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Depois de manter um silêncio sobre sua candidatura para reeleição do comando executivo do Sport, Milton Bivar anunciou que vai concorrer pelo posto no biênio 2021/2022. A chapa confirmada nesta terça-feira (10) ficará completa com a presença do vice-presidente jurídico, Manuel Veloso, que será o vice executivo de Bivar.

No comunicado postado no site oficial do clube é dito que Bivar 'apesar de fadigado' atendeu a pedidos de vários rubro-negro e promete uma renovação no clube. "O presidente assume a renovação de quadros e a inclusão de jovens competentes", diz um trecho do comunicado.

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Atualmente Bivar, que assumiu o time em 2019 após a gestão de Arnaldo Barros, comanda pela segunda vez o clube. Na sua primeira passagem em 2007/2008, Bivar ficou marcado pela maior conquista recente do clube, a Copa do Brasil em 2008. O início do seu novo mandato o presidente do Sport teve que lidar com uma grave crise financeira, mas ainda sim conseguiu recolocar o time na elite. As novas eleições ainda não tiveram data definida por conta da pandemia, mas o assunto já é discutido.

Com uma imagem desgastada diante de muitos torcedores rubro-negros, o presidente do Sport Arnaldo Barros concedeu coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (25), na Ilha do Retiro, para explicar os problemas financeiros do clube. A entrevista ocorre após um dia conturbado para os leoninos, uma vez que o técnico Nelsinho Baptista deixou o comando do Sport e detonou a diretoria.

Em seu discurso, Arnaldo mostrou números sobre o orçamento do clube que, segundo ele, apresenta um déficit de R$ 18 milhões. “Não existem um rombo de R$ 60 milhões. Foi um déficit de R$ 18 milhões, infelizmente comum na história do Sport”, argumentou o mandatário rubro-negro.

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De acordo com o presidente, em toda a sua história, o Sport sempre apresentou problemas financeiros. “É um clube normalmente deficitário”, comentou. Barros mostrou, em um quadro, os dados orçamentais das gestões desde o clube desde 1991. “Meu percentual de déficit foi de 17%. Martorelli teve 30%, Bivar 9% e Silvio Guimarães 26%. Isso não é expor ninguém, só quero mostrar que o Sport sempre foi deficitário”, completou Arnaldo.

Ao explicar a defasagem nos cofres rubro-negros, a partir a movimentação financeira de 2017, o presidente afirmou que planejou um orçamento, mas gastou uma quantia superior: “Gastamos R$ 120 milhões enquanto tínhamos orçado R$ 86 milhões”.   

Apesar da coletiva de imprensa, Arnaldo Barros declarou que não gostaria de tratar os assuntos financeiros do clube abertamente. “Quero dizer que não me agrada fazer esse tipo de esclarecimento. Sempre defendi que as coisas do Sport devem ser tratadas dentro do Sport. Transparência é uma coisa e publicidade é outra. Transparência é não deixar nada embaixo do tapete. Isso (transparência) está e sempre esteve à disposição dos sócios e dos conselheiros”, falou o presidente.

O gestor rubro-negro, mesmo diante da crise financeira que afeta o Sport, enalteceu o seu trabalho. “Foi falado que o Sport perdeu receitas na minha gestão, e isso foi uma crítica muito forte. Modéstia a parte, a minha gestão teve a maior receita no Sport de 2009 para cá”, justificou.

“Em relação ao orçado, tivemos um avanço de 42%. Essa diferença apareceu nos direitos de transmissão, ano passado o Sport ficou mais em evidencia e isso ajudou. Nas rendas das competições, saímos de R$ 8 milhões para R$ 12 milhões, mas isso se deve ao grande desempenho do time. Tivemos uma performance inédita no Nordeste no que diz respeito à Copa Sul-Americana. Tivemos acréscimos de patrocínios e sócios, além das negociações de atletas que conseguimos R$ 4 milhões”, completou o presidente.

Com informações de Thayná Aguiar

No Uruguai, ao lado de torcedores rubro-negros, o presidente do Sport endossou críticas contra os preços dos ingressos cobrados aos leoninos. Para o jogo de volta diante do Danubio pela Copa Sul-Americana, na noite desta quinta-feira (11), o bilhete para a torcida do time pernambucano custa quase onze vezes mais que a quantia das entradas para a torcida uruguaia.

Em entrevista ao repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal, Arnaldo Barros revelou que o clube pernambucano fez denúncias para a FPF, CBF e Commebol. O gestor não concorda com os valores cobrados pelo clube uruguaio. Como exemplo, enquanto os torcedores do Danubio pagarão 200 pesos uruguaios, os rubro-negros terão que arcar com um valor quase onze vezes maior por cada entrada: 2.300 pesos, o equivalente a R$ 260.

