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Sem tempo para entregar obras que diminuam o risco de novas enchentes em Pernambuco, mais uma vez, o governo do estado se apega a medidas de prevenção e prepara a Defesa Civil para casos emergenciais. Preocupado com a insuficiência do sistema de macrodrenagem do estado, desenvolvido na década de 60, o secretário de Recursos Hídricos Almir Cirilo estuda um “plano ambicioso” com a construção de novas barragens. Sem a expectativa de resultados a curto prazo, a previsão de chuvas acima da média pode fazer de 2023 um ano de novas tragédias. 

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Há 100 dias no comando da pasta, o secretário informou que drones vêm detectando locais de risco em morros e nas regiões baixas da Região Metropolitana do Recife (RMR) e das Zonas da Mata Norte e Sul para traçar ações emergenciais ainda neste ano. Com mais um inverno rigoroso pela frente, Almir afirmou que o início de obras de grande porte depende de negociações e seus efeitos só serão percebidos a médio e longo prazo. 

"Não dá para concluir obras. O governo acabou de começar. Nós revisamos projetos de barragens, revisamos orçamentos, estamos em tratativas possíveis para antecipar contratações. Então, o que é possível fazer, nós estamos lutando. Mas não temos como ter obras de porte significativo para esse momento", explicou. 

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A solução defendida pelo governo passa pela construção de novas barragens. Considerado "um plano ambicioso" pelo próprio idealizador, a intenção é iniciar a construção de 19 barragens. Um pacotão voltado à infraestrutura hídrica foi submetido ao Governo Federal na espera pelo aporte necessário para realizar essas e outras obras da pasta. Almir também destacou o esforço da governadora Raquel Lyra por empréstimos para estimular as intervenções.  

A solução passa pela construção de novas barragens

Um dos responsáveis pelo processo de conclusão da barragem de Serro Azul, na Mata Sul, o secretário apontou que o equipamento evitou uma nova catástrofe na cidade de Barreiros. Em menos de um ano após a inauguração, a barragem reteve 40% do volume de água que ia chegar aos municípios da região, segundo o gestor.

"Ela efetivamente salvou as cidades da Mata Sul de uma catástrofe sem precedentes. A enchente que aconteceu em 2017, seis meses depois da conclusão de serro azul, foi pior que a de 2010, aquela grande catástrofe que está nas mentes de todos nós", recordou. 

LeiaJá também: O que as prefeituras têm feito para evitar os alagamentos?

A princípio, a ideia é entregar duas barragens que não foram concluídas e que já contam com recursos. Uma das prioridades é o Rio Cotunguba, um dos principais afluentes da margem direita do Rio Capibaribe na porção do Agreste.

Almir explicou que o equipamento terá a finalidade de acumular a água das enchentes e abastecer as cidades da região com carência de água. Esse modelo de "multiuso" deve se repetir na escolha das cidades que vão receber novas barragens. 

A importância da microdrenagem na Região Metropolitana Recife

“Há um estudo que nós já iniciamos e deverá se transformar em obra em um futuro próximo com a construção de mais algumas barragens aqui na Mata Norte e na própria bacia do Rio Capibaribe”, anunciou.

Sobre a possibilidade dessa mobilização ser atraída à RMR, como nas bacias dos rios Beberibe e Tejipió, o secretário apontou a dificuldade de tocar obras em regiões com densidade populacional elevada. Ele enfatizou o papel das prefeituras em intensificar a resposta ao assoreamento das calhas fluviais através da coleta dos resíduos sólidos lançados pela população. 

Com a Reforma Administrativa enviada para a aprovação da Assembleia Legislativa, o Governo de Pernambuco pretende criar a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos e Saneamento, que terá sob sua influência, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).

A promessa é promover melhorias no tratamento e fornecimento de água, além de uma eficiente malha de esgotamento sanitário.

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Enquanto no Brasil há o registro de 64,1% atendidos com rede de esgoto, em Pernambuco esse índice chega a 30,8%, de acordo com o Sistema Nacional de Informação sobre o Saneamento (2021). Segundo o Instituto Trata Brasil, municípios da Região Metropolitana do Recife aparecem entre os 20 piores no quesito saneamento entre as 100 maiores cidades do país.

“A escassez de fontes hídricas sempre foi um problema no nosso estado. A partir das obras de transferência de água do Rio São Francisco e das barragens que precisam ser concluídas ou que ainda iremos construir, haverá água suficiente. O desafio será fazer com que essa água efetivamente chegue nas residências das pessoas”, afirma José Almir Cirilo, o indicado para o cargo.

Ainda de acordo com Cirilo, o trabalho dos órgãos vinculados à secretaria também será fundamental.

“Cabe à Apac o planejamento dos recursos hídricos, a previsão de tempo e clima e a gestão dos múltiplos usos da água. E cabe à Compesa melhorar a prestação de serviços para a população, principalmente para quem mais precisa”, completa.

Da assessoria

De acordo com os dados publicados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), grande parte dos reservatórios de água espalhados pela região paulista possui menos da metade da capacidade. A situação mais crítica se encontra no Sistema Cantareira, que registrou 29,6% da capacidade, e assim, se tornou o pior registro dos últimos cinco anos.

