Tópicos | São Silvestre

Os participantes da 98ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, marcada para este domingo (31), deverão enfrentar um desafio a mais, que é o tempo instável na capital paulista. O fator foi amplamente mencionado na manhã deste sábado (30) por corredores que já garantiram um lugar no pódio em outras disputas e são alguns dos favoritos.

Uma delas é queniana Viola Jelagat Kosge, campeã da Meia Maratona do Rio e da Volta da Pampulha em 2023. "A prova vai depender do tempo, da temperatura, do ritmo e do percurso", avaliou.

##RECOMENDA##

Entre os homens brasileiros, há atletas com longa trajetória inscritos nesta edição, como Franck Caldeira, Giovani dos Santos, que já ficou entre os três primeiros colocados seis vezes, e Ederson Vilela. Já entre as mulheres, figura Kleidiane Barbosa, que retomou as atividades após sofrer uma lesão no joelho. Outros nomes de destaque são Fábio de Jesus Correa, Larissa Quintão e Mirela Andrade.

Em coletiva de imprensa, o mineiro Giovani dos Santos, de 42 anos, destacou que seu preparo trouxe resultados concretos, em 2023, e que pode trazer mais uma vitória, no último dia do ano. Foram, ao todo, 13 medalhas conquistadas, "uma a cada mês, em média", conforme ressaltou ele, que foi campeão do sul-americano na Argentina e levou a prata nos jogos sul-americanos, no Chile.

Um dos principais fundistas do país, Santos usa sua experiência acumulada para avaliar, com humildade, um desafio que se manteve constante durante todas as edições da prova. Para ele, a São Silvestre requer estratégia, algo que os fundistas sabem forjar. E emenda: "A gente sabe que os africanos são muito fortes."

Apesar disso, Santos reconheceu que tudo pode mudar no dia da prova e o inesperado é capaz de se materializar, inclusive com a vitória do "último amador". Com otimismo e consciência do que representa o pódio da corrida, ele defendeu que o ideal é que os primeiros a chegar sejam os compatriotas. "Temos que estar sempre lutando para deixar o título aqui no Brasil", afirmou.

Alta performance, alta expectativa

Um dos principais maratonistas do Brasil e atleta olímpico dos Jogos Pan-Americanos de 2007, Franck Caldeira, de 40 anos, assume o nervosismo, ao pontuar que o hiato de dois anos na carreira exigiu dele muito treino. Ele, contudo, demonstrou otimismo, acrescentando que teve um desempenho similar ao de antes, após três meses de preparação, em Foz do Iguaçu.

O que fez a diferença para Caldeira foi também o modo como encara a corrida, já que agora foca mais em fortalecer seu emocional, para amenizar o impacto das cobranças, algo com que sua versão mais jovem não soube lidar. Ilusões sobre truques, como usar o tênis top de linha, também não o enganam mais, já que, na sua avaliação, "o tênis é rápido quando você é rápido".

"O atletismo cobra. Eu fui conquistando, conquistando e, lamentavelmente, não tive pessoas que fizessem com que essa trajetória ficasse a meu favor", compartilhou ele, em referência à fase dos seus 19 anos de idade.

A sensação de competir na São Silvestre, destacou ele, é o momento em que "volta a ser um menino novamente". "Não é somente uma competição, é um desafio", complementou o veterano.

Manter o título de atleta de alto rendimento foi também uma pressão para Kleidiane Barbosa, uma das mulheres negras de destaque que representam o Brasil na São Silvestre deste ano. Ela relatou que muitos duvidaram da volta dela ao atletismo profissional, depois da lesão no joelho. "A expectativa é boa. Cada corrida é uma história", resumiu, perguntada sobre o que vislumbra para amanhã.

Um dos nomes que têm despontado na modalidade é o de Ederson Vilela, de 33 anos. Ele conseguiu o ouro nos 10 mil metros, nos Jogos Pan-Americanos de 2019, e vê os 15 quilômetros da corrida como "a cereja do bolo" da carreira dos corredores. "É a prova que sempre faz brilhar os olhos", sintetizou o fundista, que também venceu a maratona de Curitiba, recentemente.

Corredores africanos

Entre os competidores da África, o jeito tímido e simples de falar não permite que se perceba que apresentam um desempenho extraordinário, de asas nos pés. No ano passado, atletas do Quênia, de Uganda, Etiópia e Tanzânia marcaram presença no pódio, e agora a jovem queniana Catherine Reline, que ficou em primeiro lugar, promete repetir a dose e ser, de novo, um fenômeno do atletismo. "Espero que amanhã eu faça uma boa corrida", declarou ela.

Além de Catherine Reline, competem pelo Quênia os corredores Vestus Cheboi Chemjor, Timothy Kiplagat Ronoh e Viola Jelagat Kosgei. Pela Uganda, compete Moses Kibet e, pela Tanzânia, Josephat Joshua Gisemo. A atleta Yimer Wude, outra favorita ao prêmio, corre pela Etiópia, pela sexta vez.

Em 2022, pela primeira vez na história da São Silvestre, Uganda venceu a prova. A vitória foi de Andrew Kwemoi.

A São Silvestre movimenta as ruas de São Paulo mais uma vez neste sábado (31), a partir das 7h40 da manhã. Apesar de acontecer na capital paulista, a corrida de rua mais famosa do país não é vencida por um brasileiro desde 2010, quando Marilson dos Santos foi o primeiro a cruzar a linha de chegada. Apesar disso, os corredores africanos não se sentem favoritos para a vitória em 2022.

Atual campeão da Maratona de São Paulo, o etíope Tilahun Nigussie não vê os atletas do continente africano como favoritos para a vitória na Corrida Internacional de São Silvestre e é bem direto ao explicar a razão desse pensamento.

##RECOMENDA##

"Para mim não há diferença entre brasileiros e africanos, são todos competidores. Gosto de competir com os brasileiros. Independentemente da nacionalidade, estão todos aqui para competir. Neste ano, competi na Maratona do Rio, era um dos favoritos, mas quem venceu foi um brasileiro (Daniel Nascimento). Então, qualquer um pode ser campeão", disse o atleta.

