Tópicos | RU

Após casos de intoxicação alimentar no restaurante universitário da Universidade Federal de Pernambuco, campus Recife, ocorrido em setembro de 2023, o relatório da vigilância sanitária aponta falhas na manipulação e armazenamento de alimentos servidos à comunidade acadêmica da instituição. O documento reúne dados coletados dois dias após cerca de 1200 estudantes apresentarem sintomas como vômitos, diarreia e dores abdominais depois do consumo de alimentos servidos pelo RU, que é gerido pela empresa General Goods. 

Na ocasião, algumas vítimas precisaram de acompanhamento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e um protesto, em frente ao restaurante universitário, que foi reaberto em maio de 2023 após dois anos sem funcionamento, foi realizado para pedir a saída da General Goods e melhorias na qualidade e segurança do serviço de alimentação oferecido à comunidade acadêmica.

##RECOMENDA##

Estudantes realizam ato no RU da UFPE ( Júlio Gomes/LeiaJá/Arquivo)

O relatório aponta problemas como: presença de alguns insetos (moscas) e vestígios de baratas e contaminação por bactérias, alimentos armazenados em embalagens furadas ou sem embalagens, produtos com validade inelegível, carnes expostas, possível vazamento de gás e panelas em estado precário de conservação. Confira o documento na íntegra aqui

Parte do relatório realizado pela vigilância à saúde do Recife

Estudantes relatam serviços precários e riscos à saúde

Em entrevista ao LeiaJá, a universitária e moradora da Casa do Estudante Ana* relata que o cardápio oferecido pelo restaurante universitário não apresenta variação, principalmente, quem é vegetariano. “Semana após semana costuma ser as mesmas opções de mistura e guarnição, consequentemente, tendo baixa variedade de nutritiva. Os grãos são mal cozidos, gerando má digestão e dores de estômago, os vegetais da guarnição também são mal cozidos, o que pode ser prejudicial, porque alimentos como a batata, por exemplo, precisam ser minimamente cozida para eliminar substâncias que podem ser tóxica. Digo isso pois recorrentemente pego batatas tão duras que parecem cruas”, afirma.

Além disso, a estudante aponta má higienização das verduras e que esses são servidos em um estado ruim de conservação. “O tomates são maduros que estão perto de estar estragado, alfaces já “passados” (sic), com partes pretas”. À reportagem, ela conta que é “recorrente encontrar objetos estranhos na comida, como o pedaço de uma máscara, assim como insetos, larvas, e outros bichos”.

Paula*, que é graduanda do curso de psicologia da UFPE, avalia o serviço prestado pela General Goods como “bem precário, feito sem cuidado e responsabilidade pela empresa que organiza”. A universitária cita que em alguns momentos chegou a não consumir a refeição toda por causa da qualidade. “A qualidade é bem baixa, uma vez ou outra alguma refeição está levemente saborosa, mas maioria das vezes são arroz e feijão requentado de sabe-se lá quantos dias, restos de carnes de outros dias também e as opções vegetarianas são feitas com pouco empenho. Muitas vezes tive que estragar comida, pois estava intragável ou suspeita”.

Ao LeiaJá, Paula* afirma que já presenciou estudantes com dúvidas sobre “o que estavam vendo nos pratos eram larvas ou algum tipo de bicho, eu mesma já estive nessa posição e normalmente, tanto eu como as pessoas que convivo, descartam a comida quando estranham algo. Já encontrei cabelo na comida, o qual claramente não era meu ou de qualquer pessoa que estivesse almoçando comigo”, frisa.

O que diz a UFPE

Procurada pela reportagem, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através da Superintendência de Comunicação, salientou que a nota emitida no início de dezembro destaca que “a empresa [General Goods] cumpriu com adoção de medidas corretivas relativas ao controle da potabilidade da água, no manejo de resíduos sólidos, na seleção de fornecedores, armazenamento de alimentos e higienização do local, equipamentos e utensílios. Mantendo, portanto, a licença sanitária até dia 15 de setembro de 2026”.

No comunicado, a instituição de ensino salienta que, antes da divulgação do laudo da vigilância, “a UFPE tomou medidas administrativas para ampliar as ações de fiscalização e acompanhamento do serviço no restaurante. O quadro de nutricionistas da equipe técnica da instituição foi ampliado, assim como o apoio de profissionais especialistas na área de saúde e alimentos no apoio à comissão de acompanhamento, que conta também com representação estudantil. A empresa General Goods também ampliou seu quadro e fez substituições do responsável técnico”.

A Superintendência de Comunicação da UFPE também reforça que, apesar das falhas apontadas, o relatório finaliza esclarecendo que “em 18/12/2023, foi realizada inspeção sanitária pela equipe VISA DS/IV, e foi constatado que as exigências feitas anteriormente foram cumpridas e continuam sendo mantidas as boas práticas de higiene e manipulação de alimentos”.

General Goods e casos de intoxicação alimentar

Este não é o primeiro episódio de intoxicação alimentar envolvendo a General Goods. Em março de 2022, 60 estudantes da Escola Técnica Estadual Luiz Alves Lacerda, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, tiveram mal-estar após a merenda, de responsabilidade da terceirizada. Na época, a empresa alegou que não houve irregularidades nas refeições servidas na instituição. A empresa foi escolhida após processo licitatório e a contratação da terceirizada foi publicada no Diário Oficial, em março de 2023

. No episódio de intoxicação alimentar, ocorrido em setembro deste ano na UFPE, a reportagem questionou Fernando José do Nascimento sobre a contratação da General Goods, diante de uma caso semelhante no Estado, após todo o processo de licitação realizado pela UFPE. O pró-reitor afirmou que todos os documentos solicitados à empresa foram entregues e não havia nenhuma sinalização sobre o caso ocorrido no Cabo de Santo Agostinho.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciou, na última segunda-feira (30), que o restaurante universitário (RU) ficará fechado por dois dias, ou seja, na quinta (2) e sexta (3).

De acordo com a UFPE, a interrupção do serviço é devido ao feriado de Finados e ponto facultativo "previstos no calendário acadêmico". Ainda segundo a universidade, o serviço será retomado já na segunda-feira (6).

##RECOMENDA##

LeiaJá Também

--> Estudante encontra larva em almoço do RU da UFPE

--> Após casos de intoxicação, alunos da UFPE realizam ato

Nesta quinta-feira (26), mais uma denúncia atingiu o Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Uma estudante da instituição compartilhou imagens do seu almoço, em um grupo de um aplicativo de mensagens, em que é possível perceber a presença de uma larva.

O amigo da universitário e também aluno do curso de biblioteconomia, Alberes Simão, explica o que aconteceu e afirma que a culpa sobre os acontecimentos envolvendo as polêmicas em torno das refeições servidas pelo RU sobra para os estudantes.

