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Medalhista de bronze em Pequim, no revezamento 4x100m feminino, a velocista Rosângela Santos revelou através de sua página nas redes sociais que foi dispensada pelo Esporte Clube Pinheiros após o fim de mais um ciclo olímpico. Ela ainda contou que virou motorista de aplicativo para conseguir pagar as contas.

"Sem nenhuma explicação plausível do responsável. Acham mesmo que vale a pena passar por tudo isso. Ter que levantar cedo, ir treinar dois períodos, depois ter que pegar o carro e fazer corridas no app para poder ter renda? Estou vendo que o momento de me aposentar do atletismo está cada vez mais perto", disse a atleta.

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O Pinheiros, que ainda não se pronunciou sobre o caso, segundo Rosângela Santos, havia prometido não rescindir seu contrato, visando mais um ciclo olímpico. No entanto, ao que tudo indica, não foi o que aconteceu. O clube para diminuir sua folha salarial optou pela saída do atleta.

"Essa situação me revoltou muito, principalmente com a falta de respeito. Ser sincero e honesto, isso não foi feito. Fui a duas Olimpíadas, campeã Pan-Americana, entre outros. Deixei de ir para outro clube para receber mais. Aceitei o corte esse ano com a promessa de receber depois, mas acabei dispensada", concluiu.

Rosângela Santos representou o Brasil em quatro olimpíadas, mas teve atuação discreta tanto no Rio de Janeiro quanto em Tóquio. O bronze conquistado em Pequim veio após a classificação da equipe Russa pelo escândalo de doping.

A velocista ainda conquistou três ouros em Jogos Pan-Americanos e chegou a ser a recordista sul-americana dos 100 m rasos.

O Brasil terá pela primeira vez uma representante na final dos 100 metros em uma edição do Mundial de Atletismo, que em 2017 está sendo realizado no Estádio Olímpico de Londres. Neste domingo (6), Rosângela Santos se classificou para a disputa de medalha ao ficar em segundo lugar na sua bateria pelas semifinais, tendo registrado um novo recorde sul-americano.

Rosângela Santos já havia se destacado nas eliminatórias, no último sábado, quando fez a marca de 11s04, se classificando com a sua melhor marca pessoal para as semifinais. E neste domingo conseguiu um tempo ainda melhor, o melhor da América do Sul nos 100m, ao correr a distância em menos de 11s, em 10s91.

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A brasileira só ficou atrás na segunda bateria da jamaicana Elaine Thompson, que venceu a disputa em 10s84. O triunfo na primeira série foi da marfinense Marie-Josee Ta Lou, com 10s87. E quem se deu melhor na terceira semifinal foi a norte-americana Tori Bowie, exatamente com 10s91, a mesma marca de Rosângela.

Empatada com a velocista dos Estados Unidos, a brasileira fez a terceira melhor marca das semifinais. AS outras classificadas para a final foram a holandesa Dafne Schippers (10s98), a marfinense Murielle Ahouré (10s99) e mais duas atletas de Trinidad e Tobago: Michelle-Lee Ahye (11s04) e Kelly-Ann Baptiste (11s07).

Com Rosângela Santos sendo a primeira brasileira a lutar por uma medalha na distância, a final feminina dos 100m no Mundial de Atletismo será disputada ainda neste domingo, às 17h50 (horário de Brasília), no Estádio Olímpico de Londres.

Rosângela Santos voltou para casa, nos Estados Unidos, após o Troféu Brasil de Atletismo com o passaporte para o Mundial de Londres, em agosto, na mão. A velocista garantiu o índice nos 100 metros rasos com 11s24 (dois centésimos abaixo da marca mínima) e vai batalhar para melhorar o tempo nas próximas competições. O maior desafio dela agora é sustentar sua carreira fora do País.

A atleta do Pinheiros-SP, que nasceu em Washington e cresceu no Rio, mudou-se para Miami em 2014 seguindo projeto da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e do Comitê Olímpico do Brasil (COB) que visava a Olimpíada do Rio-2016. Para o ciclo até os Jogos de Tóquio, em 2020, Rosângela Santos mudou-se para Houston, onde assumiu todas as suas despesas.