"Os brasileiros sempre são muito fortes, então é uma briga de igual para igual. Não existe esse pensamento de que os brasileiros são inferiores aos africanos", disse Maxwell Rotich, de Uganda, que é visto como um dos candidatos à vitória no sábado.

FATOR DECISIVO

De acordo com a previsão do tempo para o fim de semana em São Paulo, a chance de estar chovendo no horário da São Silvestre na capital paulista é grande. Para Tilahun Nigussie, qualquer quantidade de chuva pode ser um fator decisivo.

"É um pouco difícil. Se fosse uma maratona em um dia chuvoso, talvez seria um pouco mais fácil, porque optaria por uma certa estratégia. Mas, como é um percurso mais curto, com muitas curvas, realmente será bem complicado. A chegada da corrida conta com uma subida (Av. Brigadeiro Luis Antônio), então, ao tentar fazer esse esforço final, pode haver algum deslize", comentou o corredor.

Tricampeã da São Silvestre, Yimer Wude, da Etiópia, também reconhece que a chuva pode ser um complicador no sábado. Apesar disso, a atleta reconhece uma certa coincidência entre vencer e chover na corrida de rua mais famosa do Brasil.

"Se for um dia chuvoso, vai ser difícil, desafiador. Na Etiópia não estamos acostumados a competir em dias de chuva. Mas, já ganhei três vezes a prova e nessas três vezes choveu", finalizou.

FANTASIAS

Além da força dos corredores africanos, a São Silvestre tem como marca registrada a grande presença de corredores fantasiados. Dentre os já clássicos Super-Homem, Homem-Aranha e Batman, um outro participante também vem se tornando símbolo da prova.

Correndo os 15km descalço e caracterizado como indígena, Kazuí chega em 2022 para sua 26ª participação na prova de rua mais famosa do Brasil. Apesar do grande número de participações, o corredor vê a deste ano com um motivo especial. "É a minha 26ª São Silvestre. 26ª! Não poderia deixar de correr. É a minha forma de homenagear o Pelé. Vou correr por ele também."

A 97ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre movimenta, mais uma vez, as ruas de São Paulo neste sábado (31). São esperados mais de 35 mil corredores, entre campeões, famosos e anônimos, nas ruas da capital paulista para a mais famosa corrida de rua do país.

A edição deste ano terá sua largada e sua chegada programada para acontecer mais uma vez na Avenida Paulista, um dos maiores cartões postais de São Paulo. Além disso, a corrida de rua contará com algumas categorias visando a inclusão de todos os participantes na prova.

##RECOMENDA##

HORÁRIO E LOCAL

A largada da Corrida Internacional de São Silvestre está programada para acontecer às 7h40 da manhã (para a elite feminina) e 8h05 da manhã (para a elite masculina). O trajeto começará na Avenida Paulista.

ONDE RETIRAR OS KITS PARA A PROVA

Os participantes da Corrida Internacional de São Silvestre podem retirar os kits para a prova a partir do dia 27 de dezembro no hall nobre do Palácio das Convenções do Anhembi, das 9h às 20h. No dia 30 o horário é das 9h às 17h.

PERCURSO DA PROVA

A Corrida Internacional de São Silvestre segue com o seu percurso mais conhecido em 2022. Começando pela Avenida Paulista, os participantes passarão pela Avenida Pacaembu, Avenida São João, Avenida Ipiranga, Rua Barão de Limeira e Avenida Brigadeiro Faria Lima.

ONDE ASSISTIR

A Corrida Internacional de São Silvestre terá transmissão da TV Gazeta e da TV Globo.

A maratona da São Silvestre está de volta para a sua 96ª edição depois de ter pela primeira vez ficado um ano sem acontecer por conta da pandemia da Covid-19. Nesta sexta-feira (31), a prova que acontece na cidade de São Paulo largou às 7h40 com a elite feminina e às 8h com a elite masculina.

Os vencedores de ambas as categorias foram os mesmos de 2018. A queniana Sandrafelis Chebet no feminino e o etíope Belay Bezabh na prova masculina. Mas o Brasil não ficou de fora do pódio e marcou presença no masculino com o segundo lugar de Daniel Nascimento, que passou um tempo treinando no Quênia.

##RECOMENDA##

No feminino a presença foi maior, em dose tripla.  Jenifer do Nascimento, Valdilene Santos e Franciane Moura completaram o pódio com o 3º, 4º e 5º lugar. 

Pódio Feminino:

1º - Sandrafelis Chebet - Quênia

2º - Yenenesh Dinkesa - Etiópia

3º - Jenifer do Nascimento - Brasil

4º - Valdilene Santos - Brasil

5º - Franciane Moura - Brasil

Pódio Masculino:

1º - Belay Bezabh - Etiópia 

2º - Daniel Nascimento - Brasil 

3º - Hector Flores - Bolívia 

4º - Elisha Rotich - Quênia  

Uma das mais tradicionais corridas de rua do Brasil retoma a sua edição no próximo dia 31. A São Silvestre não pôde ser celebrada em 2020 devido à pandemia do novo coronavírus, que prejudicou a organização de eventos esportivos. Neste ano, para evitar a transmissão da Covid-19 entre os participantes, a prova terá uma série de protocolos a serem seguidos antes, durante e após as atividades nos 15 km do percurso.

Quem for participar da 96.ª edição tem até esta quinta-feira (30) para retirar os kits no Hall Nobre do Palácio de Convenções do Anhembi (avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana). Nesta quarta, o horário de retirada vai das 9 horas às 20 horas. Na quinta, o tempo será reduzido, das 9 horas às 16 horas.

##RECOMENDA##

Na retirada do kit, será exigida a apresentação do comprovante de vacinação completo (com ao menos duas doses para quem se imunizou com Pfizer, AstraZeneca ou Coronavac; ou uma dose da Janssen). O certificado poderá ser impresso ou virtual, disponível nos aplicativos do SUS, do governo da sua cidade ou país.

