Tópicos | Ana Cláudia Lemos

Recordista brasileira nos 100 metros e sul-americana nos 200m rasos, Ana Cláudia Lemos volta às grandes competições nesta sexta-feira (9), às 14h30, no Troféu Brasil de Atletismo, para deixar as sombras do passado para trás. O primeiro passo é obter o índice para o Mundial de Londres, em agosto, na prova mais rápida do atletismo (11s26) e ajudar o Pinheiros - sua nova casa - na conquista do bicampeonato.

Em 2016, a velocista viveu um dos momentos mais conturbados de sua carreira. Em março, seu exame antidoping apontou a presença da substância proibida Oxandrolona e, apesar de ser inocentada após provar que houve contaminação cruzada de um medicamento, ela teve de cumprir cinco meses de suspensão por negligência.

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O episódio deixou Ana Cláudia mais meticulosa em sua rotina. "Sempre fui desconfiada, não pegava alimento e água da mão de ninguém. Após o doping, eu pirei. É uma loucura. Se meu noivo abre a minha água, eu já não tomo mais. Pesquiso, pergunto para meu médico mil e uma vezes sobre os medicamentos. Já era neurótica, agora sou mais. Fico com medo. Eu me cuidava tanto e aconteceu, agora me cuido muito mais."

A vigilância sobre ela também aumentou. A atleta mais rápida do Brasil estreou na temporada em 10 de maio, com o 2.º lugar no Circuito Ouro, organizado pela Federação Paulista de Atletismo. Ela foi submetida a quatro exames antidoping até agora. "Este ano, já fiz dois (exames) de sangue, dois de urina e um passaporte biológico. Levando em consideração que vou fazer minha segunda competição, estou sendo bastante testada e acho isso até bom."

A velocista teve de aprender a conviver com julgamentos e precisou de tempo para "digerir" as ofensas. O caso de doping, contudo, não foi o único trauma enfrentado por Ana Cláudia no ano passado. O desconforto no joelho direito que a impediu de competir na Olimpíada do Rio virou uma grave lesão.

"Foram cinco meses e meio para me recuperar de um edema ósseo, um desgaste de cartilagem e um desequilíbrio muscular. Devido ao estresse que tive no período do doping, algumas coisas dentro de mim não se resolviam", explicou. Com isso, foi buscar ajuda psicológica. "Estava mais brava, irritada e intolerante. Precisei de uma psicóloga para me motivar."

Depois de cerca de um ano sem clube, Ana Cláudia assinou contrato com o Pinheiros. Para 2018, a meta é superar o próprio limite nos 200 metros (22s48). Ela tem um planejamento detalhado até os Jogos de Tóquio, em 2020, e promete seguir à risca para honrar sua própria história.

Uma semana após o fim de sua suspensão por doping, Ana Cláudia Lemos voltou às pistas no domingo. Em Medellín, na Colômbia, ela venceu um evento local nos 100m com o bom tempo de 11s14. A marca é a melhor do País em 2016, expressivamente à frente dos 11s23 que Rosângela Santos fez no evento-teste dos Jogos Olímpicos do Rio.

Com o resultado na Colômbia, Ana Cláudia já aparece em 38.º lugar no ranking mundial, como segunda melhor da América do Sul, ficando atrás apenas de Angela Tenório, recordista continental, que já correu a prova em 11s13 este ano.

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Ana Cláudia está convocada para correr os 100m nos Jogos Olímpicos do Rio, ainda que a prova deste domingo, sua primeira no ano, tenha ocorrido depois do fim do prazo de obtenção de índices para a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), que começou em maio do ano passado.

Isso porque apenas três brasileiras - Ana Cláudia, Rosângela e Franciela Krasucki - fizeram índice na prova, toda. Nos 200m, foram quatro velocistas com índice, e aí valeram, para a definição das três que irão ao Rio, o resultado do Troféu Brasil e o ranking nacional. Como Ana Cláudia não correu este ano, ficou fora.

A suspensão de cinco meses, imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Atletismo, porém, ainda pode ser contestada pelo Painel da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF). Se isso acontecer e o caso não for julgado a tempo pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), Ana Cláudia deve ficar fora da Olimpíada.

A velocista Ana Cláudia Lemos, recordista sul-americana dos 200 metros e brasileira dos 100 metros, pode voltar a pensar na Olimpíada do Rio, em agosto. Pelo menos por enquanto. Em julgamento da Comissão Disciplinar Nacional (CDN), da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), em São Paulo, que durou quase sete horas e terminou no meio da madrugada deste sábado, a atleta foi apenas advertida por doping.