##RECOMENDA##

"Essa foto eu recebi por volta das 13h30, de uma aluna. Ela falou sobre os problemas do RU que vêm acontecendo na universidade. Na salada veio uma larva, um alimento complementar fundamental na alimentação dos estudantes que se alimentam aqui regularmente. Ela mandou essa foto e se queixou do alimento oferecido com larva. Não é a primeira vez que isso acontece. Diversas vezes já ocorreram casos parecidos como esse aqui na universidade, de ter larva de alimentação. O reitor insiste em dizer que não tem larva na comida e que isso é a falta de higienização dos estudantes e não culpabiliza a empresa”, relatou.

Em nota, a UFPE informou que foi notificada sobre almoço servido nesta quinta e que "a instituição notificou a empresa General Goods por ofício, solicitando um pronunciamento sobre o fato e agendando uma reunião com a brevidade necessária."

A instituição ainda salientou que "considerando o compromisso que a instituição tem com sua comunidade discente, de servidores e colaboradores, que está estudando a possibilidade de distrato do contrato com a General Goods, visto a constante recorrência de fatos como o relatado. Ao lado disso, a universidade continuará em diálogo com a comissão de acompanhamento e fiscalização do RU."

Desde a reabertura do restaurante universitário da UFPE, no dia 5 de maio deste ano, os estudantes constantemente reclamam sobre situações enfrentadas no local. De refeições com insetos comida, prazo de validade vencido, intoxicação alimentar em massa, esses problemas têm gerado preocupações e insatisfações aos alunos.

LeiaJá também

--> Merenda de escola técnica deixa 60 alunos passando mal

Na última sexta-feira (1), estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife, tiveram um mal-estar após alimentação no restaurante universitário da instituição (RU), que é administrado pela empresa General Goods. Vômitos, diarreia e dores abdominais foram os principais sintomas relatados pelos alunos, de acordo com um levantamento realizado pela Casa do Estudante. Através do formulário on-line, a CEU’s contabilizou mais de 1200 relatos de mal-estar. Algumas vítimas precisaram de atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O LeiaJá também encontrou relatos de casos de intoxicação alimentar nas redes sociais.

##RECOMENDA##

Nesta segunda-feira (4), diversos alunos da UFPE participaram de um ato em frente ao restaurante universitário, que foi reaberto em maio de 2023 após dois anos sem funcionamento. Aos gritos de “Fora, General Goods” e “Fora, reitor Alfredo [Gomes]”, eles pediam por qualidade e segurança no serviço oferecido de alimentação à comunidade acadêmica.

Júlio Gomes/LeiaJá

Júlio Gomes/LeiaJá

Júlio Gomes/LeiaJá

Os manifestante chegaram a entrar no RU para protestarJúlio Gomes/LeiaJá

Entre os estudantes que passaram mal, está Vinícius Souza, que estuda ciências biológicas e é morador da Casa do Estudantes desde novembro de 2022. Ele disse à reportagem que os relatos de mal-estar começaram já na segunda-feira (28). 

"O foco do surto mesmo [intoxicação] foi da sexta para o sábado. Na Casa [do Estudante] teve gente vomitando pela janela, porque não dava nem tempo de chegar no banheiro. Os corredores de lá estão sujos, os banheiros, que já são precários, ficaram piores. Foi um surto infeccioso entre os alunos. No sábado, começamos a nos articular em um grupo no WhatsApp e percebemos que não era só a gente que estava passando mal, mas toda a universidade. Então, demos início a um formulário, que mostra que as pessoas tiveram sintomas semelhantes, mas, alguns se destacaram, como diarreia, dor de cabeça, febre, vômitos”, salienta.

Vinícius também contou que chegou a desmaiar e que um amigo vomitou sangue. Ao LeiaJá, o universitário ressaltou que a Casa do Estudante entrou em contato com a Pró-reitoria, que foi ao local para prestar assistência às vítimas. No entanto, ele pontua que a atuação da Pró-reitoria não foi suficiente para a gravidade do caso. “Eles levaram uma enfermeira até a Casa do Estudante. Ela analisou o que a gente tinha, mas, nada além disso. O máximo que disseram foi para a gente ir para a UPA e tomar os remédios que já estávamos usando”. Durante a entrevista, o estudante falou que ainda apresenta sintomas como dor de cabeça e enjoo.

Vinícius Souza é estudante de ciências biológicas e morador da Casa do Estudante. Ele chegou a desmaiar por causa da infecção alimentar. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Mesmo com os casos de infecção alimentar o RU segue aberto

Dois dias após o ocorrido, o restaurante universitário funcionou nesta segunda. De acordo o com pró-reitor para assuntos estudantis da UFPE, Fernando José do Nascimento, uma equipe da Vigilância Sanitária esteve no local e acompanhou o preparo das refeições de hoje. "Desde que a universidade foi notificada, nós acionamos de pronto a Vigilância Sanitária e Epidemiológica. Então, ontem, a Vigilância Sanitária passou aqui (UFPE), aproximadamente, quatro horas fazendo uma inspeção detalhada da cozinha, do setor de produção, do estoque, que não foi encontrado nada que justificasse o fechamento do RU”, afirmou em entrevista ao LeiaJá.

À reportagem, o pró-reitor esclarece que uma equipe da Vigilância Sanitária coletou material para uma análise clínica “do que a empresa [General Goods[ recebeu do fornecedor e identificar a causa [intoxicação]. É certo que, até o presente momento, [o problema] não está na produção e no serviço. A Vigilância Sanitária esteve aqui ontem e hoje e não encontrou nada que depusesse contra o restaurante”, frisou.

O restaurante universitário aberto gerou um incômodo em alguns estudantes, que chegaram a alegar que a UFPE e General Goods estavam tratando os estudantes como cobaias. A estudante Charly, que cursa pedagogia e é moradora da casa mista do estudante, pontuou que os relatos de mal-estar dos alunos da instituição não são novidade. “Casos isolados, que foram levados à administração do RU, para a Proaes, para uma comissão de estudantes. Então, esses casos de infecção, intoxicação alimentar vem ocorrendo por uma questão estrutural do RU”, contou.

A aluna critica o funcionamento do espaço, que contou com um público reduzido durante o almoço. "Eu acho que o restaurante funcionando significa que nós estamos aqui diante de um experimento público. Por mais que a vigilância sanitária diga 'pode abrir o RU porque vamos analisar a produção da comida', mas, como é que você vai analisar essa qualidade com insumos que vieram da semana passada? Com coisas que estão armazenadas e a gente nem sabe como está funcionando", critica. 

À reportagem, Charly conta que algumas vezes o restaurante serviu pão morfado aos estudantes. "Na sexta-feira não teve pães morfados, mas já rolou outras vezes no restaurante universitário". Questionado sobre o caso, Fernando José do Nascimento afirmou que as pontuações dos alunos da UFPE não foram amplamente difundidas. "Nós temos uma canal para atender essa demanda [RU]. Pedimos para que esses casos sejam relatados nessa plataforma ou na ouvidoria", menciona. 