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"Estou sobrevivendo a cada mês. Foi bem difícil depois da Olimpíada do Rio. Só fiquei no Pinheiros e no programa de alto rendimento do Exército. Agora consegui fechar com a Nike, mas ainda estou com um pouco de dificuldade financeira. Estou procurando emprego para tentar complementar o pagamento das contas e suplementos na preparação", contou.

Em março, Rosângela Santos recebeu a medalha de bronze do revezamento 4x100 metros rasos dos Jogos de Pequim-2008, herdado após caso de doping da equipe da Rússia - o Brasil foi quarto. Apesar da honra, a conquista retroativa não lhe trouxe recompensa em dinheiro. Aos 26 anos e com três Olimpíadas disputadas, ela tem distribuído currículos para "qualquer coisa". A velocista chegou a tentar um financiamento coletivo online, mas o projeto de "crowdfunding" de R$ 60 mil não foi adiante.

Uma das opções é tornar-se motorista do Uber, aplicativo de transporte privado, nos Estados Unidos. Para isso, ela precisa esperar até novembro, quando a sua carteira de habilitação em território norte-americano completará um ano. "O que conseguir no momento vai ser bem-vindo", disse. O plano é assumir um compromisso profissional que a possibilite ter flexibilidade para conciliar o emprego com os treinamentos em dois períodos e com as viagens para competições internacionais.

Em uma reunião no dia 11 de maio, Rosângela Santos teve o nome indicado pela CBAt para receber o auxílio do Bolsa Pódio - a categoria mais alta do programa do governo federal destinada a esportistas com chances de disputar medalhas. A atleta, entretanto, não está entre os 20 primeiros colocados do mundo no ranking da modalidade e, por isso, teve o pedido negado.

A reprovação foi encarada com naturalidade pela velocista. "O critério tem de ser usado para todos. Estou com dificuldade financeira, mas outros atletas também estão e há alguns melhores do que eu no ano. Temos de ser justos e dar para quem merece. Não estava contando com a bolsa nesse momento", afirmou. Novas indicações podem ocorrer até outubro.

SEM VOLTA - Apesar da restrição financeira, voltar a morar no Brasil não é opção para ela. "Coloquei uma meta na minha cabeça e não tenho mais vontade de morar aqui por vários fatores: segurança, saúde e, principalmente, pelas oportunidades que tenho lá. Voltar não está nos meus planos, mesmo que tenha de trabalhar", justificou.

A vontade de ser inserida no mercado de trabalho também deve-se à preocupação com o futuro. "Tenho ensino médio profissionalizante, que me permite trabalhar com recreação de crianças até 11 anos, mas a falta de experiência está me atrapalhando um pouco. Minha vida de atleta vai acabar e preciso um plano para não ter surpresas".

Quando tiver mais estruturada nos Estados Unidos, Rosângela Santos planeja retomar os estudos e sonha também com a maternidade. "Muita gente tenta me convencer a correr até os 34 anos. Nunca se sabe, mas, com certeza, eu vou parar para ter filho antes disso. Até Tóquio-2020 eu estarei muito focada, depois o planejamento vai ser ano a ano", projetou.

Rosângela Santos voltou a mostrar, neste domingo, que está na melhor fase da carreira. Depois de igualar ou bater o seu recorde pessoal dos 100 metros quatro vezes na temporada, agora foi a vez de ela baixar a sua melhor marca também nos 200 metros, alcançando pela primeira vez o índice olímpico e mundial para a prova.

A velocista criada no Rio e que atualmente treina em Miami (Estados Unidos) foi quarta colocada na etapa de Birmingham (Inglaterra) da Diamond League, neste domingo. Completou os 200 metros em 22s77, baixando em 0s15 a melhor marca da carreira, que vinha desde 2012.

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O tempo feito por Rosângela neste domingo faz dela a quarta melhor do Brasil em todos os tempos nos 200 metros, atrás de Ana Cláudia Lemos (22s48, em 2011), Lucimar Moura (22s60, em 1999) e Franciela Krasucki (22s76, em 2013).