Ao todo, o sistema manancial no Estado de São Paulo é composto por sete reservatórios, e três deles estão em situação de alerta: Rio Grande (75,8%), São Lourenço (49,6%), Cotia (48,7%), Guarapiranga (44,9%), Alto Tietê (39,7%) e Rio Claro (35,6%). Para ser considerado nível normal, o reservatório precisa estar acima de 60%, e quando se encontra entre 40% e 59%, está em estado de atenção.

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Já quando é registrado entre 30% e 39%, é estado de alerta, e entre 20% e 29%, estado de restrição. 

A Votorantim Energia e o Instituto Votorantim lançam o LabÁgua, programa para acelerar projetos voltados a solucionar questões hídricas no semiárido, na região entre os estados de Pernambuco e Piauí. Até 20 projetos poderão participar do programa, e os cinco melhores receberão capital semente para serem implementados, totalizando um investimento de R$ 230 mil pela empresa.

As inscrições podem ser feitas no site do programa até 29 de junho. Entre os requisitos para participar do programa, os projetos devem ter o mínimo de produto viável validado ou em fase de validação. Além disso, os protótipos desenvolvidos devem ser pensados no território a ser aplicado, havendo possibilidade de ajustes junto à comunidade beneficiada.

Rômulo Vieira, diretor corporativo da Votorantim Energia, explica como será a aplicação das iniciativas: “O programa prevê o teste dos projetos na Serra do Inácio, região carente de recursos básicos, na divisa entre Piauí e Pernambuco, e a participação da comunidade a fim de ampliar as possibilidades de aplicação e sustentabilidade dos projetos. Os moradores vão atuar em codesign, ajudando a desenhar os projetos que vão receber o capital semente”.

O processo de seleção será feito em três etapas. A primeira será on-line para até 20 iniciativas que queiram resolver o problema da escassez hídrica da Serra do Inácio. Em um segundo momento, cinco iniciativas serão escolhidas para receber o incentivo capital e pôr em prática a construção do protótipo no território.

A terceira fase consiste em um bootcamp, onde os protótipos serão testados com o suporte do Instituto, da Votorantim Energia e de uma rede de mentores locais. Cloves Carvalho, diretor-presidente do Instituto Votorantim, busca diferentes iniciativas que tenham um mesmo propósito. “Podem participar projetos de pesquisas, startups, organizações sociais e outros tipos de empreendimentos, desde que tenham projetos inovadores e com o MVP passível de teste no território, junto à comunidade”, destacou.

Com informações da assessoria

A crescente demanda por água potável, em virtude do aumento da população mundial, escassez de recursos hídricos e das mudanças climáticas, tem se intensificado em nível global. Em atividades como agricultura, o reúso da água tem sido apontado como uma forma de minimizar o problema da escassez desse recurso natural.

Chove pouco no Sertão nordestino e isso não é novidade. O índice médio fica entre 500 e 800 milímetros por ano – em comparação, uma cidade como Recife costuma ter 2400 milímetros de chuva por ano. Apesar da pouca chuva ao longo do ano, novas práticas socioambientais, econômicas, educacionais e comunicacionais frente aos efeitos e impactos da mudança do clima dentro da Caatinga ganham espaço.

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Em Pernambuco, no Sertão do Moxotó, região do bioma Caatinga, um protótipo de um sistema de tratamento comunitário com o intuito de reaproveitar a água de esgoto e utilizá-la na irrigação do cultivo de umbu, fruta nativa da região, começou a ser implementado em 2019.

Sistema de Tratamento comunitário de água de esgoto para reúso instalado em Ibimirim. Foto: Felipe Lavorato/Insa

O local escolhido para receber o projeto foi a unidade educacional do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) baseada na cidade de Ibimirim, a 336 quilômetros do Recife. O município localizado no semiárido do Nordeste sofre com os gargalos hídricos e possui um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado, 0.552, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A iniciativa que pode elevar viabilidade bioeconômica do umbu com uso de água de esgoto é da Rede Nacional de Pesquisadores (Ecolume), financiada pelo CNPq e liderada pela coordenadora do Laboratório de Mudança do Clima do Instituto Agronômico de Pernambuco, Francis Lacerda. De acordo com a pesquisadora, a ideia é potencializar a criação de novas cadeias produtivas bioeconômicas através do reflorestamento de plantas nativas da região com o reaproveitamento da água.

“Queríamos trabalhar com um grupo que já estudasse a questão da produção agrícola no Sertão. Justamente porque é um desafio produzir alimento no semiárido sem irrigação dentro do ambiente natural da Caatinga. Encontramos a escola Serta que faz a formação de jovens filhos de agricultores e inicialmente vamos reaproveitar a água usada na cozinha da instituição em nosso processo de tratamento com as mudas de umbu”, explicou Francis.

O projeto visa potencializar a criação de novas cadeias produtivas bioeconômicas através do reflorestamento de plantas nativas da região com o reaproveitamento da água. Foto: Assessoria de Comunicação/Ecolume

Em maio deste ano, mais de 700 mudas de umbu, planta nativa do semiárido do Nordeste, resistente a altas temperaturas e pouca água, foram entregues aos agricultores em um evento realizado na cidade de Ibimirim. 

O Ecolume também enviou outras 700 mudas de umbu para a cidade de Afogados da Ingazeira,  no Sertão pernambucano. "Esse município também foi escolhida porque a gestão apostou em nosso projeto. O objetivo é fazer nascer uma floresta de umbu no município, na Serra do Giz, uma Área de Proteção Ambiental e de Refúgio da Vida Silvestre. E, neste local, ainda há comunidades tradicionais”, detalhou Francis. Além dessas mudas, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) já semeou mais 1,8 mil para novas doações em outros cidades e já há outras 2 mil sendo semeadas.