Pró-reitor para assuntos estudantis da UFPE, Fernando José do Nascimento, almoçou no RU enquanto estudantes realizavam ato no local. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

General Goods e casos de intoxicação alimentar

Este não é o primeiro episódio de intoxicação alimentar envolvendo a General Goods. Em março de 2022, 60 estudantes da Escola Técnica Estadual Luiz Alves Lacerda, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, tiveram mal-estar após a merenda, de responsabilidade da terceirizada. Na época, a empresa alegou que não houve irregularidades nas refeições servidas na instituição. 

Para a reabertura do restaurante universitário, a UFPE realizou um processo se licitação para escolha da empresa que ofertaria o serviço, sendo a General Goods a escolhida. A contratação da terceirizada foi publicada no Diário Oficial, em março de 2023. "Contratação de empresa especializada na prestação de serviços para a produção e distribuição de refeições para coletividade sadia no restaurante universitário da Universidade Federal de Pernambuco, Campus Joaquim Amazonas, Recife, PE, que serão prestados nas condições estabelecidas no termo de referência, anexo do edital". 

A reportagem questinou Fernando José do Nascimento sobre a contratação da General Goods, diante de uma caso semelhante no Estado, após todo o processo de licitação realizado pela UFPE. O pró-reitor afirmou que todos os documentos solicitados à empresa foram entregues e não havia nenhuma sinalização sobre o caso ocorrido no Cabo de Santo Agostinho.

Com 10 campi e mais de 50 cursos de graduação, a Universidade de Pernambuco (UPE) não possui restaurante universitário (RU). A demanda é uma luta antiga dos estudantes da instituição, que é de responsabilidade do Governo de Pernambuco. Nesta quinta-feira (10), por volta das 12h, uma fila se formou em frente à Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora da Graças, da UPE, localizada no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Estudantes aguardavam a distribuição da feijoada, organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE UPE).

O ato simbólico, que inicialmente cobraria R$ 1 pela refeição, foi uma maneira encontrada pelos alunos para reivindicar a construção do RU. Os discentes também aproveitaram para cobrar à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), para que a universidade, assim como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE), tenha um local de oferta de refeições a preços populares.

##RECOMENDA##

Distribuição de feijoada na UPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Distribuição de feijoada na UPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

A cobrança não é novidade para a reitoria ou gestão estadual, que, em janeiro de 2023, durante cerimônia de posse da nova reitora da UPE, Profª Socorro Cavalcanti, prometeu a construção de RUs. À reportagem, João Mamede, Coordenador Geral do Diretório Central dos Estudantes da UPE (DCE UPE), ressalta que esse tipo de ato já é tradição dos movimentos estudantis no Estado.

“Na UPE existe o problema da insegurança alimentar dos estudantes. A gente decidiu fazer aqui na universidade porque a gente entende que o nosso programa de assistência estudantil está muito atrasado, não temos orçamento”. Segundo João Mamede, o quantitativo destinado à política de permanência dos alunos da universidade estadual é de R$ 2,4 milhões (moradia, alimentação, mobilidade, entre outras).

O coordenador geral do DCE UPE também salineta que a data para a realização do “feijoato” faz referência ao Dia do Estudante, que será comemorado na sexta-feira (11). “Esse campus que a gente está só tem curso integral, que as pessoas já têm dificuldades de permanecer, os alunos passam o dia toda aqui. Alguns trazem marmita, mas não tem onde armazenar ou esquentar. Então, a gente está chamando a atenção desse problema aqui na Universidade de Pernambuco”.

João Mamede (camisa preta) é Coordenador Geral do Diretório Central dos Estudantes da UPE (DCE UPE). Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

As discentes do curso de enfermagem e integrantes do Diretório Acadêmico (DA), Hisabele Maria e Isadora Soares, em entrevista ao LeiaJá, comentam que o ato é importante e que a fila que se formava em frente à faculdade deveria ser corriqueira, se a UPE tivesse um restaurante universitário. “A gente achou o ato muito interessante, porque é um movimento de luta e conquista. Hoje, deveria ser o que todo dia deveria acontecer. Todo dia, a gente deveria montar uma fila, com comida para todo mundo, com preços acessíveis e de qualidade”, expõe Hisabele.

“Esse momento é muito importante. De certa forma é algo divertido para a gente, mas é um movimento de protesto, para a gente chamar atenção para o que acontece aqui na UPE, que é a falta do RU. Ninguém estuda com fome, ninguém vive com fome. A gente passa o dia aqui dentro, a gente precisa comer, a gente precisa se sustentar e não é fácil. A gente nem está pedindo as três refeições, a gente só está pedindo um almoço”, pontua Isadora.

Hisabele (de óculos) e Isadora (camisa branca) são alunas do curso de enfermagem da UPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Mesmo com a Universidade de Pernambuco disponibilizando editais para auxílio moradia e alimentação, os universitários apontam que o quantitativo de contemplados ainda é baixo. "Na minha sala tem 54 pessoas. Só a minha turma acabaria com as vagas oferecidas pela UPE nesse edital", frisa Isadora. Nos atuais editais, lançados recentemente pela UPE, oferecem 150 vagas para estudantes veteranos (valor mensal de R$ 400) e 50 para discentes ingressantes em 2023.1, que é o caso da turma de Isadora, também no valor de R$ 400.

Cursando medicina, também em período integral, os estudantes Marlon Peixoto, que é natural de Aracajú, e Sabrine Menezes reforçam o discurso da maioria dos estudantes que aproveitaram a iniciativa do DCE. “Em Sergipe era esperado que ao entrar na universidade já teria um RU. Quando eu cheguei aqui na UPE, em uma cidade nova, pensei que também fosse ter [RU], até por ser um Estado maior, considerado mais desenvolvido por muita gente, mas, não, foi uma surpresa, uma surpresa negativa. Porque muitos dos meus amigos precisam, o nosso curso é integral. A gente batalhou para entrar aqui”, disse à reportagem

"Tem muita gente aqui que mora longe, precisa trazer comida, é um gasto muito grande. Uma faculdade do tamanho da UPE até hoje não tem um restaurante universitário é muito grande. O RU faria uma diferença muito grande, não só para quem estuda integral. A UPE disponibilizar, pelo menos o almoço, seria o mínimo", opinou Sabrine. 

Marlon e Sabrine estudam medicina na UPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Foram dois anos e meio de espera para que estudantes e comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) pudessem novamente ter acesso ao restaurante universitário (RU). O equipamento, fechado desde 2020, reabriu oficialmente nesta quarta-feira (10) com a oferta das três refeições (dejejum, almoço e jantar).

Mesmo com alguns cursos de graduação em período de recesso acadêmico, um grande quantitativo de alunos da UFPE compareceu neste primeiro dia de funcionamento do RU. Com uma fila longa que ocupava grande parte da área externa do restaurante, os alunos aguardavam com certa impaciência a compra do ticket e, assim, ter acesso ao almoço, que já estava sendo servido desde às 12h. 