Mesmo longe das primeiras colocadas (as três primeiras em Birmingham correram para 22s29 ou 22s30 e a vitória só foi decidida no photofinishing), Rosângela passou com folga o índice olímpico, que é 23s20. Também se classificou nesta prova para o Mundial de Pequim (China), que vai acontecer em agosto.

Agora o Brasil já tem três classificadas para os 200 metros nos Jogos do Rio, uma vez que Ana Cláudia Lemos (23s08) e Vitória Rosa (23s11) fizeram o índice no Troféu Brasil, em maio. Se mais uma atleta baixar esta marca, o que Franciela Krasucki tem totais condições alcançar, serão convocadas a campeã do Troféu Brasil do ano que vem e as duas melhores do ranking nacional de 2016. Rosângela e Ana Cláudia já tem índice também para os 100 metros.

OUTROS RESULTADOS - Ainda em Birmingham, Fabiana Murer ganhou o ouro no salto com vara, com 4,72m, assumindo o terceiro lugar do ranking mundial. Geisa Coutinho ficou com a prata nos 400m, com tempo alto: 52s59. As duas atletas já têm índice olímpicos nas respectivas provas.

Thiago André, de apenas 19 anos, também qualificado para a Olimpíada, ficou em um desconfortável quarto lugar nos 1.500 metros, prova que não valeu para a Diamond League, ficando atrás de três quenianos. O garoto havia ficado em quarto em duas provas do Mundial Juvenil do ano passado: 800 e 1.500 metros, sempre superado por africanos.

Na Espanha, acabou neste domingo um meeting de provas combinadas, em Arona. No heptatlo, Vanessa Chefer, atleta do Pinheiros-SP, repetiu a vitória do Troféu Brasil, com 6.103 pontos, e obteve o índice para o Mundial. A marca mínima para a Olimpíada, entretanto, é 6.200. No decatlo, Felipe dos Santos foi terceiro, com 7.806, resultado parecido com o que obteve no Troféu Brasil. O índice olímpico da prova é 8.100.

O jamaicano Usain Bolt confirmou o seu favoritismo e venceu neste domingo a disputa dos 100 metros no Desafio Mano a Mano, realizado em uma pista montada na praia do Leme, no Rio. O campeão olímpico e mundial sobrou diante dos demais concorrentes e completou a distância em 10s06.

Bolt teve uma largada ruim na prova, mas logo se recuperou, assumiu a dianteira e abriu vantagem confortável para os demais adversários, vencendo com segurança a disputa. A disputa entre os demais concorrentes foi acirrada, com uma diferença de tempo de apenas 0s03 entre o segundo e o quarto colocado.

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O britânico Mark Lewis-Francis foi quem se deu melhor e assegurou a segunda posição com a marca de 10s42. O brasileiro Jefferson Lucindo, que no sábado venceu a seletiva nacional para a prova, ficou em terceiro lugar, com 10s44, apenas 0s01 mais rápido do que o norte-americano Wallace Spearmon, o quarto colocado, com 10s45.

Essa foi a primeira vez que Bolt disputou uma prova de 100 metros em 2014. Atrapalhado por uma lesão, nesta temporada o velocista jamaicano só havia participado e vencido a disputa do 4x100 metros nos Jogos da Commonwealth, realizados em Glasgow.

ROSÂNGELA SANTOS - Após vencer a seletiva nacional no último sábado, garantindo a sua classificação para o Desafio Mano a Mano, a brasileira Rosângela Santos surpreendeu neste domingo e ganhou a disputa feminina dos 100 metros com o tempo de 11s33, numa prova em que a norte-americana Carmelita Jeter era a principal atração.

A jamaicana Schillonie Calvert, que faz parte da equipe de revezamento 4x100 metros da Jamaica na Olimpíada de Londres, onde conquistou a medalha de prata, ficou na segunda colocação, com 11s35. Carmelita Jeter, dona de títulos olímpicos e mundiais, decepcionou e terminou em terceiro lugar, com 11s38. Já a norte-americana Cleo Vanburen, ficou na quarta posição, com 11s60.

PROVA PARALÍMPICA - Sem ser ameaçado pelos seus concorrentes e compatriotas, o norte-americano Richard Browne ganhou a disputa paralímpica em 10s80. Jerome Singleton chegou em segundo lugar (11s40) e Blaker Leeper foi o terceiro (11s83).

Ana Cláudia Lemos voou baixo na pista do Estádio do Mangueirão, em Belém, que recebe4 a disputa do GP Brasil de Atletismo. A velocista de 24 anos bateu o recorde sul-americano mais uma vez ao vencer os 100 metros rasos com o tempo de 11s05, aproximando-se cada vez mais de ser a primeira mulher da América do Sul a correr na casa dos 10 segundos.

"Eu estou muito, mas muito feliz. Quero agradecer o trabalho do (Katsuhico) Nakaya (seu técnico), que está conseguindo corrigir meus problemas. E eu estava esperando uma marca ainda melhor", disse a atleta, que enfrentou o calor e a umidade de quase 80% da capital paraense.

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Este é o segundo recorde sul-americano da velocista em uma semana. No sábado passado, em um torneio em Campinas, a velocista alcançou o índice para o Mundial de Moscou com a marca de 11s13, melhorando em dois centésimos a marca continental que ela havia conquistado em setembro de 2010. No mesmo torneio em São Paulo, Ana Cláudia correu a semifinal e venceu a distância em 10s93, mas o tempo não é oficialmente reconhecido por ter sido conquistado com o vento acima do permitido.

O pódio dos 100 metros feminino foi completado pelas americanas Mikele Barber (segunda colocada, com 11s15) e Chauntae Bayne (terceira, 11s18). Mas a quarta colocada, Rosângela Santos, foi uma das que mais comemorou, com o resultado de 11s23.

A velocista carioca ficou muito perto de sua marca pessoal (11s17) após passar um ano difícil. "Eu quase estava falando para o meu técnico que iria desistir desse ano e deixar ir alguém melhor brigar pela vaga em Moscou".

Rosângela passou por problemas familiares e físicos, e sofreu com a extinção do Time Rio, projeto municipal que dava auxílio financeiro aos atletas da cidade olímpica. "Hoje era a minha última chance de salvar a temporada, e agora vou treinar com tudo para conseguir o índice (11s17)."

*A repórter viajou a convite da Confederação Brasileira de Atletismo

O segundo dia do atletismo nos Jogos de Londres foi marcado pela estreia do principal nome desse esporte no mundo, o jamaicano Usain Bolt, além de duas conquistas douradas por parte de atletas britânicos. Os brasileiros não foram bem e Fabiana Murer foi eliminada no classificatório do salto com vara; Rosângela Santos não avançou à final dos 100 metros rasos feminino, e Mauro Vinícius terminou em sétimo a disputa do salto em distância.

Confira abaixo o balanço deste sábado no atletismo de Londres:

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Bolt faz o nono melhor tempo e norte-americano é o mais rápido no classificatório

Na disputa dos 100 metros rasos, muita expectativa para estreia do jamaicano Usain Bolt. No entanto, o corredor esteve longe do atleta que foi apelidado de “raio”. Mesmo vencendo a sua bateria, ele cravou 10s09 e ficou com o 9º tempo geral, garantindo vaga nas semifinais. A melhor marca foi a de Ryan Bailey, Estados Unidos, com 9s88.

Outros favoritos correram com tempos próximos. Os jamaicanos Yohan Blake e Asapa Powell marcaram 10s e 10s04, respectivamente. O norte-americano Tyson Gay, candidato ao ouro, correu em 10s08.