A professora da Universidade Federal de Pernambuco Márcia Vanusa alerta que o umbu será de poder efetivamente quando a gestão estadual estimular bioeconomicamente os usos medicinais e nutricionais de sua casca, folha e seu fruto, usadas secularmente por comunidades quilombolas e indígenas na alimentação e como remédio para cura de várias doenças.

Sistema integrado de segurança hídrica, energética e alimentar adequado para ambientes semiáridos  

O Ecolume busca em três eixos as potencialidades diante dos efeitos do novo comportamento do clima sobre esta região já muito semiárida: energético, hídrico e alimentar. "O projeto é um tripé e visa garantir três pilares. Nossa solução é garantir a segurança energética limpa, a produção de alimentos orgânicos e a segurança hídrica de forma inteligente. Seria um sistema circular que dá autonomia às populações em termos de oferta de água", analisou Francis Lacerda.

O Ecolume busca quebrar o paradigma da imagem de um Sertão pobre e mostrar que o semiárido é rico em diversidade. "É uma região onde chove pouco, de fato. Mas é possível utilizar essa água de forma inteligente. E também cuidar do reflorestamento da caatinga ao olhar para o meio ambiente", complementou a coordenadora do Ecolume. 

Francis Lacerda explica que o protótipo visa reaproveitar a água usada principalmente na cozinha da instituição no processo de tratamento com as mudas de umbu. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

O diretor do Serta e coordenador do campus Ibimirim, Sebastião Alves, destaca a importância desse primeiro protótipo em Pernambuco e aponta para os benefícios dessa tecnologia no Sertão pernambucano. “Já temos experiência na área de agroecologia e ter um projeto para reforçar a sustentabilidade ambiental foi algo muito bom. Esse reúso da água é muito significativo porque podemos utilizar duas vezes ou mais a mesma  água que consumimos e seria descartada”.

A expectativa de Tião, como é conhecido entre os alunos do Serta, é que os estudantes tenham mais contato com a técnica para replicar em outras regiões e até em suas casas. “A nossa preocupação é grande no sentido de criar condições de enfrentar esse novo desafio que a humanidade vai precisar se adaptar. É preciso fazer algo para reduzir esse aquecimento global”, comentou o professor. 

Para ele, a escolha da atenção especial ao umbu se deu porque a fruta nativa é muito rica e já não é tão fácil de ser encontrada. “Percebemos que ao longo dos anos já não temos mais umbuzeiros jovens na região toda. A planta vive em média entre 80 e 120 anos. Observamos que não há reposição natural dessas plantas. Estamos preocupados e por isso queremos utilizar essa tecnologia de reúso para poder repensar o recaatingamento do umbu”, alertou Sebastião.

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Irrigar o solo com água reaproveitada aumenta a matéria orgânica, contribuindo para a recuperação de áreas degradadas destinadas ao plantio. É o que revela pesquisa realizada no Instituto Nacional do Semiárido (Insa), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, com enfoque no semiárido brasileiro.

A instituição também integra as ações são desenvolvidas em Ibimirim. Mateus Mayer, um dos engenheiros do Insa e responsável pelo sistema hídrico de tratamento comunitário para reúso agrícola a ser instalado no Serta, antecipa que ele terá capacidade de tratar até 5 mil litros da água do esgoto da escola por dia, deixando-a qualificada para fins de irrigação nas proximidades.

 “A tecnologia usada é um sistema combinado de tanque séptico, reator UASB e de lagoas de polímeros. Com ele, preservamos os nutrientes da água para as plantas e eliminamos os patógenos e uma grande quantidade de matérias orgânicas que as prejudicariam”, detalhou o pesquisador do Insa.

A iniciativa evidencia todo o ciclo virtuoso do uso da água e a relevância de um modelo pertinente para o saneamento básico rural adaptado com as condições semiáridas. Francis menciona que essa etapa do tratamento da água é realizada pelo Insa porque eles já desenvolvem há décadas essa tecnologia. "Um reator é instalado no solo e recebe a água do esgoto. As bactérias filtram essa água e são destinadas às piscinas de polimento. Em seguida, são liberadas para as mangueiras de irrigação que levam essa água até as mudas no pomar”, narrou a estudiosa.

Francis esclarece que a qualidade das águas cinzas e negras reaproveitadas passa por monitoramento mensal. A primeira é o efluente que tem origem nas máquinas de lavar, chuveiros e pias de banheiro; já a segunda é aquela proveniente de vasos sanitários. No caso do reúso em Ibimirim ambas são utilizadas no sistema de tratamento do Ecolume.

Mudas de Umbu plantadas em Ibimirim, no Sertão de Pernambuco. Foto: Assessoria de Comunicação/Ecolume

Pesquisadores envolvidos no projeto Ecolume. Foto: Assessoria de Comunicação/Ecolume

O diretor do Insa, Salomão de Sousa Medeiros, assegura que a parceria com o Ecolume e o Serta consiste em desenvolvimento de tecnologias de tratamento objetivando o reúso agrícola. “Nós enxergamos que não adianta falar em gerenciamento de recursos hídricos e redução dessa vulnerabilidade no semiárido brasileiro sem considerar o reaproveitamento como uma ferramenta essencial para alcançar os objetivos necessários", avaliou Medeiros. 