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“Nós tomamos algumas iniciativas. Fizemos denúncias a Federação Pernambucana de Futebol, CBF e a Commebol. Até agora não recebemos nenhuma resposta satisfatória. Mantivemos contato também com a diretoria do Danubio, até porque, quando eles nos visitaram em Recife, tivemos a atenção de estabelecer para eles o mesmo valor do ingresso que a nossa torcida comprou. E cobramos reciprocidade aqui”, disse Arnaldo Barros, em entrevista à Rádio Jornal.

Ainda de acordo com o presidente do Sport, a cobrança uruguaia é inaceitável. “Infelizmente, eles têm outros argumentos, dizendo que o local que a nossa torcida vai ficar realmente é mais caro. Mas onze vezes mais caro não se justifica. Realmente nós estamos muito insatisfeitos, eles não foram recíprocos, não tiveram atenção conosco. Achamos isso um tanto quanto de oportunismo”, declarou. “Não gostamos dessa atitude, manifestamos o nosso protesto, mas até agora não obtivemos resultado. Peço desculpas à torcida do Sport pela conduta deles, mas infelizmente pouco podemos fazer nesse sentido”, completou, ainda em entrevista a João Victor.

Danubio e Sport entram em campo às 21h45, horário do Brasil, no Estádio Centenário, em Montevidéu. No primeiro confronto, na Ilha do Retiro, o Leão venceu por 3x0. Até perdendo por dois gols de diferença na partida desta noite, a equipe pernambucana sairá classificada.

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O empate entre Sport e Salgueiro pelo Campeonato Pernambucano, na noite desta segunda-feira (3), na Ilha do Retiro, poderia representar uma partida tranquila, até mesmo pelo fato das equipes estarem classificadas para a próxima fase da competição. Mas a atuação do árbitro Gilberto Rodrigues Castro Júnior virou alvo de reclamações por parte do presidente rubro-negro.

Arnaldo Barros resolveu fazer um pronunciamento após a partida. Não economizou nas críticas contra a arbitragem e ainda revelou que vai pedir árbitros de fora à Federação Pernambucana de Futebol (FPF). De acordo com o presidente leonino, a vitória diante do Salgueiro não saiu porque houve “uma infeliz intervenção externa”.

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Entre as críticas do gestor rubro-negro, a expulsão do atacante Wallace foi a mais grave. No choque entre o ofensivo do Sport e o jogador Levi, do Salgueiro, o árbitro viu falta. De acordo com o departamento médico do Carcará, o atleta sofreu uma séria contusão na tíbia, porém, as repetições do fato exibidas nos canais de televisão indicam uma fatalidade, pois há um contato da perna de Wallace no pé esquerdo de Levi. “Na nossa avaliação, nem falta foi. Foi um choque casual. Vi no vestiário o atleta se justificando, pedindo desculpas aos colegas. É por isso que nós já solicitamos uma reunião na Federação. O Sport vai defender árbitros de fora”, comentou Arnaldo.

As reclamações, no entanto, não ofuscaram os elogios do presidente aos jovens atletas leoninos. Arnaldo reforçou sua confiança na categoria de base do Leão, se mostrando satisfeito com a desenvoltura dos garotos diante do Carcará. 

“O trabalho dessa garotada orgulha todo rubro-negro. Jogaram feito time grande, saíram de uma condição adversa, fizeram o placar para vencer e não saíram vitoriosos graças a uma infeliz intervenção externa”, analisou o presidente do Sport. 

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Houve um tempo em que as sociais da Ilha do Retiro se transformavam em um grande carnaval. De repente, todo estádio era levado pelas canções tradicionais que enaltecem o nome do Sport e que são cantadas por torcedores de todas as idades. Hoje, o efervescente frevo da torcida Treme Terra já não toma conta do reduto rubro-negro. A última vez que o grupo animou um jogo do Leão foi pela Taça Ariano Suassuna, no início deste ano. De lá para cá, calaram-se os instrumentos e os gritos de alegria de João Elias do Nascimento Filho, presidente da organizada. Segundo ele, a gestão de João Humberto Martorelli, a partir do momento que rompeu vínculo com outra uniformizada do clube, também barrou qualquer incentivo financeiro para que a Treme Terra abrilhantasse os jogos da Ilha.

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Registrada em 1985 como torcida organizada, a Treme Terra é conhecida como um grupo que não possui registros de violência. Ao todo, 28 músicos fazem parte da banda, além de diretores que, diante de muito esforço, tentam manter a tradição da torcida. De acordo com seu João, o Sport dava um incentivo financeiro de R$ 500 por jogo, transformados em ajuda de custo para os músicos, que também não precisavam pagar ingresso para entrar no estádio. Porém, segundo seu João, “Martorelli” deixou de dar a quantia e ainda exigiu que todos os integrantes da Treme Terra que quisessem entrar no jogo, teriam que pagar ingresso, mesmo se passassem a partida gastando suas energias animando os torcedores rubro-negros.