##RECOMENDA##

Uma longa fila se formou na área externa do RU. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Ítalo Monteiro, estudante da pós-graduação em ciências biológicas, acompanhou todo processo do fechamento até a abertura do restaurante universitário da UFPE. Ao LeiaJá, ele, que aguardava na fila por cerca de 40 minutos, ressaltou que estava feliz com a estrega do equipamento, no entanto, chamou atenção para o tempo de espera e organização da fila. 

"Está uma fila só para comprar o ticket do RU, mas, está bem desorganizado, o processo de pagamento está bem lento. Acredito que seja porque é o primeiro dia. Acho também que é porque muita gente não fez o cadastro [biométrico] ainda e está fazendo hoje, então tem esse tumulto. Mas, também acho que poderia melhorar com a venda online do ticket ou qualquer outra opção para agilizar essa compra".

A espera de Débora da Silva, também estudante da pós-graduação, foi a mesma de Ítalo. "A gente está feliz com a volta, mas é um misto esta reabertura. Os valores das refeições estão maiores do que esperávamos. Não são todas as pessoas que conseguem pagar. Outra coisa, eu sou super a favor que haja um aplicativo que facilite essa compra do ticket. Isso iria melhorar essa fila, pelo menos, da entrada. Isso aqui está uma bagunça, está tudo bagunçado", frisou. 

Ítalo Monteiro (de barba e camisa cinza), Débora da Silva (no centro) e Erick Andrade (camisa cinza, à direita). Foto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Após uma hora de espera, o graduando Erick Andrade viu a felicidade em ter novamente o restaurante universitário se transformar em cansaço. "Estou revoltado", brincou.

À reportagem, ele, que está no sexto período de licenciatura em ciências biológicas, relatou que estava na pausa e que teria que voltar em breve para terminar uma demanda no laboratório.

"Saí para almoçar, porque dou expediente no laboratório, e faz mais de uma hora que estou esperando. A gente ainda está na fila para comprar e, só assim, poder entrar. Para sanar isso é preciso ter vários pontos de venda para evitar essa aglomeração e a gente consiga cumprir a carga horária do dia a dia. Eu não trouxe almoço, nem dinheiro suficiente para comprar uma refeição fora", contou. 

Nathan Barbosa e Matheus Henrique são estudantes de engenharia e,mesmo de recesso, estavam presentes na reabertura do RUFoto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

A entrega do espaço aos estudantes e comunidade acadêmica foi feita durante o recesso acadêmico de algumas graduações. Mesmo assim, os alunos de engenharia da computação Nathan Barbosa e Matheus Henrique compareceram a reabertura do restaurante universitário. 

"Eu vim para a reabertura do RU para saber como ele estava. Eu tinha uma expectativa grande por esse momento. Achei a estrutura muito boa, mas um pouco de falta de organizações no começo, porque você chega aqui e não sabe como é que faz para entrar, como faz o pagamento.  Tem que ter alguma coisa antes. Você chega aqui e cadê os horários? Tem um monte de fila", aponta Nathan. 

Assim como a maioria dos alunos da instituição, Matheus está satisfeito em ter o equipamento funcionando novemente. Entretanto, ele pede para que a logística adotada nos próximos dias seja diferente. "Eu estive aqui ontem, no dia da distribuição gratuita da feijoada. Vejo que essa fila poderia ser evitada e espero que seja adotado um sitema, um aplicativo para a compra desse ticket. Ajudaria muito nessa organização". 

O que diz a UFPE

Em entrevista ao LeiaJá, o reitor Alfredo Gomes falou sobre as demandas pontuadas pelos estudantes da UFPE. "É tudo muito novo. Quem está cadastrado [biometria] não precisa pegar fila. Mas, tem alguns alunos que ainda não realizaram o procedimento. Além disso, temos aqui estudante com isenção total, que é um número bastante significativo, e parcial, além da comunidade toda da universidade. Isso, em um primeiro momento, a gente está tentando lidar", ressalta. 

Para o segundo dia de atividades no RU, a reitoria e Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis (Proaes) da UFPE estudam demarcar os espaços na fila para manter a organização. "Como a gente está fazendo o cadastramento [biométrico], algumas pessoas estão aproveitanto para comprar o ticket dos próximos dias, o que vai facilitar esse impacto inicial".

À reportagem, Alfredo Gomes frisa que está feliz com a reabertura do RU após um período de pandemia e cortes orçamentários promovidos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). " Estamos abrindo o nosso restaurante ampliado. Passamos para 900 lugares. No próximo ano, sem sombra de dúvidas, o RU do CAV [Centro Acadêmico de Vitória], porque Recife tem [restaurante universitário], Caruaru tem e vai ter essa política estabelecida para o CAV".

O Reitor da UFPE, Alfredo Gomes (óculos), ao lado do Pró-Reitor Fernando José do Nascimento (à direita). Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Funcionamento

O Restaurante Universitário funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, fornecendo café da manhã, almoço e jantar aos alunos, servidores da UFPE e visitantes. De acordo com a instituição, os valores das refeições são: estudantes de graduação e pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) - R$ 4,78 (almoço) e R$ 4,88 (janta); servidores e visitantes - R$ 11,95 (almoço) e R$ 12,20 (janta).

O café da manhã é destinado aos graduandos residentes das Casas dos Estudantes Universitários da UFPE. Para os demais, a reifeição terá o valor de R$ 10,31. Bolsistas e alunos em situação de vulnerabilidade social terão direito à gratuidade das alimentação.

Ainda segundo a instituição, a capacidade total é de até 8.200 refeições por dia. Uma outra novidade no equipamento é a substituição de itens descartáveis, como pratos, copos e talheres. "Esse é um dos novos desafios do restaurante", frisou a UFPE. 

Após dois anos de espera, os alunos e comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife, terão acesso ao Restaurante Universitário (RU). Nesta segunda-feira (8), data fornecida pela instituição para a reabertura do RU, estudantes puderam visitar as novas instalações e realizar o procedimento de cadastro biométrico.

O LeiaJá esteve no local e a empresa responsável, a General Goods, ainda realizava ajustes em alguns equipamentos. Mas, de acordo com a comunicação da UFPE, isso não comprometerá a cronograma divulgado nos canais oficiais da universidade no último sábado (6).

##RECOMENDA##

Segundo o calendário, na terça-feira (9), das 12 às 14h, haverá distribuição gratuita de feijoada, “mesmo para quem não está cadastrado ainda. Na quarta-feira (10), o restaurante abre a partir do café da manhã”, afirmou a Superintendência de Comunicação da UFPE à reportagem.

RU da UFPE, campus Recife. Foto: João Velozo/LeiaJáImagens/Arquivo

Funcionamento

O Restaurante Universitário funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, fornecendo café da manhã, almoço e jantar aos alunos, servidores da UFPE e visitantes. De acordo com a instituição, os valores das refeições são: estudantes de graduação e pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) - R$ 4,78 (almoço) e R$ 4,88 (janta); servidores e visitantes - R$ 11,95 (almoço) e R$ 12,20 (janta).