O brasileiro André Nilson disputou a classificação, fazendo 10s26 e ficou de fora da próxima fase por muito pouco. Confira abaixo os 21 classificados para as semifinais:

Tyson Gay (Estados Unidos) - 10.08
Richard Thompson (Trinidad e Tobago)
Phiri Gerald (Zâmbia)
Justin Gatlin (Estados Unidos) - 9.97   
Derrick Atkins (Bahamas)
Rondel Sorrillo (Trinidad e Tobago)
Ryan Bailey (Estados Unidos) - 9.88
Ben Youssef Meite (Costa do Marfim)
Justyn Warner (Canadá)
Usain Bolt (Jamaica)
Daniel Bailey (Antígua e Barbuda)
James Dasaolu (Grã-Bretanha)
Asapha Powell (Jamaica)
Adam Gemili (Grã-Bretanha)
Churandy Martina (Holanda)
Yohan Blake (Jamaica)
Ryota Yamagata (Japão)
Bingtian Su (China)
Dwain Chambers (Grã-Bretanha)
Jimmy Vicaut (França)
Keston Bledman (Trinidad e Tobago)

Oscar Pistorius classificado para as finais dos 400 metros

Após muita polêmica com o Comitê Olímpico Internacional (COI), o sul-africano Oscar Pistorius garantiu a permissão de disputar os Jogos Olímpicos de Londres e não desapontou. Amputado das duas pernas, o corredor que atua com próteses conseguiu a classificação para a segunda fase dos 400 metros rasos neste sábado (4). Ele ficou com o 16º melhor tempo, marcando 45s44, pouco mais de um segundo do desempenho de Jonathan Borlee, da Bélgica, que ficou na primeira colocação.

Pistorius disputou as paralimpíadas de Pequim, em 2008. Na época, faturou a medalha de ouro em três provas: 100m, 200m e 400m.

Fabiana Murer é eliminada no classificatório

A brasileira Fabiana Murer era apontada como a principal esperança de medalha brasileira no atletismo dos Jogos de Londres. A atleta é atual campeã mundial indoor no salto com vara e nesta temporada já tinha conseguido como melhor marca 4,77 metros. No entanto, na etapa classificatória, ela não superou os 4,55 metros de altura nos dois saltos que tentou, já que no último que tinha direito ultrapassou o tempo limite.

Com as tentativas, Murer ficou apenas na 14ª colocação e foi eliminada, uma vez que só as 12 melhores se classificavam. Ela ainda viu a sua principal rival, a russa Yelena Isinbayeva, avançar a próxima etapa com facilidade. A europeia busca a sua terceira medalha de ouro olímpica. A disputa por um lugar no pódio será realizada na segunda-feira (6), a partir das 15h (horário de Brasília), no Estádio Olímpico de Londres.

Rosângela desclassificada nas semifinais dos 100 metros

Após conseguir a classificação para as semifinais dos 100 metros rasos feminino, a brasileira Rosângela Santos não conseguir progredir até a disputa por medalhas da categoria. Aos 21 anos, a corredora ficou na terceira colocação da 1ª semifinal com a marca de 11s17 segundos, que é um recorde pessoal e está apenas a dois centésimos do recorde sul-americano.

Para ter avançado às finais, ela precisaria ter feito melhor tempo entre as três primeiras. A largada não foi muito boa e isso acabou influênciando negativamente. “Tive que fazer uma prova de recuperação. Obtive a melhor marca de minha vida e se não passei para a final é porque não era para ser”, explicou em entrevista ao portal da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). A partir de agora, o foco da corredora será a disputa do revezamento 4x100 metros.

Duda chega à final, mas termina em sétimo; Britânico vence.

Único representante brasileiro na disputa do salto em distância masculino dos jogos de Londres, Mauro Vinícius, o Duda, conseguiu a classificação para a final, mas não conquistou uma medalha neste sábado (4), no Estádio Olímpico. O atleta de 25 anos teve como melhor marca no dia 8.01 metros – rendimento inferior ao alcançado no classificatório, quando fez 8.11 metros.

Com a marca conquistada, Duda terminou na sétima posição geral. O ouro ficou com o britânico Greg Rutherford, que saltou 8.31 metros. A prata foi conquistada por Mitchell Watt (8.16 metros), da Austrália, seguido de Will Claye, dos Estados Unidos – que ficou com o bronze (8.12 metros).

Britânica fatura o ouro no heptatlo

Com o apoio da torcida, os britânicos conseguiram medalhas importantes neste sábado (4). Jessica Ennis (foto à direita) conquistou o ouro no heptatlo – prova que é considerada a mais completa do atletismo. Ela faturou o primeiro lugar depois de somar 6.955 pontos. A prata foi alcançada pela russa Tatyana Chernova, que teve um escore de 6.628, enquanto o bronze ficou com Lyudmyla Yosypenko, da Ucrânia, com 6.618.

Donos da casa também foram os melhores nos 10 mil metros

O sucesso do heptatlo e do salto em distância se repetiu na prova dos 10 mil metros. O britânico Mohamed Farah ficou com a medalha de ouro desbancando candidatos favoritos, como Kenenisa Bekele, bicampeão olímpico nas edições de Atenas (2004) e Pequim (2008). O corredor da casa completou o percurso em 27min30seg42. A prata foi conquistada pelo norte-americano Galen Rupp, já o bronze é de Tariku Bekele, da Etiópia.

Kenenisa Bekele, favorito ao ouro e irmão do medalhista de bronze, acabou a prova na quarta colocação. Ele terminou o trajeto com pouco mais de dois segundos em relação à britânico Mohamed Farah.

1º ouro jamaicano no atletismo veio nos 100m rasos feminino

Na disputa dos 100 metros rasos feminino, a Jamaica garantiu as suas duas primeiras medalhas nos Jogos Olímpicos de Londres. Shelly-Ann Fraser-Pryce ficou com a medalha de ouro (10.75 segundos), repetindo o feito de Pequim (2008). O país ainda viu Verónica Campbell-Brown subir no terceiro lugar do pódio. A prata ficou com Carmelita Jeter, dos Estados Unidos.

Rosângela Santos não queria disputar o Pan. Cansada após uma temporada que começou em março e teve seu auge no Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, em agosto, a velocista pensou em desistir do torneio em Guadalajara para descansar. Mas foi convencida a viajar para o México com um conselho valioso de seu técnico, Paulo Servo. "Ele me deu duas semanas de descanso e disse: 'Vamos treinar para o Pan porque você vai ser feliz lá'", lembra a atleta, que conquistou a medalha de ouro nos 100 metros, com o tempo de 11s22, a melhor marca de sua carreira.

A temporada, encerrada de maneira brilhante, marca o retorno de Rosângela ao atletismo. Vice-campeã mundial de menores em 2007, a precoce velocista esteve como reserva do revezamento 4x100m no Pan do Rio - tinha apenas 16 anos. Hoje, aos 20, sabe das dificuldades que superou para acabar com um jejum brasileiro de 28 anos.

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"Eu estava quase dois anos parada por causa de lesões. Tinha pensado em abandonar o atletismo", conta. "Foram problemas na coxa, estiramento no (músculo) posterior, lesão no joelho. Eu não contava com ajuda de fisioterapeuta, só tratava com gelo. Isso foi me deixando para baixo e eu não queria treinar, porque eu tentava e sentia muita dor".

Rosângela admite que não veio para Guadalajara com muita expectativa. "Fiz um bom Mundial, cheguei perto da minha melhor marca pessoal e ajudei o 4x100m a bater o recorde sul-americano. Eu queria férias". Mas, ao revelar o desânimo, contou com outro conselho fundamental. Este, da campeã olímpica Maurren Maggi. "Em uma conversa com ela, falei que não esperava muita coisa do Pan. E ela me disse que, quando a gente menos espera, é que chegam os melhores resultados".

Vaidosa, a brasileira nascida em Washington D.C. (EUA), mas criada no Rio de Janeiro, revelou que demorou quase uma hora para sair da Vila Pan-Americana. "Tenho que fazer maquiagem, arrumar o cabelo e a unha. Tudo tem que estar perfeito, porque não posso sair feia na foto, né?" Também disse que passou à noite em claro e nem comeu. "Não queria correr o risco de ter uma dor de barriga".

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