O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), é protagonista de mais uma polêmica ao aparecer todo sorridente em uma foto segurando um presente mais do que insusitado: um quadro, com a sua face, feito todo com projéteis de fuzil. Witzel recebeu a obra do Bope, assinada pelo artista plástico Rodrigo Camacho, que já entregou uma semelhante ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A entrega aconteceu durante a cerimônia de posse do novo comandante do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, tenente-coronel Maurílio Nunca da Conceição, que aconteceu nessa segunda-feira (14). O governador também chegou a erguer, na ocasião, um quadro com o emblema do batalhão com a famosa "faca na caveira", também feito com projéteis.
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Durante o evento, Witzel voltou a defender o “abate de criminosos” no Rio de Janeiro. “Se preciso for diante da crueldade desses inimigos, verdadeiros narco-terroristas, usar toda força necessária para abatê-los, porque usar armas de fogo contra a sociedade nós não admitiremos jamais”, avisou.
O deputado federal Jean Wyllys (Psol) criticou, por meio das redes sociais, o governador afirmando que essa “aventura doentia” vai custar muitas vidas. “A foto do governador Witzel orgulhoso com seu retrato feito de munições de diferente tipo e calibre e o decreto do presidente Bolsonaro flexibilizando as regras para a posse de armas fazem parte de um mesmo conceito de governo. É isso que eles têm para oferecer à população: balas, tanto reais quanto simbólicas”, lamentou.
Ao entregar a obra a Bolsonaro, em dezembro do ano passado, o artista plástico Camacho explicou que “cada pontinho daquele representa as milhões de pessoas que votaram nele. E que a partir de janeiro, ele vai ser a cara do Brasil”.