O café da manhã é destinado aos graduandos residentes das Casas dos Estudantes Universitários da UFPE. Para os demais, a reifeição terá o valor de R$ 10,31. Bolsistas e alunos em situação de vulnerabilidade social terão direito à gratuidade das alimentação. A nova estrutura comporta cerca de 350 pessoas e possui um ambiente climatizado.

Ainda segundo a instituição, a capacidade total é de até 8.200 refeições por dia. Uma outra novidade no equipamento é a substituição de itens descartáveis, como pratos, copos e talheres. "Esse é um dos novos desafios do restaurante", frisou a UFPE. 

[@#galeria#@]

A espera

A demora para o reativação do espaço, fechado desde 2020, segundo a superintendência de comunicação, teve relação com imprevistos da empresa responsável pela obra , a General Goods, com fornecedores de materiais, como mesas e cadeiras, que não chegaram no prazo previsto. "Uma cláusula do contrato de licitação prevê a prorrogação em 30 dias do início da operação, que foi o que eles solicitaram", disse a comunicação.

A UFPE também esclareceu que durante todo período de inatividade do restaurante universitário, o alunos, com cadastro estudantil, receberam um auxílio extra destinado à alimentação. "Esse auxílio permanece sendo concedido", salienta a instituição. Além disso, a universidade reforça que "busca entender a assistência de uma forma mais ampla, que não se encerre apenas em repasse de recurso" e que a reitoria mantém um canal de diálogo com os diretórios acadêmicos, afim de atender a demanda estudantil.

Com 10 campi e mais de 50 cursos de graduação, a Universidade de Pernambuco (UPE) não possui restaurante universitário (RU). A demanda, que faz parte da política de assistência estudantil, é uma luta dos alunos da instituição que é mantida pelo Estado. Em entrevista ao LeiaJá, João Mamede, Coordenador Geral do Diretório Central dos Estudantes da UPE (DCE UPE), diz que a ausência do RU é denunciada há anos pelos alunos e comunidade acadêmica.

“Há muitos anos, os estudantes e a comunidade acadêmica da UPE denunciam a total ausência de uma política estruturada e com fonte segura de financiamento para o auxílio à permanência dos estudantes mais vulneráveis. Com o cenário de carestia e aprofundamento da pobreza das famílias nos últimos anos, a discussão sobre as dificuldades dos estudantes com transporte e alimentação, em particular, ganharam destaque”, disse.

##RECOMENDA##

À reportagem, ele ressalta que, em janeiro de 2023, a governadora Raquel Lyra (PSDB), durante cerimônia de posse da nova Reitora da UPE, Prof.ª Socorro Cavalcanti, prometeu a construção dos restaurantes universitários. “Esse foi um sinal importante, mas, desde então, a governadora tem se esquivado do debate com a nossa comunidade acadêmica”, salientou João Mamede.

Com o silêncio da gestão estadual, o DCE da UPE, em diálogo com outros estudantes da instituição, lançou uma petição para que um projeto, prometido pela governadora, seja apresentado. “Pode parecer que é cedo para uma cobrança pública, mas não podemos continuar assistindo à evasão dos estudantes sem que a gestão pública apresente respostas concretas à angústia dos estudantes, em especial aqueles mais pobres”, frisa.

Reitoria da Universidade de Pernambuco (UPE) (Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo))

Enquanto entidade representativa dos estudantes da universidade estadual, o Diretório Central aponta que relatos de desistências “chegam todos os dias”. No entanto, o coordenador do DCE ressalta que eles não devem servir apenas para estatística.

“É preciso estancar a evasão que cresce nas universidades brasileiras desde a pandemia e a eclosão da crise social e econômica que atinge as famílias brasileiras. A UPE não foge a esse fenômeno, com a diferença de que, enquanto outras universidades estaduais debatem a ampliação dos seus instrumentos de assistência ao estudante, nós estamos brigando para dar os primeiros passos”.

O que diz a UPE

Procurada pela reportagem, a Universidade de Pernambuco falou sobre o assunto por meio de nota. De acordo com o comunicado, a demanda dos restaurantes universitários "vem sendo debatida há algum tempo com os estudantes e o Governo Estadual".

Além disso, a assessoria salienta que, devido à capilaridade da UPE, "com campi em diferentes localidades, a gestão tem dialogado sobre as possibilidades de se melhorar a assistência estudantil para os discentes em vulnerabilidade sociais. Essa questão atende as necessidades de alimentação."

O esforço da UPE em atender a necessidade da comunidade acadêmica é confirmada por João Mamede. "A UPE, em todos os seus setores, é simpática à campanha dos estudantes e, dentro dos marcos da grave limitação orçamentária para a assistência estudantil, tem feito um bom trabalho em “tirar leite de pedra”. Mais recentemente, a Reitoria abriu importante diálogo com os estudantes para a ampliação da política de cotas, que está defasada há mais de 10 anos. É claro que as mudanças não vêm sem pressão e muita mobilização, mas, hoje, há um consenso, na comunidade acadêmica da UPE, acerca da urgência de um plano para a assistência estudantil".

O silêncio do Governo de Pernambuco

O LeiaJá também entrou em contato com a comunicação da governadora Raquel Lyra, já que a construção de RUs é uma promessa da gestora. No entanto, não houve retorno dos questionamentos acerca de prazos para apresentação de planejamento para a construção desses locais. O espaço segue aberto. 

Enquanto há silêncio por parte da governadora, os estudantes realizaram um estudo baseado em experiências de outras universidades estaduais multicampi. "A nossa proposta é que os maiores campi, como Santo Amaro, Benfica, Mata Norte, Garanhuns e Petrolina recebam estruturas de restaurante universitário, enquanto os demais passem a ofertar bolsas de Auxílio-Alimentação aos estudantes. Esse pode ser um caminho, desde que a universidade mantenha cantinas bem equipadas em todos os campi, independente do tamanho, o que ainda não é uma realidade".

Fechado desde antes da pandemia de Covid-19, o Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife, reabre no dia 8 de maio, afirmou ao LeiaJá, a superintendência de comunicação da instituição. A data, no entanto, é durante o recesso acadêmico, porém, segundo a assessoria, "é dentro do calendário de aula das 114 pós-graduação. E ainda dentro do período onde permanecem os residentes das casas do estudante".

A demora para o funcionamento do espaço, que atendia os estudantes da UFPE, segundo a superintendência de comunicação, tem relação com imprevistos da empresa responsável pela obra com fornecedores de materiais, como mesas e cadeiras, que não chegaram no prazo previsto. "Uma cláusula do contrato de licitação prevê a prorrogação em 30 dias do início da operação, que foi o que eles solicitaram", disse a comunicação.