Ana Cláudia Lemos foi julgada por ter apresentado resultado positivo em um exame antidoping para a substância Oxandrolona, substância proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), em teste fora de competição feito pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), no início de fevereiro, no Rio.

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Ao final do julgamento, que teve a presença da velocista, a presidente da Comissão, Solange Guerra Bueno, anunciou o resultado: "Por unanimidade de votos, foi aceita a denúncia da Procuradoria, pois se comprovou que a substância proibida foi encontrada no organismo da atleta. Porém, por maioria de três votos contra dois, os auditores entenderam também que houve contaminação, pois a atleta fazia uso de um medicamento (procolage), que provocou o resultado positivo", afirmou.

O procurador da Comissão Disciplinar Nacional, Caio Medauar, informou que irá recorrer do resultado, assim que o acórdão for publicado. "Com qualquer resultado, todos sabiam que haveria recurso, fosse da Procuradoria ou da defesa", disse Caio.

No julgamento, o médico Ronaldo Abud foi levado como testemunha de defesa de Ana Cláudia Lemos. "Conseguimos demonstrar a inocência da atleta", disse o advogado Marcelo Franklin. Ele entende ser normal que a Procuradoria recorra ao pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). "Agora a Ana Claudia volta a ter condições de competir normalmente", informou o defensor.

Ana Cláudia Lemos, que não quis falar com a imprensa após o julgamento, conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara (México) - nos 200 metros e no 4x100 metros. No Pan do ano passado, em Toronto (Canadá), ela sofreu uma contusão nos últimos metros da prova e ficou fora também do Mundial de Pequim, na China. Ela já participou de duas edições dos Jogos Olímpicos - em 2008, na China, foi reserva do revezamento; em Londres, em 2012, participou da final do revezamento, terminando em sexto lugar.

Principal velocista do País, Ana Cláudia Lemos foi flagrada em exame antidoping fora de competição realizado pela Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). A substância encontrada no organismo da velocista de 27 anos foi a oxandrolona, uma dos esteroides anabolizantes mais consumidos no País, conhecido pelo nome comercial de Anavar.

Ela teria sido flagrada durante o camping de treinamento do revezamento 4x100 metros do Brasil, realizado em fevereiro, no Campo dos Afonsos, no Rio. Ana Cláudia foi notificada pela ABCD e já solicitou a contraprova. A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) alega que ainda não foi informada do caso e só quando isso acontecer é que a velocista poderá ser suspensa preventivamente.

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Ana Cláudia é a atual recordista sul-americana dos 200m (22s48) e brasileira dos 100m (11s01). Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano passado, ela chegou a quebrar a barreira dos 11 segundos, mas a marca não foi referendada como recorde por conta do auxílio do vento. A corredora da equipe BM&F Bovespa já tinha índice olímpico tanto para os 100m quanto para os 200m, além de ser peça chave do revezamento 4x100m do Brasil.

Curiosamente, o anúncio do doping de Ana Cláudia vem no mesmo dia em que se encerra a suspensão imposta ao ex-técnico dela Jayme Netto. Em 2009, após cinco atletas da Rede de Atletismo, de Presidente Prudente (SP), serem flagrados em exame antidoping surpresa, ele admitiu tê-los incentivado a receber injeções de EPO. Jayme foi inicialmente banido do esporte, mas depois reduziu sua pena esportiva para cinco anos. Mas o Conselho Federal de Educação Física (Crefi) o barrou como profissional por sete anos, até esta quinta-feira.

Quando o escândalo estourou, Ana Cláudia foi apontada como delatora do caso. Ela namorava Basílio Emídio de Moraes Júnior, corredor da BM&F Bovespa, equipe rival da Rede de Atletismo, e ele teria levado a denúncia à CBAt. Um teste surpresa foi feito antes do Mundial de Berlim derrubou todo o esquema.

Evelyn Santos, da mesma equipe, teve resultado negativo no exame antidoping surpresa, mas admitiu que recebeu as injeções que supostamente continham o hormônio sintético e se retirou voluntariamente do Mundial. Ana Cláudia foi beneficiada e, mesmo fazendo parte da Rede, foi convocada para competir em Berlim. Logo depois ela assinou com a BM&F. De acordo com Jayme, Ana Cláudia já tinha tudo acertado para trocar de clube quando o escândalo estourou. Agora, se for suspensa, deve abrir vaga no revezamento exatamente para Evelyn.

Pela segunda vez na carreira Ana Cláudia Lemos teve que olhar para a marcação da velocidade do vento para descobrir se, enfim, quebraria a barreira dos 11 segundos nos 100 metros. Mas novamente a brisa ajudou demais. Nesta terça-feira, na fase eliminatória dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a brasileira correu a distância em 10s96, avançou à semifinal, mas a marca não poderá ser homologada como recorde sul-americano.

Isso porque, no momento da largada, o vento no Estádio da Universidade de York era de 4,0 m/s, a favor, bem acima do limite de 2,0 m/s para a homologação. Isso já havia acontecido em 2013, em uma competição regional em Campinas.

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"Venho treinando bem para correr abaixo dos 11s. Corri com vento, mas as coisas vão sair, é ter tranquilidade. Não adianta ficar se cobrando, é ter paciência, esperar e, quando se trabalha duro, as coisas chegam", afirma.

De qualquer forma, ficam boas expectativas para a semifinal e a final do Pan, nesta terça à noite. Ana Cláudia fez o segundo melhor tempo das eliminatórias, atrás apenas da norte-americana Barbara Pierre, que bateu o recorde da competição com 10s92. Rosângela Santos fez 11s08 na eliminatória (vento positivo de 1,6 m/s) e se aproximou do seu recorde pessoal: 11s04.

No masculino, entretanto, os brasileiros fizeram feio. Vitor Hugo dos Santos, de apenas 19 anos, tropeçou nas próprias pernas na segunda passada logo após a largada e terminou com 10s31, fora da semifinal.

"Bati meu pé esquerdo no direito e me desequilibrei. Não foi nervosismo, foi uma falha que nunca aconteceu comigo. Estava bem concentrado, não sei explicar o que aconteceu. Foi uma falha grande, que não dá para recuperar em uma prova que está bem forte", lamenta.

Já o veterano José Carlos Moreira, o Codó, de 31 anos, queimou largada na terceira bateria e foi eliminado. "Me desconcentrei, não estava à vontade no bloco. Segurou um pouco o tiro e, infelizmente, saí antes. Agora é dar continuidade, não baixar a cabeça. Hoje foi uma fatalidade", justifica.

Líder do ranking mundial na categoria juvenil há dois anos, Higor Alves começou bem sua primeira participação no Pan. Depois de falhar nas duas primeiras tentativas no salto em distância, acertou a terceira e, com 7,86m, avançou à final, que será à noite. Com 7,51m, Alexsandro de Melo, de apenas 19 anos, acabou eliminado

Nos 400m com barreiras, Jailma de Lima não conseguiu repetir o desempenho da irmã Jucilene, bronze no dardo, e ficou fora da final dos 400m com barreiras. Inscrita na prova após a CBAt entrar com recurso, a brasileira, que sequer tinha índice, terminou em sexto na sua bateria, com 58s72.

Mauro Vinícius da Silva, mais conhecido como Duda, conquistou neste sábado a medalha de bronze no salto em distância na etapa de Londres da Diamond League. No Estádio Olímpico, que recebia a abertura dos Jogos exatamente há um ano, o brasileiro saltou 8,00 metros e só ficou atrás do russo Aleksandr Menkov (8,31m) e do australiano Fabrice Lapierre (8,17m).

Assim como os demais atletas, Duda encarou a competição como última preparação para o Mundial de Moscou, entre os dias 10 e 18 agosto. "Ainda estou fazendo treinos fortes na preparação para o Mundial e não tive muito tempo de descanso, não parei para competir aqui", disse o saltador, ao justificar o resultado deste sábado, abaixo dos 8,01 registrados na Olimpíada.

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"Voltar aqui para tentar reescrever uma história foi maravilhoso. Fui terceiro e agora é daqui para melhor. O público também é fantástico, já pensei até em competir no Brasil com estádio lotado. Seria muito bom", disse o saltador, que foi o sétimo colocado em Londres há um ano.

O Brasil também contou com uma representante nos 200 metros. Ana Cláudia Lemos, contudo, não conseguiu brilhar na disputa. Chegou em oitavo lugar, com o tempo de 23s14, acima do sua melhor marca do ano, de 22s61.

"Foi uma prova bem forte e eu esperava fazer aqui o meu melhor tempo do ano. Não estou acertando a corrida. Tenho de ver o que está acontecendo e continuar pensando no Mundial", disse a velocista. "O planejamento foi feito para lá e ainda não saiu o resultado que eu estou esperando. É ter paciência, continuar focada e esperar o Mundial chegar". A prova foi vencida pela norte-americana Allyson Felix, que registrou 22s41.

A dois meses do Mundial de Moscou, em agosto, Ana Cláudia Lemos continua trabalhando firme em sua obsessão: diminuir, cada vez mais, seus tempos. A velocista de 25 anos, que está classificada para três provas no torneio russo (100m, 200m e 4 x 100m), pretende ser finalista nas disputas individuais e medalhista no revezamento, disse em entrevista à TV Estadão.

"Quero ser finalista nas duas provas (100m e 200 m), mas preciso melhorar meus resultados para chegar um pouco mais confortável (ao Mundial)", diz Ana Cláudia, que competirá no Sul-Americano da Colômbia, em julho, e pode participar de mais duas etapas da Liga Diamante. "A esperança de medalha, hoje, é no 4x100 m. Estamos com um time muito bom."

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Ana Cláudia já bateu o recorde sul-americano dos 100 metros duas vezes esta temporada. A marca, que era de 11s15 desde 2010, passou para 11s13 este ano, baixando para 11s05 no GP de Belém, no início de maio. A velocista também é dona da melhor marca da América do Sul nos 200 metros desde 2011.

Apesar de gostar mais da prova mais longa, Ana Cláudia diz que não deve priorizar uma das duas disputas. Elas são, na sua visão, interdependentes. "Gosto mais dos 200 m, mas preciso dos 100 m para correr melhor. Uma complementa a outra."

Ana Cláudia Lemos mostrou, mais uma vez, porque tem sido a melhor velocista brasileira nesta temporada. Na final dos 100 metros do Troféu Brasil, que começou nesta quinta-feira, em São Paulo, a atleta venceu com a marca de 11s07, a apenas dois centésimos de seu recorde sul-americano, estabelecido no começo de maio, em Belém (PA), que é o oitavo tempo do ranking mundial.

A regularidade de Ana Cláudia nos 100 metros impressiona. Na capital paraense, em 12 de maio, fez 11s05. Em Eugene (EUA), sábado, quando disputou pela primeira vez uma etapa da Diamond League, correu em 11s06. Mas a velocista ainda não está satisfeita, porque quer correr abaixo dos 11 segundos antes do Mundial de Moscou, que será realizado em maio.

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"Estou feliz pela constância de resultados, mas gostaria muito de correr (na casa dos) 10s ainda no Mundial", diz Ana Cláudia. "Faltam ainda dois meses, e o treino deve se intensificar mais. Estou um pouquinho ansiosa, porque eu sei que dá."

Ela ainda correrá os 200 metros, com eliminatórias no sábado e final no domingo. A expectativa é a de bater o recorde sul-americano (22s48, de agosto de 2011). Neste ano, ela fez 22s61, que já lhe garantiu no Mundial. "Gosto muito dos 200 metros, e espero manter a sequência de resultados. Se sair um recorde, vou ficar feliz. O importante é a regularidade, porque fica muito mais fácil bater um recorde e pensar numa final de Mundial."

Ainda na final dos 100 metros, Franciela Krasucki ficou em segundo lugar, com 11s15 - na semifinal, ela correu 11s13, sua melhor marca pessoal. Rosângela Santos foi a terceira colocada, com 11s39. Junto de Evelyn dos Santos (4º, com 11s46), este deve ser o revezamento 4x100 metros que disputará o Mundial.

MASCULINO - Nos 100 metros, José Carlos Moreira, o Codó, não conseguiu o índice para o Mundial de Moscou por apenas dois centésimos. Ele venceu a prova mais rápida do Troféu Brasil com 10s16 e ainda tem uma chance de correr a prova individual na Rússia: precisa ser campeão sul-americano, conforme os critérios da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

Bruno Lins e Aldemir Martins, que já têm índice para o Mundial nos 200 metros, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente com as marcas de 10s24 e 10s29.

Ana Cláudia Lemos sofreu um choque de realidade neste sábado, na etapa de Eugene (Estados Unidos) da Diamond League. Em ótima fase depois de quebrar duas vezes o recorde sul-americano dos 100m, ela repetiu os desempenhos recentes, mas isso foi suficiente para deixá-la apenas no sexto lugar numa prova fortíssima.