Quem estiver com esquema vacinal incompleto deverá mostrar teste RT-PCR negativo realizado 48 horas antes do ingresso no local da retirada do kit ou teste antígeno com validade de 24 horas. Neste último caso, a retirada do kit só será permitida no dia 30. Se os documentos não forem validados, o atleta poderá retornar ao local enquanto a entrega estiver funcionando com a certificação correta. A organização recomenda que menores de 18 anos e pessoas que não estejam inscritas não compareçam ao Palácio de Convenções.

No dia 31, os corredores serão obrigados a usar corretamente a máscara durante todo o período de permanência no local da prova (largada, chegada e dispersão). Durante a corrida, nos momentos possíveis, também é recomendável o seu uso. Há muita preocupação com a variante Ômicron. Por isso, a organização exige que os protocolos sejam cumpridos. Não estará disponível o serviço de guarda-volumes. Além disso, apenas participantes terão autorização para ida ao local da largada. Recomenda-se que o atleta tenha álcool em gel 70% em mãos. Cerca de 22 mil atletas deverão participar. Já chegou a ter 35 mil.

Sem ser disputada em 2020 em função da pandemia do coronavírus, a Corrida Internacional de São Silvestre abrirá as inscrições para a 96.ª edição nesta quinta-feira. No último dia do ano, quando tradicionalmente é realizada, a prova começará a receber a confirmação da participação dos interessados.

A São Silvestre teve a sua data transferida para 11 de julho de 2021, na primeira mudança da programação na sua história. Mas ainda não há certeza sobre a sua realização em função do coronavírus - tudo dependerá das determinações dos órgãos públicos. Com isso, caso seja necessária nova alteração, os que se inscreverem a partir desta quinta-feira já estarão confirmados na disputa em 31 de dezembro do próximo ano.

##RECOMENDA##

Os interessados em participar da próxima São Silvestre vão encontrar novidades no momento da inscrição, como a opção do "Pelotão Premium", com kit e espaço de largada diferenciados. Além disso, o corredor também poderá se inscrever no Treinão Virtual, um preparativo para a sua participação na prova.

As inscrições, os valores e demais informações sobre a prova, como regulamento, estarão disponíveis no site oficial da São Silvestre a partir desta quinta-feira.

O ugandense Jacob Kiplimo disse nesta terça-feira ter ficado muito surpreso com o segundo lugar na corrida de São Silvestre, em São Paulo. O corredor, de 19 anos, liderou a maior parte do trajeto até ser ultrapassado no último metro pelo queniano Kibiwott Kandie e perder a prova. O vice-campeão da corrida revelou que não percebeu a aproximação do adversário na reta final e garantiu ter aprendido lições com a derrota inesperada.

Kiplimo tinha uma vantagem confortável e entrou no trecho final, na Avenida Paulista, com boa distância para o adversário. Mas como administrava o ritmo e não se viu ameaçado, viu Kandie o ultrapassar na última passada. "Eu não estava esperando. O meu adversário veio muito rápido, não o vi. Não imaginei que ele me passaria e que poderia perder", disse. O resultado final mostrou que o queniano bateu o ugandense por apenas um segundo de diferença.

##RECOMENDA##

O segundo colocado comentou após a prova que, por ser jovem, vai tirar a derrota como lição para o restante da carreira. "Eu aprendi que tenho de correr mais forte para evitar outras ultrapassagens como essa", afirmou. Kiplimo liderou a prova desde o começo e a partir da metade do percurso de 15 km se desgarrou do restante do pelotão, até perder a ponta somente no último instante.

Ao cair do primeiro para o segundo lugar, Kiplimo viu escapar também um bom valor de premiação. O campeão da São Silvestre ganhou R$ 94 mil, enquanto o vice ficou com metade dessa quantia, R$ 47 mil. Apesar de se mostrar frustrado com a derrota no fim, o atleta disse estar tranquilo com o resultado e comentou que está satisfeito por ter conseguido fazer um bom tempo na prova.

"Quando ele me passou, eu fiquei feliz. Somos amigos e temos boa relação", afirmou o ugandense. Os africanos conseguiram os dez primeiros lugares da prova de São Silvestre e o Brasil teve como representante mais bem colocado Daniel do Nascimento, que terminou o percurso em 11º.

A São Silvestre de 2019 teve uma das chegadas mais emocionantes da história. A vitória da prova masculina foi definida no último passo, a centímetros da linha de chegada. O queniano Kibiwott Kandie iniciou uma arrancada nos metros finais e superou Jacob Kiplimo, de Uganda, que dominou a prova e controlava o ritmo quando foi surpreendido pelo forte final do concorrente no instante decisivo.

Em um dos desfechos mais improváveis, o queniano arrancou para a vitória já na reta de chegada, na Avenida Paulista. Os dois primeiros colocados despontaram desde o início da prova e se distanciaram dos demais adversários. Já no meio do trajeto para frente, o ugandense Kiplimo abriu vantagem e controlava o ritmo para uma chegada que parecia ser tranquila.

##RECOMENDA##

No entanto, ele foi surpreendido por uma arrancada fulminante do queniano Kandie. O corredor de número 71 apertou o passo e ultrapassou o concorrente no metro final. Na passada, ele até mesmo se encolheu para não esbarrar no adversário quando os dois ficaram lado a lado.

[@#video#@]

O primeiro brasileiro a cruzar a linha de chegada foi Daniel do Nascimento, em 11.º lugar. Marilson Gomes dos Santos, em 2010, foi o último brasileiro a vencer a corrida. Em 95 edições, o Brasil soma 29 vitórias, contra 15 do Quênia.

A prova feminina teve um domínio total da queniana Brigid Kosgei. A atleta de 25 anos disparou desde o início e manteve distância segura das demais competidoras, com cerca de até 200 metros de frente. Estreante na São Silvestre, ela manteve um ritmo forte e só se preocupou com as concorrentes quando procurava olhar para trás para ver se estava ameaçada.

A supremacia de Brigid já era esperada. A queniana bateu em outubro deste ano o recorde mundial da maratona. Em Chicago, a corredora marcou o tempo de 2h14min04 e superou um recorde que durava 16 anos. A atleta tem no currículo vitórias em 2019 na Maratona de Londres e em outras três meias maratonas. Em grande fase, ela fechou com o tempo de 48min54, apenas alguns segundos acima do recorde.

RECORDE

A São Silvestre teve a participação recorde de 35 mil corredores. Com o fim do horário de verão, a tradicional prova teve a largada antecipada em uma hora para evitar o forte calor. Os atletas da elite tiveram de acordar mais cedo para chegar à Avenida Paulista e se preparar para percorrer o trajeto de 15 km pelas ruas da capital paulista. A elite feminina começou o trajeto às 7h40, pouco antes do início do pelotão masculino, que partiu às 8h05.

Resultado do feminino

1º lugar - Brigid Kosgei (Quênia)

2º lugar - Sheila Chelengat (Quênia)

3º lugar - Tisadk Nigus (Etiópia)

Resultado do masculino

1º lugar - Kibiwott Kandie (Quênia)

2º lugar - Jacob Kiplimo (Uganda)

3º lugar - Titus Ekiru (Quênia)

Das 35 mil pessoas inscritas na Corrida Internacional de São Silvestre, nesta terça-feira, em São Paulo, cerca de apenas 150 são atletas de elite. Em sua 95ª edição, a tradicional prova conta com milhares de corredores que vão apenas para participar da festa. Eles largam do pelotão geral. Engana-se, entretanto, quem pensa que esses amadores não precisam ter uma preparação adequada para suportar o percurso de 15 km.

Dos treinos à hidratação correta, passando pelo aquecimento antes da partida, os atletas amadores recebem orientações para completar a prova em boas condições, sem sobressaltos. O tempo realizado na São Silvestre acaba ficando em segundo plano porque eles sabem que a quantidade de pessoas, principalmente na largada, dificulta o percurso. O que importa é participar da corrida que fecha o ano esportivo em São Paulo.

##RECOMENDA##

"A São Silvestre se tornou uma prova cada vez mais difícil de correr porque tem muita gente. As pessoas vão mais pela festa e pela tradição, sem expectativa de tempo", disse Nelson Evencio, ex-presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo, que terá 15 alunos competindo nesta terça-feira.

O professor dá treinos de até 45 km percorridos por semana, enquanto que profissionais correm em média 150 km. Nos últimos dias, ele focou em atividades de subida e descida para simular o que os alunos terão pela frente.

Evencio não participará da prova, mas vai encontrar os seus alunos na região da avenida Paulista. "Darei apoio. Marcamos um ponto de encontro para eles deixarem os pertences comigo. Tem muita gente que vai trocada no metrô, mas é bom levar mochila com camiseta seca para vestir depois e não pegar gripe por entrar suado no metrô com ar condicionado".

O professor dá outras dicas aos amadores. É recomendável que o café da manhã contenha alimentos leves e ricos em carboidratos (como pão com requeijão ou frutas sem casca). O competidor também precisa se preocupar com a hidratação e deve aproveitar a infraestrutura oferecida pela organização, que entrega copos d’água durante todo o percurso - há apoio médico caso seja preciso.

Em relação ao traçado, a subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio é um dos trechos mais temidos pelos competidores. O especialista alerta para outra parte da prova. "A descida da Major Natanael é muito íngreme e o atleta pode cair ou tentar acelerar e se machucar. Aí acabou para ele". Em 2012, o paratleta Israel Barros morreu neste trecho ao perder o controle da cadeira de rodas e bater no muro do estádio do Pacaembu.

O Brasil vive um jejum de nove anos na São Silvestre. A última vitória verde e amarela aconteceu em 2010, quando Marilson Gomes dos Santos faturou a prova no masculino. Entre as mulheres, o tempo sem conquista é ainda maior: desde 2006, com o título de Lucélia Peres. De lá para cá, nas duas modalidades, os corredores da Etiópia e Quênia vêm dominando a competição em São Paulo.

Apesar do jejum, o Brasil ainda é o maior vencedor da São Silvestre, com 29 edições conquistadas. O Quênia aparece em segundo lugar, com 14 títulos. No feminino, o País figura na terceira posição, com cinco conquistas, atrás de Portugal (sete vezes) e Quênia (13).

##RECOMENDA##

Na prova do ano passado, por exemplo, o Brasil mais uma vez não conseguiu fazer frente aos africanos. Os melhores colocados do País foram Giovani dos Santos e Jenifer Nascimento, ambos em oitavo lugar.

Na edição de 2017, o Brasil amargou o pior resultado em 45 edições da São Silvestre. No masculino, o representante mais bem colocado foi Ederson Pereira, que terminou a prova em 12.º lugar. Entre as mulheres, a melhor posição foi da 10.ª colocada Joziane Cardoso.

Para o ex-presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo Nelson Evencio, são dois fatores principais que fazem o Brasil viver o jejum de títulos na São Silvestre: a falta de apoio aos corredores no País e a genética dos africanos.

"Perdemos essa qualidade de treinamento. Hoje, você treina para correr várias provas e fazer seu pé de meia. Tem corredores que fazem três provas por mês, por exemplo. Os africanos, do chamado primeiro escalão, correm apenas as provas grandes e chegam mais preparados para a São Silvestre", opinou Evencio.

As diversas opções de corridas ao longo do ano, atrelada à forte concorrência da São Silvestre, também explicam a falta de brasileiros campeões nas últimas edições. Em vez de apostarem na tradicional prova de São Paulo, muitos competidores preferem disputar outras corridas. A São Silvestre distribui R$ 461 mil em prêmios, com igualdade no masculino e feminino. O vencedor fica com R$ 94 mil, o segundo colocado ganha R$ 47 mil, o terceiro embolsa R$ 27 mil, o quarto ganha R$ 22 mil, o quinto recebe R$ 16 mil, o sexto fica com R$ 7 mil, o sétimo ganha R$ 5 mil e do oitavo ao décimo colocados ganham R$ 4 mil cada um. O valor da inscrição foi de R$ 197,50.

"Há centenas de provas com boa premiação durante o ano. Até por questão de sobrevivência, os atletas acabam correndo mais provas e a São Silvestre deixa de ser uma prioridade porque eles já estão cansados. É importante ressaltar que isso não é culpa dos competidores, e sim da falta de apoio ao esporte no Brasil", pontua Evencio.