Seu João também conta ao LeiaJá que outra fonte de renda da Treme Terra eram as caravanas organizadas para jogos do Sport fora da Ilha do Retiro. O presidente da torcida alega que foi proibido de vender as passagens dentro das dependências do clube rubro-negro, algo que segundo ele nunca aconteceu na época de outras gestões. Para seu João, não há razões que justifiquem o fim do incentivo financeiro, principalmente porque a organizada nunca causou problemas de violência.

“Nós somos uma torcida de paz. A gente se orgulha que em nossa existência nunca registramos caso de violência. Inclusive temos trânsito no meio das torcidas dos nossos coirmãos. Mais de 30 anos eu sou animador da Treme Terra e tenho mais de 60 anos como torcedor do Sport. Não ver a Treme Terra na Ilha prejudica até a minha saúde: entrei em depressão, terminei internado 118 dias, tudo por conta do desgosto de não poder trazer os meninos para trabalhar. O presidente vetou tudo e ainda tive o desprazer de ouvir uma pessoa do clube, que prefiro não vou falar o nome, dizer algo que até estranhei: ele pediu mil sócios para poder liberar a Treme Terra. Isso nunca aconteceu com a gente. Todo pessoal do Conselho Deliberativo é a favor da Treme Terra, menos Martorelli. Não tenho condições financeiras de segurar a torcida sozinho”, relata seu João. No vídeo a seguir, o presidente da torcida dá mais detalhes da situação:

O presidente da Treme Terra também acredita que as uniformizadas do Sport, mesmo as que não possuem casos de violência, estão sendo punidas de forma injusta. “Martorelli, quando dá entrevista, classifica as torcidas como marginais e nós não somos, temos certeza disso. Tenho certeza que os integrantes das outras organizadas também pensam assim. A Treme Terra também não quer ganhar dinheiro com a imagem do clube, porque não temos sócios, e sim seguidores. Nem queremos associar pessoas na nossa torcida para ganhar dinheiro e nem vender camisa. Somos formados por torcedores que amam o Sport”, opina seu João.

Entre muitos torcedores do Sport, a ausência da Treme Terra é um fato a se lamentar. Um deles, o militar reformado Carlos Luís, mais conhecido como “Cabuloso”, torcedor símbolo do clube, acredita que a Ilha do Retiro perde em alegria com a torcida fora dos jogos.

“Todos nós sentimos falta da Treme Terra, da alegria. Quem não sente falta? Tenho saudade da charanga, do seu João cantando, do incentivo ao Sport. Toda ajuda para torcida é bem vinda e por isso acredito que é preciso incentivar a torcida”, diz Cabuloso.  

Bafo do Leão sem espaço

Considerada uma das torcidas organizadas mais antigas do Norte e Nordeste do Brasil, a Bafo do Leão, fundada em 1972, também reclama que perdeu espaço dentro do Sport durante a gestão de Martorelli. De acordo com o presidente da uniformizada, José Ronaldo Ramos, o grupo não possui registros de violência entre seus integrantes e mesmo assim não recebe incentivo do clube para animar o estádio e ainda perdeu a sala onde guardava materiais nas dependências do Sport.

“De incentivo a gente tinha mais ou menos uns 20 ingressos e passávamos para o pessoal da batucada, porque a gente não tinha e não tem condições de pagar aos músicos. O restante da torcida pagava os ingressos normalmente. Na sala que a gente tinha era tudo tranquilo e quando o Sport jogava fora nós assistíamos no local, pela TV a cabo, e graças a Deus nunca aconteceu nada. Era até bom porque dava uma movimentada no clube. Quando Martorelli assumiu, recebemos o aviso que teríamos que sair de lá”, conta o presidente da Bafo do Leão.

Segundo José Ronaldo, a torcida e outras organizadas tentaram conversar com Martorelli sobre os vetos, mas até o momento não foram atendidos. A Bafo do Leão também almeja recuperar a sala dentro do Sport para facilitar o armazenamento dos instrumentos musicais utilizados nos jogos. Hoje, o grupo alega que vai ao estádio pagando ingresso normalmente, mas não consegue arcar com os custos para colocar a banda na Ilha.

Posicionamento

O LeiaJá tentou ouvir o presidente do Sport há mais de uma semana. Por meio da assessoria de imprensa, a gestão prometeu um posicionamento oficial só para a tarde desta segunda-feira (1º), mas até o momento não houve retorno.

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