A brasileira completou a prova em 11s06, apenas um centésimo acima do recorde sul-americano que ela fez há três semanas. Mas ela ficou longe das primeiras colocadas. A prova foi vencida pela jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce, com 10s71. A prata ficou com a nigeriana Blessing Okagbare (10s75) e o bronze com Veronica Campbell-Brown (10s78).

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Essa foi a primeira vez na história que numa mesma prova três atletas correram abaixo de 10s80. Nos últimos dois anos, só Fraser-Pryce e a norte-americana Carmelita Jater haviam conseguido isso.

Outra brasileira a competir neste sábado em Eugene foi Keila Costa, que terminou em quinto no salto triplo, com 14,23m como seu melhor salto. O ouro foi para a colombiana Caterine Ibargüen, com 14,93m.

No sábado, Mauro Vinícius da Silva, o Duda, conquistou a única medalha do Brasil nesta etapa da Diamond League. Ele faturou a prata no salto em distância com 8,22m, seu melhor salto na temporada, que o coloca no quinto lugar do ranking mundial. A vitória foi do russo Aleksandr Menkov, com 8,39m.

Entre os diversos grandes nomes internacionais que competiram em Eugene, destaque para o norte-americano Lashawn Merritt, que venceu os 400m com 44s32. Nos 110m com barreiras, o jamaicano Hansle Parchment fez o melhor tempo da temporada: 13s05.

Ana Cláudia Lemos voou baixo na pista do Estádio do Mangueirão, em Belém, que recebe4 a disputa do GP Brasil de Atletismo. A velocista de 24 anos bateu o recorde sul-americano mais uma vez ao vencer os 100 metros rasos com o tempo de 11s05, aproximando-se cada vez mais de ser a primeira mulher da América do Sul a correr na casa dos 10 segundos.

"Eu estou muito, mas muito feliz. Quero agradecer o trabalho do (Katsuhico) Nakaya (seu técnico), que está conseguindo corrigir meus problemas. E eu estava esperando uma marca ainda melhor", disse a atleta, que enfrentou o calor e a umidade de quase 80% da capital paraense.

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Este é o segundo recorde sul-americano da velocista em uma semana. No sábado passado, em um torneio em Campinas, a velocista alcançou o índice para o Mundial de Moscou com a marca de 11s13, melhorando em dois centésimos a marca continental que ela havia conquistado em setembro de 2010. No mesmo torneio em São Paulo, Ana Cláudia correu a semifinal e venceu a distância em 10s93, mas o tempo não é oficialmente reconhecido por ter sido conquistado com o vento acima do permitido.

O pódio dos 100 metros feminino foi completado pelas americanas Mikele Barber (segunda colocada, com 11s15) e Chauntae Bayne (terceira, 11s18). Mas a quarta colocada, Rosângela Santos, foi uma das que mais comemorou, com o resultado de 11s23.

A velocista carioca ficou muito perto de sua marca pessoal (11s17) após passar um ano difícil. "Eu quase estava falando para o meu técnico que iria desistir desse ano e deixar ir alguém melhor brigar pela vaga em Moscou".

Rosângela passou por problemas familiares e físicos, e sofreu com a extinção do Time Rio, projeto municipal que dava auxílio financeiro aos atletas da cidade olímpica. "Hoje era a minha última chance de salvar a temporada, e agora vou treinar com tudo para conseguir o índice (11s17)."

*A repórter viajou a convite da Confederação Brasileira de Atletismo

Ana Cláudia Lemos quebrou neste sábado (4) o recorde sul-americano dos 100 metros, que já lhe pertencia desde setembro de 2010, e fez o índice para a disputa do Mundial de Moscou, em agosto, na Rússia. A marca de 11s13 foi conseguida ao vencer a prova em competição da Federação Paulista de Atletismo, realizada em Campinas, no interior de São Paulo.

Aos 24 anos, a velocista brasileira já era dona do recorde sul-americano dos 100 metros, com o tempo de 11s15 feito em 2010. Neste sábado, ela chegou a correr a distância em 10s93 nas semifinais da competição, mas, como o vento estava acima do limite permitido, a marca não pôde ser homologada. Logo depois, porém, Ana Cláudia cravou 11s13 na final.

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"Eu estava preparada, fazendo bons treinos e sabia que um bom resultado poderia sair a qualquer momento. Hoje (sábado), foi tudo perfeito. Foi um dia bom. Estou confiante e acho até que dá para repetir o tempo da semifinal com vento normal. É estar bem, pegar uma boa prova e fazer tudo de novo", afirmou Ana Cláudia, após a vitória em Campinas.

Antes dela, o Brasil já tinha uma atleta com índice para a disputa dos 100 metros no Mundial - a marca exigida é de 11s17. É Franciela Krasucki, que igualou o então recorde sul-americano de 11s15 em abril, numa competição em São Paulo. Ela também esteve na prova deste sábado em Campinas, mas foi superada por Ana Cláudia e levou medalha de prata (11s29).

A brasileira Evelyn dos Santos conseguiu se classificar para as semifinais dos 200 metros livres do atletismo feminino. Nesta segunda-feira (6), no Estádio Olímpico de Londres, a atleta cravou o tempo de 23s07, o que lhe deixou na 21ª colocação na tabela geral. Na sua bateria, terminou como a quarta mais rápida.

Nesta terça-feira (7), Evelyn participará da sua primeira bateria das semifinais. Caso obtenha um bom desempenho, ela estará classificada para disputar a final.

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Por outro lado, a segunda-feira trouxe uma decepção para o Brasil. Outra representante do país na categoria, Ana Claudia Lemos, conseguiu apenas a 33ª posição, com o tempo de 23s40, e por isso foi eliminada.

Ana Claudia tinha a esperança dos brasileiros, já que é a atual campeã dos jogos Pan-Americanos de Guadalajara (2011) e recordista sul-americana pela categoria, com o tempo de 22s48. A grande vencedora desta segunda foi a americana Sanya Richards, que registrou um tempo de 22s42.

As semifinais dos 200m acontecem a partir das 16h25 (horário de Brasília) desta terça.

O Brasil encerrou neste domingo a sua participação no Mundial Indoor de Atletismo, em Istambul, na Turquia, com a eliminação de Ana Cláudia Lemos nas semifinais dos 60 metros. A atleta brasileira ficou apenas em sexto lugar na segunda série classificatória para a final, com o tempo de 7s36.

Com a marca, Ana Cláudia melhorou em 4 centésimos de segundo o tempo registrado nas eliminatórias, mas não conseguiu atingir o objetivo de quebrar o recorde sul-americano da prova, que vigora desde 1981 e é de Esmeralda de Jesus Freitas, com 7s26. A jamaicana Allen Bailey e a búlgara Ivet Latova foram as últimas classificadas para a final, com 7s23.

"Não fiz o tempo que gostaria. Não sei o que deu errado. Este é o meu primeiro Mundial Indoor e vou ter dois anos para treinar e buscar uma classificação melhor no próximo. Neste, infelizmente, não dá mais", disse a brasileira, descontente com o seu desempenho, em entrevista ao SporTV.

A marfinense Murielle Ahoure venceu a série que contou com a participação de Ana Cláudia ao marcar 7s13. Ele foi apenas um centésimo de segundo mais lenta do que a jamaicana Veronica Campbell-Brown, que foi a atleta mais rápida das semifinais dos 60 metros.

Com a eliminação de Ana Cláudia, o Brasil encerrou a sua participação no Mundial Indoor de Atletismo com uma medalha, o ouro conquistado por Mauro Vinicius da Silva na prova do salto em distância. Neste domingo, ele participou da cerimônia de entrega de medalhas no Atakoy Athletics Arena e escutou o Hino Nacional do Brasil.

O brasileiro revelou que teve dificuldades para dormir na véspera da final, quando se classificou para a disputa de medalha em primeiro lugar e com a melhor marca do ano no salto em distância - 8,28 metros. "Não dormi nada de sexta para sábado, meu coração estava disparado e a adrenalina não baixou", disse, ao SporTV.

Ao lembrar os saltos que lhe deram o título mundial, Mauro Vinicius revelou ter cometido erros técnicos. "Comecei a corrida com passos mais curtos do que faço e acabei chegando atrasado na tábua. Mas acabei compensando isso com um bom salto", comentou o campeão mundial, que atingiu 8,23 metros em duas tentativas na final.

O Brasil foi representado nesta edição do Mundial Indoor por sete atletas. Apesar do ouro conquistado por Mauro Vinicius, o País teve desempenho pior em comparação com o Mundial de 2010. Em Doha, no Catar, Fabiana Murer foi campeã no salto com vara, enquanto Keila Costa faturou o bronze no salto em distância.

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