Ele destacou ainda que dentre os principais objetivos estão dar uma opção de saneamento básico para as comunidades rurais e tornar a prática do reúso do sistema de esgoto como algo comum em Pernambuco. “Em nossa trajetória, o principal desafio é como produzir um efluente para fins agrícolas que seja seguro do ponto de vista sanitário, seja rico em nutrientes e nem obstrua os sistemas de irrigação”, descreveu Salomão. 

Cenário climático não é ideal no futuro

Em 2007, as projeções de clima divulgadas pelo Quarto Relatório do IPCC (IPCC AR4) mostraram um futuro com cenários de secas e eventos extremos de chuva em grandes áreas do planeta. De acordo com o documento, no Brasil, de clima, seria o interior de Nordeste, conhecida como semiárido. O órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou quatro capítulos que, juntos, formam um relatório completo sobre o aquecimento global.

O Nordeste brasileiro poderá assistir até 75% de suas fontes de água desaparecerem até 2050. Os manguezais também seriam afetados pela elevação do nível da água.Um outro ponto citado pelos especialistas é que o alto potencial para evaporação do Nordeste, combinado com o aumento de temperatura pode diminuir a água de lagos, açudes e reservatórios.

Francis Lacerda aponta que o semiárido nordestino pode ficar ainda mais vulnerável a chuvas concentradas em curto espaço de tempo. "Pesquisas já apontam um aumento significativo da temperatura média, o que deixaria a região ainda mais seca com maior déficit hídrico", disse. 

Salomão Medeiros aposta na solução do reúso da água para diminuir esses impactos, mas ele lamenta a prática ainda não ser uma prioridade no Brasil. "É preciso institucionalizar essa ação no país. Ainda não temos isso. Esse reaproveitamento tem que ganhar espaço numa escala mais ampla, desde a indústria, no meio urbano e rural. No semiárido, é fundamental porque além de ser uma fonte de água, podemos fazer uma agricultura agroecológica porque quando utilizamos a água do reúso na irrigação estamos fertilizando os nossos solos também", opinou. 

Francis indica que o projeto do Ecolume e das instituições parceiras busca além de capacitar a população local nas tecnologias utilizadas no projeto, estudar os impactos das mudanças climáticas globais na disponibilidade hídrica, eólica e solar futuras para o Nordeste. "Queremos a integração de conhecimentos da produção de alimentos consorciados com a vegetação nativa da Caatinga, com métodos adaptados às condições de solo e clima para preservação dos recursos hídricos e a geração de energia fotovoltaica. Vamos plantar água", garatiu. 

O reúso da água do ar-condicionado em estabelecimentos privados em Pernambuco virou lei. O projeto foi aprovado na Assembléia Legislativa de Pernambuco e serve para futuros estabelecimentos em que há facilitação de público. A água reaproveitada em estabelecimentos como shoppings, hospitais e bancos no Estado não sofrerá cobrança de taxa ou tarifa por parte da concessionária de fornecimento de recursos hídricos e de esgoto.

A lei estabelece normas para o uso racional e reaproveitamento das águas nas edificações do Estado de Pernambuco. “A ideia é coletar e reaproveitar a água do sistema de climatização das novas edificações. Os estabelecimentos devem projetar os sistemas hidráulico e sanitário e isso deverá combater o desperdício e o uso excessivo de água”, diz o deputado estadual Isaltino Nascimento, autor da lei.

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Nas edificações privadas acessíveis ao público e que são climatizadas a água condensada pelo sistema de ar-condicionado deverá ser captada e encaminhada para cisternas, caixas d´água ou veículos apropriados. A água coletada poderá ser armazenada nos mesmos recipientes que armazenam a água da chuva e pode ser utilizada em atividades que não necessitem de água potável.

Para o professor de refrigeração e ar-condicionado do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), Luis Lavor, a medida é muito importante. “Valoriza o meio ambiente, ajuda nas crises hídricas, evita o desperdício e gera economia para as empresas”, explica. Há estudo que afirma que um ar-condicionado pode produzir até 20 litros de água por dia pingando. Essa lei não se aplica a microempresas e empresas de pequeno porte. 

 

*Com informações da assessoria

Uma das regiões que mais têm sofrido com a seca, o semiárido radical, onde estão os focos de desertificação no Nordeste, pode enfrentar um cenário ainda mais dramático em um futuro de mudanças climáticas.

É o que alerta um trabalho feito pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV), que analisou o custo-benefício de medidas de adaptação para a bacia dos Rios Piancó-Piranhas-Açu, entre o sertão da Paraíba e do Rio Grande do Norte. A região, que abriga cerca de 1,6 milhão de pessoas, já tem sofrido com seca severa nos últimos cinco anos. O trabalho, encomendado pela Agência Nacional de Águas (ANA), e coordenado pelo pesquisador Alexandre Gross, calculou como esse quadro pode evoluir nos próximos 50 anos com a mudança do clima.

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No planejamento de riscos futuros tradicional, é normal considerar somente as séries históricas do passado e projetar o mesmo comportamento para frente. Por essa conta, até 2065 (o estudo usa 2016 como ponto de partida), a pesquisa estima que haveria déficit hídrico acumulado de cerca de 1.250 m³/s.

O trabalho calculou, então, como o quadro pode se alterar em três cenários de mudanças: um moderado; um com eventos extremos - em que há muita seca, mas também eventos de chuvas fortes; e um realmente árido. Esse déficit pode saltar para 14%, 84% e 133%, respectivamente.

Do ponto de vista econômico, o quadro sem mudança do clima indica perda de cerca de R$ 17,5 bilhões em 50 anos. O incremento com a mudança do clima pode variar de 7% (cenário moderado) a 97% (árido), atingindo cerca de R$ 35 bilhões.

"A mensagem é simples: planejar o futuro sem pensar nas mudanças climáticas pode significar uma negligência de cerca de 100% das perdas econômicas", diz Gross. "Sabíamos que poderia haver um déficit maior, mas a magnitude foi surpreendente. E, consequentemente, as perdas econômicas. A ideia é que o comitê de bacias leve isso em consideração", diz Carlos Perdigão, coordenador da superintendência de planejamento de recursos hídricos da ANA. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Todas as ações necessárias para a revitalização da Bacia do Rio São Francisco devem demandar um investimento de cerca de R$ 30 bilhões. A estimativa consta do caderno de investimentos do novo plano gestor de recursos hídricos da bacia do rio, que está sendo finalizado este mês pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).

A discussão em torno da revitalização do Velho Chico tomou impulso na última semana a partir do lançamento do plano Novo Chico. O presidente em exercício Michel Temer assinou decreto que remodela o Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco, instituído em 2001 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

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Na último dia 15, a Câmara Técnica do programa fez a primeira reunião e criou grupos de trabalho para detalhar as ações e os custos. Durante o encontro, o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, disse que as intervenções devem custar cerca de R$ 7 bilhões em um período de 10 anos.

A apresentação do plano de ação decenal está previsto para daqui a 90 dias, mas antes desse prazo, já em setembro, o comitê deverá lançar o plano gestor da bacia, que também tem um horizonte de 10 anos. O presidente do comitê, Anivaldo Miranda, acredita que o documento vai antecipar a definição das primeiras decisões do comitê gestor e da câmara técnica.

“Nesse plano, fizemos um diagnóstico e identificamos cenários atuais e futuros para a demanda hídrica até 2035 e definimos também eixos de atuação, metas e prioridades. Vamos oferecer o plano como contribuição. A partir daí, o programa da revitalização poderá economizar tempo e dinheiro e partir para estabelecer quanto será gasto a cada ano.”

Segundo o vice-presidente da CBHSF, Wagner Soares Costa, o novo programa de revitalização cria mecanismos que permitem ter maior controle das ações. “A grande novidade foi a criação do comitê gestor, que vai estabelecer o monitoramento das ações em implantação. Hoje, o que se sabe é que há muitas ações inacabadas e não iniciadas. O que se quer daqui para frente é que a ação comece, se desenvolva e tenha um término com data definida. Com isso, se materializa o resultado esperado da ação.”

Na lista dessas ações anteriores, estão obras de esgotamento sanitário e de abastecimento de água, que somam investimentos de R$ 1,1 bilhão. O plano Novo Chico absorveu essas obras e colocou a estimativa de término delas para 2019.

Segundo o presidente do comitê, os R$ 30 bilhões em investimentos para a recuperação da bacia do São Francisco deverão ser a soma de todos os recursos destinados pelos governos federal, estaduais e municipais e também pela iniciativa privada. 

“O programa da revitalização não pode ser entendido como programa do governo federal, mas como programa da União, dos estados da bacia, das prefeituras e inclusive da iniciativa privada. É um novo programa que tem que envolver toda a sociedade, todos os usuários da água e todo o Poder Público num esforço conjunto para vencer esse desafio.”

De acordo com Costa, o levantamento das ações necessárias para a revitalização do Rio São Francisco envolvem, entre outros, a recuperação de áreas degradadas, a recomposição de matas ciliares e a implantação de saneamento básico em todos as cidades que compõem a bacia do rio (são 507, no total).

Além do saneamento, ele aponta que é prioritário recuperar áreas degradadas para que voltem a absorver águas pluviais. Com isso, haveria uma recarga dos lençóis freáticos e a melhora das nascentes. A Bacia do Rio São Francisco envolve os biomas da Caatinga, da Mata Atlântica e do Cerrado. Para o vice-presidente da CBHSF, essa questão faz parte de uma nova visão sobre os recursos naturais.

“Um dos motivos da degradação sempre é a antropização, com a ocupação do solo de maneira desordenada. Para degradar, nós gastamos muito dinheiro. Para recuperar, teremos também que gastar muito dinheiro, pois tivemos uma mudança no sentido econômico do uso dos bens naturais. De 20 anos para cá, essa conscientização veio mais forte e está sendo transformada em ações para que tenhamos os resultados de recuperação.”

Nesse sentido, ele indica que a iniciativa privada, onde estão alguns dos grandes usuários das águas do São Francisco, participem de perto do plano de revitalização do rio.

Conceito

Neste primeiro momento de funcionamento do programa, Anivaldo Miranda alerta para a necessidade de se firmar um conceito de revitalização. Para ele, é preciso tomar cuidado para não confundir oferta com demanda de água.

“Revitalização tem que ser entendida nesse momento como um conjunto de investimentos cujo foco é oferta de água, de melhorar a quantidade e a qualidade da água. É claro que, ao fazer o programa de revitalização, é preciso compatibilizá-lo com outras agendas, como saúde, indústria e economia em geral. São agendas que avançam paralelamente, mas as agendas da revitalização precisam ser conceituadas de forma precisa.”

Dentre as atividades que demandam mais água do rio São Francisco, está a transposição, que vai levar água do Velho Chico para Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e uma parte de Pernambuco. Para Miranda, a obra é um motivo a mais para acelerar a revitalização, somado a expansão de outros projetos econômicos que vão exigir mais água do rio.

“Os estados que vão se beneficiar com os canais da transposição agora começam a fazer parte da grande família do São Francisco – para o bônus e para o ônus. Isso significa que o programa de revitalização passa a ser de interesse direto desses estados. É um grande motivo para unir todas essas forças para tornar esse programa de fato realidade.”

Um projeto de estudo sobre a disponibilidade e vulnerabilidade dos recursos hídricos subterrâneos na Região Metropolitana do Recife (RMR) começou a ser discutido na última terça-feira (3). A iniciativa - inédita no país – tem o objetivo de verificar a qualidade das águas possibilidade do uso dos mananciais, além de um plano de gestão dos recursos naturais do Estado. 

Durante 18 meses, serão preparados relatórios técnicos periódicos para verificar a viabilidade da utilização dos recursos superficiais e subterrâneos. O projeto será financiado pelo Banco Mundial e executado pela Secretaria Executiva de Recursos Hídricos e Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) em parceria com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH) e Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe). 

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Através do projeto, o Estado será o primeiro do Brasil a fazer zoneamento dos recursos hídricos, instalação de sensores termelétricos e avaliação da qualidade e do nível das águas subterrâneas. “Essa ação é estratégica para o planejamento de ações governamentais de controle e proteção dos aquíferos, evitando, consequentemente, a superexploração subterrânea da região”, pontua o secretário executivo de Recursos Hídricos da SDEC, Almir Cirilo. 

A Agência Nacional de Águas (ANA) está com inscrições abertas para o preenchimento de 2.750 vagas em cursos à distância. As oportunidades são distribuídas entre os cursos de Planejamento, Manejamento e Gestão de Bacias; Monitoramento da Qualidade da água de Rios e Reservatórios; Água na Medida Certa; Comitê de Bacia: o que é e o que faz?; Medindo as Águas do Brasil: Nossões de Plu e Fluviometria; ComitÊs de Bacias: Práticas e Procedimentos.   

As capacitações oferecidas pela ANA têm o propósito de estimular a conservação e o uso sustentável da água, assim como incentivar a participação da sociedade na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. Os interessados em concorrer às vagas devem efetuar asinscrições até o próximo domingo (18). Como se tratam de cursos à distância, o tempo de duração pode variar de um aluno para outro, pois vai depender da resolução das atividades, que serão estruturadas em módulos sequenciais. Os estudantes que obtiverem desempenho superior a 60% de aproveitamento nas avaliações receberão certificados digitais.   

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As chuvas fortes que caem no Sertão pernambucano desde o último domingo (16) não foram suficientes para aumentar o nível das barragens dos municípios. De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), apesar do grande quantitativo de água proveniente da zona de convergência do Atlântico Sul, nenhum centímetro das barragens foi elevado.

"Essa zona de convergência transporta umidade e instabilidade para todas os locais do País. Neste caso, veio para essa região específica de Pernambuco, mas o fenômeno já está passando, o que consequentemente reduz as chuvas no Sertão para os próximos dias ", afirmou o meteorologista Fabiano Prestrêlo.

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A Apac avalia frequentemente o número das barragens. Segundo analista de recursos hídricos da Apac, até esta quarta, não foi possível notar uma diferença significativa. "Apesar de muita água em Petrolina, Serra Talhada e Serrita, não constatamos nenhum aumento do nível das barragens. Nesta quinta, será realizada uma nova vistoria para que vejamos se houve elevação. Seriam necessários muitos dias para poder aumentar o nível, o que não vai acontecer agora", afirmou César Augusto Mendonça.

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A previsão é que chova bastante nesta madrugada somente até o início da manhã desta quinta (20) e, depois, os dias serão de sol na região. A Defesa Civil de Petrolina informou que as chuvas chegaram a derrubar o muro de uma casa e os moradores tiveram suas casas invadidas por água e lama.

A Agência Nacional de Águas (ANA) recebe inscrições, até o dia 16 deste mês, para cursos gratuitos na área de recursos hídricos. Ao todo, são oferecidas 3,5 mil vagas.

Gestão Integrada dos Recursos Hídricos no Nordeste e Água e Floresta: Uso Sustentável da Caatinga são as qualificações oferecidas. A ideia dos cursos é educar e conscientizar os participantes sobre a importância dos temas, a partir de práticas e conceitos relacionados aos recursos hídricos na região. 

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Os participantes que atingirem 60% de aproveitamento nas avaliações vão receber certificado digital. Informações sobre a realização das aulas podem ser encontradas no site da ANA.

A China tem as maiores reservas de gás natural de xisto do mundo, mas cerca de 60% dos depósitos estão localizados em regiões com recursos hídricos escassos, onde a agricultura e a indústria já disputam o uso da água.

De acordo com pesquisa do grupo norte-americano World Resources Institute, a condição das reservas chinesas complica a sua exploração. A mineração do recurso requer grandes quantidades de água, misturadas com produtos químicos capazes de quebrar as pedras de xisto para liberar o gás natural.

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Os chineses querem explorar o gás de xisto para fornecer energia limpa para o crescimento da economia e desligar usinas poluentes movidas a carvão. Mas a China enfrenta hoje uma das piores secas dos últimos cinquenta anos, que já atingiu boa parte das províncias centrais dependentes do cultivo agrícola.

Segundo o instituto, 38% dos depósitos mundiais de gás de xisto estão localizados em regiões com recursos hídricos escassos. China, Argentina e Argélia possuem as maiores reservas do mundo. Fonte: Associated Press.

O Projeto "Água: conhecimento para gestão", parceria entre a Agência Nacional de Águas e Fundação Parque Tecnológico Itaipu, está com inscrições abertas para sete cursos gratuitos. Ao todo, 480 vagas são oferecidas. As capacitações serão realizadas em duas modalidades: a distância (online) e semipresencial. 

As qualificações abordam a temática de gestão de recursos hídricos. Os cursos a distância são os seguintes Alternativas Organizacionais para Gestão dos Recursos Hídricos; Gestão territorial para recursos hídricos com software livre de código aberto; Comitê de Bacia: O que é e o que faz?; Comitê de Bacia: Práticas e procedimentos; e Governança da água na América Latina. As capacitações semipresenciais são Medição de Vazão pelo método acústico Doppler (ADCP) – Básico e Modelagem da Qualidade da Água em Reservatórios. 

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As aulas presenciais serão realizadas na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná. Os gastos com hospedagem, deslocamento e alimentação são de responsabilidade do interessado. Para participar, é necessário fazer cadastro no site do programa e realizar a inscrição no curso pretendido.

(Programar para às 8h do domingo) Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) promoverá nos dias 30 e 31 de outubro dois eventos. No primeiro dia, do encontro, será realizado o VI Workshop de Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco. Já o segundo, o público poderá conferir o III Workshop Internacional sobre Mudanças Climáticas e Biodiversidade.

Para participar, os interessados devem preencher a ficha de cadastro que se encontra disponível na página do evento ou através do e-mail: viwmcrhpe@gmail.com. O investimento, para cada wokrshop, varia de acordo com a efetivação do pagamento. Até o dia 30 de junho, o custo é de R$ 130, até 25 de outubro, R$ 150 e no dia do evento, R$200.  Para obter mais informações, os participantes podem entrar em contato com a organização através do número (81) 3183 4399 | 3183 4272.

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Com uma extensa dimensão territorial e maior disponibilidade de recursos hídricos, o Brasil tem grandes chances de assumir a liderança na agricultura mundial nos próximos anos. Diferentemente de nações como os Estados Unidos e a China, que são dependentes de sistemas de irrigação e já não dispõem de novas áreas para abertura agrícola, o País desfruta de condições climáticas favoráveis, que o permitem cultivar até duas safras em algumas áreas de sequeiro.

A avaliação é de Warren Kreyzig, analista de commodities do Banco Julius Baer, que atua no Brasil por meio de participação de 80% na GPS Investimentos Financeiros e Participações SA. De acordo com ele, o déficit hídrico é a principal restrição para produção global de alimentos. "Essa restrição de água deve melhorar a perspectiva de demanda para o Brasil, que se tornará o grande provedor de alimentos do mundo", comentou Kreyzig em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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Com base em um cenário de crescimento médio da economia e sem considerar eventuais ganhos de eficiência, ele projeta que o consumo mundial de água crescerá 50% até 2030, o que resultará em um déficit de aproximadamente 2,7 bilhões de metros cúbicos. O analista do banco suíço observou que a agricultura irrigada responde por cerca de 70% do consumo global de água e, dada a expansão demográfica e o aumento dos níveis de consumo, os produtores terão de competir com a indústria por recursos hídricos em países que não são favorecidos em termos de hidrografia quanto o Brasil.

Kreyzig alertou, contudo, que o setor agropecuário brasileiro precisará de investimentos maciços para ocupar a liderança no mercado mundial. Entre os aspectos que precisam ser aprimorados, ele citou a logística de escoamento da produção. "A situação melhorou muito em relação ao ano passado e vislumbramos um bom futuro para o Brasil na agricultura", reforçou.

Os preços mais altos das commodities agrícolas, sobretudo dos grãos, permitiu ao produtor se capitalizar a ampliar os desembolsos na lavoura. Mas o analista do Julius Baer alertou para uma redução dos lucros na safra 2014/15. No caso da soja, ele adota um viés baixista por causa da perspectiva de uma produção norte-americana recorde e da queda na demanda doméstica por ração animal em meio à disseminação da diarreia epidêmica suína. "Também esperamos cancelamentos de cargas dos EUA porque, embora tenham melhorado, as margens de esmagamento na China ainda estão negativas", justificou.

Para Kreyzig, as cotações da oleaginosa devem encerrar o ano comercial 2013/14, que vai até 31 de agosto, em torno de US$ 13 por bushel no curto prazo. Para o contrato novembro, referente à nova colheita norte-americana, ele trabalha com uma perspectiva de US$ 10,50 por bushel.

Em relação ao milho, o analista do banco suíço citou uma tendência neutra, já que o cereal é mais vulnerável que a soja às condições climáticas. "Junho e julho são os meses mais importantes e precisamos ver como o clima se sairá", disse, apontado uma meta de US$ 4,50 por bushel para os próximos três meses.

Quanto ao trigo, Kreyzig observou que o mundo está bem abastecido e, mesmo com problemas de seca nos EUA, os estoques tendem a permanecer em níveis confortáveis. Por isso, ele prevê que os futuros da commodity recuem para US$ 6,30 por bushel nos próximos três meses e, depois, acentuem as perdas até US$ 6 por bushel no mês seguinte.

O presidente do PP em Pernambuco e deputado federal, Eduardo da Fonte, solicitou à presidente Dilma Rousseff (PT), a manutenção do projeto original do Canal do Sertão em Pernambuco, que prevê a disponibilização de recursos hídricos em várias cidades. A obra vem sendo discutida no Estado e, inclusive, foi tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), recentemente

O pedido do progressista foi feito em reunião do Conselho Político com a presidente, no Palácio do Planalto em Brasília. Para o deputado, é importante manter o projeto original, porque contempla mais pernambucanos.

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Mudança - O projeto inicial do Canal do Sertão previa atender 17 municípios do Sertão, irrigando uma área de 139 mil hectares. Porém, a iniciativa foi reduzida para 40 mil hectares por mudanças feitas pelo governo Dilma Rousseff (PT) e por isso, tem gerado reclamações dos representantes dos lugares que seriam beneficiados. 

 

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), realiza, entre os dias 28 e 30 de outubro, o V Workshop de Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco e o II Workshop Internacional sobre Mudanças Climáticas e Biodiversidade. 

O objetivo é promover o encontro das comunidades acadêmico-científica e interessados pelos temas de mudanças climáticas e biodiversidade, oferecendo oportunidade de divulgação de trabalhos técnico-científicos e de interação entre pesquisadores das áreas para troca de experiências profissionais e enriquecimento do conhecimento de assuntos relacionados aos eixos temáticos.

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Desastres naturais e eventos extremos, geotecnologias e aplicação nos recursos naturais, monitoramento ambiental e variabilidade e mudanças climáticas estão entre os pontos temáticos dos eventos.

A coordenação dos eventos também está recebendo artigos até o dia 31 deste mês. Os textos aprovados serão publicados em Anais, na Revista Brasileira de Geografia Física, Journal of Hyperspectral Remote Sensing ou em Capítulos de Livros. Podem ser inscritos até três artigos por autor e, no máximo, quatro coautores. Os interessados em participar já podem se inscrever através do site do Itep.

MINICURSOS – Serão oferecidos cinco minicursos com carga horária de 12 horas, no horário das 18h às 22h. Os minicursos são: “Base de dados Bibliográficos na redação de Artigos Científicos”, com a professora Rejane Magalhães de Mendonça Pimentel (UFRPE); “Estatística básica aplicada aos sistemas ambientais”, com o professor Romero Luiz Mendonça Sales Filho (UFRPE/UAG), “Aplicativos da ferramenta Hidroligy do ArcGis com imagens orbitais SRTM”, com o engenheiro cartógrafo Aramis Leite de Lima (Itep); “Uso e Aplicações do Surfer 8.0”, com o professor Lincoln Eloi de Araújo “UFPB/Rio Tinto; e “Básico em ArcGIS 10”, com o engenheiro cartógrafo Flávio Porfírio Alves, coordenador técnico da UGEO do Itep. O investimento para todos é de R$ 50.

 





Estudantes do ensino médio e superior, mestres e doutores de todo o país já podem concorrer ao XXVII Prêmio Jovem Cientista. Os interessados têm até o dia 30 de agosto para realizar as inscrições através do site. Alunos do ensino médio têm também a opção de enviar suas pesquisas pelos Correios.

Nesta edição, que tem como tema “Água: desafios da sociedade”, tem como iniciativa convocar jovens a encontrar soluções para os desafios da gestão dos recursos hídricos, visto que 0,003%  da água que é utilizada  para saciar a sede, fazer a higiene e irrigar a agricultura, é ameaçada pelo desperdício e poluição.

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Este ano, o Prêmio realizará oficinas de projetos científicos para estudantes do ensino médio em nove capitais. São elas: Belém, Campo Grande, Curitiba, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, além do Distrito Federal. As oficinas, com duração de quatro horas, têm por objetivo orientar os interessados em participar do Prêmio. Cada escola participante poderá indicar de cinco a dez estudantes e um professor. As Oficinas ocorrerão em maio e junho e as chamadas serão feitas pela página do Prêmio Jovem Cientistas no Facebook. 

A Prefeitura Municipal de Palmares, através do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) deu inicio à construção da Adutora do Una. O Canal de tubulação custará mais de R$ 330 mil, e conta com aproximadamente 2000 metros de extensão e terá uma capacidade de vazão é de 200 metros cúbicos/hora. 

Foram instalados canos de 200 milímetros para realização de captação de água do Rio Una, dando assim um maior suporte para a estação de tratamento de água do município. A previsão de entrega para a população, é para o dia 30 de abril.

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Abastecimento - Em situação de emergência, a cidade de Palmares sofre com a escassez de chuvas na região. A Barragem de Santo Antônio, que abastece o município, na Mata Sul do Estado, opera com apenas 10% da capacidade total, o que vem preocupando autoridades da região. Em dias normais, o reservatório conta com 300 mil litros de água, mas atualmente o acumulo é de apenas 25 mil litros.

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