O professor de corridas mostra mais pessimismo para o futuro da modalidade no País. Para ele, há apenas um clube de ponta no Brasil, o Pinheiros, de São Paulo, que oferece infraestrutura aos atletas. Ele também citou a falta de patrocínio para os competidores. "Esse cenário só tende a piorar, porque os corredores têm cada vez menos opções. Falta apoio e investimento aqui no Brasil, há um grande problema de falta de infraestrutura, enquanto os estrangeiros têm vários incentivos e lugares para treinar", disse.

O ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima e o título da Volta Internacional da Pampulha conquistados neste ano servem como motivação para o corredor brasileiro Ederson Pereira despontar como um dos favoritos a ganhar a prova de São Silvestre, nesta terça-feira, em São Paulo. O atleta afirmou nesta segunda-feira que vive o auge da carreira e sonha em fechar o ano de forma ainda mais especial após acumular resultados positivos em 2019.

"Acredito que eu esteja no meu auge. O título do Pan-Americano é algo que poucos conseguiram. Chego com a minha melhor bagagem para a São Silvestre", disse. Ederson foi o 12º colocado no ano passado e neste ano, vive uma temporada excepcional. O paulista de Caçapava voltou de Lima, no Peru, com a medalha de ouro no Pan na prova dos 10 mil metros.

##RECOMENDA##

O resultado o colocou como o terceiro brasileiro da história a vencer a competição sul-americana. Por isso, Ederson aposta que os concorrentes da São Silvestre vão vê-lo de forma diferente a partir de agora. "A cada ano eu pego mais experiência, porque participo de mais provas. Por eu ter conseguido grandes conquistas, acredito que tenha um respeito maior por parte deles", comentou.

A prova de São Silvestre terá a largada na manhã desta terça-feira com largada da elite masculina para as 8h05. Já o pelotão feminino, parte às 7h40. Desde 2010 o Brasil não vence entre os homens e já entre as mulheres, o jejum é ainda maior: desde 2006. Para Ederson, o desfecho ideal para um 2019 tão vitorioso será justamente cruzar a linha de chegada em primeiro e desbancar o domínio africano.

"Foi um ano muito especial. Eu tive grandes resultados ao longo de 2019, entre eles o mais importante foi o ouro no Pan, no Peru. Tenho agora uma bagagem maior para disputar esses africanos. Será difícil, mas eu estou otimista", disse o corredor.

Os atletas favoritos da 95ª Corrida Internacional de São Silvestre já estão em São Paulo. Neste domingo (29), os corredores e as corredoras deram entrevistas em um hotel do centro da capital e falaram sobre os desafios da prova, que acontece na manhã de terça-feira (31), com largada do pelotão feminino às 7h40 e, do masculino, às 8h05. Segundo a organização, serão cerca de 150 atletas da elite. Além dos atletas profissionais, 35 mil pessoas estão inscritas para correr na tradicional prova de rua.

Entre os participantes de elite, figuram a queniana Brigid Kosgei, recordista mundial da Maratona de Chicago, e o queniano Paul Kipchumba Lonyangata, vencedor da Maratona de Paris. Pela primeira vez na São Silvestre, Brigid disse que tem se preparado, mas que a alta umidade pode ser um desafio para ela. “É uma prova que qualquer um pode ganhar, mas estou me preparando”, afirmou.

##RECOMENDA##

No feminino, também estão confirmadas as quenianas Pauline Kamulu, bronze no mundial de maratona de 2019 e atual vice-campeã da São Silvestre, e Sheila Chelangat, campeã da Okepke 10K (Nigéria), Shangai 10k, Port Gentil 10k (Gabão) e Valenciennes 10k (França).

Mais nomes

Entre os homens, também estão o ugandense Jacob Kiplimo, campeão júnior de cross country em 2017 e vencedor da Manchester 10K em 2019; e o queniano Titus Ekiru, bicampeão em Honolulu (18/19), vencedor da Maratona de Milão e da Meia de Lisboa, ambas em 2019.

Pela primeira vez na corrida, Ekiru disse que vai treinar hoje e amanhã. “Vou treinar neste domingo e na segunda para dar o meu melhor na prova na terça-feira”, adiantou.

Entre os brasileiros, os favoritos são Daniel Chaves da Silva, top 15 na Maratona de Londres deste ano, garantindo a qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020; Wellington Bezerra, 18º na Maratona de Hamburgo (19) e vice da Maratona Internacional de São Paulo em 2018; e Ederson Pereira, campeão da Volta Internacional da Pampulha, ouro nos 10 mil nos Jogos Pan-Americanos de Lima, ambos neste ano, e quinto na Meia de Buenos Aires do ano passado.

As brasileiras favoritas são Valdilene Silva, 15ª colocada na Maratona de Frankfurt no ano passado, e Tatiele de Carvalho, quarta colocada na prova Dez Milhas Garoto (18) e 5ª na Meia de Buenos Aires (18). Ela possui cinco títulos do Troféu Brasil.

Entre os sul americanos participantes estão Diana Orcampo, da Argentina, campeã da Maratona de Buenos Aires, e Byron Piedra, do Equador, campeão sul-americano dos 10 mil metros.

Largadas mais cedo

Serão cinco os setores de acesso à largada da corrida, a partir das 7h25min do dia 31 de dezembro. Cada setor terá uma cor correspondente ao número de peito dos competidores e locais de entrada distintos. Dessa forma, os atletas terão orientação para chegar ao seu setor, determinado pelo tempo estimado de cada um. Os bloqueios de acesso funcionarão de 5h às 10h.
 
Para a Elite e Cadeirante Esportivo (sem Guia) a entrada será pela rua Frei Caneca. O pelotão geral terá os acessos pelas ruas Ministro Rocha Azevedo (verde), Peixoto Gomide (azul), Alameda Casa Branca (rosa) e Plínio Salgado (amarelo).

As categorias Deficientes, Pelotão C e PM também farão sua entrada pela rua Frei Caneca. Cadeirante com Guia, que faz sua estreia, acessará pela Alameda Casa Branca, na calçada do Parque Trianon. Para chegar a essas ruas, os atletas deverão estar com número de peito, pois haverá gradeamento e seguranças.

Os 35 mil inscritos devem estar atentos a esses os importantes detalhes para chegar à Avenida Paulista e fazer sua prova com tranquilidade e segurança. A programação de largadas começará às 7h25min, na Avenida Paulista, perto do número 2000.

Alamedas Santos e São Carlos do Pinhal serão as opções para se chegar à região e entradas dos quatro setores de tempo. Apenas pessoas com número oficial de peito terão acesso. O quarteirão entre a rua Joaquim Eugênio de Lima e a alameda Campinas será exclusivo para a chegada, enquanto o quarteirão entre Campinas e Pamplona será utilizado para dispersão. Portanto, não será permitida a presença de público nestes dois setores.

Para o público na chegada, em razão dos bloqueios, o local para acompanhar os últimos metros, já na Avenida Paulista, será no trecho entre Brigadeiro e Joaquim Eugênio de Lima, pois os demais estarão interditados ao público.

A melhor forma de chegar será o transporte público, em especial o Metrô. A opções perfeitas serão as estações Brigadeiro e Consolação. A organização da corrida ressalta que a estação Trianon não deverá ser usada pelos atletas, pois não dará acesso à corrida.

Programação

A programação de largadas no dia 31 começará mais cedo, a partir das 7h25min, com a largada da categoria Cadeirantes.

Em seguida, a partir das 7h40min, será a vez da Elite feminino, ficando para as 8h05min a Elite masculino, Pelotão C, Cadeirantes com Guia e Pelotão Geral.

Os copos plásticos de água distribuídos aos participantes da 95.ª Corrida Internacional de São Silvestre, na próxima terça-feira, em São Paulo, serão recolhidos, reciclados e transformados em lixeiras para a coleta seletiva. Serão distribuídos um total de 720 mil unidades. A reciclagem será possível graças à parceria do Movimento Plástico Transforma e da Yescom, organizadora da prova.

Os 15km da corrida exigem dos atletas muita hidratação e a embalagem de plástico é a maneira mais apropriada para o participante ingerir o líquido de forma rápida e segura. Os organizadores distribuem milhares de copos de água, em diversos pontos ao longo do percurso. A iniciativa procura evidenciar a importância da economia circular. Um dos objetivos do Movimento Plástico Transforma é estimular a reciclagem de materiais e educar quanto ao uso e o descarte corretos.

##RECOMENDA##

Equipes responsáveis pela coleta dos copos estarão ao longo do percurso para recolher o material descartado. Ao fim da corrida, caminhões recolhem o material e encaminham a uma recicladora, onde ocorre o processo de triagem e reciclagem. A matéria-prima reciclada é então transformada em novos produtos: lixeiras para coleta seletiva que serão doadas a instituições.

"Queremos aproveitar um evento tão grande como a São Silvestre para conscientizar sobre a importância do descarte correto e do poder da reciclagem. Embalagens descartáveis podem ser transformadas em objetos que contribuam para uma sociedade mais sustentável", afirmou Simone Carvalho, uma das coordenadoras do Movimento Plástico Transforma.

Criado em 2016, o movimento procura mostrar a utilização e a reutilização do plástico de forma criativa e responsável em soluções que podem transformar o dia a dia e o futuro da população. A primeira iniciativa do Movimento Plástico Transforma foi a instalação interativa PlastCoLab, uma ação que já impactou mais de 37 mil pessoas e contou com quatro edições em São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Brasília.

O movimento também é responsável pela Estação Plástico Transforma, iniciativa instalada no Parque KidZania, no Shopping Eldorado, em São Paulo, que procura demonstrar de forma lúdica e educativa as principais etapas do processo de reciclagem do plástico.

A queniana Brigid Kosgei, atual recordista mundial da maratona feminina, será uma das atrações da 95ª edição da Corrida de São Silvestre, que acontece no dia 31 de dezembro, em São Paulo. A presença da fundista foi confirmada nesta sexta-feira, pela organização da prova.

Kosgei, de 24 anos, bateu o recorde na edição deste ano da Maratona de Chicago. A queniana terminou o percurso em 2h14min04s, superando por mais de um minuto o tempo da britânica Paula Radcliffe (2h15min25s), que existia desde 2003. Ele já havia faturado o título da prova em 2018.

##RECOMENDA##

Entre os homens, o também queniano Paul Kipchumba Lonyangata confirmou participação na prova deste ano. No currículo, o fundista tem uma vitória na Maratona de Paris em 2017 e o bicampeonato da Maratona de Shangai, na China. Neste ano foi terceiro colocado na Meia Maratona de Buenos Aires, na Argentina.

A organização da prova promete divulgar outros nomes do circuito internacional que vão participar da São Silvestre nos próximos dias.

A partir da 95ª edição, a prova passa a ser da categoria Road Race Bronze Label da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), entrando para o rol das principais corridas do mundo. Isso significa possuir critérios técnicos de qualificação que garantirão a presença de alguns dos melhores corredores do mundo na atualidade.

A Corrida de São Silvestre junta-se a Maratona de São Paulo (desde 2019) e Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro (a partir de 2020), como únicas provas do país a possuir esse Bronze Label. Todos com qualidades e excelência reconhecidas.

A programação de largadas no dia 31 começará mais cedo, às 7h25, com a largada da categoria cadeirantes. Em seguida, às 7h40, será a vez da elite feminina. A elite masculina, Pelotão C, e Cadeirantes com Guia e Pelotão Geral largam às 8h05.

O vencedor da 94ª prova da São Silvestre não pôde comemorar o triunfo nesta segunda-feira. O etíope Belay Bezabeh passou mal logo depois de cruzar a linha de chegada, na Avenida Paulista, em São Paulo, e foi levado a um hospital pouco depois de receber a premiação. Segundo a organização da prova, o atleta sentiu um mal estar pelo cansaço excessivo e precisou de atendimento.

Bezabeh conquistou a vitória ao arrancar na subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio. No trecho, ele conseguiu ultrapassar o bicampeão e favorito Dawitt Admasu para garantir o primeiro lugar. O etíope havia sido vice-campeão na prova do ano passado e terminou o trajeto de 15km com o tempo de 45min5s. Embora tenha participado do pódio, o vencedor passou mal instantes depois.

