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O Ministério Público Federal (MPF) denunciou um casal por manter uma mulher em condições análogas à escravidão durante 33 anos em São Paulo (SP).

A trabalhadora prestava serviços domésticos à família no Brás, centro da capital paulista, e em uma loja do casal no mesmo bairro.

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Sem receber salários nem usufruir de outros direitos trabalhistas, a vítima cumpria jornadas exaustivas, vivia em condições precárias na residência dos empregadores e chegou a sofrer agressões físicas e constrangimentos morais.

O casal aproveitou-se da vulnerabilidade da mulher quando a recrutou em um albergue em 1989 para realizar os serviços domésticos. Até então, ela vivia em situação de rua, sem qualquer perspectiva de vida digna. Levada para a casa da família, a vítima passou as três décadas seguintes trabalhando sem remuneração, descanso semanal, férias, registro em carteira nem recolhimento de parcelas previdenciárias.

As jornadas frequentemente começavam às 7h e se estendiam até as 22h ou mais tarde. Sua rotina era alvo de vigilância, inclusive com monitoramento por câmeras, uma delas instalada na porta da edícula onde vivia.

Acordo há nove anos

A situação da trabalhadora já havia sido objeto de um acordo que os patrões firmaram em 2014, mediado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Na ocasião, eles assumiram o compromisso de efetuar o registro em carteira da empregada, pagar salários mensais e saldar outras obrigações trabalhistas.

Porém, nenhum dos deveres foi cumprido. A mulher chegou a ganhar um salário, mas, nos meses seguintes, responsabilizada pela quebra de uma máquina de lavar roupas, deixou de receber as remunerações.

Ela só conseguiu se desvencilhar do casal em julho do ano passado, após procurar vaga de acolhimento em um centro de assistência social do município.

Em depoimento às autoridades, o casal procurou eximir-se de responsabilidade afirmando que consideravam a mulher uma pessoa “da família”. Alegações desse tipo são frequentemente rejeitadas em processos judiciais contra empregadores domésticos por não constituírem justificativa para o descumprimento de direitos trabalhistas.

Da assessoria do MPF

Eleito deputado estadual no Rio de Janeiro, Alexandre Freitas (Novo), causou polêmica ao anunciar um processo seletivo para contratar assessor pessoal e estagiário jurídico para o seu gabinete na Assembleia Legislativa (Alerj). Na publicação em que convoca para a seleção, Freitas faz ironias e deixa claro que os contratados não terão os direitos trabalhistas assegurados.  

"Carga horária: a mesma do deputado: 24/7. Aviso, o deputado dorme pouco. Direitos trabalhistas: nenhum, vacilou será exonerado(a). Livre nomeação, livre exoneração. Esquece CLT", detalha no anúncio da seleção.

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Já sobre o salário, o deputado eleito diz que para o cargo de assessor a mensuração será de R$ 5.125,62, líquido, com R$ 60 de vale refeição por dia. Quanto ao cargo de estagiário, ele alfineta: “A vida me ensinou que um bom estagiário não está preocupado com esse mísero detalhe”.

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Além disso, Alexandre Freitas pontua também que por ter recebido muitos currículos adotará critérios de eliminação como a forma de tratamento. "Quem me chamar de Excelência será eliminado", dispara.

A publicação rendeu críticas ao deputado eleito pelo partido Novo. “Rapaz, você é uma vergonha. De ‘NOVO’ só tem o nome do seu partido porque suas ideias são do século 18/19”, reage um internauta. “O problema não é só a arrogância, são as condições de trabalho mesmo. Estágio não remunerado para estágio não obrigatório é ilegal. Trabalhar 24/7 é humanamente impossível. Isso só mostra que o Novo não tem nada de novo”, ressalta outro comentário.

Ainda é possível registrar reações de eleitores arrependidos. “Chega a ser triste, votei em um cara pra ele fazer piada com salário de estagiário, espero que faça um trabalho melhor do que suas piadas, porque caso seu trabalho seja tão ruim quanto suas piadas, não terá meu voto e ainda farei campanha contra”, salienta um eleitor do político.

Alunos do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ficaram sem café da manhã, nesta quinta-feira (24). Funcionários do Restaurante Universitário (RU) não trabalharam no período diurno porque, segundo os trabalhadores, os salários estão atrasados.

A assessoria de imprensa da UFPE confirmou a paralisação, mas não soube informar, até o fechamento desta matéria, se as remunerações não foram pagas pela empresa terceirizada que oferece o serviço no RU ou se a Universidade não repassou o dinheiro dos salários para a terceirizada. Depois do café da manhã, o almoço foi normalizado e o jantar não deve apresentar interrupções.

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Existe a possibilidade de uma nova paralisação nesta sexta-feira (25), caso o não pagamento dos salários continue. De acordo com a UFPE, são oferecidos, de segunda a sexta-feira, cerca de 500 cafés da manhã, 3 mil almoços e 1500 jantares. Alguns estudantes não pagam pelas refeições, enquanto os que pagam arcam com o valor de R$ 3.

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