Um convênio com a ONU-Habitat tornará Recife uma cidade-modelo em um projeto internacional de desenvolvimento sustentável. É que a Prefeitura do Recife assinará nesta terça-feira (23), às 19h, a implantação do Urban Leds – Promovendo Estratégias de Desenvolvimento Urbano de Baixo Carbono em Países Emergentes. A ação visa garantir o desenvolvimento com o uso racional dos recursos naturais e menor emissão de gases de efeito estufa.
De acordo com a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, o projeto demonstrará à Prefeitura estratégias bem sucedidas de desenvolvimento urbano com baixa emissão de carbono, mas adaptadas ao contexto local. "O Urban Leds auxiliará na escolha, desenvolvimento e implementação de medidas sustentáveis para o desenvolvimento da cidade. O Iclei tem uma expertise de 20 anos nesta área e atuará como consultora na criação de metodologias, ferramentas e ações de mitigação aos efeitos causados pelas mudanças climáticas”.
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Entre as atividades previstas, está a realização do inventário de carbono da cidade e a capacitação de funcionários e gestores públicos. No Brasil, apenas duas cidades foram escolhidas para se tornar modelo da iniciativa: Recife e Fortaleza. Além do nosso país, o projeto abrangerá cidades na Índia, Indonésia e África do Sul.
Como integra uma iniciativa global, o Urban Leds ainda prevê a criação de um sistema de redes informação entre as cidades participantes para que sejam compartilhadas experiências, conhecimento técnico, tecnologias, inovação, pesquisa e financiamento. O intercâmbio envolverá não só os integrantes do projeto como as cidades parceiras europeias e de outros países emergentes, além do setor público e privado.
Seleção
Em cada um dos países participantes, foram escolhidos até oito municípios para receber a iniciativa, sendo dois com status de cidade-modelo (Recife e Fortaleza) e o restante com o de cidade-satélite (Belo Horizonte-MG, Curitiba-PR, Porto Alegre-RS, Rio de Janeiro-RJ, Sorocaba-SP, Betim-MG). No processo de seleção, o comitê avaliador do Iclei levou em conta questões referente ao perfil da cidade, crescimento urbano, quadro legal e, com maior peso no caso das cidades modelos, o potencial de resultados do projeto.