##RECOMENDA##

O etíope se dirigiu ao auditório para conceder a entrevista coletiva, porém precisou deitar no chão minutos antes de começar a falar. Um auxiliar de Bezabeh improvisou um travesseiro para que ele deitasse e depois chamou atendimento médico. Uma equipe se dirigiu ao local para atender o vencedor. Colocado em uma maca, ele foi conduzido a um hospital da região para se recuperar do cansaço.

O vencedor havia sido segundo colocado na edição do ano passado, mas desta vez conseguiu uma espécie de revanche. Bezabeh superou no fim da prova o bicampeão Dawitt Admasu, do Bahrein, que havia ganhado em 2017. Superado pelo adversário, o segundo lugar disse não estar triste. "Eu me machuquei há seis meses. Então, estou feliz por ter ficado em segundo lugar e não ter sentido nada durante a prova", explicou.

A vencedora da prova feminina, a queniana Sandrafelis Tuei, também disse ter passado mal durante a prova. "Eu não estava me sentindo muito bem, então não foi uma prova fácil. Mas quando vi que estava no final e faltava pouco, senti que poderia acelerar para chegar à vitória", afirmou a corredora.

Os corredores brasileiros estão longe de se considerarem favoritos para a 94ª edição da prova de São Silvestre, que será na segunda-feira (31), em São Paulo. Os atletas nacionais disseram neste sábado terem como objetivo inicial chegarem entre as cinco primeiras posições para poderem subir ao pódio. Vencer a corrida é considerado uma meta muito elevada.

O Brasil não vence a prova masculina da São Silvestre desde 2010, com Marílson dos Santos, e conquistou a corrida feminina pela última vez em 2006, com Lucélia Peres. No ano passado, o País amargou o pior resultado nos últimos 45 anos, ao colocar Éderson Pereira em 12º lugar e Joziane Cardoso na décima posição. Os dois estarão de volta às ruas de São Paulo na edição desta segunda.

##RECOMENDA##

"Eu sonho em estar presente no pódio, mas no dia muita coisa pode acontecer. Temos que ver como será a prova, porque depende muito da estratégia. Não depende sair correndo com tudo logo de início", disse Pereira. "Vencer é algo que depende das condições. Vou batalhar para estar no pódio. É este o meu objetivo", completou o brasileiro de melhor resultado no último ano.

Joziane, destaque feminino em 2017, diz ter como prioridade subir ao pódio, assim como já fez em outras edições. "Já tive um quarto lugar (em 2015) e estou em busca de um novo pódio. Eu treinei bastante, quero fazer uma boa prova. Minha tática é largar junto das meninas, mantendo contato para não deixar elas abrirem distância", explicou a corredora.

Nos últimos anos, os africanos dominaram a prova, em especial os quenianos. Por isso, os brasileiros admitem serem zebras na São Silvestre. "A gente se prepara, é claro, mas temos que contar com as falhas deles. Vamos torcer para eles errarem para chegarmos bem na prova e ter um bom resultado", disse o pernambucano Wellington Bezerra, que foi segundo colocado na Maratona de São Paulo neste ano.

A São Silvestre será realizada na segunda-feira, com largada às 8h40 para a prova feminina e às 9h para a competição masculina. A saída e a chegada serão na Avenida Paulista.

Num clima de muita animação, um grupo de 44 atletas pernambucanos embarcou, na manhã desta quarta-feira (26), para participar da 94ª Corrida Internacional de São Silvestre, que acontece na cidade de São Paulo, em 31 de dezembro. O embarque foi realizado no térreo da Prefeitura do Recife, que disponibilizou o ônibus para a viagem e, pela primeira vez, proporcionou treinamento específico para os corredores. A comitiva inclui 15 servidores municipais da PCR.

 O ônibus deve chegar a São Paulo no dia 28 de dezembro e iniciar o retorno ao Recife em 1º de janeiro. A secretária executiva de Esportes do Recife, Yane Marques, destaca a preparação que a Prefeitura ofereceu aos atletas. “A assessoria de corrida já deu um retorno positivo. Os corredores dizem que estão melhores tecnicamente. É uma motivação a mais para a prática de esportes, que proporciona saúde e qualidade de vida”, ressalta.

##RECOMENDA##

 A preparação técnica e física aconteceu dentro do programa Recife Esportes de Rendimento, iniciativa da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer (Seturel). As atividades foram realizadas nos parques da Jaqueira e da Macaxeira, a cargo dos treinadores Cisiane Dutra (que disputou a Olimpíada de 2016 na marcha atlética) e Pedro Antônio.

Disputando a corrida pela nona vez, o atleta Paulo Gonçalo da Silva Farias aprovou a assessoria de corrida da PCR. “O treinamento foi ótimo para melhorar muito minha postura, respiração e velocidade. Eu estava fazendo 10 km em 40 minutos e agora a meta e baixar para 36 minutos. Em 2017, fiz a São Silvestre em uma hora e sete minutos e este ano espero melhorar o tempo”, diz. “Com o treinamento, agora posso dizer que sou um corredor. Ganhei mais resistência e mobilidade”, acrescenta Antônio José do Nascimento, conhecido como Antônio Tapiré, que viaja para sua sétima São Silvestre.

 A prova é considerada a principal corrida de rua da América Latina e terá 30 mil participantes neste ano. A São Silvestre fecha o ano esportivo nacional e reunirá atletas de todo o país e também do exterior, que enfrentarão o desafio de 15 km por ruas e avenidas da capital de São Paulo. A largada será na Avenida Paulista e a chegada em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero.

Da assessoria de imprensa

Um grupo de 44 atletas pernambucanos embarca, às 9h da próxima quarta-feira (26), para participar da 94ª Corrida Internacional de São Silvestre, que acontece na cidade de São Paulo, em 31 de dezembro. O embarque será feito no térreo da Prefeitura do Recife, que disponibilizou o ônibus para a viagem.

 Os corredores contaram também com preparação técnica e física, dentro do programa Recife Esportes de Rendimento, da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer (Seturel). Os treinamentos foram realizados nos parques da Jaqueira e da Macaxeira pelo Núcleo de Rendimento em Atletismo. A comitiva inclui 15 servidores municipais da PCR.