##RECOMENDA##

A UFPE também esclareceu que durante todo período de inatividade do restaurante universitário, o alunos, com cadastro estudantil, receberam um auxílio extra destinado à alimentação. "Esse auxílio permanece sendo concedido", salienta a instituição. Além disso, a universidade reforça que "busca entender a assistência de uma forma mais ampla, que não se encerre apenas em repasse de recurso" e que a reitoria mantém um canal de diálogo com os diretórios acadêmicos, afim de atender a demanda estudantil.

Alunos da UFPE protestam pela reabertura do RU

No dia 5 de abril, alunos da UFPE realizaram um ato, com venda simbólica de feijoada a R$1, para pedir a reabertura do RU. Na ocasião, os estudantes questionaram a demora para a entrega do espaço à comunidade acadêmica e alegaram que a ausência desse recurso contribuiu para que alguns alunos deixassem as graduações.

“Quatro estudantes. Isso é muita coisa para o nosso curso, ainda mais do sexto e sétimo período porque não conseguem se sustentar dentro da universidade e por não conseguir o auxílio do RU. A gente está vendo alunos da área de saúde em evasão ou trancando o curso porque não estão conseguindo se alimentar, assim como dar conta das outras demandas”, afirmou Andresa Cândida, que é vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Pernambuco e estudante do curso de enfermagem na instituição.

Fechado desde a pandemia de Covid-19, o Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife, segue vazio e com nova previsão de abertura dada pela reitoria da instituição. À espera da reabertura do espaço desde o retorno das atividades presenciais, estudantes da UFPE realizaram um ato, nesta quarta-feira (5), com venda simbólica de feijoada a R$1.

Ao LeiaJá, Manoel George, graduando de publicidade e propaganda, explica que a manifestação foi uma maneira de pressionar a reitoria, que vem dando vários prazos para a reabertura do RU.

##RECOMENDA##

“A gente está aqui na frente do Restaurante Universitário para pedir a reabertura. A reitoria está há algum tempo dando vários prazos para a gente. Inclusive, que o RU seria aberto essa segunda-feira, dia 3, porque a empresa tinha 30 dias, a partir da assinatura do contrato para reabrir o espaço. Mas, a gente chegou aqui no dia 3 e o RU ainda estava fechado. Quem está acompanhando essa situação, compreende que o RU está fechado há muito tempo”.

De acordo com o estudante, a justificativa da reitoria da UFPE para o atraso da entrega do restaurante universitário à comunidade acadêmica é que a empresa contratada não consegue dar conta da estrutura do local. “Segundo eles [reitoria], a empresa alegou que não tinha nenhuma outra empresa que atendesse à solicitação de cadeiras e mesas aqui no estado de Pernambuco, teria que trazer de São Paulo e essa solicitação vai demorar mais um mês. O novo prazo de reabertura do RU, agora, é 8 de maio”.

À reportagem, Manoel George ressalta que a data anunciada pela reitoria da UFPE não é viável e que retomada do RU será no período de recesso universitário. “O restaurante universitário será reaberto durante o recesso. Enquanto nós, que estamos na universidade todos os dias estamos sem esse espaço. Na reunião que tivemos ontem com a reitoria, propomos também a criação de uma comissão de acompanhamento dessa abertura, que foi acatada”.

Sem RU, estudantes desistem da graduação

A falta do restaurante universitário da UFPE vai de encontro à política de permanência estudantil. Segundo Andresa Cândida, que é vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Pernambuco e estudante do curso de enfermagem na instituição, alguns alunos procuraram do Diretório Acadêmico e, indiretamente, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) para informar que desistiram do curso.

“Quatro estudantes. Isso é muita coisa para o nosso curso, ainda mais do sexto e sétimo período porque não conseguem se sustentar dentro da universidade e por não conseguir o auxílio do RU. A gente está vendo alunos da área de saúde em evasão ou trancando o curso porque não estão conseguindo se alimentar, assim como dar conta das outras demandas”.

Maria Vitória Bandeira, da graduação de letras, reforça o que foi exposto por Andresa e aponta que, além do RU, os estudantes do UFPE estão sem acesso à água. “Sem acesso à água, os estudantes estão tendo que comprar. Não temos aquela bolsa real, que realmente ajude a arcar tudo isso. Muitas vezes, deixam de comprar coisas necessárias para a graduação por conta desses custos”.

Nina Silva, do curso de cinema e audiovisual, aponta que parte dos alunos da UFPE precisam escolher entre o trabalho e a formação acadêmica. “Muita gente também nem consegue trabalhar porque os cursos não dão tempo para isso. Conseguir um estágio que tenha essa flexibilidade também é difícil”.

[@#galeria#@]

 

Na última sexta-feira (9), o Restaurante Universitário da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) impediu que uma aluna dividisse o almoço com sua filha. O caso veio a público por meio das redes sociais do Sítio Ágatha, em que trabalha Nzinga Cavalcante, estudante do curso de agroecolgia que não pôde compartilhar sua refeição com a pequena Ágatha, de 11 anos.

De acordo com a publicação, Nzinga é mãe solo e frequenta as atividades acadêmicas acompanhada pela criança, pois não tem com quem deixá-la. "Acontecia de Nzinga ou seus amigos comprarem o ticket e colocarem uma quantidade a mais de comida e dividirem com Ágatha, em uma pequena vasilha que ela levava na bolsa e ontem simplesmente negaram a possibilidade dela se alimentar", explica o texto.

##RECOMENDA##

[#@video@#]

A página também diz que grande quantidade de comida produzida pelo restaurante acaba sendo descartada em caçambas de lixo. "Perguntamos publicamente se essa porção de comida tirada de um prato já pago abalaria a estrutura financeira do @ru.ufrpe e refletimos que mesmo nos tempos de escassez, sempre multiplicamos para dividir nosso alimento com quem chega. Entendemos que todos os lugares possuem regras e que elas são necessárias, mas não temos como entender como conseguem negar comida para uma criança de 11 anos, que acompanha sua mães nas aulas", continua a publicação.

Nos comentários da postagem, o reitor da UFRPE, Marcelo Carneiro Leão, prometeu tomar providências para "resolver a situação junto à empresa". "Fui informado do ocorrido ontem a noite quando já não estava mais na universidade. Já me coloquei a disposição da mãe e de outras pessoas que me procuraram, e vamos atuar para resolver a situação junto a empresa. Fiquem tranquilos que estarei pessoalmente atuando neste processo, e na segunda mesmo divulgaremos as providências", escreveu. 

Por meio de sua assessoria de imprensa, a UFRPE informou que o RU é operado por uma empresa privada, que proíbe os alunos de levar comida em vasilhas. A assessoria não soube responder se é permitido o compartilhamento de alimentos no local.

Por meio de nota, a Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis (Proaes) da Universidade Federal de Pernambuco comunicou que, até o dia 31 de março, o Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife da instituição disponibilizará refeições somente para os alunos que moram nas Casas dos Estudantes. Os usufrutuários do Auxílio Moradia também continuam com o serviço.

A ação tem como objetivo diminuir o fluxo de pessoas e contribuir com as ações de combate à disseminação do novo coronavírus (Covid-19). A nota informa, ainda, que “durante esse período, o atendimento administrativo presencial do RU está suspenso”. Os serviços do RU da unidade do Agreste da UFPE, localizada em Caruaru, também estão suspensos.

##RECOMENDA##

Após dias sem funcionar, o Restaurante Universitário da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) serviu café da manhã normalmente para os alunos que têm direito à isenção total do valor da alimentação na manhã desta terça-feira (30). O restaurante foi fechado sem aviso prévio da instituição na última quinta-feira (25), após funcionários da empresa terceirizada que fornece alimentação, a “Verde Mar”, afirmarem ter sido agredidos durante um protesto.

Na ocasião, alunos que perderam o direito à alimentação com a reforma do local (que passou a servir só aqueles que têm isenção total do valor da alimentação) entraram no local para comer em um caso classificado pela instituição como “incidentes provocados por pessoas que invadiram o restaurante desrespeitando o controle das catracas”. Na ocasião, a UFPE garantiu que ampliaria a segurança do local “para garantir o funcionamento e a integridade física de funcionários terceirizados, servidores da UFPE e dos estudantes”.

##RECOMENDA##

O clima da manhã era de tranquilidade, funcionários da empresa e seguranças não quiseram falar com a imprensa. Um funcionário da UFPE, que não quis se identificar, conversou com o LeiaJá.  “Não há diálogo por parte dos alunos para com a universidade. O grupo que representa os alunos quer resolver os problemas na base do grito e não está disposto a dialogar, a entender que a universidade está fazendo de tudo para atender todos os alunos da melhor forma, mas isso demanda tempo e verba”, disse.

Ele confirmou, ainda, que os funcionários da Verde Mar explicaram que um grupo pequeno, com seis ou sete estudantes, cometeu “violência psicológica e constrangimento” no ato realizado na última semana.

A estudante de ciências biológicas Camyla Luiz questionou os pontos levantados pela universidade, de que pratos foram quebrados e talheres foram furtados durante o protesto, já que, com a ausência de funcionários para coletar a louça suja, os objetos se acumularam no local e podem ter caído de forma acidental. "Eu achei um absurdo esses seguranças aqui, porque o campus é muito inseguro, a  gente não tem segurança mais por aqui, e quando tem é segurança patrimonial, o que eles estão fazendo aqui?", questionou. 

Ela lembrou, ainda, da situação que causou o protesto: a retirada de alimentação dos alunos que não recebiam a isenção completa. "Achei muito injusto tirar as pessoas que pagavam para deixar só os isentos. Obviamente que eles aumentaram o número de isentos, só que até esse processo se dar vai demorar bastante e a gente sabe que o pessoal da pós-graduação que come muito aqui e está aqui nas férias não pode comer de jeito nenhum. Eles não têm nem a oportunidade de se inscrever para a isenção. Eu achei horrível a decisão da UFPE". Segundo Camyla a qualidade da comida não agradou aos alunos e que eles receberam o aviso de que aquela seria apenas uma empresa de transição.

A representante da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes), Ana Cabral, garantiu que uma sindicância será aberta para investigar o ocorrido na última quarta. Ela reiterou, ainda, que a licitação do Restaurante Universitário que será aberto nas proximidades da Sudene para voltar a atender aqueles alunos que não têm isenção total da alimentação, está em andamento. Segundo ela, o local deve estar pronto para uso no segundo semestre de 2019.

Problemas recorrentes

Os problemas envolvendo o Restaurante Universitário da UFPE começaram no meio do mês de março, quando o local foi fechado para troca de empresas contratadas durante período licitatório. O período de fechamento foi estendido pela instituição para ajustes na caixa d'água e na rede de esgoto.

Ainda antes de reabrir, a UFPE informou que apenas as refeições com isenção total seriam fornecidas aos estudantes, com disponibilização de formulário para que aqueles que não tenham isenção total tenham uma chance de garantir a alimentação. O formulário, porém, passa por análise de alguns funcionários da instituição e nem todos os pedidos serão aceitos.

*Com informações da repórter Francine Nascimento

Marcado por problemas estruturais e confusões, o Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) deverá ser reaberto na próxima terça-feira (30). É o que promete a empresa terceirizada responsável pelos serviços do espaço, a ‘Verde Mar’.

A Universidade enviou um ofício à empresa solicitando a retomada dos trabalhos, após o RU ser fechado sob acusações de que funcionários foram agredidos por pessoas que exigiam melhores condições de atendimento no local. “O serviço foi interrompido na quarta-feira (24) à noite após incidentes provocados por pessoas que invadiram o restaurante desrespeitando o controle das catracas. A UFPE informa que a segurança no restaurante será ampliada para garantir o funcionamento e a integridade física de funcionários terceirizados, servidores da UFPE e dos estudantes”, explicou a instituição de ensino.

##RECOMENDA##

A UFPE abriu sindicância para apurar as denúncias de agressão. Câmeras de segurança do RU e um boletim de ocorrência foram repassados para a Universidade em prol do andamento das apurações.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) informou nesta quinta-feira (25) que abrirá sindicância para apurar os incidentes no Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife. Há acusações de que funcionários do estabelecimento foram agredidos durante um ato.

O RU ficou fechado após problemas estruturais e dificuldades contratuais com a antiga empresa que geria o serviço. Quando foi reaberto, o local foi palco de um protesto que pedia a volta das alimentações com valores parciais.

##RECOMENDA##

De acordo com a UFPE, o objetivo da sindicância é “punir os responsáveis devido à ocorrência de tumultos com invasão do refeitório por mais de 50 pessoas – desrespeitando o controle da catraca – na noite de ontem (24)”. “Também serão apuradas denúncias de agressões verbais e até física a funcionários da empresa terceirizada Verde Mar e da UFPE, nesta semana, nos horários de almoço e jantar. O Restaurante Universitário do Campus Recife ficou fechado durante todo o dia de hoje (25), em decorrência dos fatos mencionados”, acrescentou a instituição de ensino.

Para ajudar no processo de investigação, a Universidade solicitou à empresa prestadora do serviço imagens das câmeras de segurança instaladas no refeitório, bem como boletim da ocorrência registrado junto às autoridades.

 “A UFPE também oficiou a empresa a fim de restabelecer o fornecimento do serviço a partir de segunda-feira (29), ou seja, o RU permanecerá fechado amanhã (26)”, comunicou a Universidade.

Outra medida adotada é a ampliação dos serviços de segurança no RU, cuja intenção é garantir o funcionamento do local e a integridade física das pessoas. “As decisões foram tomadas após reuniões realizadas hoje entre a Administração da Universidade, representantes da empresa terceirizada, da Procuradoria Regional Federal junto à UFPE e da Superintendência de Segurança Institucional. Três estudantes assistidos pelo RU participaram de reunião na Reitoria no período da tarde”, finalizou a UFPE.

Três dias após reabrir, o Restaurante Universitário da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) amanheceu fechado e pegou estudantes de surpresa na manhã desta quinta-feira (25). Supostas agressões sofridas pelos funcionários teriam motivado o fechamento do local.

Quem esteve no RU na manhã desta quarta-feira (24) alegou que a realização de um protesto para que todos tivessem direito à alimentação e pela qualidade dos alimentos servidos no local foi o motivo utilizado para a acusação de agressões. Alunos da instituição afirmaram que, durante o protesto, algumas pessoas pularam a catraca para ter direito de se alimentar. "Ontem pediram para os funcionários saírem dos postos para não servir ninguém e os alunos mesmo se serviram. Ficou uma pilha gigante de pratos, pois ninguém estava recolhendo, e caiu tudo no chão", explicou um dos alunos, que não quis se identificar.

##RECOMENDA##

Problemas recorrentes

Os problemas envolvendo o Restaurante Universitário da UFPE começaram no meio do mês de março, quando o local foi fechado para troca de empresas contratadas durante período licitatório. O período de fechamento foi estendido pela instituição para ajustes na caixa d'água e na rede de esgoto.

Ainda antes de reabrir, a UFPE informou que apenas as refeições com isenção total seriam fornecidas aos estudantes, com disponibilização de formulário para que aqueles que não tenham isenção total tenham uma chance de garantir a alimentação. O formulário, porém, passa por análise de alguns funcionários da instituição e nem todos os pedidos serão aceitos.

O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de imprensa da UFPE, que ainda não tem posicionamento oficial sobre o assunto. 

A reabertura do Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) não será no próximo dia 16, conforme anunciado pela instituição de ensino anteriormente. O prazo agora passou para a próxima segunda-feira (22).

De acordo com a UFPE, o adiamento se deu por causa das chuvas que atingiram o estabelecimento na última sexta-feira (12). “Atingiram a cozinha do Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife, onde os trabalhos de recuperação das cobertas estavam sendo finalizados, prejudicando alguns equipamentos e a instalação elétrica, que estava sendo trocada. Apesar dos esforços para sanar os problemas desde a tarde de sexta, quando a chuva cessou, até a manhã de hoje (15), infelizmente não será possível a reabertura do RU nesta terça-feira (16), como estava previsto”, justificou a Universidade.

##RECOMENDA##

Nesta terça (16) e quarta-feira (17), serão realizados testes na parte elétrica para que não aconteçam problemas durante a reabertura do restaurante. A UFPE também garante que os estudantes serão ressarcidos pelos dias de inatividade do RU, com valores sendo depositados em suas contas na quarta-feira.

O restaurante está fechado desde 19 de março devido a problemas estruturais e diante de empecilhos com a antiga empresa que administrava o espaço. O valor pago por refeição era de R$ 3. Agora, a UFPE estima que mais de 4 mil refeições diárias serão servidas sem custo para os estudantes.

Na próxima terça-feira (16), será reaberto o Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pelo menos é o que promete a instituição de ensino, após o estabelecimento ficar fechado por problemas estruturais e de vínculo com a antiga empresa que oferecia os serviços de alimentação.

De acordo com a UFPE, estão sendo realizados serviços de recuperação de cobertas e de revisão nas instalações elétricas e hidráulicas. A previsão é que, durante abril, sejam servidas 4 mil refeições diárias entre café da manhã, almoço e jantar, sem custo para os alunos. Em maio, o quantitativo de atendimentos deverá passar para 4,3 mil.

##RECOMENDA##

Antes do fechamento do RU, a quantidade média de refeições servidas era de 4,7 mil por dia, sendo 2.330 com isenção total e 2.370 com isenção parcial. O valor pago era de R$ 3.

“Terão direito à isenção total no RU, neste momento, os estudantes do Programa de Moradia Estudantil e aqueles que recebem bolsas dos níveis 1, 2, 3 e 4, bem como os alunos em situação de vulnerabilidade identificados pela Proaes que não recebem auxílio financeiro. A UFPE só voltará a servir refeições com cobrança parcial do valor com a abertura do segundo restaurante no antigo prédio da Sudene, o que deve ocorrer no mês de outubro”, informa a Universidade.

Os estudantes que pagavam o valor de R$ 3 por refeição devem realizar inscrição na Diretoria de Assistência Estudantil (DAE) até o dia 26 deste mês. Dessa forma, eles poderão se candidatar à isenção total da alimentação. “A solicitação não implica em concessão automática, uma vez que será analisada a condição de vulnerabilidade socioeconômica do estudante pela equipe de Assistência de Estudantil da DAE. A lista com os nomes dos beneficiados será divulgada até 9 de maio”, conclui a UFPE.

Depois de ser protagonista de polêmicas envolvendo o funcionamento do Restaurante Universitário (RU) do campus Recife, a Universidade Federal de Pernambuco divulgou, na última sexta-feira (5), um formulário para que alguns alunos tenham isenção total durante as refeições realizadas no RU.

Sem funcionar desde março, por conta de problemas estruturais e de dificuldades com fornecedores, o local - que está passando por reformas, deverá ser reaberto dia 16 de abril. De acordo com o site da instituição, estudantes que pagam o valor de R$ 3 por refeição no RU e alunos que possuem isenção parcial local, poderão se inscrever, junto à Diretoria de Assistência Estudantil (DAE), para conseguir isenção total das refeições.

##RECOMENDA##

Para se candidatar é preciso preencher um formulário online até o dia 26 de abril. O comunicado feito pela UFPE reforça que “a solicitação não implica em concessão automática, uma vez que será analisada a condição de vulnerabilidade socioeconômica do estudante pela equipe de Assistência de Estudantil da DAE”, deixando claro que nem todos serão contemplados com a isenção.

Feijoada

A medida foi divulgada após alunos da universidade terem feito uma “feijoada de um real”, exigindo a reabertura do restaurante que atendia diariamente centenas de estudantes. Na ocasião, os universitários também reclamaram das novas regras estipuladas pela instituição de ensino, que restringiria as pessoas que comem no espaço.

LeiaJá também

--> RU fechado: UFPE divulga estudantes que serão ressarcidos

--> Com feijoada a R$ 1, alunos protestam pelo RU da UFPE

Já está disponível a relação dos estudantes que serão ressarcidos após o fechamento temporário do Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O estabelecimento não funciona há 21 dias após problemas estruturais e dificuldades oriundas da empresa que fornecia as alimentações.

“Os alunos deferidos solicitaram o reembolso via requerimento e atenderam aos critérios estabelecidos. Todos os estudantes da lista deverão informar os dados bancários no formulário on-line até as 23h59 de hoje (2)”, alertou a UFPE. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (81) 2126-8192/8193.

##RECOMENDA##

Nesta terça-feira, estudantes realizaram um protesto pela reabertura do RU. Na ocasião, eles comercializaram feijoada a R$ 1.

LeiaJá também

--> RU não servirá refeições com cobrança parcial até outubro

--> UFPE prorroga prazo para reabertura do RU

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando