intervenção do comitê nacional do PSDB, a coordenação da campanha de Pimenta passou das mãos de Silveira para o ex-secretário estadual de Governo Danilo de Castro, principal articulador político de Aécio no Executivo mineiro. Andrea Neves, irmã do senador e encarregada da comunicação da campanha nacional, assumiu também a comunicação em Minas para tentar desconstruir a imagem positiva de Pimentel ante os mineiros.

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Questionado sobre o motivo de Pimenta não conseguir reagir junto com o comportamento de Aécio, Silveira disse que a agenda intensa de Aécio no Estado e a consistência do Senador na região impulsionarão uma reação de Pimenta e levarão o pleito ao segundo turno. "O Pimenta nessa reta final vai acompanhar Aécio, vai ter recuperação muito substancial. (...) Os mineiros vão refluir e vamos ajudar a ganhar essa eleição - até como conversadores que nossos mineiros são - para que sejam bem mais discutidos os dois projetos que estão colocados. Os mineiros não vão perder a oportunidade, agora que Aécio está garantido no segundo turno, de ter um governo completamente alinhado, com sinergias com o federal", ressaltou.

Para ele, toda campanha tem seus problemas durante o pleito. "O que for possível fazer foi feito e nós tivemos duas campanhas durante o processo eleitoral: antes da morte de Campos e outra depois", disse. Silveira também citou que pesquisas divulgadas no começo da disputa "prejudicaram" a campanha de Pimenta. "Foram duas pesquisas do Ibope que não tinham nenhuma sinergia com nenhuma pesquisa nossa e nem do Datafolha. O Datafolha sempre teve coerência com as nossas pesquisas internas. Só na reta final, Ibope se aliou. Até para os institutos não ficarem desmoralizados", declarou.

Silveira estava na Praça do Papa, em Mangabeiras, onde foi feita uma mobilização, organizada pela esposa de Pimenta da Veiga, Anna Paola. Havia uma expectativa de que Aécio apareceria no local, após fazer a maratona de caminhadas por quatro cidades da região metropolitana de Belo Horizonte.

Um pouco antes, Pimenta conversou rapidamente com jornalistas. "Pesquisa boa é no dia da eleição. Estou achando tudo ótimo, não tem frustração de estar em segundo nas pesquisas. Por onde a gente anda é clima de vitória, portanto não tem como deixar de acreditar que vamos ganhar a eleição", disse. Hoje, na caminhada em Santa Luzia, o tucano foi atingido por um tomate jogado por alguém da multidão. Ele estava em cima de um carro aberto junto com Aécio e Anastasia.

O candidato ao governo de Minas Gerais Pimenta da Veiga (PSDB) disse, neste domingo (28), que houve dois fatos que retardaram o posicionamento dos eleitores para que o PSDB liderasse em regiões onde seus governos foram bem avaliados: a realização da Copa do Mundo e a morte de Eduardo Campos (PSB).

"Até o final da Copa ninguém tratou de política a não ser os próprios candidatos. E o desastre com Eduardo Campos deu um outro formato à campanha. Até que ela voltasse ao seu leito natural, como está voltando, houve um grande atraso, mas agora eu estou certo de que Aécio Neves (PSDB) vai chegar ao segundo turno, para ganhar as eleições. Nós, eu e Anastasia, venceremos a eleição no dia 5", declarou a jornalistas, antes do evento com lideranças da região do Campo das Vertentes, no bairro das Fábricas, em São João Del Rei, cidade histórica de Minas Gerais.

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Questionado sobre qual pedido faria aos mineiros nessa reta final de campanha para virar o quadro atual - as recentes pesquisas de opinião apontam o tucano em segundo lugar, com diferença que chega a nove pontos do primeiro colocado, Fernando Pimentel (PT) - Pimenta pediu que os eleitores comparassem os tipos de governos que, em sua concepção, são absolutamente diferentes.

"Um é o jeito do PT de governar. Governa pensando no partido, pensando nos companheiros, sem nenhuma preocupação com o destino do Brasil ou com o destino do Estado. O nosso governo e nós vamos dar seguimento às transformações iniciadas em Minas. É preciso dizer que, em 12 anos, não houve sequer um escândalo em Minas. No governo do PT, os escândalos são todo mês. Então, o que nós vamos fazer é isso, comparar os estilos de governo", ressaltou.

Pimenta da Veiga ainda comentou que redobrará o trabalho nessa última semana antes do pleito. "Eu estou convencido de que nesta semana nós haveremos de assumir o primeiro lugar e vamos ganhar as eleições. Vamos trabalhar ininterruptamente até o último momento do dia 5", disse. Segundo ele, uma campanha para o governo de Minas não pode se "completar sem vir à terra de Tancredo Neves, por tudo que ele representa na política do Estado e na política brasileira até hoje."

Atrás em todas as pesquisas de opinião, o candidato do PSDB ao Governo de Minas, Pimenta da Veiga, afirmou ontem, em tom de ironia, durante o debate promovido pela Rede TV/Portal IG, que o eleitor tucano gosta de "emoções fortes". Segundo ele, a militância tucana, a menos de duas semanas para as eleições, não foi para as ruas como deveria e que fará isso na reta final para reverter o atual quadro das pesquisas.

O tucano lembrou que em outras eleições no Estado outros partidos também largaram na frente nas pesquisas e, ao final da apuração dos votos, os candidatos do PSDB saíram vencedores. "Isso já foi visto antes. Só posso pensar que os eleitores do PSDB gostam de emoções fortes. Na hora certa, todos vão mostrar sua força e sairemos vencedores desta eleição", disse.

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Com a ausência do petista Fernando Pimentel, que alegou estar com faringite, o debate ficou polarizado entre Pimenta, Fidélis Alcântara, do PSOL, e Tarcísio Delgado, do PSB. Assim como o presidenciável tucano Aécio Neves, que acusou a candidata do PSOL, Luciana Genro, de trabalhar para o PT, Pimenta chamou o candidato do PSOL, em Minas, de "costela do PT". Fidélis repetiu o bordão de Luciana. "Costela do PT uma ova. Vocês (PSDB) se juntaram com o PT para eleger o prefeito de Belo Horizonte", afirmou.

Tarcísio Delgado também não deixou de criticar o candidato do PSDB, acusado pela campanha petista de ter ficado fora do Estado, por anos, e agora ter voltado para se candidatar a governador. Numa discussão sobre índices da segurança, Delgado chegou a acusar Pimenta de desconhecer números. "Você voltou para Minas sem saber o que passa no Estado. Adotou um discurso do PSDB sem levar em consideração a realidade", ressaltou. Ao final, Pimenta da Veiga disse que a eleição se polariza entre ele e Pimentel e que o eleitor terá de se decidir entre os modelos de governar do PT e do PSDB. "Lamento a ausência do candidato do PT, mas o eleitor saberá o que fazer. Terá de decidir entre um modelo que gera escândalos, um atrás do outro, ou que fez Minas crescer", destacou.

O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, Pimenta da Veiga, minimizou mudanças em sua campanha e disse que agora, efetivamente, as eleições começaram e dentro de alguns dias a campanha estará em patamares "extremamente confortáveis" e tom mais "agressivo". "É primeiro de setembro e metade do eleitorado ainda não se definiu. É uma eleição que está efetivamente começando agora. Nosso alvo é atingir a esse cerca de 40% do eleitorado que ainda não se manifestou por um ou outro candidato", afirmou. "Eleição tem vários patamares. Nós dentro de alguns dias estaremos em um patamar extremamente confortável e em tom agressivo. E todas essas perguntas sobre alterações na campanha e dissidentes perderão sentido."

Conforme adiantado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", em reportagens na semana passada, o comitê nacional do PSDB fez uma intervenção na coordenação da campanha de Pimenta, passando ao ex-secretário estadual de Governo Danilo de Castro, principal articulador político de Aécio no Executivo mineiro, a coordenação política da campanha de Pimenta em substituição ao deputado federal Alexandre Silveira (PSD). Andrea Neves, irmã do senador e encarregada da comunicação da campanha nacional, também dedicará mais atenção à disputa local. O PR, que está formalmente coligado com o candidato tucano, liberou seus filiados a subirem no palanque de Fernando Pimentel (PT), que recebeu também apoio de 18 prefeitos da sigla.

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Hoje, após fazer ação de campanha utilizando o metrô como meio de transporte, Pimenta negou, em um primeiro questionamento, as mudanças em sua campanha. "Não há nenhuma mudança. Danilo de Castro já era coordenador político, continua sendo. Alexandre Silveira tem a responsabilidade das demais coordenações, continua exercendo inteiramente sua função, estou vindo de uma reunião com eles", falou. Porém, a um segundo questionamento sobre o assunto, afirmou que não haverá demissão, mas "vamos fazer realocação de pessoas", disse.

Sobre Andrea, Pimenta explicou que, desde o início da campanha ela visita a capital mineira uma vez por semana e que Nárcio Rodrigues continua como coordenador de marketing e comunicação da campanha. "Saindo daqui vou ter uma reunião com ele", informou. "Começou hoje o mês de setembro, que é sempre um mês onde o nosso campo define as eleições, então é hora de ativar as coisas. Nesta semana vamos conversar com prefeitos, vereadores, deputados, para ativar a campanha", disse.

O tucano ressaltou ainda que, desde o começo, Aécio Neves se comprometeu que, em setembro, estaria mais presente em Minas Gerais. "Ele deve estar aqui sempre que o tempo permitir. Esta semana ele virá", adiantou. As informações, ainda não confirmadas, são de que Aécio viria para um evento na quinta-feira, no Minas Tênis Clube. Sobre o PR, Pimenta disse que o partido faz parte da base aliada, mas que desde o começo havia a disposição de apoiar livremente qualquer legenda e que respeita essa posição.

Já com relação ao avanço de Marina Silva nas pesquisas presidenciais e seu efeito na campanha tucana nacional e estadual, Pimenta falou que ainda não dá para mensurar sua influência. "Olha, a cambalhota que a eleição deu, nós ainda não podemos medir exatamente. Então, essa é uma questão que estamos avaliando, que efeito vai ter. É uma constatação, ela cresceu. Vamos ver o efeito que isso vai produzir aqui, mas, por enquanto, ainda é difícil medir", disse.

Metrô e ataques ao PT

O candidato ao governo do Estado voltou a dizer que o metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte é de responsabilidade federal e que o partido e seus candidatos estão mentindo quando comentam o assunto. "O PT é quem tem a responsabilidade, passou 11 anos sem tomar nenhuma providência, fica dizendo coisas disparatadas, desculpas, e não enfrenta a realidade. O homem público pode cometer muitos equívocos, só não pode ser mentiroso", declarou, ressaltando que o governo federal segregou Minas Gerais. "O PT segregou Minas por duas coisas: primeiro, porque eles segregam governadores, sempre fizeram isso. E depois, porque são incompetentes mesmo. Você quer ver? O desenvolvimento nacional, nós estamos com recessão técnica. Isso é coisa de gente competente? O que aconteceu com a Petrobras, isso é coisa de gente competente?", questionou.

Pimenta ainda disse que assumirá definitivamente a expansão do metrô. Se eleito, comprometeu a buscar, qualquer que seja o presidente, os recursos já prometidos pela União e "nunca repassados ao governo do Estado". (Colaborou Marcelo Portela)

O comitê nacional do PSDB fez uma intervenção na coordenação da campanha de Pimenta da Veiga, candidato do partido ao governo de Minas, principal reduto eleitoral do presidenciável tucano, Aécio Neves. O ex-secretário estadual de Governo Danilo de Castro, principal articulador político de Aécio no Executivo mineiro, assumiu a coordenação política da campanha de Pimenta em substituição ao deputado federal Alexandre Silveira (PSD).

Andrea Neves, irmã do senador e encarregada da comunicação da campanha nacional, também dedicará mais atenção à disputa local. Para os planos futuros de Aécio - que está em terceiro lugar na disputa presidencial, 19 pontos porcentuais atrás de Marina Silva (PSB) e da presidente Dilma Rousseff (PT), que estão empatadas com 34% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem - , o controle do governo mineiro é considerado fundamental.

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Danilo de Castro, que já coordena o comitê de Aécio em Minas, foi o coordenador das duas campanhas de Aécio e da de seu sucessor, Antonio Anastasia, ao governo. A apreensão tomou conta do grupo de Aécio esta semana após a divulgação da mais recente pesquisa Ibope sobre a disputa estadual, que mostrou o petista Fernando Pimentel liderando com 37% das intenções de voto, 14 pontos porcentuais à frente de Pimenta. O candidato do PT cresceu 12 pontos porcentuais em relação ao levantamento divulgado no fim de julho.

O Ibope mostrou também Aécio com 34% da preferência do eleitorado, em empate técnico com a presidente Dilma Rousseff, que aparece com 31% dos votos, enquanto Marina Silva (PSB) foi apontada como preferida por 20% dos pesquisados. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

Anteontem, o PR, que está formalmente coligado com o candidato tucano, liberou seus filiados a subirem no palanque de Pimentel, que recebeu também apoio de 18 prefeitos da sigla.

De imediato, a ordem na campanha de Pimenta da Veiga é intensificar os ataques ao adversário - que já foi aliado de Aécio na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, em 2008, quando o petista e o governador apoiaram a eleição de Marcio Lacerda (PSB). Um exemplo dessa linha são as declarações dadas por Pimenta durante a semana.

O tucano acusou Pimentel de "mentir" sobre a responsabilidade pelas obras do metrô de Belo Horizonte e citou o fato de três pessoas que trabalham para a campanha petista terem sido presas trocando cavaletes do PSDB por material do PT. "Alguém que manda roubar placas do adversário e alguém que tem mentido descaradamente não está apto a falar do meu comportamento." O PT rebateu condenando o que chamou de "jogo político rasteiro".

Ao Estado, Danilo de Castro disse que sua função será "dar um ritmo mais acelerado" à campanha de Pimenta da Veiga. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de ser ultrapassado por Marina Silva (PSB) na mais recente pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial, Aécio Neves enfrenta agora uma crise política em Minas Gerais, sua base eleitoral. Pelo menos um aliado de Pimenta da Veiga (PSDB), candidato lançado pelo senador, começou a debandar de seu palanque. Pressionado por seus candidatos a deputado, o PR, que está formalmente na coligação que apoia o tucano, liberou seus filiados nesta quinta-feira, 28, a subirem no palanque do candidato do PT, Fernando Pimentel.

Na terça-feira passada, dia 26, um levantamento do Ibope mostrou Pimentel liderando a disputa com 37% das intenções de voto, 14 pontos à frente de Pimenta. A decisão do PR foi tomada depois de o diretório estadual da sigla receber formalmente pedidos de candidatos a deputado para mudarem de lado. Um dos principais dirigentes do PR mineiro, o líder do partido na Câmara, Bernardo Santana, ingressou ontem na coordenação da campanha de Pimentel. Além disso, 18 prefeitos da sigla migraram para o petista. Integrante da base de Dilma Rousseff no Congresso, Santana convocou a imprensa em abril para defender que Lula fosse candidato à Presidência.

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Presidente do PSDB mineiro, o deputado Marcus Pestana classificou o caso como uma "questão pontual". Para reverter o favoritismo do PT no Estado, o PSDB vai reforçar a presença de Aécio em Minas. Na semana que vem, o presidenciável participará de atividades por lá. "A associação do Aécio com o Pimenta é a nossa prioridade", disse Pestana.

Em reação às pesquisas nacional e mineira, o comando da campanha de Aécio no Estado produziu e fez circular um documento para conter defecções. O texto diz que o presidenciável, conforme a pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial, tem 34% das intenções de voto no Estado, "mantendo a frente". Mas não diz que a presidente Dilma Rousseff (PT) vem logo em seguida, com 31%. Marina Silva (PSB) tem 20%. O comando da campanha de Aécio sempre apostou que para ele chegar ao 2.º turno e vencer a eleição, precisa abrir uma grande vantagem em Minas. Desde o início oficial da campanha, Aécio esteve só duas vezes no Estado.

"Nossas campanhas estão bem direcionados", afirmou ontem Pimenta. Fontes do comitê do PSDB-MG, porém, admitem mudanças na direção das campanhas tucanas no Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga (PSDB), enviou nota nesta sexta-feira, 1º, rebatendo as críticas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff ao partido e ao presidenciável Aécio Neves (PSDB). "São lamentáveis os ataques feitos pelo ex-presidente Lula ao senador Aécio Neves, nesta tarde, em Montes Claros. Os mineiros não são bobos, como o PT acredita. Conhecem de perto a história de honestidade e dedicação de Aécio a Minas Gerais. História oposta à de muitos dos líderes do PT", começa o comunicado.

No documento, o candidato citou que o último ato do governo Lula foi "tirar" a nova fábrica da Fiat de Minas e "levar para sua terra Natal, Pernambuco". "Ao conceder benefícios fiscais em condições especiais para Pernambuco, o presidente afrontou a Federação, traiu Minas Gerais para beneficiar o seu Estado natal. O PT governa de costas para Minas", disse. Explicou ainda que Aécio articulou uma medida aprovada pelo Congresso que dava aos municípios mais pobres de Minas os mesmos benefícios do que os concedidos a Pernambuco, mas que a mesma foi vetada por Dilma.

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Pimenta ainda diz que misturar assuntos pessoais com os de governo não é prática do PSDB. "O Presidente Lula perdeu mais uma boa oportunidade para dar as explicações que o Brasil aguarda há muito tempo sobre atos que envolvem pessoas da sua intimidade", declarou. "O PT é um no discurso e outro na prática. Minas e o Brasil já sabem disso. É por reunir falsidade, arrogância e desrespeito a Minas que o PT vem perdendo todas as eleições no Estado".

Nesta quinta-feira, 31, porém, o candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, afirmou que a região Nordeste merecerá uma "atenção especial". "Estamos construindo um plano para o Nordeste, com investimentos, com grande choque de infraestrutura, atração de novos investimentos, inclusive com regras tributárias específicas", afirmou a jornalistas durante a inauguração de seu comitê na capital mineira.

A primeira semana de campanha em Minas Gerais, após o prazo final de registro de candidaturas, foi marcada por trocas de farpas entre os dois principais candidatos a governador, Fernando Pimentel (PT) e Pimenta da Veiga (PSDB). Enquanto Pimentel fez críticas às gestões anteriores tucanas à frente do governo de Minas, Pimenta apontava "pontos fracos" do governo federal, alguns com menção à presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Pimentel, no segundo dia de campanha no Café Nice, na Praça Sete, ponto de encontro dos candidatos que fazem campanha em Belo Horizonte, afirmou que, nos últimos 12 anos sob a gestão do PSDB, o governo do Estado foi centralizador, composto de "gênios". O candidato do PSDB a governador de Minas Gerais rebateu, dizendo que os governantes do PT são "autoritários" e que Dilma e Lula são "arrogantes".

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O candidato do PT a governador, por sua vez, em outro dia de campanha na semana, ressaltou os efeitos nocivos da taxa alta de inflação. Já Pimentel culpou o governo estadual por "um evidente desentrosamento" entre as Polícias Civil e Militar (PM) de Minas, além de apontar "políticas erradas" na contratação de empréstimos pelo governo mineiro, acarretando um alto endividamento e juros. Além de mencionar um planejamento "malfeito" da expansão do metrô da capital mineira.

Novamente na linha de críticas na esfera federal e estadual, Pimentel criticou a segurança nos municípios e a atuação das estatais mineiras, como a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), especificamente na região de Sabará. Enquanto isso, Pimenta disse que quer um apoio maior do governo federal na fiscalização de fronteiras para combate ao tráfico de drogas e fez uma leve crítica ao "nível" dos profissionais contratados pelos programa Mais Médicos, da administração federal.

Em paralelo, a Justiça Eleitoral do Estado também julgou algumas ações que envolviam os dois candidatos. A mais recente, foi a condenação de Pimenta e do governador Alberto Pinto Coelho (PP) ao pagamento de uma multa de R$ 5 mil. Eles teriam realizado campanha publicitária em propaganda institucional do governo de Minas veiculada em rádios, TVs, internet e jornais impressos antes do período permitido por lei e que sugeriria "a ideia de continuidade do atual governo estadual". Pimenta diz que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mas as campanhas dos dois principais candidatos ao governo de Minas tiveram pontos em comum. Eles escolheram locais da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) para ter contato com o eleitor, alguns ligados a feitos dos dois em suas gestões como prefeitos, como o Aglomerado da Serra, na região metropolitana (Pimentel) e a feira de artesanato da Avenida Afonso Pena, no centro (Pimenta). Além disso, os dois defendem gestões participativas, com grande interferência da população nas ações do Estado. Saúde, Educação e Segurança são temas recorrentes citados pelos dois candidatos, que dizem ter propostas nos planos de governo.

A agenda prévia dos dois candidatos para o fim de semana contempla visitas e caminhadas ainda na região metropolitana da capital mineira. Os assessores de Pimentel adiantaram que ele, a partir desta quarta-feira, 16, fará a agenda fora do entorno da capital mineira, mas que seu vice, Antonio Andrade (PMDB) já está em visitas pelo interior do Estado, para "maximizar a força" da chapa.

Outros concorrentes

Também candidato ao governo do Estado, Tarcísio Delgado (PSB) teve, nesta primeira semana de campanha, somente um encontro público, mas com apoiadores da campanha, na região centro-sul da capital mineira. De acordo com diretório estadual do partido, são realizadas somente reuniões internas para definições da campanha, como marca e diretrizes, mas que na próxima semana uma coletiva será convocada para o lançamento oficial, além dos primeiros eventos de campanha no interior do Estado. A presença do presidenciável Eduardo Campos (PSB) em Minas Gerais, tanto em Belo Horizonte quanto nos eventos no interior do Estado, não está descartada, mas não há confirmação até o momento.

Já a Frente de Esquerda Socialista (PSTU-PSOL), que tem como candidato ao governo Fidélis Alcantara (PSOL), realizou o lançamento da candidatura de Vanessa Portugal a deputada estadual, no distrito de Barreiro. Os outros quatro candidatos registrados no TRE-MG não tiveram agenda pública divulgada.

O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, Pimenta da Veiga, rebateu as críticas feitas pelo seu principal adversário, Fernando Pimentel (PT), no início da tarde desta segunda-feira, 7, de que a sua proposta seria de um governo centralizado, de "gênios". "Ninguém é mais autoritário, mais dono da verdade, do que os governantes do PT, tanto de alguns Estados quanto a nível nacional. A arrogância dos governantes do PT é conhecida por todos, quanto de Lula quanto de Dilma, por isso querer transferir isso para nós é uma vã tentativa"', disse Veiga, após sua visita de cortesia à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - Seção Minas Gerais.

Segundo ele, os governos do PSDB são sempre voltados para a participação popular. "Eu mesmo estou rodando o Estado inteiro para levar as minhas ideias e discuti-las para conseguir construir um programa de alta participação popular. Essa é a minha vida, quando fui prefeito foi a minha marca. Então são alegações vazias", enfatizou, explicando-se que só fez referências à Lula e Dilma como autoritários, donos da verdade, por conta da alegação feita pelo Pimentel. "Espero que a campanha possa se dar de forma mais construtiva, mais positiva, cada um dizendo o que pretende fazer, sem ficar com essa preocupação de denegrir o concorrente. Isso não leva a nada", completou.

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Ele comentou que foi a OAB hoje e que se encontrou com o presidente da entidade, Luiz Cláudio da Silva Chaves, para estabelecer formas de ações e discutir Minas Gerais. "Sou filiado à OAB-MG há anos. (...) Tenho aqui grandes amigos. Minha família tem a marca do Direito. (...). Portanto era dever meu vir aqui e ouvir a demanda da ordem que representa setores tão importantes da sociedade e que ela possa se integrar nesse esforço e momento especial para Minas Gerais", falou.

Sobre os próximos passos da campanha, o candidato do PSDB nesta terça-feira, 8, juntamente com o seu vice, Dinis Pinheiro (PP) farão uma caminhada pelas ruas de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e depois assistirá o jogo entre Brasil e Alemanha pelas semifinais da Copa do Mundo. "Depois da Copa vamos continuar as viagens pelo interior e aprofundar as visitas na região metropolitana. No interior já fomos a mais de 100 municípios, mas nessa semana ainda iremos a Montes Claros, na semana que vem, Nepomuceno", informou.

Ele ainda disse que se encontraria com o candidato à Presidente da República pelo PSDB, Aécio Neves hoje à noite e que amanhã em Ibirité não sabe se o candidato vai poder ir junto fazer a caminhada.

O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB e ex-ministro, Pimenta da Veiga, afirmou nesta quarta-feira, 25, que as conversas com o diretório mineiro do PSB para uma aliança são constantes e que o PSDB possui interlocutores permanentes no PSB.

"Nós temos interlocutores permanentes lá no PSB: as principais lideranças do partido, os parlamentares, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, o presidente do diretório estadual, Júlio Delgado, o Alexandre Kalil presidente do Atlético-MG e cotado a ser candidato a deputado federal, o senador Tilden Santiago, entre outros. Portanto, temos uma conversa constante", declarou a jornalistas, completando que independente da decisão a ser tomada pelo PSB, elas serão respeitadas pelo PSDB.

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No último sábado, 21, a convenção estadual do PSB decidiu que o rumo do partido em Minas nas eleições deste ano será decidido por um comitê que inclusive tem a participação de Delgado e Kalil. "O PSB é um partido importante, mas tem o seu processo de decisão e qualquer posição será respeitada", enfatizou, antes de participar de encontro com jovens empreendedores para debater sobre as principais demandas e desafios da categoria. "Acho que qualquer discussão sobre o desenvolvimento para o futuro do Estado precisa da participação de dois setores: empresarial e da juventude. Esse evento junta os dois no corpo só", falou.

Veiga ainda comentou que até o final da semana vai anunciar sua equipe e as diretrizes do plano de governo que está sob a coordenação do ex-ministro do Trabalho e Planejamento do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e atual professor da Fundação Dom Cabral, Paulo de Tarso Almeida Paiva. Segundo ele, depois disso, serão iniciadas uma série de debates regionais e setoriais de forma mais orgânica. "Estou viajando o Estado há um ano e agora iremos nos reunir, em encontros maiores, com representantes setoriais e regionais, às vezes nas próprias regiões", disse.

Críticas

Durante o evento, Veiga fez algumas críticas ao atual governo federal. Para ele, nos últimos anos, no âmbito federal, "as coisas se agravaram muito tanto na questão ética quanto nos desacertos administrativos e econômicos". "2015 será difícil de qualquer modo seja qual for o presidente eleito. Mas podemos escolher se vamos agravar as dificuldades ou começar a nos livrar delas. Eu temo muito que a continuação do que está aí possa levar a um desregramento nacional e aí não sei onde pode acabar", declarou, citando que o candidato ao presidente da República pelo PSDB, Aécio Neves pode ser a "liderança ética e firme" para o País.

O candidato ao governo de Minas ainda prometeu "declarar guerra" à burocracia. O encontro foi organizado por representantes de diversas entidades, como Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Jovem), Fiemg Jovem, OAB Jovem, Instituto de Formação de Líderes (IFL), MinasPetro, entre outras, que demonstraram apoio à candidatura de Veiga.

De ‘quarentena’ desde o último sábado (7) quando nasceram seus gêmeos prematuros, Júlia e Bernardo, o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, cumprirá a primeira agenda política nesta terça-feira (10), desde chegada de seus filhos. O tucano marcará presença na convenção estadual do PSDB de Minas Gerais, na Arena Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte às 17h.

Marcado para iniciar às 12h, o evento seguirá até às 18h, porém, o senador só dará o ar da graça no finalzinho do ato político, assim como, concederá entrevista coletiva na chegada do encontro. Durante a solenidade, serão homologadas as candidaturas de Pimenta da Veiga (PSDB) e Dinis Pinheiro (PP) para o Governo de Minas e de Antonio Anastasia (PSDB) para o Senado Federal.

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O acordo do PSB e PSDB de lançar palanques duplos em diversos Estados pode deixar de acontecer. A ideia de lançar candidaturas em São Paulo e Minas Gerais pelo Partido Socialista Brasileiro está cada vez mais forte. O partido analisa, que por razões táticas eleitorais, não é viável o apoio a Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e a Pimenta da Veiga (PSDB-MG).

“O que o PSB está avaliando é um lançamento de candidatura própria. É uma hipótese nova. (...) Nós estamos discutindo com calma. O PSB deve ter candidato em todo canto que puder”, afirmou o vice-presidente nacional do partido, Roberto Amaral, nesta segunda-feira (12), em entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá.

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O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) deve ser o candidato da legenda em Minas Gerais. “Cada Estado é um Estado. O PSB que vai julgar. Vai definir se é o melhor para o partido em lançar uma candidatura própria em Minas Gerais”, disse o pessebista.

Ao contrário de Minas, o partido ainda não divulgou o quadro que poderá sair como candidato em São Paulo. “Hoje a decisão do partido é ter uma candidatura (em São Paulo). Se o PSB considerar que é importante para ele, vai concorrer na disputa. Caberá a outros partidos fazerem o melhor para eles mesmos”, frisou Amaral.

A ex-senadora e pré-candidata a vice-presidente da República pelo PSB, Marina Silva, é uma das incentivadoras pela candidatura do partido em São Paulo e Minas Gerais.  Na última semana, a pessebista teceu várias críticas aos tucanos. Ela disse que o PSDB do senador e pré-candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) “tem o cheiro da derrota”.

Em palestra para empresários nesta segunda-feira em Nova Lima, o pré-candidato do PSDB ao governo mineiro, ex-ministro Pimenta da Veiga, não conteve as lágrimas ao falar de seu indiciamento pela Polícia Federal (PF) por lavagem de dinheiro. Sem citar diretamente o inquérito, o ex-ministro disse esperar que a presidente Dilma Rousseff (PT) não utilize a máquina federal para "perseguir adversários" ou "privilegiar amigos". Neste momento, o tucano fez uma longa pausa no discurso e chorou.

O tucano voltou a classificar a iniciativa da PF como uma "ação política-eleitoral" orquestrada pela oposição. Porém, o ex-ministro não quis citar nomes ou antecipar os prováveis responsáveis pela retomada da investigação sobre os depósitos, totalizando R$ 300 mil, feitos pela SMPB, em 2003, em sua conta, denominados como "pagamento de obrigação". "Ainda estou avaliando os responsáveis. Mas essas práticas repugnantes não podem continuar no Brasil, no governo do PT", disse.

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O ministro confirmou que declarou os recursos, como pessoa física, na prestação de contas de 2005 e, não na de 2004, o ano seguinte. Em 2005, Pimenta da Veiga apresentou uma declaração retificadora, constando os repasses da SMPB, logo depois da instalação da CPMI dos Correios, quando foi encontrado um contrato de empréstimo de R$ 152 mil contraído pelo ex-ministro no Banco BMG de Belo Horizonte no qual figuravam como avalistas Marcos Valério e sua ex-esposa Renilda Santiago.

Pimenta afirmou que optou por declarar o montante como pessoa física, apesar de ter prestado serviços como advogado, pois o CNPJ de seu escritório de advocacia não havia ficado pronto à época. Além disso, o tucano também disse que cumpriu a lei ao declarar o recurso recebido em 2003 no ano de 2005. "A lei permite isso. A declaração foi feita dentro dos prazos da Receita. Os impostos foram pagos", afirmou. Com a divulgação do indiciamento feito pela PF, no PSDB voltou a crescer o nome do presidente estadual do partido, Marcus Pestana, como alternativa à candidatura de Pimenta da Veiga. "É lamentável que neste momento, de discussão de propostas, atitudes desse tipo apareçam", disse o pré-candidato.

O senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, defendeu nesta quinta-feira, 10, o ex-ministro das Comunicações e pré-candidato tucano ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, que foi indiciado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro. "O que é estranho é que depois de cerca de dez anos, quando ele vira pré-candidato esse assunto surge. Ele já deu esclarecimentos", afirmou.

Aberta em 2013, a investigação da PF envolvendo o ex-ministro é um desdobramento da denúncia oferecida em 2007 pela Procuradoria-Geral da República com base no inquérito do mensalão mineiro.

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"O Pimenta é um advogado que trabalhava para inúmeras empresas, entre elas, empresas de comunicação, sobre a qual não recaía nenhuma suspeita. Advogou para essa empresa, recebeu remuneração e declarou no imposto de renda", disse o senador.

Aécio participa nesta quinta-feira de um almoço na capital paulista com a bancada de deputados estaduais do PSDB.

Também presente no encontro, o ex-governador e vice-presidente nacional do partido, Alberto Goldman, foi mais enfático. "Indiciado não significa nada. Acredito que não há nada contra ele", afirmou.

Durante o encontro com parlamentares paulistas, Aécio anunciou oficialmente que fará a convenção do partido que oficializará seu nome como candidato à Presidência na capital paulista. "A campanha será decidida em grande parte pelo resultado de São Paulo", afirmou. Segundo ele, o encontro de hoje com os tucanos é para tratar da organização de campanha. "É mais um encontro. É o Brasil, é São Paulo, é campanha", disse.

Alianças

 

Aécio aproveitou a ocasião para anunciar oficialmente o acordo entre PSDB, DEM e PMDB na Bahia. Os tucanos apoiarão a candidatura de Paulo Souto (DEM) para governador e indicarão o nome do ex-deputado Joacy Góes para vice. Já a vaga do senado ficará com o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB). "Fechamos uma chapa extremamente forte na Bahia. Isso é uma demonstração de que teremos apoio de siglas dissidentes da base da presidente Dilma", afirmou.

Confirmado nesta segunda-feira, 10, como pré-candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, o ex-ministro Pimenta da Veiga, evitou confirmar espaço para o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) no palanque no Estado. Sem responder diretamente, o ex-ministro, que defendeu a unidade do partido, deu a entender que a participação de Azeredo na campanha vai depender do julgamento que o parlamentar deve enfrentar no Supremo Tribunal Federal (STF) pela acusação de peculato e lavagem de dinheiro no esquema conhecido como mensalão mineiro, ocorrido durante sua campanha à reeleição ao governo, em 1998.

Na sexta-feira, 7, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou ao STF as suas alegações finais, nas quais pediu que Azeredo seja condenado a 22 anos de prisão. "Recebemos com muita surpresa o impróprio parecer da Procuradoria Geral (da República) e agora vamos aguardar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF)", disse Pimenta da Veiga, ao ser perguntado se o deputado terá espaço em seu palanque caso pretenda disputar as eleições de outubro. "A discussão que há, sobre algumas contas de campanha do deputado Azeredo, irá a julgamento no Supremo Tribunal Federal", afirmou o ex-ministro, segundo o qual o correligionário "vai ser tratado da forma correta" durante as eleições.

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Pimenta foi confirmado como pré-candidato à sucessão do atual governador, o também tucano Antonio Anastasia, após o presidente do diretório mineiro da legenda, deputado federal Marcus Pestana, abrir mão de disputar a indicação do partido para a eleição estadual. "Há momentos de avançar e outros em que é preciso saber recuar. Não consegui produzir em torno do meu nome o consenso necessário", declarou Pestana, que é cotado para assumir a coordenação da possível campanha à Presidência do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

O ex-deputado Pimenta da Veiga será o candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais. A escolha do nome dele foi decidida pelo presidente do partido, Aécio Neves, num arranjo que amarra o PP de Minas ao candidato tucano à Presidência. A vice na chapa de Pimenta será o deputado Dinis Pinheiro (PP), atual presidente da Assembleia. O PP é o terceiro maior partido da base aliada da presidente Dilma Rousseff. O governador Antonio Anastasia disputará o Senado.

Oficialmente, o nome do candidato a governador só será anunciado no dia 20 de fevereiro, enquanto a decisão de Anastasia de deixar o governo para se candidatar a senador será sacramentada em março. Na movimentação das peças do xadrez mineiro, feita esta semana por Aécio, Pimenta da Veiga e o deputado Marcus Pestana deverão continuar a percorrer o Estado de Minas Gerais como pré-candidatos. Numa entrevista concedida nesta sexta-feira, 10, em Minas, Aécio disse que o candidato ao governo ainda não está escolhido.

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Não é isso, no entanto, o que ficou acertado nas várias reuniões que Aécio teve com os que vão integrar a chapa. Na segunda-feira, 6, ele se reuniu durante a noite com o governador Anastasia, quando acertou a saída deste do governo e a candidatura ao Senado. Nos dias seguintes, Aécio esteve com Pimenta e com Pestana. Nos encontros, o candidato tucano à Presidência expôs a situação da política nacional e mineira. E exibiu os argumentos segundo os quais o melhor para o projeto do PSDB é a candidatura de Pimenta da Veiga.

Eis as razões de Aécio: pela primeira vez o PT tem um candidato competitivo ao governo do Estado, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio). Se o PSDB errar, Pimentel pode vencer a eleição. Nesse caso, poderia tirar milhões dos votos que Aécio pretende conseguir à frente de Dilma Rousseff na eleição presidencial, entre 3 milhões e 4 milhões.

Por isso, na opinião do presidente do PSDB, uma chapa que tenha um tucano na disputa para o governo - Pimenta da Veiga -, o vice do PP, e o candidato a senador tido como imbatível, caso de Anastasia, poderá evitar uma migração de votos pró-Dilma. Ele lembrou àqueles com os quais conversou que Dilma está fazendo de tudo para tirar um pouco a diferença de votos que poderá ter a seu favor. Por isso, ela não sai de Minas. Por isso, carrega Fernando Pimentel a tiracolo. Por isso, Pimentel a representa em cerimônias oficiais para qualquer coisa.

Quanto a Pimenta, Aécio avaliou que o fato de estar há 10 anos fora da política de Minas Gerais não atrapalha, até ajuda. Na opinião de Aécio, quando foi às ruas, em junho, a população mostrou seu desagrado com os políticos conhecidos. E ele só dispunha para disputar o governo de Minas, no momento, do deputado Marcus Pestana, do vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) e do presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro, todos muito conhecidos.

Desde então, convenceu Pimenta da Veiga a se fazer presente em Minas. Afinal, tinha sido prefeito de Belo Horizonte muito bem avaliado. Além do mais, o voto em Minas é conservador. E Pimenta, ao contrário de Marcus Pestana, que já foi do PC do B, encarna esse tipo de candidato.

Pimenta da Veiga se fez presente em Minas Gerais a partir do início do segundo semestre. Mais do que se apresentar à população, era preciso se mostrar aos políticos. Tem comparecido a todas as inaugurações de obras do governador Anastasia, frequenta cerimônias de batizado e esteve presente nas festas de fim de ano. Tornou-se, assim, o candidato ao governo do Estado numa disputa interna pouco acirrada, que contempla planos para agora e também para 2018.

Indicado para coordenar em Minas Gerais a provável candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência no ano que vem, o ex-ministro tucano Pimenta da Veiga vai assumir, no dia 26, a direção do Instituto Teotônio Vilela no Estado. A medida foi estratégica para o ex-ministro, afastado da política há cerca de dez anos, manter contatos com correligionários e aliados sem precisar de cargo oficial. E, de quebra, ajuda a sufocar disputas internas do partido e deixar praticamente sob o comando exclusivo de Aécio a sucessão no Estado.

A principal missão do ex-ministro, porém, é arrecadar apoio em torno da candidatura presidencial tucana. Apesar da hegemonia de Aécio no Estado, em diversas regiões mineiras ocorreu, tanto em 2002 quanto em 2006 o chamado "Lulécio", como votos simultâneos no tucano e no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e, em 2010, o "Dilmasia", com apoio do eleitorado na presidente Dilma Rousseff e no atual governador, Antonio Anastasia (PSDB).

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"É uma boa oportunidade para ele se reincorporar, porque afastado muito tempo da política mineira. Tem essa questão da distância, mas é muito experiente. Vem para que a gente monte essa equação", salientou o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana. O ex-ministro assume o cargo no lugar do deputado federal Eduardo Barbosa, chamado por Aécio - que preside o diretório nacional do PSDB - para ser o coordenador de políticas sociais do partido.

Com a entrada de Pimenta da Veiga no cenário, aumentam os nomes que passam a disputar a indicação para concorrer ao governo mineiro com apoio do Executivo Estadual, provavelmente contra o ministro petista Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Além do próprio ex-ministro, estão no páreo Marcus Pestana, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Dinis Pinheiro (PSDB), o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o também tucano Narcio Rodrigues, o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP), próximo ao secretário de Estado de Governo e principal articulador do tucanato mineiro, Danilo de Castro.

No entanto, Pestana nega que haja disputa interna pela indicação. "Na hora certa, sob coordenação do Aécio e do Anastasia, nosso grupo vai se posicionar", observou o deputado, que salientou ser "muito próximo" de Pimenta. "Não estamos preocupados com nomes. Vamos viajar juntos", disse, referindo-se ao ex-ministro. "O eixo prioritário é a candidatura do Aécio. Esse será o eixo ordenador", concluiu.

O senador mineiro Aécio Neves (PSDB) aproveitou as manifestações de junho para congelar o tumultuado processo de escolha do seu candidato ao governo estadual no ano que vem. Enquanto os cinco pretendentes esperam o prazo estipulado por ele para retomar a articulação, o mês de outubro, um novo nome surge no cenário: Pimenta da Veiga.

Parlamentares próximos a Aécio contam que o ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-ministro das Comunicações no governo Fernando Henrique Cardoso retomou contatos políticos no estado e já admite que pode entrar na disputa. "Ele é um político muito preparado e um nome que unifica a base do Aécio", diz o deputado Eduardo Azeredo. Um dos fundadores e ex-presidente nacional do PSDB, Pimenta da Veiga mora em Brasília há dez anos e comanda um bem sucedido escritório de advocacia.

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Procurado pela reportagem, ele não foi localizado até o início da noite desta sexta-feira, 19. "O surgimento de Pimenta da Veiga entre os possíveis candidatos significa uma reaproximação dele com Aécio Neves em um momento muito difícil para os tucanos.", diz o cientista político mineiro Ruda Ricci.

Ele lembra que quando ainda era presidente da Câmara dos Deputados e estava construindo sua candidatura ao governo mineiro, Aécio alijou o grupo de Pimenta do comando do PSDB estadual. "Agora ele surge como um tertius. O Pimenta da Veiga é um nome respeitado e muito forte. O fato de estar afastado da política também é algo bom nesse momento de manifestações". conclui o sociólogo.

Aécio Neves tem evitado comentar essa hipótese para não melindrar os demais pretendentes, mas tem conversado muito com o ex-ministro de FHC. Entre os cinco postulantes, pelo menos um, Marcus Pestana, é simpático ao nome de Pimenta. Presidente estadual do PSDB mineiro, ele foi chefe de gabinete de Pimenta no Ministério das Comunicações.

As demais opções são o vice-governador Alberto Pinto Coelho, do PP, o deputado estadual tucano Dinis Pinheiro, presidente da Assembleia Legislativa mineira, Renata Vilhena, secretária de Planejamento de Antonio Anastasia e o deputado federal Rodrigo de Castro. O governador Anastasia não pode ser candidato à reeleição porque assumiu o mandato em 2006 .

Um interlocutor de Aécio Neves reconhece que o senador é muito próximo a Pimenta e conversa com ele frequentemente. Mas reforça que as conversas "pragmáticas" serão feitas apenas em outubro.

Até as manifestações, o nome mais forte era o vice-governador. justamente o único do grupo que não é do PSDB. Ele assumiria o governo e tentaria a reeleição no cargo, enquanto o governador Antonio Anastasia disputaria uma vaga no Senado. Pestana e Pinheiro apareciam como os mais cotados nos quadros do PSDB em função da influência na máquina do partido. Castro e Renata Vilhena corriam por fora. As manifestações tornaram o cenário imprevisível.

Os tucanos dizem, ainda, que a candidatura do prefeito Márcio Lacerda ao governo tornou-se inviável depois das manifestações de junho. Um dos núcleos mais atuantes do movimento em Minas foi justamente o "Fora Lacerda", que é formado por ativistas de classe média que representam um dos eleitorados mais fiéis do PSDB no Estado. O prefeito tem reiterado que pretende terminar seu mandato.

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