##RECOMENDA##

 A prova é considerada a principal corrida de rua da América Latina e terá 30 mil participantes neste ano. A São Silvestre fecha o ano esportivo nacional e reunirá atletas de todo o país e também do exterior, que enfrentarão o desafio de 15 km por ruas e avenidas da capital de São Paulo. A largada será na Avenida Paulista e a chegada em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero.

Mais uma vez os brasileiros foram coadjuvantes na Corrida Internacional de São Silvestre. Neste domingo, quando foi realizada a 93ª edição da tradicional prova pelas ruas de São Paulo, o etíope Dawit Admasu venceu a disputa masculina, enquanto no feminino quem ganhou foi a queniana Flomena Cheyech. O melhor brasileiro na disputa foi Joziane Cardoso, que ficou na décima colocação. Essa foi a primeira vez desde 2011 que a São Silvestre não teve sequer um atleta do País no pódio.

Na elite masculina, o grupo se manteve unido, até que o queniano Edwin Kipsang Rotich foi calçado pelo brasileiro Wellington Bezerra e acabou caindo. Mas ele não se desestabilizou e pouco depois assumiu a liderança da prova, mantendo um bom ritmo. Mas Dawit Admasu e Paul Lonyangata estavam ainda na cola dele.

##RECOMENDA##

Só que Admasu pouco depois assumiu a liderança e manteve passadas firmes para abrir uma vantagem confortável. E conseguiu manter a dianteira e cruzar a linha de chegada em primeiro com o tempo de 44min15, seguido por seu compatriota Belay Bezabh e pelo queniano Rotich. O melhor brasileiro foi Ederson Vilela Pereira, na 11ª posição.

No feminino, o pelotão esteve agrupado, mas aos poucos a queniana Filomena Cheyech foi se desgarrando e no oitavo quilômetro se distanciou das suas adversárias, abrindo uma pequena vantagem na liderança. E aos poucos foi ampliando a diferença até que suas rivais não aparecessem mais ao fundo, tamanha a vantagem na ponta.

A queniana ainda conseguiu ampliar a diferença, mesmo diminuindo um pouco o ritmo, e começou a subida da avenida Brigadeiri Luiz Antônio com uma vantagem enorme sobre a segunda colocada. Ao final, não teve trabalho para vencer a prova com o tempo de 50min18, à frente das etíopes Sintayehu Kailemichael e Birhane Adugna.

A melhor brasileira na prova foi Joziane Cardoso, que chegou na décima posição. Com isso, o jejum de vitórias nacionais continua. A última vitória brasileira na prova feminina foi em 2006, com Lucélia Peres. Desde então, apenas atletas do Quênia e Etiópia subiram ao lugar mais alto do pódio.

Entre os cadeirantes, Leonardo Melo venceu no masculino, seguido por Carlos Pierre Silva de Jesus e Heitor Mariano dos Santos. Já no feminino, Vanessa Cristina de Souza desbancou a favorita Aline do Santos Rocha.

A organização da Corrida Internacional de São Silvestre promete fazer neste domingo um controle rígido nos arredores da avenida Paulista, em São Paulo, para evitar a presença dos "pipocas", corredores amadores que não pagam a inscrição para a prova, mas participam do evento de alguma forma. A medida foi tomada depois de, no ano passado, 15 mil pessoas nestas condições percorreram as ruas paulistanas ao lado dos 30 mil inscritos.

A enorme quantidade de corredores não inscritos fez com que os copos de água, que são distribuídos para hidratação dos atletas, acabassem antes da hora, deixando muito competidor com sede. "No ano passado tínhamos 542 mil copos de água e neste ano aumentamos a carga para 720 mil. É o equivalente a 24 copos por inscrito", explicou Marcelo Braga, assessor de imprensa da Corrida Internacional de São Silvestre.

##RECOMENDA##

Uma das mudanças estratégicas para evitar o excesso de "pipocas" foi levar a largada um pouquinho mais para frente na avenida Paulista. Com isso, será mais difícil que os penetras entrem antes do acesso ao túnel José Roberto Fanganiello Melhem, que desemboca na avenida Dr. Arnaldo. Para os organizadores, isso pode ajudar a diminuir o número de não inscritos.

"A questão dos 'pipocas' sempre existiu, mas costuma girar entre 3% e 4% em cada prova e isso sempre foi absorvido pela organização. Mas no ano passado, o número chegou a 50% na São Silvestre. O que a gente quer é que continue tendo água para quem está correndo", continuou Marcelo Braga, lembrando que a inscrição para a corrida custou neste ano R$ 170.

Muitas pessoas reclamam dos valores, apesar de que todos os anos o evento atinge a lotação máxima, que é de 30 mil inscritos. Para caber mais gente, o percurso teria de ser mudado para outro lugar, a fim de comportar uma capacidade maior. Mas com isso a prova perderia o seu maior charme de ter sua largada e chegada em um ponto emblemático da cidade de São Paulo.

Para quem for de metrô para a prova e descer na estação Trianon, por exemplo, o fluxo de passageiros será direcionado para a rua Pamplona e a partir daí os inscritos terão de buscar acesso à área de competição. Entre 5 horas e 10 horas da manhã, os fiscais só permitirão atletas com número de inscrição no peito e o comitê organizador pede que os "pipocas" não compareçam, pois "não há como dimensionar os serviços e o consumo excessivo pode gerar a falta de serviços e hidratação para os inscritos".

Na disputa masculina, a partir das 9 horas, os brasileiros vão tentar quebrar a hegemonia de vitória dos africanos que vem desde 2011. Já no feminino, que começará às 8h40, as atletas do Quênia e Etiópia ganharam todas as edições desde 2007. Para quem vem de fora, a São Silvestre empolga. "As pessoas daqui têm sido muito legais comigo. Quero terminar o ano com vitória", avisou o queniano Paul Lonyangata, campeão da Maratona da Paris neste ano e que buscará a sua primeira vitória na São Silvestre. No feminino, os destaques são a etíope Ymer Wude, sua compatriota Birhane Dibaba e a queniana Leah Jerotich.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando